ABSTRACT
A análise das frequências da troca de cromátides irmäs (SCE) em estudos de populaçöes humanas é discutida levando em conta: as frequências de SCE em uma populaçäo de floricultores expostos á pesticidas; 2) a distribuiçäo das frequências de SCE; 3) o numero de células contadas por indivíduo e 4) a proporçäo com altas frequências de SCE (HFC). Dados sobre SCE foram obtidos a partir de uma amostra de 14 floricultores com sintomas de intoxicaçäo crônica e 13 sem. Esses resultados foram comparados com aqueles obtidos de uma amostra de doadores näo expostos. Para a análise das frequências de SCE em floricultores sintomáticos e näo sintomáticos, o uso de testes estatísticos paramétricos e näo paramétricos, bem como uma comparaçäo das curvas de distribuiçäo das frequências de SCE säo discutidas. Sendo que nenhum aumento da frequência de SCE seria esperado em estudos de populaçöes, a utilidade dos diferentes métodos combinados com a comparaçäo das curvas de distribuiçäo é demonstrada para a detecçäo de pequenas diferenças significativas. Nos floricultores e nos doadores näo expostos, as frequências de SCE seguiram uma distribuiçäo binomial negativa, tendo pouca correlaçäo com a distribuiçäo de Poisson. Isto confirma a utilidade dos testes estatísticos para a análise dos dados obtidos. As frequências de SCE de 20 indivíduos após 20, 25, 30 e 50 células foram analisadas para determinar se o numero de células a serem contadas por indivíduo dependem do tamanho da amostra da populaçäo. Finalmente a detecçäo das células com altas frequências de SCE pode ser usada com uma grande amostra e um grande numero de células examinadas por indivíduo