ABSTRACT
Segundo hipóteses da Psicologia Evolucionista, as pessoas possuem predisposições naturais para formar laços sociais e afetivos com pessoas aparentadas. Compartilhar genes favorece, em termos evolucionários, à cooperação entre parentes e o convívio fortalece os laços afetivos. Usando uma versão traduzida do Social Network Questionnaire, acessamos as redes de parentesco de estudantes universitários com o objetivo de investigar as características dos seus relacionamentos interpessoais com parentes. Encontramos 29 parentes, em média, a maioria de parentes genéticos com diferenças significativas para os demais tipos de parentes (postiços, e pelo casamento de parentes). Encontramos correlações positivas entre coeficiente de parentesco e frequência de contato, e proximidade emocional; e entre frequência e tempo de interações. Comparado aos outros tipos de parentes, houve maior frequência de contato, tempo de interações e proximidade emocional com parentes genéticos. Os resultados obtidos demonstram associações encontradas na literatura entre as variáveis investigadas, estes confirmam as hipóteses da Psicologia Evolucionista e revelam a importância dos parentes nas redes sociais das pessoas.