ABSTRACT
Resumen Este artículo pretende analizar los aportes de Mouffe y Laclau desde el posmarxismo, la democracia agonista y la lógica populista que innovaron sobre los modos de construir identidades colectivas y viabilidad política. Se indaga sobre la potencia de estas teorías para el desarrollo micropolítico de la gestión en salud. Las contribuciones teóricas ubican a las pasiones como la fuerza motora de la política; proponen sublimar los conflictos en acción por medio de canales institucionales; establecen a las prácticas hegemónicas como la capacidad de articular demandas heterogéneas; y explican la capacidad de configurar una identidad colectiva con un liderazgo contingente. Las particularidades del trabajo en salud, como la condición artesanal, los márgenes de autonomía, el ejercicio micropolítico para su desarrollo y la organización como una burocracia profesional, habilitan que las propuestas puedan ser llevadas a la práctica. Se señala que la experiencia de construir identidades al interior de la organización desde un lazo afectivo y la vehiculización de las demandas insatisfechas invitan a reducir el malestar en los servicios y a promover un posicionamiento de transformación.
Abstract The purpose of this article is to analyze the contributions of Mouffe and Laclau from post-Marxism, agonist democracy, and populist logic that innovated the ways of building collective identities and political viability. The potency of these theories for the micropolitical development of health management was investigated. The theoretical contributions indicate passion as the driving force of politics; they propose to sublimate conflicts into action via institutional channels, establish hegemonic practices as the capacity to articulate heterogeneous demands, and explain the capacity to configure a collective identity with a contingent leadership. The particularities of health work such as the hands-on approach, the margins of autonomy, the micropolitical exercise for its development and the organization as a professional bureaucracy, enable the proposals to be put into practice. We point out that the experience of building identities within the organization from an affective bond and the vehiculation of unmet demands reduces the discomfort in the services and promotes a stance of transformation.
Subject(s)
Politics , Sociology, Medical , Health Services Administration , Health Workforce , Health PolicyABSTRACT
Este artigo pretende compreender as concepções de profissionais da gestão e dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre Educação Permanente em Saúde (EPS), bem como seus desafios e potencialidades. Utilizou-se de grupo focal para coleta, seguido de análise lexical do tipo classificação hierárquica descendente com auxílio do software Iramuteq. Os resultados delinearam quatro classes: a) EPS - entendimentos e expectativas; b) entraves à EPS; c) ETSUS e EPS por meio de cursos e capacitações; e d) dispositivos de EPS: potencialidades e desafios. Os participantes apontaram equívocos de entendimentos acerca da EPS ao equipará-la à Educação Continuada (EC) voltada à transferência de conteúdo, com repercussões negativas na prática de EPS. Discute-se o risco em centralizar o responsável pela concretização dessa proposta, que deveria ser coletiva e compartilhada entre diferentes atores. Reivindica-se, portanto, uma produção colaborativa, que possa circular entre os envolvidos, de modo que cada um experimente esse lugar e se aproprie da complexidade de interações propiciadas pela Educação Permanente em Saúde.(AU)
This article aims to understand the conceptions of professionals from the management and services of the Unified Health System (SUS) on Permanent Education in Health (EPS), as well as its challenges and potential. A focus group was used for data collection, followed by a lexical analysis of the descending hierarchical classification type using the Iramuteq software. The results delineated four classes: a) EPS - understandings and expectations; b) obstacles to EPS; c) ETSUS and EPS by courses and training; and d) EPS devices: potentialities and challenges. Participants pointed out misunderstandings about EPS, when equating it with Continuing Education (CE) focused on content transfer, with negative repercussions on EPS practice. The risk of centralizing the person responsible for implementing this proposal, which should be collective and shared among different actors, is discussed. Therefore, a collaborative production is claimed for, which can circulate among those involved, so that each one experiences this place and appropriates the complexity of interactions provided by Permanent Education in Health.(AU)
Este artículo tiene por objetivo comprender las concepciones de los profesionales de la gestión y servicios del Sistema Único de Salud (SUS) sobre Educación Continua en Salud (EPS), así como sus desafíos y potencialidades. Se utilizó un grupo focal para la recolección de datos, seguido por un análisis léxico del tipo clasificación jerárquica descendente con la ayuda del software Iramuteq. Los resultados delinearon cuatro clases: a) EPS: entendimientos y expectativas, b) Barreras para EPS, c) ETSUS y EPS a través de cursos y capacitación, y d) Dispositivos EPS: potencialidades y desafíos. Los participantes informaron que existen malentendidos sobre EPS al equipararla a Educación Continua, con repercusiones negativas en la práctica de EPS, orientada a la transferencia de contenidos. Se discute el riesgo de elegir a un solo organismo como responsable de implementar esta propuesta colectiva, que debería ser colectiva y compartida entre los diferentes actores. Se aboga por un liderazgo colaborativo, que pueda circular entre los involucrados, para que cada uno experimente este lugar y se apropie de la complejidad de interacciones que brinda la Educación Continua en Salud.(AU)
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Unified Health System , Health Management , Education, Continuing , Organizational Innovation , Organizational Objectives , Patient Care Team , Personnel Management , Primary Health Care , Professional Practice , Psychology , Public Policy , Quality Assurance, Health Care , Quality of Health Care , Schools , Audiovisual Aids , Self-Help Devices , Social Control, Formal , Social Welfare , Sociology, Medical , Specialization , Task Performance and Analysis , Teaching , Decision Making, Organizational , National Health Strategies , Health Surveillance , Health Infrastructure , Complementary Therapies , Organizational Culture , Health Education , Nursing , Health Personnel , Total Quality Management , Health Care Reform , Community Mental Health Services , Knowledge , Health Equity , Curriculum , Voluntary Programs , Education, Medical, Continuing , Education, Nursing, Continuing , Education, Professional , Education, Professional, Retraining , Emergency Medical Services , Humanization of Assistance , Planning , Health Care Facilities, Manpower, and Services , Clinical Governance , Capacity Building , Health Communication , Integrality in Health , Psychiatric Rehabilitation , Work Performance , Interdisciplinary Placement , Burnout, Psychological , Shared Governance, Nursing , Interprofessional Education , Working Conditions , Governing Board , Health Facility Administrators , Health Policy , Health Promotion , Hospital Administration , Inservice Training , Learning , Mental Health ServicesABSTRACT
Objetivo: Conhecer o acesso e aguardo pela estomização de pessoas adoecidas por câncer colorretal no nível terciário do Sistema Único de Saúde. Materiais e Métodos: Estudo etnográfico fundamentado na Sociologia da Saúde, com 8 familiares e 14 adoecidos em Centro de Alta Complexidade em Oncologia, Brasil. Os dados foram coletados entre outubro de 2018 a março de 2019, com observação participante e não participante, registro em diário de campo e entrevista semiestruturada. Os depoimentos e notas etnográficas após triangulação foram submetidos a análise indutiva de conteúdo em seis etapas. Resultados: Apreenderam-se "A história do adoecimento entrecortada pelas dificuldades" e "As perdas no processo de paciência-resiliência no percurso". Discussão: Em busca de validações biomédicas foram reportados três tipos de acesso ao sistema médico, assim como os subsentidos "paguei no particular" e atraso diagnóstico mobilizaram via oficial e não oficial no Sistema Único de Saúde. O capital social foi analisado como premente no adoecimento, uma rede de contatos sem a qual o acesso dos usuários é impactado. No nível terciário enquanto aguardam pela estomização desvelou-se a resiliência não como recurso heroico, mas como recurso pessoal e coletivo diante do percurso dificultoso e da semi-reclusão na instituição total onde vivenciam medos, fadiga e dores. Conclusão:O acesso contou com mobilização relacional e uma gama de vias até a internação com parte do percurso na saúde suplementar, já o aguardo pela estomização mitiga a paciência ao passo que torna a resiliência um recurso benéfico na espera pela programação cirúrgica.
Introduction: The access of people with colorectal cancer to surgical treatment with stomization implies a difficult itinerary through the network of care, and when accessing the tertiary level in an apprehensive preoperative waiting. Objetive: To know the access and waiting for stomization of people sick with colorectal cancer at the tertiary level of the Brazilian Unified Health System. Materials and Methods:Ethnographic study based on the Sociology of Health, with 8 relatives and 14 patients in a High Complexity Oncology Center, Brazil. Data were collected between October 2018 to March 2019, with participant and non-participant observation, field diary recording, and semi-structured interview. Statements and ethnographic notes after triangulation were subjected to inductive content analysis in six steps. Results:"The history of illness interspersed with difficulties" and "The losses in the process of patience-resilience along the way" were apprehended. Discussion: Three types of access were reported, as well as the sub-meanings "I paid privately" and the diagnostic delay mobilized by official and unofficial means in the Unified Health System. Social capital is pressing, a network without which users' access is impacted. At the tertiary level while waiting for stomization, resilience was unveiled not as a heroic resource, but as a personal and collective resource. Conclusion: The access counted on relational mobilization and a range of paths to hospitalization with part of the journey in supplementary health, while the waiting for stomization mitigates patience making resilience a beneficial resource in the wait for surgical programming.
Introducción: El acceso de las personas con cáncer colorrectal al tratamiento quirúrgico con estomización implica un difícil itinerario a través de la red asistencial, y al acceder al nivel terciario en una aprensiva espera preoperatoria. Objetivo: Conocer el acceso y el aguante de las personas afectadas por el cáncer colorrectal en el nivel terciario del Sistema Único de Salud. Materiales y Métodos: Estudio etnográfico basado en la Sociología de la Salud, con 8 familiares y 14 pacientes en Centro Oncológico de Alta Complejidad, Brasil. Los datos se recogieron entre octubre de 2018 y marzo de 2019, con observación participante y no participante, registro de diario de campo y entrevista semiestructurada. Los testimonios y las notas etnográficas, tras la triangulación, se sometieron a un análisis de contenido inductivo en seis etapas. Resultados: Se aprende "La historia del adoctrinamiento entrecortado por las dificultades" y "Las pérdidas en el proceso de pacificación-resiliencia en el curso". Discusión: Se reportaron tres tipos de acceso, así como los subsentidos "pagué en el privado" y el atraso diagnóstico se movilizaron vía oficial y no oficial en el Sistema Único de Salud. El capital social es apremiante, una red de contactos sin la cual el acceso de los usuarios se ve afectado. En el nivel terciario, mientras aguantan por la estomatología, la resistencia se revela no como un recurso heroico, sino como un recurso personal y colectivo. Conclusión: El acceso a la movilización relacional y a una gama de vías hasta la internación con parte del curso en la salud suplementaria, ya que la espera por la estomización mitiga la pacificación haciendo de la resiliencia un recurso benéfico en la espera por el programa quirúrgico.
Subject(s)
Sociology, Medical , Unified Health System , Colorectal Neoplasms , Medicalization , Health Services AccessibilityABSTRACT
La gestion du malade dans l?univers hospitalier implique non seulement le personnel soignant, mais aussi d?autres acteurs sociaux encore moins connus des gestionnaires des structures hospitalières et des catégories socio professionnelles y évoluant. Parmi ces acteurs encore moins connu, il y a le garde-malade faisant partie du personnel hospitalier en charge de la prise en charge des patients en milieu hospitalier. Cependant au Centre Hospitalier et Universitaire de Brazzaville en République du Congo, les garde-malades sont constitués des parents, amis et connaissances dont la représentation est importante dans cet univers hospitalier. Cette représentation aussi remarquable soit elle, interpelle plus d?un observateur au point de s?interroger sur les raisons à l?origine de cette présence. Notre étude répond à la logique qui est celle de tenter de comprendre et d?analyser ce phénomène devenu très inquiétant. Ce phénomène est donc à lire dans la perspective de la complexité des réalités sociales qui s?expliquent à partir des déterminants socio culturels, fondements de la vie sociale. Aussi, la faiblesse des services sous tutelle du C.H.U-B et la culture bantoue, laquelle repose sur la solidarité mécanique qui, appelle à la cohésion sociale, constituent des facteurs qui expliquent ce phénomène. A cet effet, une observation participante a été effectuée dans cette structure hospitalière. Celle-ci a permis de relever une influence importante qui, pour diverses raisons réponde aux préoccupations des malades. Cette étude présente trois intérêts : scientifique, social et personnel. D?abord, elle montre la difficulté en ressources humaines qui se traduit par la sous représentativité des catégories socio professionnelles qui, contribueraient à résoudre la question de l?effectivité de prise en charge du malade. Ensuite, l?étude présente un autre intérêt qui met en exergue la cohésion sociale qui, s?exprime à travers la chaine de solidarité dont la famille est le maillon. Le dernier centre d?intérêt est personnel. Il met en relief un aspect culturel très intéressant, celui de l?homogénéité et de la dynamique des rapports des acteurs impliqués dans la gestion du malade. Quoi qu?il en soit, le garde-malade joue un rôle de premier plan dans la gestion du malade. Il accompagne le personnel soignant, car partageant le même environnement social que le malade. Aussi, sa visibilité nécessite un encadrement juridique pour lui donner une véritable identité.
The management of the patient in the hospital word involves not only the nursing staff, but also other social actors even less known to the manager of hospital structures and socio-professional categories. Among these actors even less known, there is the nurse who is part of the hospital staff in charge of the care of patients in hospital environment. Howerver at the Brazzaville Hospital and University Center in the Republic of Congo, the nurses are made up of relatives, friends and acquaintanees whose representation is important in this hospital environment. This representation, as remarkable as it is, calls out to more than one observer to the point of questioning the reasons behind this presence.Our study reponds to the logic of trying to understand and analyze this phenomenon, which has become very worrying. This phenomenon should therefore be read in the perspective of the complexity of social realities which can be explained on the basis of socio-cultural determinants, the foundations of social life. Also, the weakness of the services under the supervision of the C.H.U-B and of the Bantu culture, which is based on mechanical solidarity, which, calls for social cohesion, are factors that explain this phenomenon. To this end, a participant observation was carried out this hospital structure. This made it possible to identify an important influence which, for various reasons, responds to the concerns of patients. This study has three interests: scientific, social and personal. First, it shows the difficulty in human resources which result in the representativeness of the socio-professional categories which would help to resolve the issue of effectiveness of patient care. The study presents another interest which highlights the social cohesion which is expressed through the chain of solidarity of which the family is the link. The last area of interest is personal. It highlights a very interesting cultural aspect, that of the homogeneity and dynamics of relationships of the actors involved in the management of the patient. In any case, the nurse plays a leading role in management of the patient. He supports the nursing staff, because they share the same social environment as the patient. Also, its visibility requires a legal framework to give it a real identity
Subject(s)
Humans , Male , Female , Social Environment , Hospital-Patient Relations , Case Management , Inpatients , Nurses , Nursing Staff , Professional-Family Relations , Sociology, Medical , Family CharacteristicsABSTRACT
Resumo A garantia do direito à saúde no Brasil tem sido bastante discutida nos últimos anos, entretanto, esse é um debate antigo, ao qual este artigo busca resgatar. O objetivo deste estudo é apresentar as contribuições da socióloga Amélia Cohn referentes à Reforma Sanitária Brasileira (RSB), para discutir a atualidade de suas questões e refletir sobre a relação entre saúde e democracia. As teses de Cohn sobre a RSB são discutidas com base nos textos de sua autoria, publicados entre 1989 e 2013. A partir da ideia de "declínio do campo da RSB", buscou-se sistematizar o conjunto das suas críticas nos diferentes períodos históricos. Enfatiza-se que, já em 1992, a autora afirmou o esgotamento da RSB. No contexto de implantação do SUS na década de 1990, apontou a necessidade de elaboração de um novo projeto de saúde para o país. Na década seguinte, Cohn reconheceu a perda do protagonismo na saúde devido à despolitização do campo da RSB no processo de implantação do SUS, o que fragilizou a distinção entre as novas formas de acumulação de capital - a incorporação da racionalidade de mercado na produção e a oferta de serviços e a garantia do direito à saúde.
Abstract The guarantee of the right to health in Brazil has been widely discussed in recent years; however, this is an old debate, to which this article seeks to contribute. This study aims to show the contributions of the sociologist Amélia Cohn regarding the Brazilian Sanitary Reform (BSR), to discuss how current are her questions and reflect on the relationship between health and democracy. Cohn`s theses on BSR are discussed based on her texts, published between 1989 and 2013. Based on the idea of "decline on the field of BSR," we sought to systematize the set of her critical thinking in the different historical periods. Note that, already in 1992, the author affirmed the exhaustion of the BSR. In the context of the implementation of Brazilian National Health System (SUS) in the 1990s, the author pointed out the need to develop a new health project for the country. In the following decade, Cohn's recognized the loss of protagonism in the health field due to the depoliticization of the BSR in the implantation process of SUS, which weakened the distinction between the new forms of capital accumulation - the incorporation of market rationality in the production and supply of services - and the guarantee of the right to health.
Subject(s)
Sociology, Medical , Health Policy, Planning and Management , Unified Health System , Health Care ReformABSTRACT
Resumo A humanização do cuidado tem sido um desafio presente no campo da saúde em geral e no Sistema Único de Saúde brasileiro. O objetivo deste artigo é discutir o constructo sociológico de cuidado emancipador. Enquanto o cuidado tem forte identificação com o senso comum e com os conhecimentos tácitos, a prática clínica biomédica associou-se ao conhecimento científico resultante de uma ruptura epistemológica racionalista. O cuidado emancipador é uma hibridização entre senso comum e conhecimento científico, ou cuidado e clínica, sustentado pelo posicionamento ético-político do profissional, para a substituição da heteronomia pela autonomia no processo de saúde-doença-cuidado. A intencionalidade deste artigo é apresentar uma perspectiva inovadora sobre a discussão do cuidado, que não é nova, trazendo algumas referências históricas, não com o propósito de desenvolver uma análise epocalista ou cronológica. O objetivo é alargar o espaço de reflexões sobre os cuidados heterônomos como um evento hegemônico da cultura contemporânea, bem como ampliar os debates sobre as possibilidades de construção de práticas de cuidado que privilegiem a autonomia das pessoas e apontem para a sua emancipação. Conclui-se que o conceito de cuidado emancipador pode fazer avançar uma segunda ruptura epistemológica com o desenvolvimento de práticas emancipadoras no processo saúde-doença-cuidado.
Abstract The humanization of care has been a present challenge in the field of health in general and in the Brazilian Unified Health System. The purpose of this article is to discuss the sociological construct of emancipating care. While care is strongly identified with common sense and tacit knowledge, biomedical clinical practice has been associated with scientific knowledge resulting from a rationalist epistemological rupture. Emancipatory care is a hybridization between common sense and scientific knowledge, or care and clinic, supported by the professional's ethical-political position, to replace heteronomy with autonomy in the health-disease-care process. The purpose of this article is to present an innovative perspective on the discussion of care, which is not new, bringing some historical references, not with the purpose of developing an epochalist or chronological analysis. The objective is to expand the space for reflections on heteronomous care as a hegemonic event in contemporary culture, as well as to expand the debates on the possibilities of building care practices that privilege people's autonomy and point to their emancipation. It is concluded that the concept of emancipating care can advance a second epistemological rupture with the development of emancipating practices in the health-disease-care process.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Sociology, Medical , Unified Health System , Public Health , Culture , Humanization of Assistance , Standard of Care , Healthcare ModelsABSTRACT
Resumo A humanização do cuidado tem sido um desafio presente no campo da saúde em geral e no Sistema Único de Saúde brasileiro. O objetivo deste artigo é discutir o constructo sociológico de cuidado emancipador. Enquanto o cuidado tem forte identificação com o senso comum e com os conhecimentos tácitos, a prática clínica biomédica associou-se ao conhecimento científico resultante de uma ruptura epistemológica racionalista. O cuidado emancipador é uma hibridização entre senso comum e conhecimento científico, ou cuidado e clínica, sustentado pelo posicionamento ético-político do profissional, para a substituição da heteronomia pela autonomia no processo de saúde-doença-cuidado. A intencionalidade deste artigo é apresentar uma perspectiva inovadora sobre a discussão do cuidado, que não é nova, trazendo algumas referências históricas, não com o propósito de desenvolver uma análise epocalista ou cronológica. O objetivo é alargar o espaço de reflexões sobre os cuidados heterônomos como um evento hegemônico da cultura contemporânea, bem como ampliar os debates sobre as possibilidades de construção de práticas de cuidado que privilegiem a autonomia das pessoas e apontem para a sua emancipação. Conclui-se que o conceito de cuidado emancipador pode fazer avançar uma segunda ruptura epistemológica com o desenvolvimento de práticas emancipadoras no processo saúde-doença-cuidado.
Abstract The humanization of care has been a present challenge in the field of health in general and in the Brazilian Unified Health System. The purpose of this article is to discuss the sociological construct of emancipating care. While care is strongly identified with common sense and tacit knowledge, biomedical clinical practice has been associated with scientific knowledge resulting from a rationalist epistemological rupture. Emancipatory care is a hybridization between common sense and scientific knowledge, or care and clinic, supported by the professional's ethical-political position, to replace heteronomy with autonomy in the health-disease-care process. The purpose of this article is to present an innovative perspective on the discussion of care, which is not new, bringing some historical references, not with the purpose of developing an epochalist or chronological analysis. The objective is to expand the space for reflections on heteronomous care as a hegemonic event in contemporary culture, as well as to expand the debates on the possibilities of building care practices that privilege people's autonomy and point to their emancipation. It is concluded that the concept of emancipating care can advance a second epistemological rupture with the development of emancipating practices in the health-disease-care process.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Sociology, Medical , Unified Health System , Health-Disease Process , Culture , Humanization of Assistance , Healthcare ModelsABSTRACT
Resumen Introducción: el objetivo dei artículo es analizar Ias desigualdades en cuanto a la realización de actividad física para mejorar la condición física o para hacer deporte, determinadas por distintos factores sociales, geográficos y demográficos, así como por algunas de las interacciones entre estos factores. Para ello, se recurrió a la estrategia de análisis cuantitativo de datos secundarios. La fuente utilizada es la Encuesta Nacional de Factores de Riesgo, realizada sobre una muestra probabilística de hogares urbanos de Argentina, en el 2009. Desarrollo: para examinar los datos, se realizó un análisis descriptivo bivariado y, luego, regresiones logísticas binarias, en las que se incorporaron interacciones, para poner a prueba diversas hipótesis sobre el efecto de las distintas variables independientes, así como de su interseccionalidad. Conclusiones: los resultados muestran la importancia de considerar un enfoque interseccional e incorporar interacciones en las regresiones logísticas binarias para comprender la naturaleza multiplicativa de las desigualdades en la práctica de actividad física, que los modelos multivariados aditivos no pueden captar.
Abstract Introduction: The aim of this article is to analyze inequalities in the practice of physical activity for enhancing physical conditions or for doing sports, generated by different social, geographical and demo-graphical determinants, as well as some of their interactions. Development: A quantitative analysis of secondary data was conducted. The source is the National Survey of Risk Factors, based on a probabilistic sample of urban households in Argentina, in 2009. Firstly, it is presented a descriptive bivariate analysis and, secondly, binary logistic regressions to test hypotheses on the net effect of different independent variables are shown and incorporated interactions within them to observe their intersectionality. Conclusions: Findings show the importance of considering an intersectional approach to account for the multiplicative nature of inequalities in the practice of physical activity, which most used multivariate models fail to show.
Resumo Introdução: o objetivo do artigo é analisar as desigualdades na realização de atividade física para melhorar a condição física ou para fazer esporte, geradas por distintos determinantes sociais, geográficos e demográficos, assim como algumas de suas interações. Para isto se recorreu à estratégia de análise quantitativo de dados secundários. A fonte utilizada é a Enquete Nacional de Fatores de Risco, realizada sobre uma amostra probabilística de lares urbanos da Argentina no año 2009. Desenvolvimento: para examinar os dados se realizou uma análise descritiva bivariada e logo regressões logísticas binarias, nas que se incorporaram interações em seu interior, para pôr a prova diversas hipóteses sobre o efeito das distintas variáveis independentes assim como de sua interseccionalidade. Conclusões: os resultados mostram a importância de considerar um enfoque interseccional e incorporar interações ao interior das regressões logísticas binárias para compreender a natureza multiplicativa das desigualdades na prática de atividade física, que os modelos multivariados aditivos não podem captar.
Subject(s)
Humans , Adult , Exercise , Argentina , Socioeconomic Factors , Sociology, MedicalABSTRACT
Resumo O artigo realiza um balanço historiográfico parcial sobre um campo de estudos prolífico e heterogêneo, a história das mulheres, da ciência e da medicina, articulado politicamente com o feminismo e de autoria majoritariamente feminina. Pretende apresentar as principais correntes desse campo que se constitui e consolida na segunda metade do século XX, como o contexto histórico de sua produção, definição de temas, referências teóricas, fontes e problemas de pesquisa. Tendo em vista sua extensão, o artigo concentrou-se na produção bibliográfica em língua inglesa, destacando as diferenças de abordagens e as contribuições teóricas e metodológicas mais expressivas.
Abstract The article presents a partial historiographical review of the history of women, science, and medicine, a prolific, heterogeneous field of studies that intersects politically with feminism and has been written mostly by women. This survey presents the main streams of thought in the field, which established itself in the second half of the twentieth century. It also describes the historical context in which this scholarship was produced, the topics that were defined, and the field's theoretical references, sources, and research problems. Given the vastness of this scholarship, the article focuses on writings in the English language, particularly the most expressive approaches and theoretical and methodological contributions.
Subject(s)
Humans , Male , Female , History, 18th Century , History, 19th Century , History, 20th Century , Physicians/history , Sociology, Medical , Feminism/history , Historiography , History of Medicine , Sexism/history , Gender IdentityABSTRACT
A adesão ao tratamento de feridas crônicas mostra-se uma questão complexa para a compreensão e o manejo pelos profissionais de saúde, especialmente enfermeiros, nos serviços de referência. O sucesso da terapia proposta, o controle e a prevenção de doença crônica, e o alcance da cura dependem do acesso da população aos serviços, e, sobretudo, adesão do paciente aos procedimentos ou terapias propostas. Porém, a adesão pode ser difícil, por razões individuais e coletivas. Aspectos como condições clínicas e expectativas construídas com a equipe de saúde, condições materiais e econômicas, sociais e culturais, de acesso e utilização dos serviços de saúde, além dos aspectos psicossociais, como os modos de pensar o corpo, a doença, o tratamento, emoções, sofrimentos e expectativas sobre a vida, podem ser definidores da adesão. No caso de um tratamento, proposto em pesquisa clínica, pergunta-se em que condições a adesão ocorre ou não, quando se trata de pessoas com úlceras venosas ou pé diabético, especialmente nas pesquisas clínicas em que o tratamento se configura, para o paciente, como uma nova possibilidade de cura. Objetivo: Compreender a adesão ao tratamento de pessoas com lesões crônicas, no cenário de um ensaio clínico. Metodologia: Esta pesquisa constituiu o eixo qualitativo do projeto maior nomeado "Ensaio Clínico de Fase II da Ação Cicatrizante Cutânea de Fração Proteolítica do Látex de Vasconcellea Cundinamarcensis". Para esta pesquisa, foram realizadas entrevistas individuais abertas e em profundidade com 15 usuários de serviços de referência para tratamento de feridas, públicos e privado, no município de Belo Horizonte. O método de análise dos dados foi o de Análise Estrutural de Narração (AEN). Resultados e Discussão: A interpretação do conjunto dos dados qualitativos revelou quatro categorias centrais: 1) Representações presentes e construídas nas experiências vivenciadas no percurso do tratamento de feridas, 2) Adesão aos tratamentos para lesão crônica, 3) Representações sobre a relação dos profissionais de saúde com os pacientes e 4) Motivação para participação em pesquisa clínica e em outros tratamentos para lesões crônicas. Houve distinção entre os entrevistados, tanto nos aspectos socioeconômicos quanto nos psicossociais, reafirmando que o processo é multifacetado. O baixo nível de escolaridade e de renda está presente e relacionado às dificuldades para compreensão do processo saúdedoençacuidado. Há negação da gravidade da ferida no início da lesão, dificultando a busca imediata do tratamento. Há desconhecimento sobre a relação da ferida com outros comprometimentos da saúde, sendo os primeiros cuidados realizados, em geral, por meio de práticas caseiras. Dores intensas que prejudicam as atividades produtivas no trabalho e no lar levam à procura de serviços de saúde. Os entrevistados definem o tratamento para ferida crônica como "difícil" e "longo", acrescido de dificuldades pela pouca comunicação, vaidades dos profissionais e escassez de vínculos, que interferem na adesão ao tratamento. Na fase da pesquisa clínica, a adesão foi integral. Todos disseram que iam ao serviço porque eram bem cuidados e tinham esperança no tratamento. Os resultados mostraram a importância da resiliência, que se explicitou, ao final, como uma categoria teórica que engloba trajetórias de tratamentos e adesão. Conclusões: A adesão revela-se um jogo entre objetividade e subjetividade que inclui as relações dos profissionais com as pessoas com feridas crônicas, e não é adquirida para sempre. Deve ser pensada no contexto de construção contínua de resiliência, compreendida como um processo contextualizado, pessoal e social, a ser apoiado com clareza e cuidados pelos profissionais de saúde, especialmente os enfermeiros dos serviços de atenção primária e de referência de tratamento de feridas crônicas.
Adherence to the treatment of chronic wounds proves to be a complex issue for the understanding and management by health professionals especially nurses in the reference services. The success of the proposed therapy, the control and prevention of chronic disease, and the achievement of a cure depends on the patient's adherence to the proposed procedures or therapies. However, adherence can be difficult, for individual and collective reasons. Aspects such as clinical conditions and expectations built with the health team, material and economic, social and cultural conditions, access and use of health services, in addition to psychosocial aspects, such as ways of thinking about the body, illness, treatment, emotions, suffering and expectations about life can be decisive in adherence. In the case of a new treatment, proposed in clinical research, one wonders in what conditions adherence occurs or not, when it comes to people with venous ulcers or diabetic foot ulcers, especially in research which using new drugs. Objective: To understand adherence to the treatment of people with chronic injuries, in the context of a clinical trial. Methodology: This research constituted the qualitative axis of the larger project named "Phase II Clinical Trial of the Skin Healing Action of Proteolytic Fraction of the Latex of Vasconcellea Cundinamarcensis". For this research, open and in-depth individual interviews were conducted with 15 users of reference services for wound care, public and private, in the city of Belo Horizonte. The data analysis method was the Structural Narration Analysis (AEN). Results and Discussion: The interpretation of the set of qualitative data revealed four central categories 1) What patients experienced in the course of wound treatment, 2) Adherence to wound treatments, 3) Relationship between health professionals versus patients and 4) Motivation to participate in research clinic and other treatments for chronic injuries. There were differences in the distinction between the interviewees emerged both in socioeconomic and psychosocial aspects, reaffirming the multifactorial aspect of this process. The low level of education and income are present and related to the difficulties in understanding the health- disease-care process. There is a denial of the severity of the wound in its initial stage, making it difficult to seek immediate treatment. There is a lack of knowledge concerning the relationship of the wound with other health compromises, with the first care being performed, in general, through home practices. Intense pains that hinder productive activities at work and at home lead to the demand for health services. Respondents define treatment for chronic wounds as "difficult" and "long", plus difficulties due to poor communication, lack of bonds and vanities of professionals, which interfere with treatment adherence. In the clinical research phase, adherence was integral. Everyone said they went to the service because they were well looked after and had hope for the new treatment. The results showed the importance of resilience, which was explained at the end as a theoretical category that encompasses treatment and adherence trajectories. Conclusions: Adherence proves to be a game between objectivity and subjectivity that includes the relationships of professionals with people with chronic wounds, and it is not acquired forever. It should be thought of in the context of resilience, understood as a contextualized, personal and social process, in continuous construction, to be supported, with clarity and care, by health professionals, especially nurses from primary care services and referrals for treatment of chronic wounds.
Subject(s)
Sociology, Medical , Wounds and Injuries , Chronic Disease , Clinical Trial , Qualitative Research , Treatment Adherence and Compliance , Nursing CareABSTRACT
Abstract Diagnosis is a pivotal tool for the work of medicine as they categorise and classify individual ailments via a generalised schema. However diagnosis is also a profoundly social act, which reflects society, its values and how it makes sense of illness and disease. Considering diagnosis critically, as well as practically, is an important job of the sociologist. This paper reviews how a social model can provide a critical tool for viewing diagnosis in the genomic era. It explores how the formulation of diagnosis, be it via genetic explanations or microbiological ones, are the product of social discovery, negotiation, and consensus.
Resumo O diagnóstico é uma ferramenta essencial para o trabalho da medicina, uma vez que categoriza e classifica o padecimento do indivíduo por meio de um esquema genérico. No entanto, o diagnóstico também é um profundo ato social, o qual reflete a sociedade, seus valores e como dá sentido para o sofrimento e a doença. Considerar o diagnóstico de maneira crítica, assim como prática, é um trabalho importante dos sociólogos. Este artigo analisa como um modelo social pode fornecer uma ferramenta crítica para vermos o diagnóstico na era genômica. Explora como a formulação do diagnóstico, seja através de explicações genéticas ou microbiológicas, é o produto da descoberta social, negociação e consenso.
Subject(s)
Humans , Sociology, Medical , Diagnostic Techniques and Procedures , Genomics/methods , DiagnosisABSTRACT
Abstract In this interview, Susan Kelly, professor and researcher at the Center for Life Sciences - Egenis, and the University of Exeter, England, discusses her academic career, involvement with the Sociology of Diagnosis and the work involved with the first activity on the Sociology of Diagnosis carried out in Brazil.
Resumo Nessa entrevista, Susan Kelly, professora e pesquisador do Centro sobre as Ciências da Vida - Egenis, e da Universidade de Exeter, em Inglaterra, aborda a sua trajetória acadêmica, o envolvidomento com a Sociologia do Diagnóstico e os trabalhos envolvidos com a primeira atividade sobre a Sociologia do Diagnóstico realizada no Brasil.
Subject(s)
Humans , Sociology, Medical , Rare Diseases/diagnosis , Genetic Diseases, Inborn/diagnosis , Brazil , Diagnosis , Education/organization & administrationABSTRACT
Resumo Em um panorama diferente da maioria dos trabalhos do campo das chamadas doenças raras, esse artigo transpõe os limites das associações para chegar até as pessoas que vivem com o diagnóstico de uma condição genética e entendida como doença rara, a Neurofibromatose (NF). Nesse trajeto, utiliza-se da ainda nascente Sociologia do Diagnóstico para identificar tanto o impacto quanto as consequências do diagnóstico na vida das pessoas. Como resultado entende-se que devemos superar o olhar caritativo sobre as pessoas que vivenciam o diagnóstico de uma condição genética, o doente, para, como um informante-chave, captar as contribuições para melhorar os serviços de saúde e as nossas relações sociais.
Abstract Adopting a different viewpoint from most of the work in the field of so-called rare diseases, this paper crosses the boundaries of the associations to reach people living with the diagnosis of a genetic condition, which is understood as being a rare disease, namely neurofibromatosis (NF). In this respect, the incipient Sociology of Diagnosis is utilized to identify both the impact and the consequences of the diagnosis in people's lives. As a result, the consensus is that it is necessary to transcend the charitable outlook on people who experience the diagnosis of a genetic condition, by perceiving the patient as a key informant in order to collect input to improve health services and our social relations.
Subject(s)
Humans , Neurofibromatoses/diagnosis , Rare Diseases/diagnosis , Genetic Diseases, Inborn/diagnosis , Sociology, Medical , Neurofibromatoses/genetics , Rare Diseases/geneticsABSTRACT
Resumo A entrevista aborda os percursos que ligam as ciências sociais à saúde a partir da trajetória do sociólogo Luiz Antonio de Castro Santos. Participante ativo do processo de integração desses campos, Castro Santos contempla alguns dos desafios enfrentados em sua trajetória profissional como forma de abordar aproximações que nem sempre se revelaram desprovidas de tensões. Conversa rica em fatos e processos, Castro Santos situa alguns dos principais personagens e marcos de uma trajetória que trouxe contribuições tanto para as ciências sociais e a história como, principalmente, para as ciências da saúde.
Abstract This interview discusses the connections between social sciences and health, based on the trajectory of sociologist Luiz Antonio de Castro Santos. Castro Santos was an active participant in the process of integrating these fields, and considers some of the challenges he faced as a way of addressing approaches that were not always devoid of tension. In a conversation rich in facts and processes, Castro Santos describes some of the most important characters and landmarks from a trajectory that contributed to the social sciences and history, and especially to the health sciences.
Subject(s)
Humans , Sociology, Medical , Public Health , Health Sciences , Social Sciences , InterviewABSTRACT
Resumo O artigo analisa a formação e a carreira profissional de Jack Elinson (1917-2017), pioneiro no campo das ciências sociomedicas na introdução de seu ensino e pesquisa em uma faculdade de saúde pública, na Universidade de Columbia, onde trabalhou durante trinta anos (1956-1986). Suas contribuições estendem-se para os campos da psicologia social, estatística e sociologia médica, especialmente sobre indicadores de saúde e suas relações com a qualidade de vida. Em 1985 recebeu o Leo G. Reeder Award da American Sociological Association pelo conjunto de seus estudos no campo da sociologia médica. Com Renée Fox, Robert Straus, Eliot Freidson e outros compõe o grupo da segunda geração de cientistas sociais no processo de institucionalização da sociologia médica/saúde.
Abstract This study analyzes the education and professional career of Jack Elinson (1917-2017), pioneer in the field of sociomedical sciences in introducing its teaching and research in a school of public health at Columbia University, where he worked for thirty years (1956-1986). Elinson is acknowledged for his contributions to social psychology, statistics and medical sociology, especially on health care indicators and their relationship with quality of life. In 1985 he received the Leo G. Reeder Award from the American Sociological Association for his studies in the field of medical sociology. Jack Elinson, Renée Fox, Robert Straus, Eliot Freidson and many others were part of the group of the second generation of social scientists in the process of institutionalization of medical sociology/health care.
Subject(s)
Humans , History, 20th Century , History, 21st Century , Psychology, Social/history , Sociology, Medical/history , Public Health/historyABSTRACT
A área odontológica vem sendo abordada constantemente pela mídia, seja direta ou indiretamente, e isso é esperado, considerando-se que a odontologia não foge do contexto social. O fato é como e quais informações os veículos de comunicação vêm emitindo, e também como a sociedade vem absorvendo essas informações. Considerando esses fatores, o presente estudo traz uma revisão de literatura que objetivou agregar os pontos de representatividade social da odontologia sob a visão da mídia, além de identificar possíveis resultados desta abordagem para o contexto social da profissão odontológica e consequências sobre a perspectiva de promoção de saúde e relação profissional-paciente. Esta revisão constatou que a veiculação pela mídia de elementos relacionados à odontologia necessita de vários avanços, visto que os paradigmas que tangem a imagem do profissional odontológico acarreta danos no cenário de promoção de saúde bucal, sendo desfavorável tanto para a sociedade quanto para a classe odontológica.
The dental field has been constantly approached by the media, either directly or indirectly, and this is normal considering that dentistry does not escape from the social context. The fact is how and what information the media has been sending and how society has been absorbing this information. Considering these factors, this study is a review of literature that aims to aggregate aspects of social representation of dentistry under the media's vision, as well as to identify possible results of this approach to the social context of dentistry and consequences on health promotion perspective and professional-patient relationship. The study found that the media usage of elements oriented to dentistry needs several advances, once that the paradigms that touch the image of the dental professional entail damages in the oral health promotion scene, being unfavorable for both society and the dental community.
Subject(s)
Dentistry , Science, Technology and Society , Science , Sociology, MedicalSubject(s)
Humans , Poverty , Rural Population , Social Medicine , Sociology, Medical , Aged , Famous PersonsABSTRACT
Résumé Cet article propose une réflexion sur la notion de guérison et sur ses usages en cancérologie. Un premier point ausculte sa mise en Åuvre en tant qu'ambition à la fois médicale et politique suprême de la mission fondatrice de la cancérologie française. Un deuxième axe pointe ses divers accommodements sociaux, en observant les différentes figures et mésaventures du concept confronté à l'épreuve de l'incurabilité d'un certain nombre de cancers. Enfin, une troisième partie de l'article s'intéresse aux effets de l'incertitude chronique inhérente à l'oncologie. Fondée sur des recherches empiriques inspirées par la grounded theory, par l'interactionnisme et sous l'influence revendiquée d'Anselm Strauss, cette réflexion peut être vue comme un abrégé des travaux de l'auteure, réalisés de la fin des années 1990 à nos jours, sur la cancérologie française. L'incertitude médicale et sa gestion, individuelle et collective, sont au cÅur de ce travail.
Abstract This article proposes a reflection about the notion of cure and its uses in oncology. A first point examines its implementation as the utmost medical and political ambition of the founding mission of French oncology. A second axis points to its various social accommodations, observing the different figures and misadventures of the concept confronted with the test of the incurability of numerous cancers. Finally, a third part of the article focuses on the effects of the chronic uncertainty inherent in oncology. Based on empirical research made from the late 1900s to our days, inspired by grounded theory, interactionism and under the influence of Anselm Strauss, this reflection can be seen as an abstract of the author's work on French oncology. Medical uncertainty and its individual and collective management are at the core of this work.
Resumo Este artigo propõe uma reflexão sobre a noção de cura e seus usos em oncologia. Um primeiro ponto examina sua implementação como uma ambição suprema tanto médica quanto política da missão fundadora da oncologia francesa. Um segundo eixo aponta suas diversas acomodações sociais, observando as diferentes figuras e desventuras do conceito confrontado com o teste de incurabilidade de um certo número de cânceres. Finalmente, a terceira parte do artigo se centra sobre os efeitos da incerteza crônica inerente à oncologia. Com base em pesquisas empíricas inspiradas pela grounded theory, pelo interacionismo e sob a influência reivindicada de Anselm Strauss, esta reflexão pode ser vista como um resumo da obra do autor, feitas desde o final de 1900 até atualmente, sobre oncologia francesa. A incerteza médica e sua gestão, individual e coletiva, estão no centro deste trabalho.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Sociology, Medical , Remission Induction , Uncertainty , Medical Oncology , NeoplasmsABSTRACT
Résumé La sociologie de la médecine s'est constituée à partir du modèle de la sociologie américaine des professions qui a émergé au cours des années 1930 (modèle qui a aussi marqué les historiens de la médecine). Cet article retrace le contexte dans lequel a émergé puis s'est institutionnalisé la sociologie des professions aux États-Unis à partir notamment des travaux des Talcott Parsons, Everett Hughes et Eliot Freidson. Aujourd'hui encore les questionnements portés sur les pratiques médicales en subissent fortement l'empreinte alors même que la sociologie des professions comporte des postulats discutés et discutables et des points aveugles importants, tel le lien entre l'État et la médecine.
Abstract The sociology of medicine is constituted from the model of the American sociology of professions, which has emerged in the 1930s (a model that has also marked the historians of medicine). This article traces the context in which the sociology of professions emerged and later became institutionalized in the United States, notably from the works by Talcott Parsons, Everett Hughes and Eliot Freidson. Even now, questionings about medical practices are strongly influenced by these authors, while the sociology of professions include debated and debatable postulates and important blind spots, such as the link between State and medicine.
Resumo A sociologia da medicina é feita a partir do modelo da sociologia americana das profissões que surgiu no decorrer da década de 1930 (modelo que também marcou os historiadores da medicina). O artigo traz de volta o contexto em que a sociologia das profissões surgiu e, em seguida, quando foi institucionalizada nos Estados Unidos, sobretudo a partir dos trabalhos de Talcott Parsons, Everett Hughes e Eliot Freidson. Ainda hoje os questionamentos realizados em práticas médicas são fortemente influenciados por essa empreitada, enquanto a sociologia das profissões comporta suposições discutidas e discutíveis e pontos cegos importantes, tais como a ligação entre o Estado e a medicina.