ABSTRACT
Objetivo: Avaliar, por meio de dados de vida real, a capacidade dos leitos hospitalares brasileiros versus as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), como esses leitos estão sendo utilizados, de onde vêm os pacientes, quanto isso custa, as diferentes patologias que têm chegado aos hospitais e o percentual de tempo de internação em leitos de cuidado intensivo. Métodos: Estudo retrospectivo histórico realizado entre julho de 2018 e junho de 2019 a partir de dados obtidos do Datasus e subsequentemente processados em MySQL para diferentes perspectivas. Todos os índices foram construídos por meio de quintis de dias de internação e posteriormente subdivididos em análises mais específicas, confrontadas com literatura específica do assunto e diferentes diretrizes internacionais. Resultados: O Sistema Único de Saúde (SUS) teve um total de 9.275.680 pacientes únicos internados durante o período de análise, tendo um custo total de R$ 183 bilhões, totalizando 63.817.613 de diárias hospitalares com uma média de 6,3 dias de internação, R$ 1.972,73 de custo médio por internação e R$ 286,73 de custo médio diário. Conclusão: O SUS e toda a sua estrutura em perspectiva histórica são bem recentes. Cabe ainda aprimorar os processos de atenção de rede primária (portas de entrada), bem como desenvolver e disseminar os processos de desospitalização (portas de saída/reintrodução para a atenção primária).
Objective: Through real-world evidence, evaluate the hospital beds capacity in Brazil versus WHO recommendations, how these hospital beds are used, where patients come from, how much does this cost, which different diseases are coming and the Intensive Units utilization. Methods: Retrospective study realized between July 2018 and June 2019 through Datasus data and processed on MySQL to different perspectives. All indexes have been organized on quintiles internment days and then sub analyzed in different perspectives, comparing with local literature and with international Guidelines. Results: National Health System (SUS) had 9.275.680 unique patients during the analyzed period, with a total cost of R$ 183 billions, and 63.817.613 hospitalization days diaries charged. The average length of stay was 6.3 days and it cost R$ 1.972,73 per patient. Conclusion: National Health System (SUS) is very recent on historic perspective. Whole system needs to improve primary health flows (entrance door) as well as develop and disseminate at home care process (exit door/reintroduction to primary care).
Subject(s)
Public Health , Economics, Hospital , Hospital Administration , Hospital Bed CapacityABSTRACT
A regulação da assistência é uma das estratégias utilizadas pelo MS, para o fortalecimento da gestão pública do SUS, para a organização da atenção à saúde, como forma de garantir o acesso dos usuários aos serviços de saúde. Tem um fazer específico de ordenamento da demanda e oferta de saúde entre indivíduos e comunidade. Esta dissertação caracteriza-se como um estudo de caso descritivo com abordagem qualitativa, que teve como objetivos compreender o funcionamento de regulação dos leitos hospitalares no Sistema Único de Saúde (SUS), realizado na cidade do Salvador-BA, de acordo com a percepção dos funcionários da Central Estadual de Regulação, e identificar as dificuldades enfrentadas pelos profissionais na Central Estadual de Regulação para viabilização do serviço de acordo com as necessidades dos usuários. Os dados foram obtidos por meio de entrevista semi-estruturada realizada com 15 profissionais que trabalham na Central Estadual de Regulação (CER), da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB). Para complementar o presente estudo foram pesquisados os dados documentados no serviço, referentes às regras para Controle, Regulação e Avaliação de Sistemas no setor saúde, definidas pelo Ministério da Saúde (MS), através da Política de Regulação. Os dados foram analisados seguindo e adaptando a análise de conteúdo. Os resultados obtidos evidenciaram que os gestores da CER em Salvador passam por uma série de dificuldades relacionadas à sua organização e funcionamento, dentre essas o quantitativo insuficiente de leitos hospitalares e as deficiências de especialidades que, por sua vez, também dificultam o acesso do usuário aos serviços de saúde. Concluiu-se que a CER tenta facilitar de alguma forma o acesso dos pacientes aos serviços de saúde, na tentativa de consolidar a proposta do SUS, assegurando os princípios de universalidade, integralidade e equidade de todos os indivíduos. E ainda que os profissionais atuantes na CER convivem com limitada autonomia e compartilham a escassez de recursos e limitações organizacionais.