ABSTRACT
The presence of diverse biological substrates adds complexity to coastal landscapes and increases the number of ecological niches that can be used by the mobile epifauna. Studies on the influence of structural complexity have focused mainly on algal host species, but there is little information about the influence of intraspecific structural variation on the associated mobile epifauna. In this work, we examined whether intraspecific variation in the brown alga Sargassum cymosum influenced the structure of amphipod assemblages on two shores with different wave exposure. At least 15 fronds were randomly sampled at Fortaleza and Perequê-Mirim beaches, on the Atlantic coast of São Paulo state, southeastern Brazil, and 12 variables were measured for each alga. The amphipods were identified and counted. The greatest structural variation in S. cymosum occurred within shores, whereas the differences between shores were mainly related to algal size. These characteristics influenced amphipod assemblages differently on each shore, with the greatest effects being associated with variables related to morphological complexity, such as holdfast size, the number and size of branches, and the extent of cover by sessile colonial animals. These findings show that monospecific algal banks are not homogeneous, and that morphological differences and interactions with other biological substrates can influence the mobile epifaunal assemblages.
A presença de substratos biológicos aumenta a complexidade dos ambientes costeiros, proporcionando maior número de nichos ecológicos para a epifauna vágil. Estudos sobre os efeitos da complexidade estrutural das algas têm enfocado principalmente as espécies presentes entre os seus ramos, porém há poucos dados sobre a influência da variação estrutural intra-específica sobre essa fauna. Neste trabalho, foi analisada a influência da variação da alga parda Sargassum cymosum sobre a estrutura da assembléia de anfípodes entre duas praias com diferentes graus de exposição às ondas, e em cada uma delas, no SE do Brasil. Pelo menos 15 frondes foram individualmente coletadas aleatoriamente nos costões das praias de Fortaleza e Perequê-Mirim, e diversas variáveis (12) foram medidas para cada fronde de alga. Os anfípodes foram identificados e contados. As maiores variações nas características de S. cymosum foram obtidas em cada praia, enquanto que diferenças entre as praias foram principalmente relacionadas ao tamanho das algas. Estas características influenciaram as assembléias de anfípodes de maneira diferente em cada praia, sendo que os maiores efeitos foram atribuídos a variáveis relacionadas com a morfologia das algas como o tamanho do apressório, o número e tamanho dos ramos e a cobertura por organismos coloniais sésseis. Portanto, bancos monoespecíficos de algas não são homogêneos e tanto as diferenças morfológicas como as interações com outros substratos biológicos podem influenciar as assembléias da epifauna vágil.