ABSTRACT
O tratamento não-invasivo está dirigido aos pacientes sintomáticos, após estratificação para o risco de morte súbita. São utilizados, como primeira opção, betabloqueadores ou verapamil, assim como disopiramida. Com essas medicações, consegue-se a melhoria dos sintomas em aproximadamente 95 por cento dos pacientes. A amiodarona deverá ser utilizada na presença de arritmias ventriculares complexas ou para tratamento e prevenção da fibrilação atrial. Em caso de fibrilação atrial crônica, haverá necessidade de se utilizar a warfarina; na presença de obstrução ou insuficiência mitral, profilaxia para endocardite infecciosa. Um pequeno e importante subgrupo de pacientes é refratário ao tratamento não-invasivo. Naqueles que apresentam gradiente > 50 mmHg (formas obstrutivas), está indicada a cardiomiectomia transvalvular aórtica, que vem sendo realizada desde 1960 com bons resultados e mortalidade cirúrgica inferior a 5 por cento, ou a oclusão do ramo septal da artéria coronária descendente anterior pelo álcool. Nos pacientes sem obstrução e em fase avançada da doença, com dilatação e disfunção sistólica, a única opção é o transplante cardíaco, com indicação restrita e pequena experiência na literatura.