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1.
Brasília; Fiocruz Brasília; 28 ago. 2024. 45 p.
Non-conventional in Portuguese | LILACS, ColecionaSUS, PIE | ID: biblio-1572881

ABSTRACT

Contexto - A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) foi instituída em 2009, com o objetivo de "promover a saúde integral da população negra, priorizando a redução das desigualdades étnico-raciais, o combate ao racismo e à discriminação nas instituições e nos serviços do SUS". Entre as pessoas em vulnerabilidade por questões étnico-raciais, a população negra e a indígena estão entre as que sofrem com diversas iniquidades em saúde ocasionadas por barreiras estruturais e cotidianas que incidem negativamente nos indicadores de saúde. Diante do panorama iniciado pela PNSIPN, foram estabelecidos indicadores para o monitoramento da implementação e o desenvolvimento do Guia de Implementação do Quesito Raça/Cor/Etnia. Pergunta - Qual é o grau de qualidade do preenchimento do quesito raça/cor nos sistemas de registro de dados administrativos da saúde? Métodos - As buscas foram realizadas em julho de 2024 nas bases de dados BVS - Biblioteca Virtual em Saúde e Google Acadêmico. Foram utilizados os filtros temporais (2019 a 2024). O processo de seleção de estudos recuperados foi realizado em duplicidade e de modo independente. Resultados - De 1.340 registros recuperados nas buscas, 27 estudos foram incluídos. Os resultados são apresentados de acordo com os sistemas de informação analisados.


Context - The National Policy for Comprehensive Health of the Black Population (PNSIPN) was established in 2009, with the objective of "promoting the comprehensive health of the black population, prioritizing the reduction of ethnic-racial inequalities, combating racism and discrimination in SUS institutions and services". Among people vulnerable due to ethnic-racial issues, the black and indigenous populations are among those who suffer from various health inequities caused by structural and daily barriers that negatively impact health indicators. Given the panorama initiated by the PNSIPN, indicators were established to monitor the implementation and develop the Implementation Guide for the Race/Color/Ethnicity Question. Question - What is the degree of quality of filling out the race/color question in the administrative health data registration systems? Methods - The searches were carried out in July 2024 in the BVS - Virtual Health Library and Google Scholar databases. Time filters were used (2019 to 2024). The selection process of retrieved studies was carried out in duplicate and independently. Results - Of 1,340 records retrieved in the searches, 27 studies were included. The results are presented according to the information systems analyzed.


Subject(s)
Racial Groups , Information Systems , Review , Black People
2.
Rev. Ciênc. Plur ; 10(2): 34948, 29 ago. 2024.
Article in Portuguese | LILACS, BBO | ID: biblio-1570348

ABSTRACT

Introdução:A conjuntura socioeconômica e cultural da mulher negra a coloca em tripla vulnerabilidade, que se explica pelo fato de que ela é vítima do racismo, do preconceito de classe e da discriminação de gênero, e essa interação de diferentes tipos de opressão é explicada pela teoria da interseccionalidade. Esse negligenciamento precariza-se ainda mais quando se reporta para a atenção àsaúde. Objetivo:Compreender como o contexto social da interseccionalidade de raça, classe e gênero refletem no atendimento obstétrico em Saúde Pública de mulheres negras residentes em comunidade quilombola. Metodologia:Trata-se de pesquisa qualitativa de caráter descritivo-exploratório, realizada com duas mulheres negras residentes em comunidade quilombola, localizada em município no interior do estado do Ceará. Como instrumento para coleta de dados, utilizou-se a entrevista semiestruturada, sendo os dados submetidos à análise do discurso. Resultados:Os sujeitos desta investigação conseguem, a partir de situações do quotidiano vivenciadas nos serviços de saúde públicos, identificar exemplos de racismo e/ou preconceito relacionados ao fato de serem mulheres negras e pobres. Assim, a vulnerabilidade interseccional (raça ­gênero ­classe social) implica em desigualdades no acesso aos serviços de saúde, o que se materializa em violência obstétrica, negligência em relação ao direito da mulher negra sobre o próprio corpo, além de negação da sua subjetividade, o que viola os pressupostos do Sistema Único de Saúde (SUS), particularmente os princípios da universalidade, equidade e integralidade da assistência. Conclusões:Constata-se, portanto, que as iniquidades quanto ao atendimento obstétrico, que afetam majoritariamente as mulheres negras e pobres, apresentam-se como problemática de gestão, denotando o déficit na efetivação de políticas públicas de saúde, ou a sua ausência. Há também a necessidade de que os profissionais de saúde, a partir de educação continuada, tenham um olhar mais holístico, a fim de produzir um atendimento equânime e integral (AU).


Introduction:Black women's socioeconomic and cultural conjuncture puts them into a three-fold vulnerability, which is explained by the fact that they are victims of racism, class prejudice and gender discrimination, and this interaction of different types of oppression is explained by the theory of intersectionality. Such negligence is even more precarious when it comes to healthcare. Objective:To understand how the social context of the intersectionality of race, class and gender reflects on the obstetric care in public healthcare provided to black women residing in quilombola communities. Methodology:This is a qualitative research work of a descriptive-exploratory nature, carried out with two black women residing in a quilombola community located in the a rural areain the state of Ceará. As a data collection instrument, we used semi-structured interviews, and the data was submitted to discourse analysis. Results:The subjects of this investigation can, from daily situations experienced in public healthcare services,identify examples of racism and/or prejudice related to the fact that they are poor black women. Therefore, intersectional vulnerability (race ­gender ­social class) leads to inequalities in the access to healthcare services, which materializes as obstetric violence, negligence to black women's right to their own bodies, as well as denial of their subjectivity, which violates the presuppositions of the Brazilian Unified Health System (SUS), especially the principles of universality, equity, and integrality of care. Conclusions:It is therefore verified that the inequities of obstetric care, which mostly affect poor black women, present themselves as a management problem, denoting the deficit in the application of public healthcare policies, or their absence. There is also a need for healthcare providers, through continued education, to have a more holistic view in order to provide more equanimous and integral healthcare (AU).


Introducción:La coyuntura socioeconómica y cultural de la mujer negra la coloca en una triple vulnerabilidad, que se explica por el hecho de que es víctima del racismo, del prejuicio de clase y de la discriminación de género, y esa interacción de diferentes tipos de opresión es explicada por la teoría dela interseccionalidad. Esta negligencia se precariza mucho más cuando se trata de la atención médica. Objetivo:Comprender cómo el contexto social de la interseccionalidad de raza, clase y género se refleja en la atención obstétrica en la Salud Pública de mujeres negras que viven en una comunidad quilombola. Metodología:Investigación cualitativa de carácter descriptivo-exploratorio, realizada con dos mujeres negras residentes en comunidad quilombola, Ceará, Brazil. Para la recolección de datos, se utilizaron entrevistas semiestructuradas y los datos fueron sometidos a análisis del discurso. Resultados:Los sujetos son capaces, a partir de situaciones vividas en los servicios públicos de salud, de identificar ejemplos de racismo y/o prejuicios por el hecho de ser mujeres negras y pobres. Así, la vulnerabilidad interseccional (raza ­género ­clase social) implica en desigualdades en el acceso a los servicios de salud, que se materializan en violencia obstétrica, negligencia en relación a los derechos de las mujeres negras sobre sus propios cuerpos, además de la negación de su subjetividad, que viola los supuestos del Sistema Único de Salud, en particular los principios de universalidad, equidad e integralidad de la atención. Conclusiones: Se puede observar que las inequidades en la atención obstétrica, que afectanmayormente a mujeres negras y pobres, se presentan como un problema de gestión, denotando el déficit en la implementación de políticas públicas de salud, o su ausencia. También es necesario que los profesionales de la salud, basados en la educación continua, tengan una visión más holística, para producir una atención equitativa e integral (AU).


Subject(s)
Humans , Female , Social Class , Black People , Racism , Quilombola Communities , Health Policy , Obstetrics , Socioeconomic Factors , Epidemiology, Descriptive , Pregnant Women , Public Health Services/policies , Maternal Health Services
3.
Rio de Janeiro; Universidade Federal do Rio de Janeiro;PPG-MPCO;Hemorio; 19.jun.2024. 2 p. ilus.
Non-conventional in Portuguese | LILACS, SES-RJ | ID: biblio-1556310

ABSTRACT

Um material educativo sobre Saúde Bucal e Doença Falciforme em celebração ao dia 19 de Junho, Dia Mundial da Conscientização da Doença Falciforme.


Subject(s)
Black People
4.
Article in Spanish, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1565968

ABSTRACT

OBJETIVO: Este trabalho apresenta aspectos de uma observação participante em um Hospital Universitário do nível terciário da rede SUS localizado em Vitória, capital da região sudeste do Brasil, durante o primeiro semestre de 2023. Logo, o relato a seguir pretende provocar e incitar a discussão sobre os desafios enfrentados pela psicologia em contexto hospitalar, dentre eles o racismo estrutural impregnado nos corpos e nos gestos que se atualizam naquele estabelecimento. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência, de caráter qualitativo, vivido através do acompanhamento da dinâmica hospitalar da clínica cirúrgica e da clínica médica do referido Hospital. O percurso metodológico foi realizado por meio da análise institucional de linhagem francesa, calcada em discussões de orientações do estágio, onde os diários de campo, observações e participações no campo eram semanalmente discutidas. RESULTADOS: Destaca a produção e reafirmação do racismo estrutural no país, que se expressa tanto no trato com pacientes quanto com funcionários e estudantes. A escuta da equipe profissional do hospital é marcada, muitas vezes, por práticas assistencialistas e por processos de exclusão preconceituosos, fazendo-nos indagar: "A psicologia hospitalar tem cor?" CONCLUSÃO: O objetivo da pesquisa foi cumprido e, além disso, relatar essa experiência suscitou ao campo diversas questões como: de que forma colocar em funcionamento uma gestão hospitalar que propicie uma política de compartilhamento de atenção ao paciente entre os equipamentos da atenção?


OBJECTIVE: This work presents aspects of participant observation in a University Hospital at the tertiary level of the SUS network located in Vitória, capital of the southeast region of Brazil, during the first half of 2023. Therefore, the following report intends to provoke and incite discussion about the challenges faced by psychology in a hospital context, among them the structural racism permeated in the bodies and gestures that are updated in that establishment. METHOD: This is an experience report, of a qualitative nature, experienced through monitoring the hospital dynamics of the surgical clinic and the medical clinic of the aforementioned Hospital. The methodological path was carried out through institutional data analysis, based on discussions of internship guidelines, where field diaries, observations and participation in the internship were discussed weekly. RESULTS: Highlights the production and reaffirmation of structural racism in the country, which is expressed both in dealings with patients, employees and students. Listening to the hospital's professional team is often marked by welfare practices and prejudiced exclusion processes, making us ask: "Does hospital psychology have color?" CONCLUSION: The objective of the research was fulfilled and, in addition, reporting this experience raised several questions in the field, such as: how to put into operation hospital management that provides a policy of sharing patients between care equipment?


OBJETIVO: Este trabajo presenta aspectos de la observación participante en un Hospital Universitario del nivel terciario de la red SUS ubicado en Vitória, capital de la región sureste de Brasil durante el primer semestre de 2023. Por lo tanto, el siguiente informe pretende provocar e incitar a la discusión sobre los desafíos que enfrenta la psicología en el contexto hospitalario, entre ellos el racismo estructural permeado en los cuerpos y gestos que se actualizan en ese establecimiento. MÉTODO: Se trata de un relato de experiencia, de carácter cualitativo, vivida a través del seguimiento de la dinámica hospitalaria de la clínica quirúrgica y de la clínica médica del mencionado Hospital. El recorrido metodológico se realizó a través del análisis de datos institucionales, a partir de discusiones sobre lineamientos de pasantía, donde semanalmente se discutieron diarios de campo, observaciones y participación en la pasantía. RESULTADOS: Destaca la producción y reafirmación del racismo estructural en el país, que se expresa tanto en el trato con pacientes, empleados y estudiantes. La escucha del equipo profesional del hospital muchas veces está marcada por prácticas asistencialistas y procesos de exclusión prejuiciosos, lo que nos lleva a preguntarnos: "¿Tiene color la psicología hospitalaria?". CONCLUSIÓN: El objetivo de la investigación fue cumplido y, además, relatar esta experiencia generó varias preguntas en el campo, tales como: ¿cómo poner en funcionamiento una gestión hospitalaria que prevea una política de reparto de pacientes entre equipos de atención?


Subject(s)
Systemic Racism , Psychology, Medical , Black People
5.
São Paulo; s.n; 2024. 142 p.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1531558

ABSTRACT

Este estudo se dedica a pensar os efeitos do racismo e da racialidade enquanto elementos estruturantes do mundo em que vivemos e da saúde sexual e reprodutiva de mulheres negras, seus projetos de vida e exercício de parentalidade. Por meio de uma perspectiva sobre a impossibilidade da justiça, considerando a necessidade de destruição do Mundo como o conhecemos, e iluminando (com luz negra) a perversidade que não é uma falha mas é a característica mesma do projeto racial que está na base das formações sociais modernas, este trabalho dá centralidade à potência dos emaranhados sociais e da coletividade na produção de estratégias de continuidade da vida, dialogando com as noções de rede e sobrevivência coletiva. Seu objetivo é entender os sentidos e práticas das redes de apoio de mulheres racializadas durante o ciclo gravídico puerperal e no exercício de cuidado à prole em contexto de vulnerabilização. Este é um estudo qualitativo de caráter analítico- exploratório cujas fontes de dados foram produções da literatura científica, registros em diário de campo e discursos das mulheres participantes. Os instrumentos da pesquisa foram uma roda de conversa e duas entrevistas individuais de mulheres mães pretas e periféricas; e a análise elaborada a partir da metodologia episódica proposta por Grada Kilomba. Esta autora encontrou nas narrativas de histórias pessoais de mulheres negras, episódios de suas vidas, a possibilidade de reconstruir e recuperar percepções e definições próprias dos sujeitos que as experenciaram e as têm como própria realidade. Os resultados construídos revelam que os sentidos e práticas das redes de apoio das mulheres-mães negras periféricas envolvidas nesse estudo são múltiplos e ambíguos. Ao mesmo tempo em que possibilitam a emancipação da mulher ao papel da mãe que se dedica integralmente aos filhos em detrimento de seus desejos individuais descolados da maternagem, são também moduladores de sua maternagem e reprodutores da opressão imposta por esse modelo socialmente consolidado. O cenário é complexo, há disputas de gênero, poder institucionalizado, mecanismo de manutenção da visão do outro racial como identidade e referência, jogos de poder e conflito geracional, interesses próprios, alianças consanguíneas, relações por aliança, abandono, vida, vitórias, acolhimento, esperança, acordos, negociações, uma miríade de elementos que sustentam a existência destes sujeitos. Suas maternagens são especialmente atravessadas por eventos críticos, mortes materiais e simbólicas, que tornam seu sofrimento cotidiano e determinam que ressignifiquem sua existência diariamente, à medida em que compartilham o cuidado de seus filhos com seus pares.


This study is dedicated to thinking about the effects of racism and raciality as structuring elements of the world we live in as well as of black women's sexual and reproductive health, their life projects and parenting. Through a perspective on the impossibility of justice, considering the need to destroy the world as we know it, and by shedding (black) light on the perversity that is not a failure but the very characteristic of the racial project that underpins modern social formations, this work focuses on the power of social entanglements and collectivity in the production of strategies for the continuity of life, engaging with the notions of networks and collective survival. It aims to understand the meanings and practices of racialized women's support networks during the pregnancy-puerperium cycle and when caring for their offspring in a context of vulnerability. This is a qualitative study of an analytical-exploratory type and its data sources were scientific literature, field diary entries and the speeches of the participating women. The research instruments were a conversation circle and two individual interviews with black women who are mothers from a peripheral region, and the analysis was based on the episodic methodology proposed by Grada Kilomba. This author found in the narratives of black women's personal stories, episodes from their lives, the possibility of reconstructing and retrieving the perceptions and definitions of the subjects who experienced them and have them as their own reality. The results show that the meanings and practices of support networks of the black women who are mothers in the periphery and were involved in this study are multiple and ambiguous. At the same time as they make it possible for women to emancipate themselves from the role of mothers who dedicate themselves entirely to their children, in detriment to their individual desires detached from mothering, they are also modulators of their mothering and reproducers of the oppression imposed by this socially consolidated model. The scenario is complex, there are gender disputes, institutionalized power, a mechanism for maintaining the view of the racial other as an identity and reference, power games and generational conflict, self-interest, consanguineous alliances, alliance relations, abandonment, life, victories, acceptance, hope, agreements, negotiations, a myriad of elements that sustain the existence of these subjects. Their mothering is especially crossed by critical events, material and symbolic deaths, which make their suffering a daily occurrence and determine that they resignify their existence on a regular basis, as they share the care of their children with their peers.


Subject(s)
Humans , Female , Social Support , Racial Groups , Reproductive Health , Maternal Behavior , Mother-Child Relations , Black People
6.
São Paulo; s.n; 2024. 141 p.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1570265

ABSTRACT

Mesclando memórias, histórias, dados e questionamentos, a escrita se dá em primeira pessoa dialogando com a proposta de escrevivência. Coloco-me como contadora, saindo do lugar da "outra" e me narrando, me escrevendo e inscrevendo e sendo sujeita da minha própria história. Desvelo aspectos individuais que dialogam com a coletividade entendendo a vida enquanto produtora de conhecimento. Uma escrita política que provoca a visibilização de novas narrativas para além do lugar que a hegemonia do poder branco, masculino e elitista insiste em colocar o povo negro (principalmente as mulheres) ao tempo em que se propõe como ser universal. Logo, desde a escrita até o trabalho de campo busco construir e visibilizar novas narrativas. Interseccionando as opressões de raça (intimamente ligadas às de classe) e gênero a partir, principalmente, das ideias de mulheres negras, histórias, dados e pensamentos são compartilhados a respeito de como essas opressões afetam a negritude nos mais diversos âmbitos de suas vidas: educação, empregabilidade, cultura e saúde desde o nascer até o morrer. A pandemia de COVID-19 foi capaz de negritar e acentuar as violações que já existiam, trazendo ainda mais dificuldade para o povo negro, principalmente para as mulheres-mães (serão chamadas assim para negritar que antes da função de maternidade são mulheres, pessoas) negras que vivenciam diariamente as opressões advindas das desigualdades de gênero e do racismo vivendo em seus corpos a necessidade de cuidar (quase sempre sozinhas), ainda que as políticas públicas pouco se atenham à elas enquanto sujeitas, para além do maternar. Fazendo uso da pesquisa ativista feminista negra, bem como de rodas de conversa e cartas-afetivas/áudios-afetivos, a pesquisa traz as histórias, trajetórias e reflexões de seis mulheres-mães negras militantes e as estratégias de produções de saúde conduzidas por elas em meio à pandemia por COVID-19, focando especialmente nos saberes e práticas ainda não hegemônicos na universidade pública brasileira. É possível concluir que, apesar de todas as adversidades e iniquidades impostas, mulheres-mães negras continuam existindo, resistindo, criando redes e inventando possibilidades para além das institucionalidades. Foram figuras centrais durante a pandemia e que reinventaram formas de cuidar de suas comunidades, dos seus e de si mesmas pautadas, quase sempre, em um resgate de práticas tradicionais, deslocando a retina da produção de saúde como sinônimo de bem-estar e se aproximando do conceito de bem viver.


Merging memories, stories, data and questions, the writing takes place in the first person to dialogue with the proposal of escrevivência. I place myself as a storyteller, leaving the place of the "other" and narrating, writing and inscribing myself and, being the subject of my own story. Understanding life as a producer of knowledge, I reveal individual aspects that dialogue with the collectivity. This political writing provokes the visibility of new narratives instead of surrendering to the places imposed by the hegemony of white, male and elitist power that insists on proposing itself as a universal being. Therefore, from writing to fieldwork, I seek to build and make new narratives visible. Intersecting the oppressions of race (intimately linked to class) and gender, based mainly on the ideas of black women, stories, data and thoughts are shared about how these oppressions affect blackness in the most diverse areas of their lives: education, employability, culture and health from birth to death. The COVID-19 pandemic was able to bold and accentuate the violations that already existed, bringing even more difficulty to black people; especially for women-mothers ( they will be called that to emphasize that before the role of motherhood they are women, people) black who daily experience the oppressions arising from gender inequalities and racism, living in their bodies the need to care (almost always alone) although public policies pay little attention to them as subjects, beyond the maternity. Inspired by black feminist activist research, as well as conversation circles and affective letters/affective-audios, the research brings the stories, trajectories and reflections of six militant black women-mothers and the health production strategies conducted by them amid the COVID-19 pandemic, focusing especially on knowledge and practices that are not yet hegemonic in Brazilian public universities. It is possible to conclude that, despite all the adversities and inequities imposed, black women-mothers continue to exist, resisting, creating networks and inventing possibilities beyond institutionalities. They were central figures during the pandemic and who reinvented ways of caring for their communities, their loved ones and themselves, almost always based on a recovery of traditional practices, shifting the focus of health production as a synonym for well-being and moving closer to the concept of well being.


Subject(s)
Humans , Female , Black People , Pandemics , COVID-19 , Mothers , Parenting
7.
Saúde Soc ; 33(2): e230531pt, 2024.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1570068

ABSTRACT

Resumo Por meio de um esforço analítico-interpretativo de releitura dos fatos históricos apresentados acerca da ideia, da proposta, do movimento e do processo da Reforma Sanitária Brasileira (RSB), e à luz das teorias e críticas decolonial e feminista negra, este artigo de cunho ensaístico tem como objetivo propor um giro epistemológico e político para uma práxis sanitária decolonial. Em um primeiro momento, reflete acerca de alguns pontos de incoerência de certas dimensões da RSB que possivelmente contribuíram para que houvesse promessas não cumpridas em sua proposta. Na segunda parte do trabalho, (re)posiciona a analítica concernente à situação de colonialidade no Brasil com relação ao que está em jogo, na tentativa de "redemocratizar a vida" neste país. Finalmente, evidencia-se que, apesar de haver muito a avançar, asseguradamente a RSB não é um "movimento desnaturado".


Abstract By an analytical-interpretative effort of re-reading the historical facts regarding the idea, proposal, movement, and process of the Brazilian Health Care Reform (HCR) in light of decolonial and Black Feminist theories and critics, this study aims to propose an epistemological and political turn toward a decolonial health praxis. In a first moment, it reflects about some points of incoherence of certain dimensions in the HCR proposal. The second part of this studyd (re)positions this analysis concerning the coloniality situation in Brazil regarding what lies at stake in the attempt of "life redemocratization" in this country. Finally, it highlights that despite much progress to be made, the Brazilian Health Reform is assuredly not a "denatured movement."


Subject(s)
Feminism , Black People , Decolonization , Health Policy , Health Services Accessibility
8.
Saúde Soc ; 33(1): e220754pt, 2024. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1536868

ABSTRACT

Resumo A saúde da população negra (SPN) pode ser compreendida simultaneamente como campo de estudos, de intervenção social e de domínio cultural. Essa complexa esfera de conhecimento e prática surgiu imbricada com demandas de movimentos sociais e de profissionais, sobretudo de mulheres negras, com a finalidade de enfrentar problemas concretos de saúde pública. Como campo de estudos, ainda é incipiente a produção científica no Brasil. Dado esse contexto, conduzimos esta investigação com o objetivo de demonstrar como tem se estruturado a produção sobre SPN no país nas últimas três décadas. Trata-se de uma revisão sistemática integrativa, que visa a síntese e a análise do conhecimento científico já produzido sobre esse tema. Selecionamos 400 trabalhos publicados entre 1998 e 2020 e analisamos a evolução do volume de produção, seus lócus (estados, instituições, áreas científicas e abrangência territorial), temáticas e metodologias, bem como alguns desses intercruzamentos. Como resultado, encontramos um aumento notório do volume de pesquisas mais recentemente, em um campo interdisciplinar e com maior diversidade temática em relação aos estudos pioneiros. Essa evolução pode apontar um processo de consolidação do campo de estudos sobre saúde e raça no Brasil, ainda que os sinais apresentados sejam ambíguos.


Abstract Black population health (BPH) can be understood, at the same time, as a field of study, of social intervention, and of cultural domain. This complex sphere of knowledge and practice emerged from the demands of social movements, especially those of black women, to face concrete public health problems. As a field of study, scientific production in Brazil is still incipient. Given this context, we conducted this investigation to demonstrate how the production on BPH has been structured in Brazil in the last three decades. This is an integrative systematic review that aims to synthesize and analyze the scientific knowledge already produced on this topic. We selected 400 works among articles, theses, and dissertations published between 1998 and 2020 and analyzed the evolution of the production volume, its locus (states, institutions, scientific areas, and territorial scope of the studies), themes and methodologies, as well as some of these intercrossing. As a result, we found a notable increase in the research volume in recent years, in an interdisciplinary field with wide thematic diversity in relation to pioneer studies. This evolution may point to a process of consolidation of the field of studies on health and race in Brazil, even if the signs presented are ambiguous.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Public Health , Black People , Racism , Social Determinants of Health , Health of Ethnic Minorities
9.
Saúde Soc ; 33(2): e230231pt, 2024.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1560499

ABSTRACT

Resumo Neste trabalho se buscou identificar as concepções de mulheres negras em vulnerabilidade socioeconômica de um bairro da Zona Noroeste do município de Santos sobre saúde e autocuidado em saúde reprodutiva. Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada por meio de entrevista semiestruturada com 19 mulheres autodeclaradas negras. Os dados qualitativos foram submetidos à Análise de Conteúdo. Os resultados revelaram concepções acerca da saúde e do autocuidado que envolvem não apenas o aspecto biomédico, mas também a percepção de saúde integral. Concluiu-se que as mulheres consideram a saúde e o autocuidado como algo de grande importância, entretanto, atribuem ao profissional de medicina papel relevante na manutenção desse autocuidado, desconsiderando as práticas diárias que realizam de forma autônoma.


Abstract This work sought to identify the conceptions of black women in socioeconomic vulnerability in a neighborhood in the Northwest Zone of the municipality of Santos about health and self-care in reproductive health. This is a qualitative research carried out via semi-structured interviews with 19 self-declared black women. Qualitative data were submitted to Content Analysis. The results revealed conceptions about health and self-care that involve the biomedical aspect and a perception of integral health. In conclusion, women consider health and self-care very important; however, they attribute to the medical professional a relevant role in maintaining this self-care, disregarding the daily practices carried out autonomously.


Subject(s)
Women , Women's Health , Black People , Reproductive Health , Intersectional Framework
10.
Rev. saúde pública (Online) ; 58: 37, 2024. tab, graf
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1570056

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To analyze the incompleteness and trend of incompleteness of the race/color variable in hospitalizations due to COVID-19 whose outcome was death, in Brazil, between April 2020 and April 2022. METHODS Ecological time series study on the incompleteness of the race/color variable in hospitalizations due to COVID-19 whose outcome was death in Brazil, its macro-regions and Federative Units (FU), by joinpoint regression, calculation of Monthly Percent Change (MPC) and Average Monthly Percent Change (AMPC), based on data from the Hospital Information System of the Unified Health System (SIH/SUS). RESULTS The incompleteness of the race/color variable in COVID-19 hospitalizations with a death outcome in Brazil was 25.85%, considered poor. All regions of the country had a poor degree of incompleteness, except for the South, which was considered regular. In the period analyzed, the joinpoint analysis revealed a stable trend in the incompleteness of the race/color variable in Brazil (AMPC = 0.54; 95%CI: -0.64 to 1.74; p = 0.37) and in the Southeast (AMPC = -0.61; 95%CI: -3.36 to 2.22; p = 0.67) and North (AMPC = 3.74; 95%CI: -0.14 to 7.78; p = 0.06) regions. The South (AMPC = 5.49; 95%CI: 2.94 to 8.11; p = 0.00002) and Northeast (AMP = 2.50; 95%CI: 0.77 to 4.25; p = 0.005) regions showed an increase in the incompleteness trend, while the Midwest (AMPC = -2.91 ; 95%CI: -5.26 to -0.51; p = 0.02) showed a downward trend. CONCLUSION The proportion of poor completeness and the stable trend of incompleteness show that there was no improvement in the quality of filling in the race/color variable during the COVID-19 pandemic in Brazil, a fact that may have increased health inequalities for the black population and made it difficult to plan strategic actions for this population, considering the pandemic context. The results found reinforce the need to encourage discussion on the subject, given that the incompleteness of health information systems increases inequalities in access to health services and compromises the quality of health data.


RESUMO OBJETIVO Analisar a incompletude e a tendência da incompletude da variável raça/cor nas internações por covid-19 cujo desfecho foi óbito, no Brasil, no período entre abril de 2020 e abril de 2022. MÉTODOS Estudo ecológico de série temporal sobre a incompletude da variável raça/cor nas internações por covid-19 cujo desfecho foi óbito no Brasil, suas macrorregiões e Unidades Federativas (UF), pela regressão por joinpoint, cálculo da Monthly Percent Change (MPC) e Average Monthly Percent Change (AMPC), a partir de dados do Sistema de Informação Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). RESULTADOS A incompletude da variável raça/cor nas internações por covid-19 cujo desfecho foi óbito no Brasil foi 25,85%, considerada ruim. Todas as regiões do país tiveram grau de incompletude ruim, exceto a Região Sul, considerada regular. No período analisado, a análise jointpoint revelou tendência de estabilidade na incompletude da variável raça/cor no Brasil (AMPC = 0,54; IC95% -0,64 a 1,74; p = 0,37) e nas regiões Sudeste (AMPC = -0,61; IC95% -3,36 a 2,22; p = 0,67) e Norte (AMPC = 3,74; IC95% -0,14 a 7,78; p = 0,06). As regiões Sul (AMPC = 5,49; IC95% 2,94 a 8,11; p = 0,00002) e Nordeste (AMPC = 2,50; IC95% 0,77 a 4,25;p = 0,005) apresentaram crescimento na tendência da incompletude, enquanto a Região Centro-Oeste (AMPC = -2,91; IC95% -5,26 a -0,51; p = 0,02) teve tendência de redução. CONCLUSÃO A proporção de preenchimento ruim e a tendência de estabilidade da incompletude revelam que não houve melhoria na qualidade de preenchimento da variável raça/cor durante o período da pandemia da covid-19 no Brasil, fato que pode ter ampliado as iniquidades em saúde para população negra e dificultado o planejamento de ações estratégias para essa população, considerando o contexto pandêmico. Os resultados encontrados reforçam a necessidade de fomentar a discussão sobre o tema, tendo em vista que a incompletude dos sistemas de informação em saúde amplia desigualdades no acesso aos serviços de saúde e compromete a qualidade dos dados em saúde.


Subject(s)
Information Systems , Time Series Studies , Black People , Pandemics , Health of Ethnic Minorities , Ethnic Inequality , COVID-19
11.
Saúde Soc ; 33(2): e230653pt, 2024.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1570078

ABSTRACT

Resumo Este artigo apresenta alguns resultados de uma pesquisa de mestrado cujo objetivo foi identificar as repercussões da prática da capoeira como dispositivo de cuidado e promoção da saúde para pessoas que fazem uso prejudicial de substâncias psicoativas. A pesquisa seguiu as diretrizes do método cartográfico e acompanhou, no período de 2019 a 2020, as atividades de um grupo de capoeira que ocorriam semanalmente no Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e Outras Drogas II (CAPS AD II), parte da Rede de Atenção Psicossocial na cidade de São Paulo. Os participantes eram usuários que se interessavam por essa prática. Foram produzidos diários de campo e registros fotográficos. A prática da capoeira, como experiência afrorreferenciada, é percebida como promotora de saúde, atuando como um dispositivo de cuidado que valoriza os espaços de encontros e trocas de saberes-fazeres-sentires, incluindo aspectos coletivos, sociais, políticos, econômicos e culturais, proporcionando resgate e significado singulares. A inserção da capoeira nos serviços de saúde torna-se um dispositivo importante para expressões e posicionamentos sociais, políticos e afetivos, configurando-se também como um espaço de aproximação de singularidades, por meio da mandinga e da malícia que compõem essa grande roda.


Abstract This study describes some results of a research project for a Master's degree that aimed to find the impact of practicing capoeira as a care and health promotion device for people who make hazardous use of psychoactive substances. This research followed the guidelines of the cartographical method and followed the process of the capoeira group that took place weekly in a Psychosocial Care Center - Alcohol and Other Drugs (Caps AD II) -, which belongs to the Psychosocial Care Network in the municipality of São Paulo, from 2019 to 2020. Participants were users who were keen on such practice. Records were made using images and field diaries. The practice of capoeira as an Afro-Brazilian experience promoted health and provided care in spaces that value encounters and sharing of knowledge-doings-feelings - including the collective, the social, the political, the economic, and the cultural - of unique importance and significance. The practice of capoeira within health services becomes an important device for social, political, and affective expression and positioning and as a space for bringing together singularities by the mandinga and mischief that make up this "great roda" (gathering).


Subject(s)
Sports , Mental Health , Occupational Therapy , Culture , Delivery of Health Care , Black People/history , Health Promotion , Mental Health Services
12.
Porto Alegre; Editora Rede Unida; dez. 2023. 230 p.
Monography in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1527219

ABSTRACT

O sexto volume da Série Pensamento Negro Descolonial, "Insurgências poéticas-políticas: epistemologias e metodologias negras, descoloniais e antirracistas", é resultado da poética-política de pessoas pretas, pesquisadoras, estudantes, militantes, artivistas e poetas da palavra recitada, cantada, dançada, desenhada, cujas produções estão encharcadas pela poesia da existencialidade amefricana. Convidamos você a navegar por itinerários e imaginários que gingam atrevidas pelas encruzilhadas da produção de conhecimento, operando ­ na partilha de palavras pronunciadas, desenhadas e inundadas de significados ­, a enunciação de epistemologias destemidas que gestam metodologias para fazer Arte-Ciência. Desejamos que este volume da Série encontre você, leitora ou leitor, desde as memórias que escapam e remontam narrativas por onde é possível experimentar a si, desde a diferença e a poesia. Venha mergulhar por produções que enunciam que nunca estivemos passivas/os e imperceptíveis nos lugares anunciados pela branquitude como não sendo nossos. Venha sentir produções encarnadas nas poéticas viscerais do corpo memória, corpo documento de Beatriz Nascimento, que narram nossos registros vivos de resistência ao sequestro transatlântico, fluindo nossos sentidos e existencialidades. Afinal, carregamos e desenrolamos em nós a meada da memória que tece os espaços onde habita a performance da oralitura de Leda Martins, constituída do arranjo entre a oralidade transmitida por saberes ancestrais do pensamento africano e afrodiaspórico e a litura da escrita do corpo que tentaram apagar.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Pregnancy , Infant, Newborn , Infant , Child, Preschool , Child , Adolescent , Adult , Middle Aged , Aged , Aged, 80 and over , Young Adult , Complementary Therapies , Black People , Political Activism , Race Factors
13.
Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 23(4): 1333-1348, dez. 2023.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1537972

ABSTRACT

Este trabalho tem como objetivo, a partir da experiência e do testemunho de um Coletivo de Mulheres, propor uma leitura do que nomeamos como o Real da violência por meio do ensino de Lacan e comentadores. Diferente do Real enquanto fundamento ausente ou falta-a-ser, o Real da violência se insere historicamente no dia a dia e na vida de determinados corpos brasileiros, precisamente os corpos negros, femininos e periféricos. Em vista do cenário de impasses socio-políticos do Brasil, mas também de potentes vozes e ações que têm surgido das comunidades atravessadas por estruturas de violência, a experiência do Coletivo ilustra o presente trabalho, a fim de demonstrar caminhos possíveis para um saber-fazer com esse Real ao qual seus filhos e a comunidade estão mais expostos. À luz de conceitos da Teoria Feminista, como, por exemplo, a noção de interseccionalidade e a categoria corpo-território, endossamos essa discussão que demanda à Psicanálise conversar com outros campos do saber. Empreitada que exige engajamento ético e político dos psicanalistas, em especial dos que exercem a práxis analítica no Brasil.


This work aims, through the experience and testimony of a Women's Collective, to propose a reading of what we call the Real of violence through the teaching of Lacan and commentators. Different from the Real as a foundation that is absent or lack-of-being, the Real of violence is historically inserted in the daily life and in the life of certain Brazilian bodies, precisely black, female and peripheral bodies. In view of the scenario of socio-political impasses in Brazil, but also of powerful voices and actions that have emerged from communities crossed by structures of violence, the Collective's experience illustrates the present work, in order to demonstrate possible paths for a know-how to deal with this Real to which their children and the community are more exposed. In the light of concepts from Feminist Theory, such as, for example, the notion of intersectionality and the body-territory category, we endorse this discussion that demands Psychoanalysis to converse with other fields of knowledge. An undertaking that demands ethical and political engagement from psychoanalysts, especially those who practice analytical praxis in Brazil.


Este trabajo pretende, a partir de la experiencia y testimonio de un Colectivo de Mujeres, proponer una lectura de lo que llamamos lo Real de la violencia a través del magisterio de Lacan y comentaristas. A diferencia de lo Real como fundamento ausente o falta-de-ser, lo Real de la violencia se inserta históricamente en el cotidiano y en la vida de ciertos cuerpos brasileños, precisamente negros, femeninos y los barrios marginales. Ante el escenario de impasses sociopolíticos en Brasil, pero también de voces y acciones poderosas que han emergido de comunidades atravesadas por estructuras de violencia, la experiencia del Colectivo ilustra el presente trabajo, con el fin de evidenciar posibles caminos para un saber hacer con este Real al que están más expuestos sus niños y la comunidad. A la luz de conceptos de la Teoría Feminista, como, por ejemplo, la noción de interseccionalidad y la categoría cuerpo-territorio, avalamos esta discusión que exige al Psicoanálisis hablar con otros campos del saber. Un emprendimiento que exige compromiso ético y político de los psicoanalistas, especialmente de aquellos que ejercen la práctica analítica en Brasil.


Subject(s)
Humans , Female , Psychoanalysis , Women , Community Participation , Violence Against Women , Life Change Events , Brazil , Feminism , Black People
14.
Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 23(4): 1405-1426, dez. 2023.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1537985

ABSTRACT

Esse artigo tem como objetivo propor algumas reflexões sobre a psicanálise e a obra de Frantz Fanon, tomando como inquietação inicial um conjunto de cartas publicadas por psicanalistas na França sobre o tema da decolonialidade. Em um primeiro momento, detalhamos de forma breve o teor da discussão francesa, o conteúdo das cartas e alguns dos seus variados efeitos, assim como parte do contexto francês em que o debate se inicia. Partindo em seguida para um desenvolvimento sobre algumas das elaborações fanonianas sobre o tema da identidade, do humanismo e do universalismo - conceitos densamente presentes no debate francês. Na sequência, enfocamos alguns dos modos como a psicanálise aparece na obra desse autor, a fim de destacar algumas das questões que consideramos fundamentais de serem observadas em seus escritos, e em conjunto das discussões sobre decolonialidade e psicanálise. Dessa maneira, busca-se, a partir de nossa produção, tensionar e colaborar para o debate das possíveis contribuições da teoria de Fanon para o campo psicanalítico.


This article aims to propose some reflections on psychoanalysis and the work of Frantz Fanon, starting with an initial concern regarding a set of letters published by psychoanalysts in France on the topic of decoloniality. In the first part, we briefly outline the content of the french discussion, the contents of the letters and some of their various effects, as well as part of the french context in which the debate begins. Moving on to a discussion of some of Fanon's elaborations on the themes of identity, humanism, and universalism - wich are concepts densely present in french debate. We then advance to examine some of the ways psychoanalysis appears in Fanon's work, aiming to highlight some of the issues we consider fundamental to be observed in his writings, in conjunction with discussions on decoloniality and psychoanalysis. Through our production, we seek to engage and contribute to the debate on the potential contributions of Fanon's theory to the field of psychoanalysis.


Este artículo tiene como objetivo proponer algunas reflexiones sobre el psicoanálisis y la obra de Frantz Fanon, partiendo de una preocupación inicial en torno a un conjunto de cartas publicadas por psicoanalistas en Francia sobre el tema de la descolonización. En la primera parte, delineamos brevemente el contenido de la discusión francesa, el contenido de las cartas y algunos de sus diversos efectos, así como parte del contexto francés en el que comienza el debate. Luego, pasamos a discutir algunas de las elaboraciones de Fanon sobre los temas de identidad, humanismo y universalismo, conceptos densamente presentes en el debate francés. Avanzamos luego para examinar algunas de las formas en que el psicoanálisis aparece en la obra de Fanon, con el objetivo de resaltar algunos de los problemas que consideramos fundamentales para ser observados en sus escritos, en conjunto con las discusiones sobre descolonización y psicoanálisis. A través de nuestra producción, buscamos participar y contribuir al debate sobre las posibles contribuciones de la teoría de Fanon al campo del psicoanálisis.


Subject(s)
Psychoanalysis , Race Relations , Colonialism , Black People , Racism , Race Factors
15.
Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 23(4): 1212-1232, dez. 2023.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1537932

ABSTRACT

Este artigo propõe articulações entre as estruturas coloniais de incidência do racismo e do sexismo no laço social e suas vias de inscrição no inconsciente e no corpo. Partimos de um debate sobre o enquadre colonial da subjetividade e de questões levantadas por Frantz Fanon acerca do modo como o racismo se conecta com a lógica fálica do complexo de Édipo para avaliar sua validade em relação à realidade de povos colonizados. Retomamos formulações freudianas e lacanianas úteis para abordar essa encruzilhada, a partir dos caminhos apontados por Lélia Gonzalez ao discutir as subversões operadas pela mulher negra diante do racismo e do sexismo no contexto brasileiro. Com base em alguns fragmentos clínicos, sustentamos que uma abordagem clínica da perspectiva interseccional antecipada por Lélia Gonzalez demanda uma tomada dialética das relações entre estrutura e história, entre o coletivo e o singular e entre o inconsciente colonizado e o resto que escapa e subverte as relações de dominação.


This article proposes articulations between the colonial structures of incidence of the racism and sexism in the social bond and their ways of inscription in the unconscious and in the body. Starting from a debate about the colonial framework of subjectivity and from questions raised by Frantz Fanon about how the racism connects with the phallic logic of the Oedipus complex to assess its validity in relation to the reality of colonized peoples. We return to useful Freudian and Lacanian formulations to address this crossroads, based on the paths pointed out by Lélia Gonzalez when discussing the subversions operated by black women in the face of racism and sexism in the Brazilian context. Based on some clinical fragments, we argue that a clinical approach to the intersectional perspective anticipated by Lélia Gonzalez demands a dialectical approach to the relations between structure and history, between the collective and the singular, and between the colonized unconscious and the rest that escapes and subverts the relations of domination.


Este artículo propone articulaciones entre las estructuras coloniales de incidencia del racismo y del sexismo en el lazo social y sus formas de inscripción en el inconsciente y en el cuerpo. Partimos de un debate sobre el marco colonial de la subjetividad y de las preguntas planteadas por Frantz Fanon sobre la forma en que el racismo se relaciona con la lógica fálica del complejo de Edipo para evaluar su validez con relación a la realidad de los pueblos colonizados. Retomamos formulaciones freudianas y lacanianas útiles para abordar esta encrucijada, a partir de los caminos señalados por Lélia González al discutir las subversiones operadas por las mujeres negras frente al racismo y al sexismo en el contexto brasileño. En función de algunos fragmentos clínicos, sostenemos que una aproximación clínica de la perspectiva interseccional, anticipada por Lélia González, exige un abordaje dialéctico de las relaciones entre estructura e historia, entre lo colectivo y lo singular y entre el inconsciente colonizado y el resto que escapa y subvierte las relaciones de dominación.


Subject(s)
Psychoanalytic Interpretation , Colonialism , Racism , Sexism , Politics , Unconscious, Psychology , Violence , Women , Black People , Oedipus Complex
16.
Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 23(4): 1255-1270, dez. 2023.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1537936

ABSTRACT

Neste artigo, são percorridas algumas indicações feitas por Jacques Lacan sobre a função da superfície e da importância do traço para pensar topologicamente a identificação. Em seguida, a direção dada pelo autor para pensarmos a identificação - especialmente acerca da importância da superfície e da nomeação pelo Outro - é articulada com questões que têm sido discutidas no âmbito das relações raciais no Brasil, trazendo as contribuições de autores do campo das relações raciais como Stuart Hall, Frantz Fanon e Lélia Gonzalez. Situando o campo discursivo sobre as identidades raciais em um contexto nacional marcado, desde a primeira metade do século XX até os dias atuais, pela proposição e pela manutenção do mito da democracia racial por parte considerável da intelectualidade brasileira (branca), são recuperadas questões presentes no trabalho de Lacan para pensar como as identificações são atravessadas pela raça hoje, bem como para indagar discursos que têm desqualificado tais debates nos campos políticos e teóricos. Nas considerações finais, são apontadas algumas implicações dessa discussão para o exercício da clínica psicanalítica.


This article explores specific insights provided by Jacques Lacan regarding the role of surface and the relevance of trace in a topological understanding of identification. Subsequently, the study aligns Lacan's perspective on identification - particularly emphasizing the importance of surface and the Other's act of naming - with pertinent issues to Brazil's racial dynamics. It embodies insights from race relations' scholars such as Stuart Hall, Frantz Fanon, and Lélia Gonzalez. Placing the discourse on racial identities within the national context of Brazil, which has been shaped by the persistent myth of racial democracy propagated by a significant portion of the white Brazilian intellectual sphere from the mid-20th century to the present, this article retrieves Lacanian concepts to realize how contemporary identifications intersect with race. It also investigates discourses that have marginalized these discussions in both political and theoretical realms. In its final considerations, the article underscores the implications of this discourse for psychoanalytic clinical practice.


En este artículo se exploran algunas indicaciones hechas por Jacques Lacan sobre la función de la superficie y la importancia de la traza para abordar topológicamente la identificación. Luego, se conecta la dirección proporcionada por el autor para reflexionar sobre la identificación, especialmente en relación con la importancia de la superficie y la nominación por el Otro, con cuestiones que han sido discutidas en el ámbito de las relaciones raciales en Brasil, incorporando las contribuciones de autores en el campo de las relaciones raciales como Stuart Hall, Frantz Fanon y Lélia Gonzalez. Al situar el campo discursivo sobre las identidades raciales en un contexto nacional marcado desde la primera mitad del siglo XX hasta la actualidad por la proposición y el mantenimiento del mito de la democracia racial por una parte significativa de la intelectualidad brasileña (blanca), se retoman aspectos presentes en el trabajo de Lacan para analizar cómo las identificaciones son atravesadas por la raza en la actualidad, así como para investigar discursos que han descalificado tales debates en los ámbitos político y teórico. En las consideraciones finales, se señalan algunas implicaciones de esta discusión para el ejercicio de la clínica psicoanalítica.


Subject(s)
Psychoanalytic Interpretation , Social Identification , Black People , Racism , Brazil
17.
Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 23(4): 1311-1332, dez. 2023.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1537965

ABSTRACT

Este trabalho é um recorte de nossa pesquisa de mestrado, que se propôs a investigar, a partir de narrativas de mulheres negras, as percepções e significados de suas experiências enquanto mulheres, como também identificar os marcadores da diferença de suas vivências em torno da feminilidade e o que faz uma mulher negra experimentar a feminilidade de uma forma própria. Apoiamo-nos na perspectiva metodológica da pesquisa psicanalítica dos fenômenos sociais e políticos, por compreender que nossa questão advém de um impasse político-social, que foi examinado a partir da relação transferencial e da indissociabilidade entre teoria, clínica e pesquisa. Utilizamos o recurso de entrevistas enquanto instrumento para a produção do material de análise. Assim, entrevistamos três mulheres negras, convidadas a compartilhar suas histórias e experiências enquanto mulheres. A partir do debate teórico e do material levantado nas entrevistas, foi possível identificar as complexidades do processo de tornar-se mulher e negra, a partir dos marcadores difundidos no laço social, por possuir especificidades subjetivas. Para além disso, pensar no significado dos símbolos utilizados por mulheres negras e contar com uma outra mulher negra para apresentar esses elementos são direções que podem impactar a experiência da feminilidade dessas mulheres.


This work is part of our master's research, which has proposed to investigate, from narratives of black women, the perceptions and meanings of their experiences as women, as well as to identify the markers of the difference in their experiences around femininity and what makes a black woman experience femininity in her own way. We rely on the methodological perspective of psychoanalytic research on social and political phenomena, understanding that our issue stems from a political-social impasse, which has been examined from the transferential relationship and the inseparability between theory, clinic and research. We have used the interview resource as an instrument for the production of analysis material. Thus, we have interviewed three black women, which were invited to share their stories and experiences as women. From the theoretical debate and from the material that have raised in the interviews, it was possible to identify the complexities of the process of becoming woman and black, from the markers scattered through the social bond, as it has subjective specificities. Furthermore, thinking about the meaning of the symbols used by black women and relying on another black woman to present these elements are directions that can impact these women's experience of femininity.


Este trabajo forma parte de nuestra investigación de maestría, que se propuso indagar, a partir de narrativas de mujeres negras, las percepciones y significados de sus experiencias como mujeres, así como identificar los marcadores de la diferencia en sus experiencias en torno a la feminidad y que le permita experimentar la feminidad a su manera. Nos apoyamos en la perspectiva metodológica de la investigación psicoanalítica sobre los fenómenos sociales y políticos, entendiendo que nuestro problema surge de un impasse político-social, que fue examinado desde la relación transferencial y la inseparabilidad entre teoría, clínica e investigación. Utilizamos el recurso de la entrevista como instrumento para la producción de material de análisis. Así, entrevistamos a tres mujeres negras, invitadas a compartir sus historias y experiencias como mujeres. A partir del debate teórico y del material levantado en las entrevistas, fue posible identificar las complejidades del proceso de hacerse mujer y negra, a partir de los marcadores difundidos en el vínculo social, ya que tiene especificidades subjetivas. Además, pensar en el significado de los símbolos utilizados por las mujeres negras y confiar en otra mujer negra para presentar estos elementos son direcciones que pueden impactar la experiencia de la feminidad de estas mujeres.


Subject(s)
Humans , Female , Perception , Psychoanalysis , Women , Black People , Femininity , Life Change Events
18.
Rev Enferm UFPI ; 12(1): e4066, 2023-12-12. tab
Article in English, Portuguese | LILACS, BDENF | ID: biblio-1524010

ABSTRACT

Objetivo: Analisar as evidências científicas em saúde sobre a violência sexual perpetrada contra mulheres negras no Brasil. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa realizada em seis etapas, na qual a busca ocorreu em maio de 2023, nas bases de dados MEDLINE/PubMed, Scopus, Embase e no portal da Biblioteca Virtual de Saúde. A seleção se deu em duas etapas e, para extração das informações, utilizou-se formulário elaborado pelos autores cuja análise dos resultados se deu por meio da análise de conteúdo. Resultados: A partir da análise dos oito estudos emergiram as seguintes categorias: o perfil da violência sexual perpetrada contra mulheres negras; e a interseccionalidade e seus impactos sobre a violência sexual perpetrada contra mulheres negras. As práticas de violência sexual mais perpetradas foram o toque, a manipulação, os beijos forçados e as relações sexuais, com maior prevalência em mulheres jovens negras, que são mais culpabilizadas e responsabilizadas pela sociedade do que as demais. Conclusão: Há uma prevalência da violência sexual contra a mulher negra que, na maioria das vezes, está inserida em condições de vulnerabilidade social. Tendo em vista o racismo estrutural presente na atualidade, faz-se necessário o conhecimento desse tema a fim de promover um melhor atendimento para essas mulheres. Descritores: Delitos Sexuais; Enquadramento Interseccional; População Negra; Mulheres.


Objective: To analyze the scientific evidence in health about sexual violence perpetrated against black women in Brazil. Methods:This is an integrative review carried out in six stages, in which the search took place in May 2023, in the MEDLINE/PubMed, Scopus, Embase databases and in the Virtual Health Library portal. The selection took place in two stages and to extract the information, a form prepared by the authors was used, whose analysis of the results was done through content analysis. Results: From the analysis of the eight studies, the categories emerged: the profile of sexual violence perpetrated against black women and intersectionality and its impacts on sexual violence perpetrated against black women. The most perpetrated sexual violence practices were touching, manipulation, forced kissing and sexual relations, with a higher prevalence in young black women, who are more blamed and held accountable by society than the others. Conclusion: There is a prevalence of sexual violence against black women that, inmost cases, is inserted in conditions of social vulnerability. In view of the structural racism present today, it is necessary to know this theme in order to promote better care for these women. Descriptors: Sexual Offenses; Intersectional Framework; Black Population; Women


Subject(s)
Sex Offenses , Women , Black People , Intersectional Framework
19.
Biomédica (Bogotá) ; Biomédica (Bogotá);43(4): 447-456, dic. 2023. tab
Article in English | LILACS | ID: biblio-1533957

ABSTRACT

Introduction. Multidrug-resistant/rifampicin-resistant tuberculosis (MDR/RR-TB) is difficult to control, has high morbidity and mortality, and demands priority public health intervention. In Colombia, MDR/RR-TB has been becoming more widespread annually. Before the COVID-19 pandemic, over an 8-year period, the number of cases of multidrug-resistant tuberculosis in Colombia was close to a thousand cases. Timely identification of the different risk factors for MDR/RR-TB will contribute fundamentally to the systematic management. Objective. To determine which risk factors were associated with the presentation of MDR in Colombia between 2013 and 2018. Materials and methods. A retrospective case-control study was carried out, for which the data from the routine surveillance of MDR/events in the country were used. Results. The cases of multidrug-resistant tuberculosis were mainly in young people, Afrodescendants, and males. Of the clinical conditions, comorbidities such as malnutrition, diabetes, and HIV, presence of at least one factor, such as drug dependence, taking immunosuppressive medications, belonging to the black race, afro, and living in an area of high disease burden were risk factors. Conclusion. In addition to the diagnosis and timely provision of MDR-TB treatment, it is necessary that public health programs at the local level pay special attention to patients with the identified risk factors.


Introducción. La tuberculosis multirresistente-resistente a la rifampicina (TB-MDR/RR) es difícil de controlar, tiene una alta morbilidad y mortalidad y exige una intervención prioritaria en salud pública. En Colombia, la TB-MDR/RR se ha ido extendiendo cada año. Antes de la pandemia de COVID-19, en un periodo de 8 años, el número de casos de TB-MDR/RR en Colombia se acercaba a los mil. La identificación oportuna de los diferentes factores de riesgo de TB-MDR/RR contribuirá de manera fundamental al manejo sistemático de la enfermedad. Objetivo. Determinar los factores de riesgo que se asociaron a la presentación de la TB- MDR/RR en Colombia entre 2013 y 2018. Materiales y métodos. Se realizó un estudio retrospectivo de casos y controles, para el cual se utilizaron los datos de la vigilancia rutinaria de eventos de TB MDR/RR en el país. Resultados. Los casos de TB MDR se presentaron principalmente en jóvenes, afrodescendientes y varones. De las condiciones clínicas, fueron factores de riesgo las comorbilidades como la desnutrición, la diabetes y el VIH, y la presencia de, al menos, un factor como la farmacodependencia, el consumo de medicamentos inmunosupresores, el ser de raza negra o afro y el vivir en una zona del país de alta carga de tuberculosis. Conclusiones. Además del diagnóstico y la provisión oportuna del tratamiento de la TB MDR, es necesario que los programas de salud pública a nivel local presten especial atención a los pacientes con los factores de riesgo identificados.


Subject(s)
Tuberculosis , Case-Control Studies , Comorbidity , Retrospective Studies , Risk Factors , Drug Resistance, Multiple , Black People
20.
Medicina (Ribeirao Preto, Online) ; 56(3)nov. 2023. mapas, tab, ilus
Article in English | LILACS | ID: biblio-1551125

ABSTRACT

Objective: To analyze the use of health services by quilombola elderly people. Methods: This is a cross-sectional and household-based study conducted in 11 quilombola communities, with 236 elderly people ≥60 years old. Statistical differences were found in the estimates of indicators of the use of health services according to gender and age group. Pearson's Chi-square or Fisher's Exact tests were performed. Differences were considered statistically significant when p<0.05. Results: Most of the elderly people did not have a health insurance plan, seeking mainly public hospital/outpatient unit. The last medical consultation for 80.3% of the participants was performed in the 12 months prior to the interviews, with fewer consultations for men (p= 0.027). There was a low hospitalization rate in the last year and a low demand for health services in the last two weeks. Conclusion: Quilombola women and long-lived elderly people use health services more and, in general, the elderly citizens depend on SUS to exercise their right to health. The public hospital/outpatient unit was the most used service, and PHCU was little sought (AU).


Objetivo: Analisar a utilização de serviços de saúde por idosos quilombolas. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, de base domiciliar, realizado em 11 comunidades quilombolas, com 236 idosos ≥60 anos. Verificou-se diferenças estatísticas nas estimativas dos indicadores de uso de serviços de saúde segundo sexo e faixa etária. Realizaram-se testes de Qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher. As diferenças foram consideradas estatisticamente significantes quando p<0,05. Resultados: A maioria dos idosos não possuía plano de saúde, buscando, principalmente, hospital/ambulatório público. A última consulta médica de 80,3% dos participantes foi realizada nos 12 meses anteriores às entrevistas, com número menor de consulta para os homens (p= 0,027). Houve baixa internação hospitalar no último ano e procura de algum serviço de saúde nas duas últimas semanas. Conclusão: As mulheres quilombolas e os idosos mais velhos utilizam mais os serviços de saúde e, no geral, os idosos dependem do SUS para exercer o seu direito à saúde. O hospital/ambulatório público foi o serviço mais utilizado, e a UBS pouco procurada (AU).


Subject(s)
Humans , Aged , Black People , Health Services Accessibility
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