ABSTRACT
Examinando, ao microscópico óptico comum, Penicillium marneffei Segretain, 1959, amostra isolada de um paciente francês com AIDS, apó seu retorno da Indonésia (Ancelle e dols), cultivada em ágar-Sabouraud a 37-C, após 14 dias de incubaçäo, verificamos ao lado de formas de frutificaçäo caracteristicas do gênero Penicillium, clamidoconídios de parede espessa, com septaçöes transversais formando dois a três elementos fúngicos. Estes foram semelhantes aos observados por Drouhet e cols. quando estudaram à microscopia eletrônica as formas parasitárias desse microrganismo no hamster dourado inoculado com a referida amostra. Justifica-se este trabalho para mostrar que, tanto em vida parasitária como em vida saprofítica os clamidoconídios com parede espessa e septos transversais ocorrem com freqüência, näo havendo brotamento como em casos de histoplasmose clássica, em sua forma parasitária. Graças a este tipo de reproduçäo, podemos separar a histoplasmose da peniciliose pelo Penicillium marneffei com a qual as duas infecçöes podem se confundir ao exame histopatológico. Na histoplasmose, os fungos näo se dividem por fissäo binária