Orientações de enfermagem no pré-operatório do paciente submetido á cirurgia cardíaca: avaliação no pós-operatório tardio / Nursing orientations to the pre-surgery of patient submitted to heart surgery: evaluation in the late post-surgery

A visita pré-operatória tem sido realizada pelas enfermeiras do Centro Cirúrgico do Instituto Dante pazzanese de Cardiologia em resposta à desinformação sobre a cirurgia e os cuidados no pré, trans e pós-operatório. Os objetivos deste estudo são:verificar se as orientações feitas pela pesquisadora no pré-operatório foram assimiladas no pós-operatório tardio pelos pacientes, averiguar a opinião dos pacientes cristãos sobre o apoio espiritual oferecido e sobre a participação de um familiar como acompanhante, no período de intemação. A amostra foi constituída de 51 pacientes . Foram elaborados dois instrumentos de coleta de dados.Os dados foram analisados descritivamente e os resultados de maior destaque foram: local e freqüência da deambulação (86,3%) e lavagem da cabeça (82,4%). Respostas parcialmente adequadas sobre: necessidade do curativo (90,3%),motivo da tosse (86,3%), conceito de movimentação (86,3%) e o que a enfermeira avaliou no primeiro curativo (80,4%). Houve predominância de dor na região esternal (65,0%). A ação de enfermagem para o alívio da dor foi administração de medicação pelo auxiliar ou enfermeiro(73,6%). A medida mais executada pelos pacientes para o alívio da dor foi pedir medicação (65,9%). A prescrição de enfermagem mais encontrada para alívio da dor foi: valorizar queixas álgicas e se presente classificar de 1 a 10 e avisar a enfermeira para analgesia (80,0%). A medida que a enfermeira mais executou para o alívio da tosse foi prescrever inalação (100,0%) e pedir para os pacientes tossirem e expelirem a secreção (82,3%). As prescrições de enfermagem para o alívio da tosse foram: fazer inalação com 5 ml de soro fisiológico 0,9% 4x/dia (100%) e estimular deambulação (80,0%). Dentre os 51 pacientes cristãos, 84,4%aceitaram a leitura da mensagem espiritual. Quanto à percepção que eles tiveramsobre a leitura da mensagem espiritual: 35,0% sentiram que seria uma oportunidade para seu fortalecimento e 34,9% dos pacientes relataram que este era um cuidado individualizado. No que se refere a presença de um acompanhante no pós-operatório, 100,0% dos pacientes referiam que foi fundamental para sua recuperação. Concluiu-se que as orientações feitas pela enfermeira na visita préoperatória foram valorizadas pelos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, pois êles conseguiram colocá-Ias em prática no pós-operatório tardio...

Cuidar/cuidado no centro cirúrgico: uma esperança ou uma realidade na prática da enfermagem / Caring/care in surgical center: a hope or a reality in nursing practice

Este estudo surgiu da minha necessidade de procurar uma forma alternativa de fazer Enfermagem em Centro Cirúrgico (CC) e, para tanto, iniciei pela busca junto ao paciente (ser-cuidado) do que ele percebeu como Cuidado em seu período de transoperatório, isto é, desde o momento em que foi recebido no CC até o momento em que foi liberado para a Sala de Recuperaçao Pós-Anestésica (SRPA), utilizando o Referencial Teórico Cuidar/Cuidado. O estudo, de caráter exploratório, colheu as percepçoes dos pacientes através de uma entrevista semi-estruturada, que constou do instrumento utilizado por Neves-Arruda et al. (1995) com adaptaçao para pacientes adultos. A análise das informaçoes foi feita através do método de Análise de Conteúdo, segundo Bardim (1977). Das categorias iniciais emergidas da identificaçao do tema nos depoimentos, foram feitos agrupamentos, dando origem a quatorze (14) categorias intermediárias (proteçao, ajuda, satisfaçao de necessidades, presença, tranqüilidade, carinho, atençao, segurança, tecnologia, preocupaçao, conforto facilitaçao, desatençao e ausência), as quais foram relacionadas à classificaçao epistemologica do Cuidar/Cuidado de Morse et al. (1990) e que constituíram as categorias finais do estudo, quais sejam, o Cuidado como: imperativo moral ou ideal, sentimento, relacionamento interpessoal, intervençao terapêutica, característica humana e a anti-categoria do cuidado, o Nao-Cuidado Todos os pacientes entrevistados deram nota dez (10) ao Cuidado recebido no CC, assim como referiram terem se sentido bem-cuidados, em geral por todos os elementos presentes no setor. O estudo evidenciou, através das categorias intermediárias, uma maior ênfase na área expressiva do Cuidado. Houve ainda a expressao dos seres-cuidados em relaçao a como se sentiram cuidados no CC e por quem, subsidiando, assim, de alguma forma, como deve(ria) ser o trabalho da Enfermagem no CC para atender suas necessidades no período do trnasoperatório. Frente ao que o estudo revela, surgiram alguns questionamentos quanto ao papel e natureza do trabalho da enfermeira em relaçao ao Cuidado.

Assistência de enfermagem no período transoperatório / Nursing care in the intra operative period

Discute-se a assistência de enfermagem ao paciente durante o período transoperatório, isto é, desde quando é recebido no centro cirúrgico até o momento que, já operado, é transferido da sala de operaçöes para a sala de recuperaçäo pós-anestésica. Situam esta assistência dentro de uma Sistemática de Assistência de Enfermagem Perioperatória, a qual está baseada numa filosofia que representa a operacionalizaçäo de conceitos de assistência integral, continuada, participativa, individualizada, documentada e avaliada