Plasma rico em plaquetas associado ou não ao osso esponjoso autógeno no reparo de falhas ósseas experimentais / Platelet rich plasma associated or not to autogenous bone graft on the reparation of experimental bone defects in the rabbits cranium

O presente estudo avaliou a influência do plasma autógeno rico em plaquetas (PRP), associado ou não ao autoenxerto esponjoso (EOE), na reparação de falhas ósseas criadas no crânio de coelhos. A falha I foi preenchida com o PRP; a falha II com 3mg de EOE; a falha III com EOE associado ao PRP e a falha IV não foi preenchida, servindo como controle. Após as cirurgias, os animais foram separados em três grupos e eutanasiados aos 30, 60 e 90 dias. Na avaliação mesoscópica, independentemente do período de observação, o preenchimento ósseo, na falha controle e naquelas tratadas com PRP, iniciou-se a partir das bordas para o centro e do fundo para a superfície das falhas. Já nas falhas tratadas com EOE e com enxerto associado ao PRP, foi notado também crescimento ósseo na porção central das falhas. Na análise radiográfica, foi observada maior radiopacidade no interior das falhas tratadas com EOE e com enxerto associado ao PRP, em todos os tempos. Microscopicamente, aos 30 dias, na falha tratada com EOE associado ao PRP, os fragmentos ósseos do enxerto estavam indistintos do tecido ósseo neoformado, presente em toda a borda do defeito, associado à moderada quantidade de tecido conjuntivo fibroso muito vascularizado e celularizado. Esse tecido apresentou material amorfo, eosinofílico e extracelular, junto a um processo inflamatório, constituído por linfócitos e, em menor número, por macrófagos e células gigantes multinucleadas, que podem ter influenciado negativamente a formação óssea precoce. Aos 60 e 90 dias, apenas focos ocasionais de inflamação linfocitária foram observados. O comportamento dos dois tratamentos, PRP associado ou não ao EOE, em relação a preenchimento ósseo, foi semelhante ao final do período de observação; o enxerto, utilizado de forma isolada, determinou precocidade de reparação óssea e a tromboplastina, utilizada para formação do gel de plaquetas, incitou uma reação semelhante a do tipo corpo estranho, que atuou negativamente...

The present study evaluated autogenous platelet rich plasma's (PRP) influence on the reparation process of four bone defects made on rabbit's skull, associated or not to autogenous bone graft (EOE). Defect I received PRP only; defect II received 3mg of EOE only; defect III received EOE associated to PRP; defect IV was left to heal naturally, serving as control. After each surgery the animals were randomly divided into three groups that were euthanized at 30, 60 and 90 days. In the mesoscopic evaluation bone ingrowth started from the defect's borders to the center and from the bottom to the surface for all observation times on the control (VI) and PRP only (I) groups. In the groups treated with EOE only (II) and EOE associated to PRP (III) new bone was observed in the center of the defects. Radiographic analysis showed greater central radiopacity for groups treated with EOE only (II) and EOE associated to PRP (III) at all observation times. Microscopically in the group treated with EOE associated to PRP (III) at 30 days the graft was indistinguishable from new bone present on the border of the defect, associated to a moderate quantity of a very vascularized and cellular fibrous connective tissue. This tissue showed an extracelular eosinophilic amorphous foamy material, associated to an inflammatory process constituted by lymphocytes and in less number by macrophages and multinucleated giant cells that may have negatively influenced early bone formation. At 60 and 90 days occasional spots of lymphocytic inflammation were observed. Both treatments, PRP associated or not to EOE, were similar for the bone ingrowth at the final time of observation; the graft used alone determined early bone reparation and thromboplastine used for the platelet gel formation incited a foreign body-like reaction that acted negatively on the initial reparation.

Creeping attachment após enxerto gengival livre: relato de caso com 14 anos de proservação / Creeping attachment after free gingival grafting: 14 years follow-up case report

O enxerto gengival livre é um procedimento mucogengival indicado preferencialmente para criar mucosa queratinizada, podendo ocorrer também o recobrimento radicular das raízes desnudas. O creeping attachment é um fenômeno descrito como a migração pós-operatória do tecido gengival marginal em direção coronal; assim, é considerado um evento bastante positivo no sentido de se obter um ganho adicional de tecido queratinizado na área envolvida. Estudos longitudinais têm mostrado uma maior ocorrência deste fenômeno após a cicatrização de enxertos gengivais livres entre o período de um mês a um ano pós-operatório. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico de enxerto gengival livre com acompanhamento longitudinal de 14 anos.

The free gingival graft is a mucogingival procedure preferentially indicated to create keratinized gingival and sometimes could also happen the radicular coverage of the nude roots. The "creeping attachment" is a phenomenon described as the postoperative migration of the gingival marginal tissue in coronal direction, thus, it is considered as a positive event in the sense of obtaining an additional gain of keratinized tissue in the involved area. Longitudinal studies have been showing a larger occurrence of this phenomenon after the free gingival grafts cicatrization among the postoperative period of one month to one year. The objective of the present study is to report a clinical case of free gingival graft with a 14 years longitudinal follow-up.

Substituição da valva aórtica com auto-enxerto pulmonar (cirurgia de Ross). Experiência inicial / Aortic valve replacement with pulmonary autograft (Ross procedure). Initial experience

Objetivo - Relatar a experiência cirúrgica inicial de 4 casos com a utilizaçäo do auto-enxerto pulmonar para substituiçäo da valva aórtica. Métodos - Quatro pacientes masculinos, brancos, com idades entre 23 e 46 anos, portadoras de valvopatia aórtica, forma submetidos a substituiçäo da valva aórtica pelo auto-enxerto pulmonar pela técnica de substituiçäo total da raiz aórtica. Para a reconstituiçäo da via de saída do ventrículo direito foram utilizados homo-enxertos pulmonares e aórtico conservad em soluçäo de antibióticos. Todos tiveram controle pós-operatório com eco-doppler (ECO) e estudo hemodinâmica para a avaliaçäo da funçäo dos auto e homo-enxertos implantados. Resultados - Todos apresentaram excelentes evoluçäo pós-operatória, sem necessidade de drogas inotrópicas e em ritmo sinusal. Os resultados obtidos através do ECO e estudo hemodinâmico revelaram excelente fuçäo dos auto-enxertos implantados sem gradiente em 3 casos e gradiente médio residual de 15 mmHg em um. Näo se observou reguriaçäo aórtica em 3 casos e insuficiência leve no 4o. ano. Os homo-enxertos implantados no lado direito do coraçäo apresentaram excelentes funcäo, sem gradiente em 2 anos e gradiente médio de 6 e 8 mmHg nos outros dois. Conclusäo - A cirurgia do auto-enxerto pulmonar deve ser implantada de forma definitiva em nosso meio

Purpose - Report the initial surgical experience with four cases utilizing a pulmonary autograft for aortic valve replacement Methods - Four patients, all males, white, age between 23 and 46 years having aortic valve disease were submitted to aortic valve replacement with a pulmonary autograft using the root replacement technique. Right ventricular out flow tracts were reconstructed with antibiotic sterilized pulmonary or aortic homografts. All patients had control bidimensional eco-doppler (ECO) and hemodynamic study to evaluate the function of the implanted auto and homografts. Results - All patients had an excelent postoperative recovery, without the necessity of inotropic drugs. All presented in normal sinus rhythm. Postoperative ECO and hemodynamic studies revealed excelent function of the implanted autografts, without gradients in three and with a 15mmHg mean residual gradient in one case. There was no regurgitation in three cases and only trace aortic insufficiency in one. The right sided homografts also showed good function, with no gradient in two cases and mean systolic gradient of 6 and 8mmHg in the other two. Conclusion - The pulmonary autograft procedure should be implemented definitelly in our country