ABSTRACT
Las disecciones arteriales, tanto extracraneanas como intracraneanas, son una patología que con el advenimiento de nuevas y más avanzadas formas de imagenología, han aumentado progresivamente en frecuencia, lo que obliga a su mayor comprensión. Esto nos obliga a manejar de mejor forma esta enfermedad, tanto desde el punto de vista etiopatogénico, como dominar su clínica y sospechar su presencia, para aplicar los medios diagnósticos más adecuados, y proceder a su terapia inmediata, la cual tanto del punto de vista de la terapia médica intensiva, como la quirúrgica y endovascular, se encuentran en pleno desarrollo, y frecuentemente se deben tomar decisiones caso por caso. Estos son los conceptos básicos, y más actualizados, que se exponen en ésta revisión.
Subject(s)
Humans , Carotid Artery, Internal, Dissection/diagnosis , Carotid Artery, Internal, Dissection/therapy , Vertebral Artery Dissection/diagnosis , Vertebral Artery Dissection/therapy , Anticoagulants/therapeutic use , Carotid Artery, Internal, Dissection/etiology , Carotid Artery, Internal, Dissection/physiopathology , Vertebral Artery Dissection/etiology , Vertebral Artery Dissection/physiopathology , Endovascular Procedures , Platelet Aggregation Inhibitors/therapeutic use , Prognosis , Thrombolytic TherapyABSTRACT
OBJETIVO: Dada a ausência de estudos de séries brasileiras de pacientes com dissecção arterial cervical espontânea, com o objetivo de descrever os fatores de risco, sintomas precedentes, manifestações clínicas, resultados da investigação, tratamento e evolução. MÉTODO: realizamos a análise retrospectiva dos prontuários e laudos radiológicos [angiografia digital(AD), ressonância magnética(RM) e ângio-ressonância(ARM)] dos pacientes com esse diagnóstico atendidos no Serviço de Neurologia do HC/USP entre 1997 e 2003. RESULTADOS: 48 pacientes (24 homens), média de idade 37,9 anos; 26 pacientes com dissecção carotídea (DC) unilateral, 15 com vertebral (DV) unilateral e 7 com multiarterial, todos com déficits neurológicos. Os principais fatores de risco para doença vascular foram hipertensão arterial, tabagismo e dislipidemia. Mais de 80 por cento apresentaram pelo menos um sintoma precedente, na maioria cefaléia têmporo-parietal. Cervicalgia foi referida por 44 por cento dos pacientes com DV e por 3,4 por cento dos com DC. O tempo médio entre o primeiro sintoma e o déficit foi 5,4 dias para as DC e 13,5 para as DV. AD foi o principal método diagnóstico (93 por cento), associado a RM e ARM em 42 por cento dos casos. Em 3 pacientes a RM cervical com supressão de gordura foi isoladamente suficiente. 75 por cento dos pacientes receberam anticoagulação. Dois pacientes fizeram trombólise endovenosa sem complicações. A evolução foi boa, exceto por dois óbitos (DC bilateral). CONCLUSAO: Os resultados são semelhantes aos da literatura, exceto pela baixa freqüência de cervicalgia nos casos de DC e pelo predomínio de cefaléia têmporo-parietal nas dissecções arteriais cervicais. Fatores de risco para doença vascular isquêmica foram frequentes.