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1.
Psicol. Estud. (Online) ; 25: e44987, 2020.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1091755

ABSTRACT

RESUMO Por se tratar de uma técnica que privilegia a investigação do sentido, a entrevista é uma das ferramentas mais utilizadas em pesquisas qualitativas. Faz-se necessária, portanto, uma reflexão sobre seu uso. O objetivo deste artigo é discutir os desafios, para a equipe de pesquisa, na utilização da entrevista qualitativa e seus possíveis impactos à pessoa entrevistada. A análise, sustentada em trechos de entrevistas extraídos de diferentes projetos, debruçou-se sobre dois aspectos: 1. a relação entre pesquisadores e participantes; e 2. possíveis implicações para entrevistados. Discute-se que a entrevista se constitui no campo intersubjetivo pesquisador-participante, com variabilidades e influências contextuais, que estão para além da possibilidade de controle total sobre o processo, evidenciando o papel ativo de ambos no acontecimento da entrevista. A respeito das implicações, observa-se que a entrevista possibilita um momento oportuno para a expressão de experiências não reveladas em outros contextos e que, ao revisitar sua história, a percepção sobre ela e sobre si pode se alterar ao longo da narração. Estes aspectos fazem com que a entrevista seja momento de constituição de sentidos e não de mero relato, o que pode também implicar mobilização de afetos. Diante dessas questões, nota-se que a entrevista pode oferecer, concomitantemente, risco de sofrimento e possibilidade de ressignificação para os participantes. Concluímos que, tanto do ponto de vista ético quanto da viabilidade da pesquisa, é necessário para a condução da entrevista conhecimento teórico-metodológico, acolhimento e empatia, bem como disponibilidade e confiança por parte de quem narra sua história.


RESUMEN Por tratarse de una técnica que privilegia la investigación del sentido, la entrevista es una de las herramientas más utilizadas en investigaciones cualitativas, configurándose necesario la reflexión sobre su uso como instrumento. El objetivo del presente artículo es discutir los desafíos para el investigador en la entrevista cualitativa y posibles impactos para el participante-entrevistado. El análisis, fundamentada en extractos de entrevistas retirados de diferentes proyectos, se centró en dos aspectos: 1. La relación entre investigador y participante y 2. Posibles implicaciones para el entrevistado. Se discute que la entrevista se constituye en el campo intersubjetivo investigador-investigado, con variabilidades e influencias contextuales que están más allá de la posibilidad de control total del investigador sobre el proceso, evidenciando el papel activo de ambos en el acontecimiento de la entrevista. Con respeto a las implicaciones, se observa que la entrevista es oportunidad de expresar experiencias no reveladas en otros contextos y que, al revisar su historia, la percepción del narrador sobre ella y sobre sí mismo puede cambiar. Estos aspectos hacen de la entrevista momento de constitución de sentidos y no mero relato, lo que puede también implicar en la movilización de afectos no elaborados. Ante estas cuestiones, se nota que la entrevista puede ofrecer concomitantemente riesgo de sufrimiento y posibilidad de resignificación para el participante. Concluimos que, tanto desde el punto de vista ético, como de la viabilidad de la investigación, es necesario al entrevistador no sólo el conocimiento teórico-metodológico, sino también acogida y empatía, y por parte del participante, disponibilidad y confianza.


ABSTRACT Since the interview is a technique that favors the investigation of meaning, it is one of the most used tools in qualitative research, requiring a study on its uses. This article aimed to discuss the challenges for the researcher in the use of the qualitative interview and possible implications for the interviewed. Our analysis, based on excerpts from interviews drawn from different research projects, focused on two aspects: 1. The relationship between researcher and participant, and 2. Possible implications for the interviewee. We argue that the researcher-participant intersubjective field constitutes the interview, with contextual variability and influences that preclude the possibility of complete control of the process by the investigator, conferring an active role to both interactors. Concerning the implications for the interviewee, we point out that the interview is an opportunity for the participant to reveal previously untold experiences, and that, by revisiting his/her history; the narrator may change his/her perspective about it and about him/herself. These aspects turn the interview into a moment of sensemaking and not a mere report, which may also imply the mobilization of unelaborated affections. Given these issues, we note that the interview may concomitantly present to the participant the risk of suffering as well as the possibility of making new understandings about their experiences. We conclude that from an ethical point of view, considering as well the viability of the research, the interviewer must display not only the required theoretical and methodological knowledge but also acceptance and empathy, whereas the participant must show availability and trust.


Subject(s)
Interview , Qualitative Research , Ethics , Psychology , Research/education , Research Personnel/psychology , Social Sciences/ethics , Affect/ethics , Researcher-Subject Relations/psychology , Emotions/ethics , Humanities/ethics , Life Change Events
2.
Trends psychiatry psychother. (Impr.) ; 35(2): 141-145, 2013. tab
Article in English | LILACS | ID: lil-683362

ABSTRACT

BACKGROUND: Some studies indicate that mood self-assessment is more severely impaired in patients with bipolar disorder in a manic episode than in depression. OBJECTIVES: To investigate variations in mood self-assessment in relation to current affective state in a group of individuals with bipolar disorder. METHODS: A total of 165 patients with a diagnosis of bipolar disorder type I or type II had their affective state assessed using the Clinical Global Impressions Scale for use in bipolar illness (CGI-BP), the Positive and Negative Syndrome Scale (PANSS), and the Global Assessment of Functioning (GAF). In addition, participants completed a self-report visual analog mood scale (VAMS). Patients were divided into three groups (euthymia, mania, and depression) and compared with regard to VAMS results. RESULTS: Manic patients rated their mood similarly to patients in euthymia in 14 out of 16 items in the VAMS. By contrast, depressed patients rated only two items similarly to euthymic patients. CONCLUSION: Patients with bipolar disorder in mania, but not those in depression, poorly evaluate their affective state, reinforcing the occurrence of insight impairment in the manic syndrome


CONTEXTO: Alguns estudos indicam que a capacidade de autoavaliação do estado de humor está mais comprometida em pacientes com transtorno bipolar na mania do que na depressão. OBJETIVO: Estudar variações na autoavaliação do humor em relação ao estado afetivo atual em indivíduos com transtorno bipolar. MÉTODO: Um total de 165 pacientes com diagnóstico de transtorno bipolar tipo I ou tipo II tiveram seu estado afetivo avaliado utilizando os instrumentos Clinical Global Impressions Scale for use in bipolar illness (CGI-BP), Positive and Negative Syndrome Scale (PANSS) e Global Assessment of Functioning (GAF). Além disso, foi aplicada um instrumento de autoavaliação, a escala visual analógica do humor (EVAH). Os pacientes foram divididos em três grupos (eutimia, mania e depressão) e comparados quanto aos resultados da EVAH. RESULTADOS: Dos 16 itens da EVAH, 14 foram avaliados pelos pacientes em mania de forma semelhante aos pacientes em eutimia. Em contraste, em apenas dois itens, os deprimidos mostraram escores semelhantes aos eutímicos. CONCLUSÃO: Pacientes bipolares em mania, mas não os deprimidos, avaliam de forma não fidedigna seu estado afetivo, o que reforça o comprometimento do insight na síndrome maníaca


Subject(s)
Humans , Male , Female , Self-Assessment , Bipolar Disorder/diagnosis , Bipolar Disorder/psychology , Affect/ethics , Depression/complications , Depression/psychology
3.
Rio de Janeiro; s.n; 2009. 200 p.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: lil-517635

ABSTRACT

Esta tese se dedica ao estudo do corpo em sua qualidade sensível, buscando evidenciar que é sobre este que incidem as formas de dominação contemporâneas na medida em que o corpo vem sofrendo, na atualidade, um processo de anestesiamento em seu campo intensivo, seja por uma sobre-excitação da sensação ou, ao contrário, pelo seu apagamento. Tal anestesiamento decorre dos novos modos de subjetivação contemporâneos em que a vida se tornou o lócus privilegiado das intervenções dos poderes. O corpo entediado, esvaziado de suas forças singulares produtivas, tem sido resultante da complexa rede de ingerências a que tem sido exposto. Na condução das políticas de saúde, os saberes se organizam em suas regulamentações para indivíduos e grupo, fechando-os às diferenciações. A possibilidade da experiência alteritária se torna rarefeita, já que indivíduos e grupos reproduzem a lógica de desapropriação de seus próprios modos de sentir, de perceber o mundo. Os trabalhos pesquisados, nesta tese, seja na dança ou nas técnicas de mobilização dos corpos que desenvolvem métodos para experienciar seus movimentos e ritmos, permitem o acesso às condições sensíveis, por colocarem questões ao corpo que ultrapassam o saber racionalizado sobre o mesmo. Funcionando como novos operadores cognitivos, estes trabalhos sustentam um fazer-se dos corpos, nos seus processos subjetivantes, em que o paradoxo e alteridade possam emergir como resistência às formações decorrentes dos jogos de saber/poder contemporâneos. Na mesma direção, também, a psicanálise tem muito a contribuir a partir da reavaliação de suas práticas – observando a condição sensível dos corpos – e do repensar teórico deste lugar, o corpo, que como campo de virtualidades atravessado pelo coletivo, aproxima-se do estado inaugural da existência. Neste lugar, a subjetivação se dá no campo das forças, campo pulsional ao realizar sua preensão do mundo e produção de suas formas através dos processos de erotização do corpo...


Subject(s)
Humans , Male , Female , Dancing/psychology , Freudian Theory , Human Body , Kinesics , Modalities, Moving , Pleasure-Pain Principle , Psychoanalytic Theory , Psychoanalysis/methods , Affect/ethics , Social Control, Informal/methods , Hysteria/history , Hysteria/psychology , Object Attachment , /ethics
4.
Rio deJaneiro; s.n; 2008. 142 p.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: lil-488497

ABSTRACT

O presente trabalho procura examinar a experiência psicanalítica através das consultas terapêuticas de Winnicott, levando-se em conta sua realização em instituições públicas de saúde brasileiras e buscando uma leitura não-ortodoxa da construção do dispositivopsicanalítico. Para isto, propõe-se, em um primeiro momento, o estudo sobre a questão do afeto e da intensidade na experiência analítica a partir das teorizações iniciais sobre transferência na obra freudiana. Em seguida discute-se a contribuição ferencziana com relação à noção de tato e a intensidade própria de sua prática clínica, priorizando-se a fase final de suaobra, momento em que o foco de seu trabalho dirigia-se mais agudamente às questões referentes ao lugar do analista, aos sentimentos contratransferenciais e à elasticidade datécnica. Num terceiro momento, propõe-se um exame das idéias de Winnicott a respeito do manejo e o uso do objeto e as suas implicações na teorização sobre a transferência. Finalmente, pretende-se pensar o campo de afetação que se dá na clínica psicanalítica a partirdos conceitos de introjeção em Ferenczi, o surgimento dos sensos de eu e afetos de vitalidade na teoria de Stern e a relação de tais conceitos com alguns dos pressupostos winnicottianos, para fundamentar a possibilidade de transferências produtivas nas consultas terapêuticas.


Subject(s)
Male , Female , Adult , Affect/ethics , Health Facilities , Psychoanalytic Interpretation , Psychoanalytic Theory , Psychotherapy/methods , Health Services/ethics , Adaptation, Psychological/ethics , Outcome and Process Assessment, Health Care/ethics , Emotions/ethics , Psychology, Clinical/methods
5.
Rio de Janeiro; s.n; 2008. 137 p.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: lil-505587

ABSTRACT

A dissertação tem como objetivo geral à construção de uma definição teórica clínica de Afeto. Para tal, utilizo-me inicialmente da obra de Freud e o percurso teórico que o termo afeto teve em três momentos: o início (Estudos sobre a Histeria, Projeto para uma Psicologia Científica e A Interpretação de Sonhos); os textos chamados metapsicológicos e os escritos finais da virada teórica da segunda tópica. Aponto a importância do afeto nesses momentos, sua definição e suas contradições intrateóricas e em relação aos fenômenos clínicos. Em particular questões como: a definição de afeto como descarga, a forma de quanto de afeto no recalque e a existência de afetos inconscientes. Tendo como base essa análise recorro a dois autores Wilhelm Reich e D. W. Winnicott para aprofundar uma visão do afeto utilizando, para tal, algumas convergências teóricas de seus escritos, principalmente a concepção comum de psicossoma. A visão psicossomática pressupõe uma unidade entre soma e psique e entre quantidade e qualidade, apresentando essas divisões como aspectos uma só unidade: fluxo energético para Reich e vir a ser para Winnicott. Construindo, em resumo, uma visão clínica e teórica particular do afeto, tendo como base os três autores.


Their paper has as its general objective the building of a theoretical-clinicdefinition of ‘Affect’. For this, I use initially the work of Freud and the theoretical path that the term affect had in three moments: the beginning (Studies about the Hysteria, Project for s Scientific Psychology and The Interpretation of Dreams); the texts called metapsychological and the final documents of the theoretical turn of the second topography. I point out the importance of affect in these moments, its definitions and it intra-theoretical contradictions in relation to the clinical phenomena. Especially questions such as: the definition of affect as discharge way of ‘quota of affect’ in the repression and the existence of ‘unconscious affects’. Based on this analysis I turn to two authors Wilhelm Reich and D. W. Winnicott to go deeper into a view of affect using for this some theoretical convergence of his documents, especially the common conception ofpsycho-soma. The psychosomatic view presupposes a unity between soma andpsique and between quality and quantity, showing these divisions as aspects of one unity only ‘energetic flow’ for Reich and ‘existential flow’ for Winnicott. Building, in short, a clinical theoretical view, specific of affect, based on the three authors.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Affect/ethics , Emotions/ethics , Pleasure-Pain Principle , Practice, Psychological , Psychoanalytic Theory , Dreams/psychology , Freudian Theory/history , Guilt , Hysteria/diagnosis , Hysteria/psychology , Libido/ethics , Psychophysiologic Disorders/psychology , Unconscious, Psychology
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