ABSTRACT
Objetivo - analisar ocorrências, agentes etiológicos, aspectos clínico e taxa de óbitos referentes à endocardite infecciosa (EI) diagnosticada em pacientes submetidos a transplante cardíaco. Métodos - cem doentes foram observados consecutivamente após transplante cardíaco. O período de seguimento variou de 3 a 90 (média 25,38 +/- 25,97) meses. O reconhecimento da EI levou em conta critérios usados no Serviço de Epidemiologia e Desenvolvimento de Qualidade do INCOR da FMUSP, tendo como bases as defiçöes estipuladas pelo Center for Disease Control. Cooperaram para estabelecer o diangóstico, fundamentalmente, hemocultura, ecocardiograma transtorácico ou esofágico e necrópsia. Resultados - houve reconhecimento de 6 casos, com 4 óbitos, estando presentes em 3 processos sistêmicos generalizados. Febre compareceu como manifestaçäo clínica habitual. Conclusäo - o número de óbitos afigurou-se elevado, tendo em conta a natureza das bactérias causadores, a associaçäo com afecçöes graves e o uso de fármacos mnodepressores. Considerou-se importante adotar adequados cuidados em relaçäo aos fatores de risco, efetuar precocemente o diagnóstico e institutir rapidamente o tratamento.