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Psicol. rev ; 24(1): 15-44, 2015.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-768391

ABSTRACT

“Mercedes Benz”, hit de Janis Joplin do início dos 70, traz a ironia da contra-cultura dos sixties ao consumismo e a competição da sociedade capitalista. Exatamente aquilo que o comercial “Impossible is nothing”, da Adidas, pode bem representar. Existe alguma articulação possível entre este slogan e as palavras de ordem “Sejamos realistas, exijamos o impossível”, das convulsões sociais do maio de 68? Partindo da teoria lacaniana dos discursos, este artigo aborda a impossibilidade e a barreira de gozo (impotência) no discurso capitalista e as suas implicações para o habitante da aletosfera. Retomam-se as formulações marxianas da forma mercadoria, do equivalente-geral e da forma dinheiro, para se analisar as transformações introduzidas a partir do momento histórico em que o mais-de-gozar se contabiliza. Considera-se a proposição da mais-valia como equivalente do mais-de-gozar, para se lançar alguma luz sobre a lógica e os fundamentos de gozo do cinismo contemporâneo, seja na versão do “Lobo de Wall Street”, dos doxósofos da universidade, ou ainda do passivo e resignado cidadão da sociedade capitalista. Lembra-se, porém, que a utopia permanece no horizonte...


‘Mercedes Benz”, Janis Joplin’s hit of the early 70’s, brings the counterculture’s irony of the sixties against to consumerism and the competition of capitalist society. Exactly what the commercial ®Impossible is nothing¼, Adidas, may well represent. Is there any possible link between this slogan and the slogan ®Be realistic, ask the impossible¼, the social upheavals of May 68? From the Lacanian theory of discourse, this article discusses the impossibility and the barrier against jouissance (impotence) in capitalist discourse and its implications for the inhabitant of the aletosfera. We return to the Marxian formulations of commodity form, universal equivalent and money form to analyze the changes introduced from the historical moment in which the surplus-jouissance (plus-de-jouir) is counted. It is considered the proposition of surplus-jouissance as the equivalent of surplus-value, to shed some light on the logic and enjoyment fundamentals of contemporary cynicism : whether that version of ®Wall Street Wolf¼, or that of doxósofos of the university, or that of the passive and resigned citizen of capitalist society. Remember, however, that utopia remains on the horizon...


Subject(s)
Humans , Capitalism , Pleasure , Psychoanalysis
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