ABSTRACT
OBJECTIVE: To determine the survival rate according to the main findings of emergency electroencephalography (EEGs) of patients treated in a tertiary hospital. METHOD: In this prospective study, the findings of consecutive emergency EEGs performed on inpatients in Hospital de Base in São José do Rio Preto, Brazil were correlated with survival utilizing Kaplan-Meyer survival curves. RESULTS: A total of 681 patients with an average age of 42 years old (1 day to 96 years) were evaluated, of which 406 were male. The main reasons for EEGs were epileptic seizures (221 cases), hepatic encephalopathy [116 cases of which 85 (73.3 percent) were men, p-value=0.001], status epilepticus (104 cases) and impaired consciousness (78 cases). The underlying disease was confirmed in 578 (84.3 percent) cases with 119 (17.5 percent) having liver disease [91 (76.0 percent) were men, p-value=0.001], 105 (15.4 percent) suffering strokes, 67 (9.9 percent) having metabolic disorders, 51 (7.5 percent) central nervous system infections and 49 (7.2 percent) epilepsy. In the three months following EEG, a survival rate of 75 percent was found in patients with normal, discreet slow activity or intermittent rhythmic delta activity EEGs, of 50 percent for those with continuous delta activity and generalized epileptiform discharges, and of 25 percent for those with burst-suppression, diffuse depression, and in alpha/theta-pattern coma. Death was pronounced immediately in patients with isoelectric EEGs. CONCLUSION: The main findings of EEGs, differentiated different survival rates and are thus a good prognostic tool for patients examined in emergencies.
OBJETIVO: Determinar a taxa de sobrevivência (TS), segundo os principais achados de eletrencefalograma de urgência (E-EEG), dos pacientes atendidos nas emergências de hospital de alta complexidade. MÉTODO: Estudo prospectivo, por ordem de chegada, da correlação entre os achados de E-EEG, feitos nos pacientes à beira do leito, com TS, utilizando-se as curvas de sobrevidas de Kaplan Meyer no Hospital de Base de São José do Rio Preto, São Paulo/Brasil. RESULTADOS: Foram estudados 681 pacientes, dos quais 406 (59,6 por cento) masculinos, com idade média de 42 anos (1 dia a 96 anos). As principais motivações para o E-EEG foram crises epilépticas (221 casos), encefalopatia hepática [(116 casos, dos quais 85 masculinos (73,3 por cento), p= 0,001]; estado de mal epiléptico 104 e rebaixamento de consciência 78. O diagnóstico da doença de base foi confirmado em 578 (84,3 por cento), sendo 119 (17,5 por cento) hepatopatia, dos quais 91 (76, por cento) masculinos, p= 0,001; 105 (15,4 por cento) acidente vascular encefálico; 67 (9,9 por cento) distúrbio metabólico; 51 (7,5 por cento) infecção do sistema nervoso central e 49 (7,2 por cento) epilepsia. TS de 75 por cento nos três primeiros meses foi encontrada nos pacientes com E-EEG com alentecimento discreto ou com atividade delta rítmica intermitente. TS por volta de 50 por cento nos três meses foi encontrado nos pacientes com E-EEG com delta contínuo, crítico e com descargas periódicas. A TS foi menor que 25 por cento nos dois primeiros meses após E-EEG, nos pacientes com E-EEG com surto/supressão, com depressão difusa e com comas alfa/teta e 0 por cento nos E-EEG iselétricos. CONCLUSÃO: O E-EEG, com seus principais achados, foi capaz de diferenciar as diversas taxas de sobrevivências na amostra estudada, constituindo-se, portanto, bom instrumento de prognóstico para pacientes atendidos nas unidades de emergência hospitalar.