ABSTRACT
A partir da situaçäo de conjuntura do final dos anos 70, início dos 80, é apresentada a emergência do movimento em que a rede de serviços de saúde pública da Secretaria de Saúde do Estado de Säo Paulo incorpora e nucleia atividades de atençäo ao trabalhador mediante açöes de Vigilância Epidemiológica/Sanitária aliadas à participaçäo dos trabalhadores organizados, o que passou a ser chamado Programa de Saúde dos Trabalhadores (PSTs). Na falta de uma institucionalizaçäo claramente definida, a proposta dos PSTs, apesar de no discurso situar-se como prioridade, sofre uma crise enquanto prática de saúde coletiva e adquire características que reproduzem a lógica dos serviços de medicina de empresa. Na análise, enquanto parte do processo de Reforma Sanitária, constata o retrocesso da concepçäo, abrangência e impacto do PSTs no Estado de Säo Paulo e pontua os equívocos que promovem a involuçäo e descaracterizaçäo da proposta original, ao mesmo tempo que vislumbra a municipalizaçäo um potencial de superaçäo