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1.
Psicol. rev. (Belo Horizonte) ; 26(1): 299-324, jan.-abr. 2020. ilus
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1507200

ABSTRACT

Nos últimos anos, tornou-se lugar comum declarar que a dominação ocorre por meio de eixos múltiplos, em que gênero, classe, raça e sexualidade se interseccionam um com o outro. Ainda que haja muitos trabalhos empíricos interessantes produzidos a partir da premissa da interseccionalidade, raramente estes se encontram vinculados à tradição anarquista que os precede. Neste artigo, gostaria de articular esse ponto, mostrando a utilidade, mas também os limites da noção de interseccionalidade, para entender os mecanismos de dominação e, depois, discutir a necessidade de um programa de pesquisa anarcofeminista. Em segundo lugar, tentarei fornecer a estrutura filosófica para tal empreendimento, argumentando que é na ontologia spinozista do transindividual que podemos encontrar os recursos conceituais para pensar sobre a natureza plural dos corpos das mulheres e, portanto, sobre sua opressão. Isso permitirá que eu tente articular a questão de “o que significa ser uma mulher” em termos pluralistas e, assim, também defender uma forma especificamente feminista de anarquismo. Concluindo, retomarei a tradição anarcofeminista para demonstrar por que ela é hoje a melhor aliada possível do feminismo na busca de uma teoria crítica da sociedade.


In the last few years, it has become a common place to state that domination takes place through a multiplicity of axes, where gender, class, race, and sexuality intersect with one another. While a lot of insightful empirical studies have been developed based on intersectionality, they are rarely linked to the anarchist tradition that preceded them. In this article, I would like to approach this point showing the usefulness but also the limits of the notion of intersectionality, so as to understand the mechanisms of domination and then debate on the need of an anarchafeminist research program. Secondly, I will try to provide the philosophical framework for such an enterprise by arguing that it is in a Spinozist ontology of the transindividual that we can best find the conceptual resources for thinking about the plural nature of women’s bodies and thus of their oppression. This will allow me to attempt to approach the issue “what it means to be a woman” in pluralistic terms and thus also defend a specifically feminist form of anarchism. Finally, I will go back to the anarchafeminist tradition in order to demonstrate why, nowadays, it is the best possible ally of feminism in the pursuit of a critical theory of society.


En los últimos años, se ha convertido en un lugar común declarar que la dominación ocurre a través de múltiples ejes, en que género, clase, raza y sexualidad se intersectan. Aunque existan muchas obras empíricas interesantes basadas en la premisa de la interseccionalidad, estas raras veces están vinculadas a la tradición anarquista que las precede. En este artículo, me gustaría articular este punto mostrando la utilidad, pero también los límites de la noción de interseccionalidad, para comprender los mecanismos de dominación y luego discutir la necesidad de un programa de investigación anarco-feminista. En segundo lugar, trataré de proporcionar el marco filosófico para tal obra, argumentando que es en la ontología espinosista de lo transindividual donde podemos encontrar los recursos conceptuales para pensar sobre la naturaleza plural de los cuerpos de las mujeres y, por lo tanto, sobre su opresión. Esto me permitirá tratar de articular la cuestión de “qué significa ser mujer” en términos pluralistas, y así también defender una forma específicamente feminista de anarquismo. En conclusión, volveré a la tradición anarco-feminista para demostrar por qué es hoy el mejor aliado posible del feminismo en la búsqueda de una teoría crítica de la sociedad.


Subject(s)
Feminism , Communism , Demoralization
2.
Psicol. ciênc. prof ; 39(spe3): e228550, 2019.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1135829

ABSTRACT

O presente artigo analisa alguns elementos concernentes ao embate atual no campo legal brasileiro em relação às "terapias de conversão". É apresentado inicialmente um breve panorama da patologização das sexualidades dissidentes para, em seguida, descrever tal processo em relação às homossexualidades em específico. Na sequência, é feita uma descrição e análise histórica das terapias de reversão da orientação sexual, em especial nos EUA e no Brasil, seguida da discussão sobre as "terapias de conversão", de base religiosa, e do enfrentamento de seus proponentes com os conselhos profissionais nestes mesmos países. Ao final, são analisados aspectos concernentes aos discursos presentes em Ação Popular recente contra a Resolução no 001/1999, do CFP, apontando-se alguns elementos para se pensar estratégias de enfrentamento da disseminação destas terapias. Dentre eles, destacam-se: a necessidade de desconstrução do argumento da liberdade individual, utilizado pelos defensores destas terapias; a problematização do uso da "ciência" como argumento central pelos conselhos de classe nesse embate jurídico, uma vez que tais práticas foram sustentadas historicamente por argumentos "científicos" de sua época; e a necessidade do debate se centralizar nas questões éticas que envolvem tais práticas a partir do conceito de laicidade, tendo em vista que os discursos jurídicos e científicos se mostraram em muitos momentos históricos inseparáveis das concepções de base religiosa.(AU)


The present article analyzes some elements concerning the current clash in the Brazilian legal field in relation to "conversion therapies". A brief overview of the pathologization of dissident sexualities is presented initially and then this process is described especially in relation to homosexuality. After this, the paper presents a description and historical analysis of sexual orientation reversion therapies, especially in the USA and Brazil, followed by the discussion of religiously based "conversion therapies" and the confrontation of their proponents with professional counseling in these countries. Finally, aspects related to the discourses present in the recent Popular Action against Resolution 001/1999 of the CFP are analyzed, pointing out some elements for the analysis of the coping strategies of the dissemination of these therapies. Among them, the following stand out: the need to deconstruct the arguments of individual freedom used by proponents of these therapies; the problematization of the use of "science" as central argument by the class councils in this juridical attack, since such practices were supported historically by "scientific" arguments of its time; and the need to focus on the ethical issues surrounding such practices, based on the concept of secularity, given that legal and scientific discourses have been shown in many historical moments inseparable from conceptions of religious basis.(AU)


El presente artículo analiza algunos elementos relacionados con el choque actual en el campo legal brasileño con respecto a las "terapias de conversión". Se presenta una breve descripción de la patologización de las sexualidades disidentes, y luego se describe en relación con homosexualidades específicas. A continuación, se presenta una descripción histórica y un análisis de las terapias de inversión de la orientación sexual, particularmente en EE. UU. y en Brasil, seguida de una discusión sobre las "terapias de conversión" basadas en la religión y la confrontación de sus defensores con los consejos profesionales en estos mismos países. Al final, se analizan aspectos relacionados con los discursos presentes en la reciente Acción Popular contra la Resolución 001/1999, del CFP señalando algunos elementos para pensar en estrategias para hacer frente a la difusión de estas terapias. Entre ellos, destacan los siguientes: la necesidad de desconstrucción del argumento de la libertad individual, utilizado por los defensores de estas terapias; la problematización del uso de la "ciencia" como argumento central por parte de los consejos de clase en este choque legal, ya que tales prácticas fueron históricamente apoyadas por argumentos "científicos" de su tiempo; y la necesidad del debate para centrarse en los problemas éticos que rodean a tales prácticas desde el concepto de secularismo, dado que los discursos legales y científicos se han mostrado en muchos momentos históricos inseparables de concepciones basadas en la religión.(AU)


Subject(s)
Humans , Male , Female , Therapeutics , Homosexuality , Conversion Disorder , Factitious Disorders , Medicalization , Sexual and Gender Minorities , Anxiety , Pathologic Processes , Pathology , Personal Satisfaction , Placebos , Prejudice , Sex Work , Psychoanalysis , Psychology , Psychology, Social , Psychosurgery , Psychotherapy , Public Opinion , Punishment , Reinforcement, Social , Religion and Medicine , Religion and Psychology , Religion and Science , Religion and Sex , Sex , Authoritarianism , Social Adjustment , Social Class , Social Control, Formal , Social Control, Informal , Social Justice , Social Problems , Social Sciences , Speech , Stress Disorders, Post-Traumatic , Stress, Psychological , Taboo , Temperament , Transsexualism , Violence , Women , Women's Rights , Behavior and Behavior Mechanisms , Pregnancy , Bisexuality , Attitude , Family , Marriage , Homeopathic Cure , Records , Sex Characteristics , Intergenerational Relations , Coercion , Survivors , Combat Disorders , Homosexuality, Female , Sexuality , Feminism , Life , Address , Heterosexuality , Sexual and Gender Disorders , Critical Care , Cultural Evolution , Personal Autonomy , Behavior Control , Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders , Vulnerable Populations , Human Rights Abuses , Racial Groups , Depersonalization , Depression , Reproductive Rights , Diagnosis , Alcoholic Beverages , Electroshock , Emotions , Empathy , Population Studies in Public Health , Resilience, Psychological , Femininity , Masculinity , Hermaphroditic Organisms , Homophobia , Sexism , Social Discrimination , Transgender Persons , Social Norms , Gender Dysphoria , Psychological Trauma , Censorship, Research , Conservative Treatment , Political Activism , Cisgender Persons , Transphobia , Androcentrism , Gender Stereotyping , Respect , Demoralization , Gender Identity , Empowerment , Intersex Persons , Psychosocial Functioning , Social Evolution , Emotional Abuse , Pseudoscience , Gender Equity , Freedom of Religion , Genetics , Citizenship , Family Support , Gender-Nonconforming Persons , Voting , Human Plurality , Guilt , Hate , History , Hospitals, Psychiatric , Household Work , Hysteria , Inhibition, Psychological , Jurisprudence , Life Change Events , Masturbation , Mental Disorders , Intellectual Disability , Minority Groups , Morale
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