ABSTRACT
Avaliou-se o perfil de prescrições medicamentosas em serviço de farmácia hospitalar, com dados retrospectivos provenientes de amostra sistematicamente obtida de 667 prescrições médicas. Utilizou-se como indicador da qualidade assistencial ao paciente o cumprimento pelos prescritores dos aspectos legais de identificação do paciente, do prescritor e dados relacionados com medicamentos. Observaram-se omissões de dados imprescindíveis para um boa asssistência ao paciente, como a inexistência do nome do paciente (3,5 por cento) inexistência de identificação do nome do prescritor (45,2 por cento), inexistência da forma farmacêutica dos medicamentos prescritos (54,3 por cento) e a não explicitação de dose a ser administrada (70,6 por cento). Discute-se que a omissão de tais dados e tais índices apresentados pode implicar eventos graves como a administração de medicamentos errados em doses erradas e para pacientes errados, gerando iatrogenias desnecessárias, que podem aumentar o tempo de internação dos pacientes, aumentar os custos para manejos destas iatrogenias, diminuindo, assim, a qualidade assistencial ao paciente, piorando sua qualidade de vida e onerando o sistema sanitário. Conclui-se que a educação através de atenção específica é estratégia básica para a melhoria desta qualidade assistencial.