O uso do misoprostol para indução do parto de feto vivo / The misoprostol use in labor initiation with live fetus

A partir da década de 1980, o misoprostol inicialmente usado em Gastroenterologia, logo foi adotado para uso obstétrico, tanto legal quanto ilegal. De droga vista com desconfiança inicialmente, tornou-se método de escolha nos melhores centros obstétricos. Este estudo teve como objetivo uma atualização do uso do misoprostol para a indução do parto de feto vivo nas várias vias e formas de aplicação. Foi feita uma avaliação das várias vias de aplicação e as dosagens recomendadas pelos autores referendados, com análise crítica da sua efetividade. Conclui-se pela efetividade e segurança do método, ser no momento o método recomendado pelo Ministério da Saúde e pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

From the 1980s, misoprostol used initially in Gastroenterology, was soon adopted for obstetrics use, legal or illegal. It was considered an unbelieved drug at the begining, but now is the first choice in the best obstetric centers. The purpose of this study was to update the misoprostol use in labor induction with live fetus, at several ways and administration forms. An evaluation of the several administration ways and of the recommended doses by referenced authors was done, with critical analysis of its efficacy. By the method's effectiveness and security it was concluded that the misoprostol is recommended to labor induction for the Brazylian Health Minister, and the Brazilian Federation of Gynecology and Obstetrics.

Uso do Misoprostol para indução do parto / Misoprostol for labor induction

O Misoprostol, análogo sintético da PGE1, vem sendo usado para indução do parto desde 1991. Diversos ensaios clínicos têm comprovado sua efetividade em comparação a outros métodos de indução, como ocitocina, prostaglandina E2 vaginal, cateter de Foley e solução salina extra-amniótica. Na revisão sistemática disponível na Biblioteca Cochrane, conclui-se que o misoprostol é mais efetivo que os métodos convencionais para amadurecimento do colo e indução do parto. A taquissistolia, entretanto, é mais freqüente com o misoprostol, embora não tenham sido demonstrados efeitos perinatais adversos decorrentes da hiperatividade uterina. Diversos esquemas posológicos e vias de administração estão disponíveis, mas a via vaginal oferece vantagens em relação à oral, devido a um perfil farmacocinético mais favorável. A dose de 50 ug via vaginal resulta em intervalo mais curto até o parto, porém o risco de taquissistolia e hiperatividade é menor com a dose de 25 ug. Desta forma, a recomendação American College of Obstetricians and Gynecologists, é que se utilizem doses mais baixas, como 25 ug a cada três a seis horas. Recentemente, outras vias de administração têm sido propostas (sublingual, bucal, retal), sendo necessários ensaios clínicos controlados comparando as diversas vias e esquemas

Misoprostol y embarazo / Misoprostol and pregnancy

Se analiza el uso de la droga Misoprostol en el área obstétrica: Aborto. Inducción de parto. Sangramiento post parto. Se describen ventajas, desventajas, dosificación y contraindicaciones

Prostaglandina E2 intracervical como preinductor del trabajo de parto en pacientes con muerte fetal pretérmino / Prostaglandin E2 intracervical as pre -inducer of labour in patients with pre-term fetal death

Se realizó un estudio comparativo para evaluar los efectos de la PGE2 como preinductor; en el Instituto Nacional de Perinatología, de febrero de 1992 a diciembre de 1993. En él se incluyeron pacientes con muerte fetal de la semana 21 a la 36 de la gestación, con un índice de Bishop menor o igual a 4. Se dividieron en 2 grupos: 23 pacientes en Grupo A con edad gestacional de 21 a 27 y 22 paciente en Grupo B de 28 a 36 semanas de gestación. En ambos grupos se aplicó la dinoprostona, análogo sintético de la PGE2 en gel intracervical y se evaluó la respuesta después de una aplicación. El intervalo inducción-explusión en el grupo A fue de 12 h y en su control de 24 h con una diferencia estadísticamente significativa de P < 0.001. En el grupo B el intervalo inducción-explusión fue de 9 h y en el grupo testigo de 16.5 h observándose igualmente una diferencia estadísticamente significativa con un P< 0.001. Con los hallazgos mencionados se puede concluir que la dinoprostona (PGE2) en dosis única de 0.5 mg por vía intracervical, como preinductor del trabajo de parto acorta el intervalo inducción-explusión

Uso do misoprostol para induçäo do parto com feto morto / Use of misoprostol for labor induction with stillbirth

Utilizou-se o misoprostol por via oral em 20 casos de óbito intra-uterino e condiçöes cervicais desfavoráveis. O esquema adotado foi de 0,4mg cada quatro horas. A expulsäo do concepto ocorreu em 100% dos casos. A dose total média foi de l,0mg e o tempo médio entre o início da induçäo e a expulsäo foi de 9h e 12min. Os efeitos colaterais limitaram-se a vômitos (1 caso), diarréia (2 casos), vômitos e diarréia (1 caso), hipertermia (1 caso) e elevaçäo discreta da pressäo arterial em três pacientes previamente hipertensas. Em dois casos foi também utilizada ocitocina intravenosa e, em 11, permaneceram restos ovulares. Tais resultados mostram que o misoprostol por via oral é altamente eficiente para se obter a expulsäo do concepto morto, com reduzidos efeitos colaterais