Perda gestacional de repetição: aspectos psíquicos e terapias comportamentais / Recurrent pregnancy loss: psychic aspects and behavioral therapies

A perda gestacional de repetição (PGR) é definida classicamente como três perdas consecutivas antes de 20 semanas de gestação. Ela afeta aproximadamente 3% dos casais que tentam conceber, quando se consideram pelo menos duas perdas, e cerca de 1%, quando acima de três perdas. A PGR está associada a diferentes fatores causais. Algumas mulheres não terão nenhuma anormalidade identificável nos protocolos investigativos atuais. O aborto pode causar doenças mentais, tais como depressão e ansiedade, e ser responsável por sentimentos como medo, raiva e culpa. Embora existam intervenções já estabelecidas para pacientes com perda gestacional com fator causal determinado, não existe nenhum tratamento comprovadamente efetivo em mulheres com perda gestacional inexplicada. O oferecimento do chamado Tender Loving Care pode levar a melhores resultados gestacionais nessas pacientes. Este artigo irá fazer uma revisão sobre os aspectos psíquicos em PGR e o cuidado suportivo que poderá ser realizado nessas pacientes.(AU)

Recurrent pregnancy loss (RPL) is classically defined as three consecutive losses before 20 weeks of gestation. It affects approximately 3% of couples who try to conceive, when considering at least two losses, and about 1%, when considering three or more. RPL is associated with different causal factors. Some women will have no identificable abnormalities in current investigative protocols. Abortion can cause mental illness, such as depression and anxiety, and be responsible for feelings like fear, anger and guilt. Although there are interventions already established for patients with pregnancy loss with a determined causal factor, there is no proven effective treatment for women with unexplained pregnancy loss. The offer of the so-called Tender Loving Care can lead to better pregnancy results in these patients. This article will review the psychic aspects of recurrent pregnancy losses and the supportive care that can be performed in these patients.(AU)

Memoria traumática: estrategias de afrontamiento adaptativas e inadaptativas / Traumatic Memories: Adaptive and Maladaptive Coping Strategies

Resumen En este artículo se analiza la relación existente entre los recuerdos traumáticos y las posibles estrategias para hacerles frente. Los recuerdos traumáticos son difíciles de integrar en la biografía de las personas afectadas y pueden interferir de forma significativa en su funcionamiento social, académico y profesional. Se distingue psicopatológicamente entre los recuerdos normales y los recuerdos traumáticos. Asimismo se analizan las estrategias de afrontamiento adaptativas, tales como la evitación cognitiva, la exposición terapéutica a los recuerdos traumáticos o la capacidad de perdón. Pero también hay un afrontamiento inadaptativo (nostalgia, sentimientos de odio y de venganza o conductas autodestructivas) que puede dar cuenta de las dificultades de recuperación en algunos pacientes. Por último, se examinan las estrategias de regulación emocional cognitiva y el papel de la resiliencia y del crecimiento postraumático para afrontar los recuerdos traumáticos. Se comentan las implicaciones de este estudio para investigaciones futuras en esta área.

Abstract In this paper the relationship between traumatic memories and coping skills to deal with them is analyzed. Traumatic memories are difficult to be integrated into the survivor's life story and can significantly interfere with social, educational and occupational functioning. From a psychopathological point of view, a distinction between normal and traumatic memories is made. Adaptive coping skills to deal with traumatic memories, such as cognitive avoidance, therapeutic exposure to traumatic memories or forgiveness, are analyzed. But there is also maladaptive coping, such as nostalgia, hate and revenge feelings or self-destructive behaviors, which should be taken into account to explain the difficulties of recovery in some patients. Finally, the cognitive emotion regulation strategies and the role of resiliency and post-traumatic growth in some patients to cope with traumatic memories are examined. Implications of this study for future research in this field are commented upon.

Efectos de una intervención cognitivo-conductual en el aumento de conductas de autocuidado y disminución del estrés traumático secundario en psicólogos clínicos / Effects of a cognitive-behavioral treatment on the increase of self-care behaviors and decrease of secondary traumatic stress on clinical psychologists

En la presente investigación se evalúa la efectividad de un taller de autocuidado de orientación cognitivo conductual diseñado para ser aplicado a psicólogos clínicos con altos niveles de estrés traumático secundario. El objetivo del taller es aumentar la frecuencia de emisión de conductas de autocuidado y disminuir los niveles de estrés traumático secundario en los psicólogos. Mediante un diseño cuasi-experimental se evalúan los efectos del taller. Los resultados indican que, después de las 5 sesiones que dura el taller, los psicólogos que participaron en él (n=9) aumentaron significativamente sus conductas de autocuidado y disminuyeron significativamente sus niveles de desgaste. En cambio, los psicólogos que no participaron del taller (n=12) no variaron en la frecuencia del autocuidado y aumentaron el estrés traumático secundario. En virtud de estos resultados se concluye que el taller es efectivo y se constituye como una alternativa para prevenir y tratar el desgaste laboral en psicólogos clínicos.

In the present investigation, we evaluate the effectiveness of a group therapy program for self-care with cognitive-behavioral orientation, designed to be used on clinical psychologists with high levels of secondary traumatic stress. The object of this group therapy program is to increase the frequency of emissions of self-care behaviors and decrease the levels of secondary traumatic stress in psychologists. By a quasi-experimental design, we evaluate the group therapy program effects. The results indicate that, after 5 sessions that lasts the group therapy program, the psychologists that participated in it (n = 9) increased significantly their self-care behaviors and decreased significantly their secondary traumatic stress levels. Instead, the psychologists that did not participate in the group therapy program (n = 12) did not show variation on self-care frequency and they increased secondary traumatic stress. These results are conclusive that the group therapy program is effective and it represents an alternative to prevent and treat work related burnout in clinical psychologists.

Trauma e sintoma: da generalização à singularidade / Trauma and symptom: from generalization to singularity

Em sua origem grega, a palavra trauma remete a ferida. Para a psicanálise, o trauma é a marca do encontro de um sujeito com o sexual. Sendo assim, vivências traumáticas estão na base da formulação do sintoma, que reúne efeitos positivos e negativos do trauma e em que se observa a expressão preponderante, ora de uma, ora de outra tendência. Nessa concepção, o sintoma pode ser entendido como o tratamento que cada sujeito confere ao trauma. Em seu tratamento, a clínica psicanalítica opera particularmente sobre tais efeitos, que estão na base da fixação do sujeito em dada posição, num modo singular de satisfação. Essa proposta implica a responsabilidade do sujeito face ao que Freud nomeou escolha da neurose. Em contraponto com isso, observa-se em nossos dias, a busca de uma certa padronização do traumático, remetido a catástrofes mundiais ou individuais, de modo generalizado. Essa abordagem apresenta-se em consonância com uma psiquiatria orientada pelo DSM-IV, que propõe uma descrição objetiva do traumático, na qual o sintoma é conhecido como transtorno. Como conseqüência, há uma tendência à des-responsabilização dos sujeitos face a seu próprio sofrimento e à segregação destes em grupos de traumatizados. Nesse contexto, a psicanálise ainda aposta nas ferramentas deixadas por Freud: fazer falar o sujeito sobre aquilo que o faz sofrer. E, em resposta às exigências de nosso tempo, psicanalistas de inspiração lacaniana não recuam frente ao atendimento de traumatizados, como indicam dados de experiências recentes. Neste artigo, valemo-nos de alguns subsídios teóricos-clínicos encontrados na obra freudiana para aprofundar a abordagem do trauma na clínica psicanalítica, atualizados pela referência a autores contemporâneos, inspirados no ensino de Lacan.

Fratura bilateral de diáfise da ulna por estresse: relato de caso / Bilateral stress fracture of the ulnar diaphysis: case report

As fraturas por estresse são, geralmente, descritas nos membros inferiores e, menos freqüentemente, nos superiores. São decorrentes de estresse repetitivo no osso e ocorrem em indivíduos que não estão treinados ou acostumados a realizar determinado exercício ou trabalho. Este éum relato de caso de fratura bilateral de ulna em um praticante de musculação. Os autores não encontraram em suas pesquisas na literatura mundial nenhum caso similar a esse

El estrés traumático secundario: evaluación, prevención e intervención / Secondary traumatic stress: assessment, treatment, prevention

El diagnóstico, el tratamiento y la prevención del estrés traumático secundario se han basado tradicionalmente en las investigaciones sobre el síndrome de estrés postraumático. Su evaluación ha sido asumida por autores como Figley & Stamm (1995) o Motta, Kefer, Hertz & Hafeez (1999) que han desarrollado instrumentos específicos para su evaluación y diagnóstico. Complementariamente, se han comenzado a desarrollar programas de intervención y prevención del estrés traumático secundario. Los primeros van desde la educación basada en la detección de las fuentes y síntomas del síndrome hasta el afrontamiento en grupo o el compromiso organizacional (engagement). Por otro lado, muy pocas investigaciones se han centrado en el desarrollo de programas de prevención, sea ésta primaria, secundaria o terciaria. En este sentido, diferentes autores proponen programas basados bien en el individuo, bien en la organización o bien en la interación individuo-organización. En este artículo se exponen las propuestas actuales sobre la evaluación, intervención y prevención del estrés traumático secundario.