Atividades de trabalho no serviço de informações aeronáutica, do controle do espaço aéreo brasileiro / Work activities in the aeronautical information service, of the Brazilian airspace control

Introdução: Há um significativo acréscimo no volume das atividades aéreas, pois o transporte aéreo tem sido crescentemente utilizado para otimizar o tempo das pessoas durante suas viagens. Como resultado, as empresas aéreas estão ampliando suas frotas e, consequentemente, solicitando um número maior de informações aeronáuticas. O Serviço de Informação Aeronáutica (AIS), cuja principal responsabilidade é a de colocar à disposição do usuário do espaço aéreo toda informação necessária para o eficaz planejamento e execução do voo, criou mecanismos para melhorar o atendimento e a segurança do tráfego aéreo. Objetivos: Analisar o trabalho dos profissionais AIS do Centro de Informações Aeronáutica de São Paulo (C-AIS SP) e suas implicações/relações com a segurança da navegação aérea. Métodos: Foi analisada a atividade de trabalho do profissional AIS (Supervisor AIS e Operador AIS) do C-AIS SP. Foi realizada busca na literatura científica publicada sobre o serviço de informação aeronáutica, sob a ótica da ergonomia centrada na atividade. Para a coleta de dados foram realizadas: a análise documental sobre o AIS; análises de dados estatísticos, de um período de 5 anos (2018 a 2022), sobre as operações realizadas no serviço AIS pesquisado; observações das atividades de trabalho baseado no método Análise Ergonômica do Trabalho (AET) conduzidas com os participantes da pesquisa, entrevistas semiestruturadas e aplicação da Escala Samn-Perelli (SPS). A coleta de dados de campo foi realizada no C-AIS SP, no período de 18 de novembro 2021 a 31 de dezembro de 2022. A amostragem final do estudo foi de 25 participantes, com tempo médio de experiência na função de 21 anos, sendo 23 militares de carreira e 2 servidores civis. Resultados: Foi observado que o serviço de informação aeronáutica é um trabalho com elevada prescrição e uso de tecnologias de automação no contexto do controle do espaço aéreo brasileiro e no planejamento de voo. Os sistemas utilizados nesta área não são responsivos e apresentam inconsistências e travamentos durante o seu uso, bem como as atualizações dos produtos AIS não acompanham as mudanças rotineiras que ocorrem no setor aéreo, nem as variabilidades e incertezas das atividades realizadas no AIS. As tomadas de decisão necessitam ser rápidas e assertivas, e o trabalho realizado com eficiência para não comprometer a segurança operacional. Além disso, há constante interação entre os profissionais AIS, pilotos, Despachantes Operacionais de Voo (DOV) e outros usuários envolvidos com as atividades aéreas, para que as mensagens de tráfego aéreo veiculadas sejam analisadas e transmitidas em tempo hábil e corretamente. Conclusões: O estudo permitiu fazer uma análise do trabalho do profissional AIS, que executa suas atividades em um ambiente de complexidade, no qual tem que realizar muitas tarefas e tempo reduzido para decisões. Sendo necessário um acompanhamento constante para avaliar a necessidade de transformações que podem trazer impacto na segurança da navegação aérea.

Introduction: There has been a significant increase in the volume of air activities, as air transport is increasingly used to optimize people's time during their travels. Consequently, airlines are expanding their fleets and, as a result, requesting a greater amount of aeronautical information. The Aeronautical Information Service (AIS), whose main responsibility is to provide airspace users with all the necessary information for effective flight planning and execution, has created mechanisms to improve air traffic service and safety. Objectives: Analyze the work of AIS professionals at the Aeronautical Information Center of São Paulo (C-AIS SP) and its implications/relationships with air navigation safety.. Methods: The work activity of AIS professionals (AIS Supervisor and AIS Operator) at C-AIS SP was analyzed. A search was conducted in the published scientific literature on aeronautical information services, from the perspective of activity-centered ergonomics. Data collection included: documentary analysis of AIS; statistical data analysis from a 5-year period (2018 to 2022) on operations conducted in the researched AIS service; observations of work activities based on the Work Ergonomic Analysis (WEA) method conducted with research participants, semi-structured interviews, and application of the Samn-Perelli Scale (SPS). Field data collection was carried out at C-AIS SP from November 18, 2021, to December 31, 2022. The final study sample comprised 25 participants, with an average experience time in the role of 21 years, including 23 career military personnel and 2 civilian employees. Results: It was observed that the aeronautical information service is a job with high prescription and use of automation technologies in the context of Brazilian airspace control and flight planning. The systems used in this area are not responsive and exhibit inconsistencies and crashes during their use, and the updates of AIS products do not keep up with the routine changes occurring in the aviation sector, nor with the variabilities and uncertainties of the activities performed in AIS. Decision-making needs to be quick and assertive, and work needs to be performed efficiently to avoid compromising operational safety. Additionally, there is constant interaction among AIS professionals, pilots, Operational Flight Dispatchers (OFD), and other users involved in aviation activities, to ensure that air traffic messages are analyzed and transmitted promptly and correctly. Conclusions: The study allowed for an analysis of the work of the AIS professional, who performs their activities in a complex environment, where they have to carry out numerous tasks with reduced time for decisions. Constant monitoring is necessary to assess the need for transformations that may impact the safety of air navigation.

Effectiveness of aerial wildlife crossings: Do wildlife use rope bridges more than hazardous structures to cross roads? / Eficacia de los pasos aéreos sobre carretera: ¿Cruza la fauna más por puentes de cuerda que por otras estructuras peligrosas?

Abstract Introduction: Although wildlife crossing structures have proven successful at reducing wildlife-vehicle collisions and linking fragmented habitat, their ability to prevent electrocutions of arboreal wildlife has not been closely examined. Objective: To evaluate the effectiveness of aerial rope bridges in restoring habitat connectivity for arboreal species in Manuel Antonio, Costa Rica, while preventing electrocutions by determining 1) what species are using the rope bridges and 2) whether wildlife prefer to use rope bridges instead of other hazardous structures that cross the roads (such as telephone cables, which are often in close proximity to electric wires). Methods: From January to May 2016, nine rope bridges along the highly-trafficked main road that extends from Quepos to Manuel Antonio, Costa Rica, were monitored using camera traps, and ten rope bridges were observed directly along a paved side road off the main road. Results: A total of 11 species were seen using the bridges, and 1 540 crossings were witnessed via camera traps and observations (1 234 via camera traps, 306 during observations). Results from a paired t-test showed no significant difference in the average number of individuals crossing the road via rope bridges versus telephone cables (t(8) = 1.027, P = 0.334). Conclusions: Rope bridges are used by a variety of arboreal wildlife species with a high degree of frequency; however, due to the equally high usage of telephone cables by arboreal wildlife, they are insufficient to prevent wildlife electrocutions on their own. Rope bridges should be installed in tandem with other methods to prevent electrocutions, such as insulating electric wires, to facilitate the safe passage of wildlife over roads.

Resumen Introducción: Aunque los pasos de fauna han demostrado ser exitosos para reducir las colisiones entre vehículos y vida silvestre y vincular el hábitat fragmentado, su capacidad para prevenir electrocuciones de la vida silvestre arbórea no se ha examinado a fondo. Objetivo: Evaluar la efectividad de los puentes aéreos de cuerdas para restaurar la conectividad del hábitat de las especies arbóreas en Manuel Antonio, Costa Rica y al mismo tiempo prevenir las electrocuciones al determinar 1) qué especies están usando los puentes de cuerda y 2) si la vida silvestre prefiere usar puentes de cuerda en lugar de otras estructuras peligrosas que cruzan las carreteras (como cables telefónicos, que frecuentemente están muy cerca de cables eléctricos). Métodos: De enero a mayo de 2016, se monitorearon nueve puentes de cuerda a lo largo de la carretera principal altamente transitada que se extiende desde Quepos a Manuel Antonio, Costa Rica, utilizando cámaras trampa y la observación directa en diez puentes de cuerda a lo largo de una carretera pavimentada más pequeña fuera de la carretera principal. Resultados: Se observaron un total de 11 especies utilizando los puentes y se presenciaron 1 540 cruces mediante cámaras trampa y observaciones (1 234 mediante cámaras trampa, 306 durante las observaciones). Los resultados de una prueba t pareada no mostraron diferencias significativas en el número promedio de individuos que cruzan la carretera a través de puentes de cuerda versus cables telefónicos, t (8) = 1.027, P = 0.334. Conclusiones: Los puentes de cuerdas son utilizados por una variedad de especies de vida silvestre arbóreas con un alto grado de frecuencia; sin embargo, debido al uso igualmente elevado de cables telefónicos por parte de la vida silvestre arbórea, se considera que son insuficientes para prevenir las electrocuciones de la vida silvestre por sí solas. Los puentes de cuerda deben instalarse junto con otros métodos para evitar electrocuciones, como cables eléctricos aislados, para facilitar el paso seguro de la vida silvestre por las carreteras.

Prolonged nasotracheal intubation in recurrent papillary thyroid carcinoma

Endotracheal intubation is usually the preferred technique of securing a compromised airway. In prolonged intubation, a tracheostomy is usually created to avoid complications of prolonged ventilation. However, the condition of the patient or the disease itself sometimes does not permit this conversion. Therefore keeping the tube in situ for prolonged durations may be needed. We report the case of a 62-year-old Malay man with recurrent papillary carcinoma of thyroid involving the trachea that was managed with the use of nasotracheal intubation for stenting the airway.