ABSTRACT
A Vagotomia Gástrica Proximal (VGP) constitui importante altenativa cirúrgica no tratamento da Ulcera Duodenal (UD), sendo a recidiva ulcerosa seu principal efeito indesejável. Na presente pesquisa, objetivou-se avaliar a importância da associaçäo da manobra de Rosati à eventual reduçäo no índice de recidiva ulcerosa após emprego da VGP. Avaliaram-se, para tal, comparativamente 26 pacientes submetidos à VGP por UD, sendo 13 operados pela VGP clásica (VGP-C) e 13 pela VGP ampliada com secçäo do nervo de Rosati (VGP-R). Realizou-se análise estatística (p<0,05) do padräo clínico, morfológico, secretor e hormonal gástrico segundo as seguintes variáveis: 1) Avaliaçäo clínica: 2) Dosagem da secreçäo ácida gástrica em situaçäo basal e após estímulo com pentagastrina; 3) Dosagem do pepsinogênio sérico basal e aos 60 e 90 minutos após mesmo estímulo; 4) Dosagem da gastrinemia basal e após 15, 30, 45 e 60 minutos de estímulo com refeiçäo simulada; 5) Padräo endoscópico pós-operatório; 6) Prova do Vermelho Congo. O seguimento pós-operatório médio foi de 18 meses (12 a 36 meses). Observou-se näo haver diferença estatisticamente significante entre as duas variantes técnicas operatórias em todos os parâmetros estudados. Fez exceçäo a prova do Vermelho Congo, onde os pacientes submetidos a VGP-R apresentaram áreas de viagem significativamente e paradoxalmente maior do que aqueles operados pela técnica clássica, na regiäo da grande curvatura gástrica. Desde que a VGP-R apresentou resultados semelhantes aos da VGP-C, do ponto de vista clínico, morfológico e da secreçäo ácida e hormonal do estômago, no tratamento eletivo da UD crônica, concluiu-se que a associaçäo da manobra de Rosati näo proporciona maior eficiência à VGP, sendo, portanto, procedimento desnecessário