Pan-encefalite esclerosante subaguda: uma demência mioclônica e a sua questäo causal - relato de série de casos / Subacute sclerosing panencephalitis: a myoclonic dementia and its causal question - a report of serial of cases

Este artigo descreve aspectos clínicos e epidemiológicos de 21 pacientes que preencheram os critérios diagnósticos de pan-encefalite esclerosante subaguda (PEES).Foram analisadas variáveis demográficas,clínicas e laboratoriais(eletroencefalográficas e do líquido cefalorraquiano).A partir deste relato de série de casos e revisäo de literatura, considerou-se a relaçäo de causa-efeito entre o vírus selvagem do sarampo e a PEES e os fatores de risco predisponentes à infecçäo subclínica, e, também, os fatores subjacentes aos eventos tardios(6/8 anos após a infecçäo aguda), tais como os clínicos (principalmente demência e mioclonias) e patológicos (baseados na reaçäo inflamatoria hiperimune e corpúsculos de inclusäo feitos de nucleocapsídeos do vírus do sarampo). Conclui-se que o vírus selvagem do sarampo é uma causa necessária mas näo suficiente para o desenvolvimento da PEES, e, também, que a vacinaçäo precoce, sistemática e homogênea da populaçäo contra o sarampo é a principal meta para a reduçäo ou eventualmente erradiaçäo da PEES

Patogenia das infecçöes do sistema nervoso central e líquido cefalorraquidiano: análise crítica da contribuiçäo diagnóstica / Pathogenesis of central nervous system infections and cerebrospinal fluid: critical analysis of the diagnostic

Considerando dados acerca do comportamento do líquido cefaloraquidiano em doenças infecciosas do SNC, säo reavaliados aspectos patogênicos a luz dos conhecimentos atuais. Dentre os fatores básicos considerados, sobressaem o desempenho da barreira hematoencefálica e fenômenos imunitários. A análise feita permite distribuir as doenças infecciosas do SNC segundo modelos patogênicos: o modelo local ou próprio ao SNC, o modelo sistêmico e o modelo intermediário. O modelo local pode apresentar-se segundo três tipos essenciais: o agudo, o crônico e o repetitivo. O comprometimento do sistema imunitário pode alterar a expressäo dos eventos, resultando situaçöes näo-paramétricas, como pode ocorrer na síndrome de imunodeficiência adquirida. As contribuiçöes para o diagnóstico dos aspectos patogênicos avaliados säo analisadas

A imunoglobulina G no líquido cefalorraquiano de pacientes com panencefalite subaguda esclerosante / Cerebrospinal fluid IgG in patients with subacute sclerosing panencephalitis

A panencefalite subaguda esclerosante tem como principal característica no LCR a grande alteraçäo qualitativa das proteínas. O propósito deste trabalho foi o de estudar as alteraçöes quantitativas da imunoglobulina G no LCR de quatro pacientes com diagnóstico de panencefalite subaguda esclerosante. Foram determinadas as taxas de proteínas totais, albumina e IgGtanto no LCR como no soro sangüíneo. Verificou-se em todos um grande aumento da taxa de IgG e os índices de imunoglobulina G-albumina estiveram sempre muito acima do valor normal, indicando produçäo intratecal de imunoglobulina G

Sinalizaçäo do líquido cefalorraqueano em doenças inflamatórias crônicas do sistema nervoso central / Cerebrospinal fluid signalization in chronic inflammatory diseases of the central nervous system

Foi estudado o comportamento do dual citoproteico do LCR em processos inflamatórios do sistema nervoso central (SNC). Do ponto de vista neuroimunológico e levando em conta a sinalizaçäo observada mediante o estudo do líquido cefalorraqueano (LCR) podem ser considerados três grupos de modelos: o agudo, o crônico e o intermediário. Cada um deles pode apresentar subtipos. Foram avaliadas as características de comportamento do dual em dois modelos do tipo intermediário (criptococose do SNC e esquistossomose do SNC) e em 4 crônicos: dois de tipo contínuo (neurossífilis e panencefalite esclerosante subaguda) e dois de tipo repetitivo (neurocisticercose e esclerose múltipla). Os dados analisados permitem visäo quanto ao comportamento do dual citoproteico do LCR (número de células, perfil citomorfológico, subpopulaçöes linfocitárias, estudo proteico, fraçöes proteicas e suas relaçöes) nos modelos inflamatórios considerados. As diferenças observadas entre os modelos intermediários e os crônicos, tanto o contínuo como o repetitivo, säo evidentes independentemente do agente etiológico considerado