ABSTRACT
ntrodução:O câncer infantojuvenil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Objetivo:Identificar os tipos de neoplasias mais frequentes na infância e adolescência e analisar o perfil clínico-epidemiológicodos pacientes. Metodologia:Estudo de transversal exploratório, de natureza aplicada com análise documental, realizado no Centro de Oncohematologia Pediátrica do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Recife, Pernambuco.Foram incluídos crianças e adolescentes diagnosticados com neoplasia e tratados por terapia antineoplásica.Os critérios de exclusão foram crianças e adolescentes normorreativas e/ou com doenças sistêmicas; prontuários ilegíveis ou com falta de informações clínicas.Resultados:Identificou-se que 54,21% dos pacientes eram dosexo feminino, seguido por 44,86% do sexo masculino.A faixa etária prevalente no estudo foi o de crianças de 5 a 14 anos (54,21%), ainda sobre o perfil dos pacientes, identificou-se que população autodeclarada como negra foi a mais prevalente representando 44,86% do total, seguido dos brancos com 43,93%. O diagnóstico que prevaleceu foi o de Leucemia Linfoide Aguda(23,36%), seguido pela Retinoblastoma (7,48%) e pela Rabdomiossarcoma embrionário (6,54%), e consequentemente o local da neoplasia primária que prevaleceu foi a Medula óssea (27,10%) seguido do olho (10,28%), deste total nota-se que o tratamento antineoplásico mais utilizado foi a quimioterapia (40,19%) seguido da quimioterapia associada à radioterapia(12,15%) e pela quimioterapia associada a cirurgia (10,28%). Conclusões:A leucemia linfoide aguda foi a neoplasia mais frequente na infância e adolescência, com prevalência na idade entre 5 e 14 anos, no sexo feminino e na etnia negra. A terapia antineoplásica mais utilizada foi a quimioterapia, seguida da associação entre quimioterapia e radioterapia (AU).
Introduction:Childhood cancer correspondsto a group of several diseases that have in common the uncontrolled proliferation of abnormal cells and that can occur anywhere in the body. Objective:Identify the most frequent types of neoplasms in childhood and adolescence and analyze the clinical-epidemiological profile of patients. Methodology:Exploratory cross-sectional study, applied in nature with document analysis, carried out at the Pediatric Oncohematology Center of Oswaldo Cruz University, Recife, Pernambuco. Children and adolescents diagnosed with neoplasia and treated with antineoplastic therapy were included. Exclusion criteria were normoreactive children and adolescents and/or with systemic diseases; illegible medical records or lacking clinical information. Results:It was identified that54.21% of the patients were female, followed by 44.86% male. The prevalent age group in the study was children from 5 to 14 years old (54.21%), still regarding the patients'profile , it was identified that the population self-declared as black was the most prevalent, representing 44.86% of the total, followed by of whites with 43.93%. The diagnosis that prevailed was Acute Lymphoid Leukemia (23.36%), followed by Retinoblastoma (7.48%) and Embryonic Rhabdomyosarcoma (6.54%), and consequently,the site of the primary neoplasm that prevailed was Bone marrow (27.10%) followed by the eye (10.28%), of this total it is noted that the most used anticancer treatment was chemotherapy (40.19%) followed by chemotherapy associated with radiotherapy (12.15% ) and chemotherapy associated with surgery (10.28%). Conclusions:Acute lymphoblastic leukemia was the most frequent neoplasm in childhood and adolescence, with a prevalence between 5 and 14 years of age, in females,and black ethnicity. The most used antineoplastic therapy was chemotherapy, followed by the association between chemotherapy and radiotherapy (AU).
ntroducción: El cáncer infantil corresponde a un grupo de varias enfermedades que tienen en común la proliferación descontrolada de células anormales y que pueden presentarse en cualquier parte del cuerpo. Objetivo: Identificar los tipos de neoplasias más frecuentes en la infancia y la adolescencia y analizar el perfil clínico-epidemiológico de los pacientes. Metodología: Estudio transversal exploratorio, aplicado en la naturaleza con análisis de documentos, realizado en el Centro de Oncohematología Pediátrica del Hospital Universitario Oswaldo Cruz, Recife, Pernambuco. Se incluyeron niños y adolescentes con diagnóstico de neoplasia y tratados con terapia antineoplásica. Los criterios de exclusión fueron niños y adolescentes normorreactivos y/o con enfermedades sistémicas; registros médicos ilegibles o carentes de información clínica. Resultados: Se identificó que el 54,21% de los pacientes eran del sexo femenino, seguido del 44,86% del masculino. El grupo etario prevalente en el estudio fueron los niños de 5 a 14 años (54,21%), en cuanto al perfil de los pacientes, se identificó que la población autodeclarada afrodescendiente fue la más prevalente, representando el 44,86% del total, seguido de los blancos con un 43,93%. El diagnóstico que predominó fue Leucemia Linfoide Aguda (23,36%), seguido de Retinoblastoma (7,48%) yRabdomiosarcoma Embrionario (6,54%), y en consecuencia el local de la neoplasia primaria que predominó fue Médula Ósea (27,10%) seguido de ocular (10,28%), de este total se destaca que el tratamiento anticancerígeno más utilizado fue la quimioterapia (40,19%) seguida de la quimioterapia asociada a radioterapia (12,15%) y la quimioterapia asociada a cirugía (10,28%). Conclusiones: La leucemia linfoblástica aguda fue la neoplasia más frecuente en la infancia y la adolescencia, con prevalencia entre los 5 y los 14 años, en el sexo femenino y en la etnia negra. La terapia antineoplásica más utilizada fue la quimioterapia, seguida de la asociación entre quimioterapia y radioterapia (AU).
Subject(s)
Humans , Male , Female , Child , Adolescent , Health Profile , Precursor Cell Lymphoblastic Leukemia-Lymphoma/pathology , Neoplasms/epidemiology , Antineoplastic Agents/therapeutic use , Medical Records , Cross-Sectional Studies/methods , Document Analysis , Hospitals, PediatricABSTRACT
Introdução: A Organização Mundial de Saúde estima 10 milhões de óbitos devidos a neoplasias em 2019, totalizando 17% de todas as causas de morte do planeta. Desigualdades na mortalidade por câncer podem estar relacionadas aos determinantes socioeconômicos da incidência da doença, assim como à efetividade e resiliência de serviços de saúde. Objetivos: Estimar a tendência e a magnitude da mortalidade por câncer no Brasil, explorar a relação desses desfechos com indicadores socioeconômicos e de provisão de serviços de saúde e, por fim, discutir a resiliência e funcionalidade do sistema de saúde brasileiro frente à pandemia de COVID-19. Métodos: Dados sobre o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal são disponibilizados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Informações a respeito de provisões de saúde e registro de óbitos foram extraídas das bases de acesso público do Ministério da Saúde. Demais dados demográficos foram informados pelos recenseamentos gerais, com estimativas para os anos intercensitários fornecidas pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A mortalidade foi calculada com ajuste por sexo e idade pelo método direto e tomando o padrão de população proposto pela Organização Mundial de Saúde. Para as análises de tendência foi utilizada a regressão de Prais-Winsten. Para demais dados descritivos foi utilizada a variação percentual relativa. Resultados: Tendências de cânceres aumentaram no Norte e Nordeste e mantiveram-se majoritariamente decrescentes ou estacionárias no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A variação de tendências entre regiões intermediárias foi mais pronunciada no Norte e Nordeste. Regiões intermediárias com alto índices de desenvolvimento humano, gastos de saúde e leitos hospitalares obtiveram tendências crescentes menores do que as regiões com valores baixos desses indicadores para a maior parte dos grupos de câncer estudados. Em 2018, as macrorregiões mais ricas do país, Sul e Sudeste, aplicaram mais verbas em saúde na média por habitante e puderam dispor mais leitos e realizar mais internações hospitalares e atendimentos ambulatoriais per capita. Quando essas variáveis foram medidas nas regiões intermediárias, também foi verificado o mesmo padrão de melhores resultados para as áreas com IDH mais elevado. O governo brasileiro não levou em consideração que estados mais vulneráveis estavam mais suscetíveis aos impactos da pandemia de COVID-19. A falta de planejamento acarretou a redução de 25% dos procedimentos SUS. Conclusões: Tendências crescentes de mortalidade em regiões de baixa-renda podem refletir sobrecarga de seus sistemas de saúde locais já fragilizados. Aumentar o volume de provisões de serviços de saúde e reduzir disparidades socioeconômicas pode prevenir um aumento nas tendências de mortalidade por câncer em regiões marginalizadas do país. Macrorregiões e a maioria das regiões intermediárias do país são desigualmente preparadas para atender às necessidades gerais de saúde de suas populações, o que foi exposto e agravado pela pandemia de COVID-19. A falta de planejamento governamental para aumentar a resiliência do SUS resultou no aumento das disparidades do sistema de saúde no território brasileiro.
Introduction: The World Health Organization estimates 10 million deaths due to neoplasms in 2019, which accounts for a total of 17% of all causes of death on the planet. Inequalities in cancer mortality may be related to socioeconomic determinants of cancer incidence, as well as to the effectiveness and resilience of health services. Objectives: To estimate the trend and magnitude of cancer mortality in Brazil, to explore the relationship of these outcomes with socioeconomic indicators and health care provisions and services and, finally, to discuss the resilience and functionality of the Brazilian health system in the face of the COVID-19 pandemic. Methods: Data on the Municipal Human Development Index are made available by the United Nations Development Program. Information about health care provisions and death records were extracted from the public access databases of the Ministry of Health. Other demographic data were reported by the general censuses, with estimates for the intercensal years provided by the Brazilian Institute of Geography and Statistics. Mortality was calculated by standardizing by gender and age using the population demographic profile proposed by the World Health Organization. Prais-Winsten regression was used for trend analyses. For other descriptive data, the relative percentage variation was used. Results: Cancer trends increased in the North and Northeast and remained mostly decreasing or stationary in the South, Southeast and Midwest. The variation of trends between intermediate regions was more pronounced in the North and Northeast. Intermediate regions with high rates of human development, health expenditures and hospital beds had lower increasing trends than the regions with low values of these indicators for most cancer groups studied. In 2018, the richest macroregions of the country, South and Southeast, applied more health funds on average per inhabitant and were able to increase the number of hospital beds and perform more hospital admissions and outpatient care procedures per capita. When these variables were measured in the intermediate regions, the same pattern of better outcomes was also verified for areas with higher HDI. The Brazilian government did not take into account that more vulnerable states were more susceptible to the impacts of the COVID-19 pandemic. The lack of planning led to a 25% reduction in SUS procedures. Conclusions: Increasing mortality trends in low-income regions may overload their already fragile local health system. Increasing the volume of health service provisions and reducing socioeconomic disparities may be able to prevent an increase in cancer mortality trends in marginalized regions of the country. Macroregions and most of the intermediate regions of the country are unequally prepared to meet the general health needs of their populations, which was exposed and aggravated by the COVID-19 pandemic. The lack of government planning to increase the resilience of SUS resulted in increased disparities in the Brazilian health system.
Subject(s)
Socioeconomic Factors , Health Systems , Mortality , Statistics , Neoplasms/epidemiology , Unified Health System , Social Determinants of Health , COVID-19ABSTRACT
Objetivo: analisar a incidência de neoplasias malignas em 2020. Métodos: estudo ecológico com análise comparativa entre as populações de Porto Alegre e Salvador. Foram extraídos dados do DATASUS, analisados em tabelas e apresentados em gráficos. Resultados: A incidência de neoplasias malignas em mulheres entre 30 a 34 anos é maior em Porto Alegre que em Salvador, sendo quase o dobro de casos de mulheres em relação aos homens. Entre 65 a 69 anos, mulheres representaram 20 casos a mais em Porto Alegre, e, em Salvador, o sexo masculino apresentou 28 casos a mais. As mulheres realizaram mais quimioterapias e os homens mais cirurgias. Conclusão: Houve diferença entre a incidência de neoplasias nas cidades podendo associar variáveis determinantes como sexo biológico feminino ao tipo de câncer e idade avançada. A maior incidência de casos na região sul pode estar associada aos hábitos de vida como alimentação e cultura desta região.
Objective: to analyze the incidence of malignant neoplasms in 2020 in two Brazilian cities. Methods: this is an ecological study with comparative analysis between the populations of the cities of Porto Alegre, and Salvador. Data were extracted from the DATASUS, analyzed in tables and presented in descriptive. Results: The incidence of malignant neoplasms in women aged 30 to 34 years is higher of Porto Alegre than in Salvador, with almost double the number of cases in women compared to men in both cities. In the age 65 to 69, women accounted for 20 more cases in Porto Alegre, and in Salvador, males had 28 more cases. Women underwent more chemotherapy and men more surgical in both cities. Conclusion: Differences were observed between the incidence of neoplasms for the cities compared, which could associate determinant variables such as female biological sex with the type of cancer and advanced age. In addition, there is evidence that the southern region of Brazil has a higher incidence than the northeast region, which may be associated with lifestyle habits such as food and culture in the region.
Objetivo: analizar la incidencia de neoplasias malignas en 2020 en dos ciudades brasileñas. Métodos: se trata de un estudio ecológico con análisis comparativo entre las poblaciones de Porto Alegre y Salvador. Los datos fueron extraídos del DATASUS, analizados en tablas y presentados en gráficos. Resultados: La incidencia de neoplasias malignas en mujeres de 30 a 34 años es mayor en Porto Alegre que en Salvador, con casi el doble de casos en mujeres que en hombres. Entre 65 a 69 años, las mujeres representaron 20 casos más en Porto Alegre, y en Salvador, los hombres tuvieron 28 casos más. Las mujeres se sometieron más a quimioterapia y los hombres más a quirúrgias. Conclusión: Se observaron diferencias entre la incidencia de neoplasias, que podrían asociar variables determinantes como el sexo biológico femenino con el tipo de cáncer y la edad avanzada. Existe evidencia de que la región sur de Brasil tiene una mayor incidencia que la región noreste, lo que puede estar asociado con hábitos de estilo de vida como la alimentación y la cultura en la región.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Aged , Health Information Systems , Neoplasms/epidemiology , Comparative Study , Routinely Collected Health DataABSTRACT
Introducción: Según el Ministerio de Salud las muertes por cáncer constituyen un cuarto del total de las defunciones registradas en Uruguay cada año. Objetivo: Conocer el perfíl epidemiológico de los pacientes diagnosticados de cáncer asistidos en el Hospital Departamental de Soriano. Material y métodos: Estudio observacional, retrospectivo y descriptivo que incluyó a los pacientes diagnosticados de cáncer asistidos en el Hospital Departamental de Soriano durante el 2022. Se mantuvo el anonimato de los pacientes en el análisis estadístico y se contó con la aprobación del Comité de Ética del Hospital de Clínicas. Resultados: Se incluyeron 113 pacientes nuevos; 53.1% fueron hombres, siendo la mediana de edad al diagnóstico de 69 años. Los 4 tumores más frecuentes para ambos sexos reunidos fueron: mama, próstata, pulmón y colo-recto; la distribución por estadio fue la siguiente: E IV 48.6% pacientes; EIII 22.5%; EII 26.5%; y EI 2.6%. En el 79.6% de las pacientes se contaba con la confirmación del diagnóstico mediante anatomía patológica. El tiempo entre el diagnóstico y el primer tratamiento oncológico fue ≤ 3 meses para el 88.2% de los pacientes. El total de los pacientes con EIV fueron contactados con la Unidad de Cuidados Paliativos. Únicamente el 15% de los casos fueron discutidos en Comité de Tumores. Conclusiones: Los datos analizados permitieron caracterizar el perfil epidemiológico del cáncer de los pacientes procedente de Soriano asistidos en el ámbito público y pueden contribuir a la implementación de políticas públicas orientadas a la prevención y por ende a la mejora en la asistencia pacientes asistidos.
Introduction: According to the Ministry of Health, cancer deaths constitute a quarter of the total deaths registered in Uruguay each year. Objective: To identify the epidemiological profile of patients diagnosed with cancer treated at the Departmental Hospital of Soriano. Materials and Methods: An observational, retrospective and descriptive study that included patients diagnosed with cancer attended at the Departmental Hospital of Soriano during 2022. The anonymity of the patients was maintained in the statistical analysis and approval was obtained from the Ethics Committee of the Hospital de Clínicas. Results: A total of 113 new patients were included; 53.1% were men, with a median age at diagnosis of 69 years old. The four most frequent tumors for both sexes were: breast, prostate, lung and colorectal; the distribution by stage was as follows: Stage IV 48.6% patients; Stage III 22.5%; Stage II 26.5%; and Stage I 2.6%. In 79.6% of the patients the diagnosis was confirmed by pathological anatomy. The time between diagnosis and first oncological treatment was ≤ 3 months for 88.2% of patients. The total number of patients with Stage IV were contacted by the Palliative Care Unit. Only 15% of the cases were discussed in the Tumor Committee. Conclusions: The data analyzed made it possible to characterize the epidemiological profile of cancer in patients from Soriano assisted in the public sector and may contribute to the implementation of public policies aimed at prevention and, therefore, at improving patient care.
Introdução: Segundo o Ministério da Saúde, as mortes por câncer constituem um quarto de todas as mortes registradas no Uruguai a cada ano. Objetivos: Conhecer o perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com câncer atendidos no Hospital Departamental de Soriano. Material e Métodos: Estudo observacional, retrospectivo e descritivo que incluiu pacientes diagnosticados com câncer atendidos no Hospital Departamental de Soriano durante o ano de 2022. O anonimato dos pacientes foi mantido na análise estatística e foi aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital de Clínicas. Resultados: foram incluídos 113 novos pacientes; 53,1% eram homens, com mediana de idade ao diagnóstico de 69 anos. Os 4 tumores mais frequentes para ambos os sexos combinados foram: mama, próstata, pulmão e colorretal; a distribuição por estágio foi a seguinte: E IV 48,6% pacientes; EIII 22,5%; EII 26,5%; EI 2,6%. Em 79,6% dos pacientes houve confirmação do diagnóstico pela patologia. O tempo entre o diagnóstico e o primeiro tratamento oncológico foi ≤ 3 meses para 88,2% dos pacientes. Todos os doentes com DIV foram contactados com a Unidade de Cuidados Paliativos. Apenas 15% dos casos foram discutidos no Comitê de Tumores. Conclusões: Os dados analisados ââpermitiram caracterizar o perfil epidemiológico do câncer em pacientes de Soriano atendidos na esfera pública e podem contribuir para a implementação de políticas públicas voltadas para a prevenção e, consequentemente, para a melhoria na assistência aos pacientes atendidos.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Aged , Aged, 80 and over , Neoplasms/epidemiology , Prostatic Neoplasms/epidemiology , Breast Neoplasms/epidemiology , Colorectal Neoplasms/epidemiology , Retrospective Studies , Risk Factors , Sex Distribution , Octogenarians , Sociodemographic Factors , Nonagenarians , Lung Neoplasms/epidemiologyABSTRACT
Objetivo: analisar a incidência de neoplasias malignas em 2020. Métodos: estudo ecológico com análise comparativa entre as populações de Porto Alegre e Salvador. Foram extraídos dados do DATASUS, analisados em tabelas e apresentados em gráficos. Resultados: A incidência de neoplasias malignas em mulheres entre 30 a 34 anos é maior em Porto Alegre que em Salvador, sendo quase o dobro de casos de mulheres em relação aos homens. Entre 65 a 69 anos, mulheres representaram 20 casos a mais em Porto Alegre, e, em Salvador, o sexo masculino apresentou 28 casos a mais. As mulheres realizaram mais quimioterapias e os homens mais cirurgias. Conclusão: Houve diferença entre a incidência de neoplasias nas cidades podendo associar variáveis determinantes como sexo biológico feminino ao tipo de câncer e idade avançada. A maior incidência de casos na região sul pode estar associada aos hábitos de vida como alimentação e cultura desta região.
Objective: to analyze the incidence of malignant neoplasms in 2020 in two Brazilian cities. Methods: this is an ecological study with comparative analysis between the populations of the cities of Porto Alegre, and Salvador. Data were extracted from the DATASUS, analyzed in tables and presented in descriptive. Results: The incidence of malignant neoplasms in women aged 30 to 34 years is higher of Porto Alegre than in Salvador, with almost double the number of cases in women compared to men in both cities. In the age 65 to 69, women accounted for 20 more cases in Porto Alegre, and in Salvador, males had 28 more cases. Women underwent more chemotherapy and men more surgical in both cities. Conclusion: Differences were observed between the incidence of neoplasms for the cities compared, which could associate determinant variables such as female biological sex with the type of cancer and advanced age. In addition, there is evidence that the southern region of Brazil has a higher incidence than the northeast region, which may be associated with lifestyle habits such as food and culture in the region.
Objetivo: analizar la incidencia de neoplasias malignas en 2020 en dos ciudades brasileñas. Métodos: se trata de un estudio ecológico con análisis comparativo entre las poblaciones de Porto Alegre y Salvador. Los datos fueron extraídos del DATASUS, analizados en tablas y presentados en gráficos. Resultados: La incidencia de neoplasias malignas en mujeres de 30 a 34 años es mayor en Porto Alegre que en Salvador, con casi el doble de casos en mujeres que en hombres. Entre 65 a 69 años, las mujeres representaron 20 casos más en Porto Alegre, y en Salvador, los hombres tuvieron 28 casos más. Las mujeres se sometieron más a quimioterapia y los hombres más a quirúrgias. Conclusión: Se observaron diferencias entre la incidencia de neoplasias, que podrían asociar variables determinantes como el sexo biológico femenino con el tipo de cáncer y la edad avanzada. Existe evidencia de que la región sur de Brasil tiene una mayor incidencia que la región noreste, lo que puede estar asociado con hábitos de estilo de vida como la alimentación y la cultura en la región.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Aged , Incidence , Health Information Systems , Neoplasms/epidemiology , Epidemiologic Studies , Data Interpretation, StatisticalABSTRACT
O crescimento desordenado de células no organismo, que pode invadir tecidos adjacentes ou órgãos em outras regiões do corpo, é denominado câncer (WHO, 2022a). A nomenclatura da doença corresponde ao local de foco inicial, e assim, os cânceres de mama, próstata, pulmão, colorretal, colo uterino e estômago são os mais frequentes. Globalmente, uma em cada seis mortes são relacionadas à doença, que configura a segunda principal causa de morte. E os tipos de câncer que mais evoluem para óbito são pulmão, mama, colorretal, fígado, próstata e estômago (WHO, 2022b)
The disordered growth of cells in the body, which can invade adjacent tissues or organs in other regions of the body, is called cancer (WHO, 2022a). The disease nomenclature corresponds to the initial focus site, and thus, breast, prostate, lung, colorectal, uterine cervix and stomach cancers are the most frequent. Globally, one in every six deaths are related to the disease, which is the second leading cause of death. And the types of cancer that most evolve to death are lung, breast, colorectal, liver, prostate and stomach (WHO, 2022b)
Subject(s)
Humans , Male , Female , Child , Aged , Neoplasms/epidemiology , Neoplasms/classification , Neoplasms/mortalityABSTRACT
Introducción: La diabetes mellitus y el cáncer son dos problemas de salud que afectan a la población mundial. Considerar previamente el riesgo de desarrollo de cáncer en pacientes con diabetes mellitus puede contribuir de manera significativa a su prevención en este grupo de riesgo. Objetivo: Describir la relación existente entre la diabetes mellitus y el cáncer. Métodos: Se realizó una revisión bibliográfica, entre septiembre de 2019 y marzo de 2020. Se consultaron artículos científicos en Pubmed; la estrategia de búsqueda fue: diabetes mellitus [Mesh] OR diabetes mellitus[TIAB] OR diabetes mellitus, type 2[Mesh] OR type 2 diabetes mellitus[TIAB] OR obesity[Mesh] OR obesity[TIAB] OR hyperglycemia[Mesh] OR hyperglycemia[TIAB]) AND (cancer[Mesh] OR cancer[TIAB] OR neoplasia[Mesh] OR neoplasia[TIAB] OR neoplasias[Mesh] OR neoplasias[TIAB] OR neoplasm[Mesh] OR neoplasm[TIAB] OR tumors[Mesh] OR tumors[TIAB] OR tumor[Mesh] OR tumor[TIAB] OR cancers[Mesh] OR cancers[TIAB]). Se consultaron además artículos de SCOPUS, Scielo, LILACS, Biblioteca Virtual de Salud de Cuba y Google Scholar. Se seleccionaron artículos publicados a partir de 2005, con 63 por ciento de los últimos cinco años (2016‒2020). Se trabajó con 51 publicaciones. Conclusiones: Existe consenso sobre la relación entre la diabetes y el cáncer. La diabetes mellitus es un factor de riesgo para el desarrollo de cáncer, fundamentalmente en las localizaciones de páncreas, riñón, colon y recto y cuerpo uterino, ovarios y mama en la mujer; y factor protector para el cáncer de próstata en hombres. Ambas enfermedades comparten factores de riesgo no modificables (edad y sexo), modificables (dieta, actividad física, alcoholismo, entre otros) y condiciones biológicas (hiperglucemia e hiperinsulinemia)(AU)
Introduction: Diabetes mellitus and cancer are two health problems affecting the world population. Prior consideration of the risk for cancer development in patients with diabetes mellitus can contribute significantly to its prevention in this risk group. Objective: To describe the relationship between diabetes mellitus and cancer. Methods: A literature review was carried out between September 2019 and March 2020. Scientific articles were consulted in Pubmed; the search strategy was defined as it follows: diabetes mellitus[Mesh] OR diabetes mellitus[TIAB] OR diabetes mellitus, type 2[Mesh] OR type 2 diabetes mellitus[TIAB] OR obesity[Mesh] OR obesity[TIAB] OR hyperglycemia[Mesh] OR hyperglycemia[TIAB]) AND (cancer[Mesh] OR cancer[TIAB] OR neoplasia[Mesh] OR neoplasia[TIAB] OR neoplasias[Mesh] OR neoplasias[TIAB] OR neoplasm[Mesh] OR neoplasm[TIAB] OR tumors[Mesh] OR tumors[TIAB] OR tumor[Mesh] OR tumor[TIAB] OR cancers[Mesh] OR cancers[TIAB]). Articles from SCOPUS, Scielo, LILACS, the Virtual Health Library of Cuba, and Google Scholar were also reviewed. Articles published from 2005 onwards were selected, with 63 percent from the last five years (2016-2020). Fifty-one publications were analyzed. Conclusions: There is consensus regarding the relationship between diabetes and cancer. Diabetes mellitus is a risk factor for the development of cancer, fundamentally in the locations of pancreas, kidney, colon and rectum, as well as the uterine body, ovaries and breast in women; while being a protective factor for prostate cancer in men. Both diseases share nonmodifiable risk factors (age and sex), modifiable risk factors (diet, physical activity, alcoholism, among others) and biological conditions (hyperglycemia and hyperinsulinemia)(AU)
Subject(s)
Humans , Male , Female , Diabetes Mellitus, Type 2/epidemiology , Neoplasms/epidemiology , Obesity/epidemiologyABSTRACT
Esta tese teve como objetivo estimar a necessidade de radioterapia no Brasil a partir de dados epidemiológicos locais. O estudo foi desenvolvido em duas etapas que consistiram na estimativa de casos incidentes e, posteriormente, na classificação dos casos registrados nos Registros Hospitalares de Câncer (RHC) para integrar as árvores de decisão para o emprego do tratamento radioterápico conforme evidências e diretrizes clínicas de tratamento. As estimativas de casos incidentes em 2018 foram calculadas a partir de dados de Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) selecionados de acordo com critérios internacionais de qualidade e de dados corrigidos para causas mal definidas e não específicas na causa básica dos óbitos registrados no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) no período de 2007 a 2016. Foram calculadas razões de incidência/mortalidade (I/M) anuais para cada topografia, estratificadas por sexo e faixa etária nos RCBP selecionados. As razões I/M para 2018 foram estimadas para as regiões brasileiras a partir de modelos multiníveis de Poisson a partir de uma abordagem longitudinal com efeito aleatório no RCBP. As razões estimadas foram aplicadas ao número de óbitos ocorridos em 2018 por tipo de câncer, também corrigido para causas mal definidas e não específicas na causa básica, registrados no SIM. As distribuições dos dados por estadiamento obtidas a partir do RHC foram combinadas às frequências relativas por tipo de câncer incidente e aos dados das árvores de decisão do projeto Collaboration for Cancer Outcomes Research and Evaluation (CCORE) para uso da radioterapia. As estimativas de necessidade foram calculadas por tipo de câncer e para o conjunto das neoplasias, exceto pele não melanoma. Foram realizadas análises de sensibilidade para avaliar a relevância dos dados locais na estimativa de necessidade. O número necessário de equipamentos de radioterapia para atender os casos que se beneficiariam do tratamento em algum momento no curso da doença foi calculado e a análise da cobertura da oferta foi realizada. Para o Brasil, em 2018, foram estimados 506.462 casos novos de câncer, exceto pele não melanoma. Diferenças regionais nas razões I/M e no padrão de casos incidentes foram identificadas, podendo estar relacionadas a fatores socioeconômicos. Foi estimado que 53,55% dos casos novos no Brasil teriam necessidade de tratamento radioterápico. A maior necessidade de radioterapia foi identificada para o Norte: 55,32%, com um peso expressivo do câncer do colo do útero, tanto pela incidência como pelo número de casos em estágios avançados, para os quais a radioterapia é considerada tratamento de escolha. Para atender aos casos com necessidade de radioterapia no Brasil, foram estimados 497 equipamentos de radioterapia externa, sendo o déficit estimado em 114 para 2018 no país. Os maiores déficits foram observados para o Norte e para a rede assistencial do SUS. Em conclusão, o emprego de parâmetros internacionais não se mostrou adequado para a realidade brasileira. O planejamento de recursos para a assistência oncológica no Brasil demanda estimativas confiáveis baseadas nas necessidades locais para que as inequidades não sejam ainda mais agravadas.
This thesis aimed to estimate the need for radiotherapy in Brazil based on local epidemiological data. The study was developed in two stages which consisted of estimating incident cases and, later, classifying the cases registered in the Hospital Cancer Registries (RHC) to integrate decision trees for the use of radiotherapy according to evidence and clinical treatment guidelines. The estimates of incident cases in 2018 were calculated based on data from Population-Based Cancer Registries (RCBP) selected according to international quality criteria and from data corrected for ill-defined and non-specific causes in the underlying cause of deaths recorded in the System of Mortality Information (SIM) from 2007 to 2016. Annual incidence/mortality ratios (I/M) were calculated for each topography, stratified by sex and age group in the selected RCBP. The I/M ratios for 2018 were estimated for Brazilian regions using multilevel Poisson models from a longitudinal approach with random effect on the RCBP. The estimated reasons were applied to the number of deaths that occurred in 2018 by type of cancer, also corrected for ill-defined and non-specific causes in the underlying cause, recorded in the SIM. The staging data distributions obtained from the RHC were combined with the relative frequencies by type of incident cancer and data from the Collaboration for Cancer Outcomes Research and Evaluation (CCORE) project decision trees for radiotherapy use. Optimal utilization rates were estimated by type of cancer and for the set of tumors, except for non-melanoma skin. Sensitivity analyzes were performed to assess the relevance of local data in estimating the need. The number of radiotherapy equipment needed to attend to cases that would benefit from treatment at some point in the course of the disease was calculated and the analysis of the offer coverage was performed. For Brazil, in 2018, 506,462 new cases of cancer were estimated, except for non-melanoma skin. Regional differences in I/M ratios and in the pattern of incident cases were identified, which may be related to socioeconomic factors. It was estimated that 53.55% of new cases in Brazil would need radiotherapy. The greatest need for radiotherapy was identified for the North: 55.32%, with an expressive weight of cervical cancer, both in terms of incidence and the number of cases in advanced stages, for which radiotherapy is considered the treatment of choice. To meet the need for radiotherapy in Brazil, 497 external radiotherapy equipment were estimated, with an estimated deficit of 114 for 2018 in the country. The greatest deficits were observed for the North and for the SUS care network. In conclusion, the use of international parameters was not adequate for the Brazilian reality. The planning of resources for cancer care in Brazil requires reliable estimates based on local needs so that inequities are not further aggravated.
Subject(s)
Humans , Radiotherapy/statistics & numerical data , Neoplasms/radiotherapy , Neoplasms/epidemiology , Radiotherapy/instrumentation , Unified Health System , Brazil , Incidence , Health Facilities, ProprietaryABSTRACT
BACKGROUND@#Cancer prevention is a crucial challenge in preventive medicine. Several studies have suggested that voluntary health check-ups and recommendations from health professionals are associated with increased participation in cancer screening. In Japan, it is recommended that individuals aged 40-74 years should undergo annual health check-ups; however, the compliance to this recommendation is approximately <50%. According to the national survey, individuals who do not undergo annual health check-ups are at a higher risk for cancer. However, to the best of our knowledge, no previous study has investigated the association between the use of health check-ups and the incidence rate of cancer. We hypothesised that not undergoing periodic health check-ups and/or less use of outpatient medical services are predictors for advanced cancer.@*METHODS@#To explore the relationship between health check-up or outpatient service utilisation and cancer incidence, this retrospective cohort study used data at two time points-baseline in 2014 and endpoint in 2017-from the National Health Insurance (NHI) claims and cancer registry. A multivariable logistic regression analysis was performed to investigate whether cancer diagnosis was associated with health check-up or outpatient service utilisation.@*RESULTS@#A total of 72,171 participants were included in the analysis. The results of the multivariable logistic regression showed that individuals who skipped health check-ups had a higher risk of cancer diagnosis (odds ratio [OR], 1.21; 95% confidence interval [CI], 1.04-1.40). Moreover, not undergoing health check-ups increased the risk of advanced-stage cancer (OR, 1.78; 95% CI, 1.29-2.44). Furthermore, increased rate of outpatient service utilisation was negatively associated with advanced cancer diagnosis.@*CONCLUSIONS@#This is the first study reporting that not undergoing health check-ups is a predictor of cancer diagnosis and advanced cancer stage. Primary prevention strategies for NHI members who do not undergo health check-ups must be reassessed. Moreover, future research should examine secondary prevention strategies, such as health education and recommendations from health professionals to facilitate adequate utilisation of preventive health services.
Subject(s)
Adult , Aged , Humans , Middle Aged , Logistic Models , Neoplasms/epidemiology , Odds Ratio , Preventive Health Services , Retrospective StudiesABSTRACT
BACKGROUND@#The cancer burden in the United States of America (USA) has decreased gradually. However, China is experiencing a transition in its cancer profiles, with greater incidence of cancers that were previously more common in the USA. This study compared the latest cancer profiles, trends, and determinants between China and USA.@*METHODS@#This was a comparative study using open-source data. Cancer cases and deaths in 2022 were calculated using cancer estimates from GLOBOCAN 2020 and population estimates from the United Nations. Trends in cancer incidence and mortality rates in the USA used data from the Surveillance, Epidemiology, and End Results program and National Center for Health Statistics. Chinese data were obtained from cancer registry reports. Data from the Global Burden of Disease 2019 and a decomposition method were used to express cancer deaths as the product of four determinant factors.@*RESULTS@#In 2022, there will be approximately 4,820,000 and 2,370,000 new cancer cases, and 3,210,000 and 640,000 cancer deaths in China and the USA, respectively. The most common cancers are lung cancer in China and breast cancer in the USA, and lung cancer is the leading cause of cancer death in both. Age-standardized incidence and mortality rates for lung cancer and colorectal cancer in the USA have decreased significantly recently, but rates of liver cancer have increased slightly. Rates of stomach, liver, and esophageal cancer decreased gradually in China, but rates have increased for colorectal cancer in the whole population, prostate cancer in men, and other seven cancer types in women. Increases in adult population size and population aging were major determinants for incremental cancer deaths, and case-fatality rates contributed to reduced cancer deaths in both countries.@*CONCLUSIONS@#The decreasing cancer burden in liver, stomach, and esophagus, and increasing burden in lung, colorectum, breast, and prostate, mean that cancer profiles in China and the USA are converging. Population aging is a growing determinant of incremental cancer burden. Progress in cancer prevention and care in the USA, and measures to actively respond to population aging, may help China to reduce the cancer burden.
Subject(s)
Adult , Female , Humans , Male , Breast Neoplasms , China/epidemiology , Incidence , Liver Neoplasms , Neoplasms/epidemiology , Registries , United States/epidemiologyABSTRACT
Introdução: É reservado a todo brasileiro com câncer, pela Lei dos 60 Dias, o direito de começar o tratamento em até dois meses. Todavia, estudos anteriores apontam a dificuldade dos pacientes em fazer valer essa normativa ao esbarrarem em problemáticas macroestruturais dos sistemas de saúde. Objetivo: Avaliar a influência de fatores demográficos e relacionados à neoplasia sobre o tempo para início do tratamento oncológico no Brasil. Método: Estudo seccional, desenvolvido com dados oriundos do PAINEL-Oncologia, uma base pública nacional, alimentada por diversas fontes de informação do Sistema Único de Saúde. Como variáveis de interesse, elegeram-se: a) tempo de tratamento; b) sexo; c) idade; d) diagnóstico; e) estadiamento; f) modalidade terapêutica. Então, foi analisado o tempo transcorrido entre o diagnóstico e o início do tratamento oncológico. Resultados: Percebeu-se aumento exponencial, ao longo dos anos, da proporção de casos tratados oportunamente, isto é, em até 60 dias, como regulamenta a Lei. Entretanto, ainda é considerável a prevalência de atrasos no início do tratamento, sobretudo entre indivíduos idosos, do sexo masculino, com cânceres em estádios menos avançados e que precisaram de radioterapia como primeira modalidade terapêutica. Além disso, o tempo de espera foi especialmente maior para os cânceres de órgãos genitais masculinos, de cabeça e pescoço e de mama. Conclusão: Alguns fatores demográficos e relacionados à neoplasia estão envolvidos no atraso do início da terapia oncológica
Introduction: According to the 60 Days Law, all Brazilians with cancer are entitled to start treatment within two months. However, previous studies point to the difficulty of patients in enforcing this regulation, by running into macro-structural problems in health systems. Objective: To assess the influence of demographic and cancer-related factors on the time elapsed to start cancer treatment in Brazil. Method: Cross-sectional study developed with data from PAINEL-Oncologia, a national public database, fed by different sources of information from the Sistema Único de Saúde [Brazilian public health system]. The following variables of interest were chosen: a) time of treatment; b) sex; c) age; d) diagnosis; e) staging; f) therapeutic modality. Then, the time elapsed between diagnosis and the start of cancer treatment was analyzed. Results: There was an exponential increase over the years in the proportion of cases treated in a timely manner, that is, within 60 days, as mandated by the Law. However, the prevalence of delays to start treatment is still considerable, especially among elderly, males, with cancers in less advanced stages and who needed radiotherapy as their first therapeutic modality. In addition, the waiting time was especially longer for male genitalia, head and neck, and breast cancers. Conclusion: Some demographic and neoplasia-related factors are involved in late beginning of oncological therapy
Introducción: Según la Ley de los 60 Días, todos los brasileños con cáncer tienen derecho a comenzar el tratamiento dentro de dos meses. Sin embargo, estudios previos señalan la dificultad de los pacientes para hacer cumplir esta regulación, por encontrarse con problemas macroestructurales en los sistemas de salud. Objetivo: Evaluar la influencia de factores demográficos y relacionados con el cáncer sobre el tiempo para iniciar el tratamiento del cáncer en Brasil. Método: Estudio seccional, desarrollado con datos de PAINEL-Oncología, base de datos pública nacional, alimentada por diferentes fuentes de información del Sistema Único de Salud [sistema público de salud brasileño]. Como variables de interés se eligieron las siguientes: a) tiempo de tratamiento; b) sexo; c) edad; d) diagnóstico; e) estadificación; f) modalidad terapéutica. Luego, se analizó el tiempo transcurrido entre el diagnóstico y el inicio del tratamiento del cáncer. Resultados: Hubo un aumento exponencial a lo largo de los años en la proporción de casos atendidos oportunamente, es decir, dentro de los 60 días, según lo que regula la Ley. Sin embargo, la prevalencia de retrasos en el inicio del tratamiento sigue siendo considerable, especialmente entre los hombres, ancianos, con cánceres en estadios menos avanzados y que necesitaron de radioterapia como primera modalidad terapéutica. Además, el tiempo de espera fue especialmente mayor para los cánceres de genitales masculinos, de cabeza y cuello y de mama. Conclusión: Algunos factores demográficos y relacionados con la neoplasia intervienen en el retraso del inicio del tratamiento del cáncer
Subject(s)
Humans , Male , Female , Epidemiologic Measurements , Time-to-Treatment , Neoplasms/epidemiologyABSTRACT
Introdução: É reservado a todo brasileiro com câncer, pela Lei dos 60 Dias, o direito de começar o tratamento em até dois meses. Todavia, estudos anteriores apontam a dificuldade dos pacientes em fazer valer essa normativa ao esbarrarem em problemáticas macroestruturais dos sistemas de saúde. Objetivo: Avaliar a influência de fatores demográficos e relacionados à neoplasia sobre o tempo para início do tratamento oncológico no Brasil. Método: Estudo seccional, desenvolvido com dados oriundos do PAINEL-Oncologia, uma base pública nacional, alimentada por diversas fontes de informação do Sistema Único de Saúde. Como variáveis de interesse, elegeram-se: a) tempo de tratamento; b) sexo; c) idade; d) diagnóstico; e) estadiamento; f) modalidade terapêutica. Então, foi analisado o tempo transcorrido entre o diagnóstico e o início do tratamento oncológico. Resultados: Percebeu-se aumento exponencial, ao longo dos anos, da proporção de casos tratados oportunamente, isto é, em até 60 dias, como regulamenta a Lei. Entretanto, ainda é considerável a prevalência de atrasos no início do tratamento, sobretudo entre indivíduos idosos, do sexo masculino, com cânceres em estádios menos avançados e que precisaram de radioterapia como primeira modalidade terapêutica. Além disso, o tempo de espera foi especialmente maior para os cânceres de órgãos genitais masculinos, de cabeça e pescoço e de mama. Conclusão: Alguns fatores demográficos e relacionados à neoplasia estão envolvidos no atraso do início da terapia oncológica
Introduction: According to the 60 Days Law, all Brazilians with cancer are entitled to start treatment within two months. However, previous studies point to the difficulty of patients in enforcing this regulation, by running into macro-structural problems in health systems. Objective: To assess the influence of demographic and cancer-related factors on the time elapsed to start cancer treatment in Brazil. Method: Cross-sectional study developed with data from PAINEL-Oncologia, a national public database, fed by different sources of information from the Sistema Único de Saúde [Brazilian public health system]. The following variables of interest were chosen: a) time of treatment; b) sex; c) age; d) diagnosis; e) staging; f) therapeutic modality. Then, the time elapsed between diagnosis and the start of cancer treatment was analyzed. Results: There was an exponential increase over the years in the proportion of cases treated in a timely manner, that is, within 60 days, as mandated by the Law. However, the prevalence of delays to start treatment is still considerable, especially among elderly, males, with cancers in less advanced stages and who needed radiotherapy as their first therapeutic modality. In addition, the waiting time was especially longer for male genitalia, head and neck, and breast cancers. Conclusion: Some demographic and neoplasia-related factors are involved in late beginning of oncological therapy
Introducción: Según la Ley de los 60 Días, todos los brasileños con cáncer tienen derecho a comenzar el tratamiento dentro de dos meses. Sin embargo, estudios previos señalan la dificultad de los pacientes para hacer cumplir esta regulación, por encontrarse con problemas macroestructurales en los sistemas de salud. Objetivo: Evaluar la influencia de factores demográficos y relacionados con el cáncer sobre el tiempo para iniciar el tratamiento del cáncer en Brasil. Método: Estudio seccional, desarrollado con datos de PAINEL-Oncología, base de datos pública nacional, alimentada por diferentes fuentes de información del Sistema Único de Salud [sistema público de salud brasileño]. Como variables de interés se eligieron las siguientes: a) tiempo de tratamiento; b) sexo; c) edad; d) diagnóstico; e) estadificación; f) modalidad terapéutica. Luego, se analizó el tiempo transcurrido entre el diagnóstico y el inicio del tratamiento del cáncer. Resultados: Hubo un aumento exponencial a lo largo de los años en la proporción de casos atendidos oportunamente, es decir, dentro de los 60 días, según lo que regula la Ley. Sin embargo, la prevalencia de retrasos en el inicio del tratamiento sigue siendo considerable, especialmente entre los hombres, ancianos, con cánceres en estadios menos avanzados y que necesitaron de radioterapia como primera modalidad terapéutica. Además, el tiempo de espera fue especialmente mayor para los cánceres de genitales masculinos, de cabeza y cuello y de mama. Conclusión: Algunos factores demográficos y relacionados con la neoplasia intervienen en el retraso del inicio del tratamiento del cáncer
Subject(s)
Humans , Male , Female , Epidemiologic Measurements , Time-to-Treatment , Neoplasms/epidemiologySubject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Young Adult , Sweetening Agents/adverse effects , Neoplasms/chemically induced , Neoplasms/epidemiology , Aspartame/adverse effects , Risk Factors , Cohort Studies , DietABSTRACT
Objective: To predict the number of deaths, standardized mortality and probability of premature mortality caused by malignant cancer in the context of risk factor control at different levels in China in 2030, and assess the possibility of achieving the target of reducing the probability of premature mortality of malignant cancer. Methods: According to the risk factor control standard for malignant cancer used both at home and abroad, the results of China from Global Burden of Disease Study 2015 were used to calculate the population attributable fraction of the risk factors. Based on the comparative risk assessment theory, the deaths of malignant cancer were classified as attributable deaths and un-attributable deaths. Proportional change model was used to predict risk factor exposure and un-attributable deaths of malignant cancer in the future, then the number of deaths, standardized mortality rate and probability of premature mortality of malignant cancer in 2030 was estimated. Data analyses were performed by using software R 3.6.1. Results: If the risk factor exposure level during 1990-2015 remains, the number of deaths, standardized mortality rate, and probability of premature mortality of malignant cancer would increase to 3.62 million, 153.96/100 000 and 8.92% by 2030, respectively. If the risk factor exposure control level meets the requirement, the probability of premature mortality from cancer in people aged 30-70 years would drop to 7.57% by 2030. Conclusions: The control of risk factor exposure will play an important role in reducing deaths, standardized mortality rate and probability of premature mortality of malignant cancer. But more efforts are needed to achieve the goals of Health China Action.
Subject(s)
Adult , Aged , Humans , Middle Aged , China/epidemiology , Cost of Illness , Mortality, Premature , Neoplasms/epidemiology , Risk FactorsABSTRACT
Objective: To analyze the prevalence and risk factors of self-reported cancer in adults in China in 2015. Methods: The data used in this study were from China Chronic Disease and Risk Factors Surveillance in 2015. The frequency and proportion of the classified variables were analyzed by descriptive statistics, the disordered classified variables were compared by χ2 test, and the possible risk factors of cancer patients were screened by univariate and multivariate logistic regression analyses. Results: In 2015, there were 1 809 self-reported tumors patients in China, including 689 males (0.63%), 1 120 females (1.03%), 769 (0.71%) in the eastern region, 465 (0.43%) in the central region and 575 (0.53%) in the western region. The patients were mainly distributed in people aged 45- and 55- years old, being overweight or obese, living in eastern urban area, having low education level, being married, having low annual household income and being occupational population. The results of multivariate logistic regression showed that compared with the western region, the prevalence rate of cancer was higher in the eastern region (OR=1.05, 95%CI: 1.04-1.06), while lower in the central region (OR=0.94, 95%CI: 0.93-0.95); the risk for cancer in people with family history of malignancy was higher than that in people without family history of malignancy (OR=1.95, 95%CI:1.94-1.96) the risk for cancer in people with an annual household income of less than 10 000 yuan or between 10 000 and 50 000 yuan was higher than that in people with an annual household income of more than 50 000 yuan (<10 000 yuan: OR=1.59, 95%CI: 1.58-1.60; between 10 000 and 50 000 yuan: OR=1.27, 95%CI: 1.26-1.28); and the risk for cancer in people living urban areas was lower than that in people living in rural areas (OR=0.98, 95%CI: 0.97-0.99). In terms of personal behavior and diet, the risk for cancer in smokers was 1.25 times higher than that in non-smokers (OR=1.25, 95%CI: 1.24-1.26), and the risk for cancer in alcoholics was 1.16 times higher than that in non-alcoholics (OR=1.16, 95%CI: 1.15-1.17), the risk for cancer in people with insufficient vegetable and fruit intakes was 1.29 times and 1.03 times higher than those in people with sufficient intakes of vegetables and fruits, respectively (OR=1.29, 95%CI: 1.28-1.30;OR=1.03,95%CI: 1.02-1.04). People with low frequency of high-intensity exercise had a higher risk for cancer compared with those with high frequency of high-intensity exercise (OR=1.32, 95%CI: 1.31-1.33), the risk for cancer was higher in people with low frequency of moderate exercise than in people with high frequency of moderate exercise (OR=1.08, 95%CI: 1.07-1.09). The risk for cancer in people with sedentary time less than 2 hours was higher than that in those with sedentary time more than 2 hours (OR=1.69, 95%CI: 1.68-1.70), and the risk for cancer in people who ate moderate amount of red meat was lower than that in people who ate excessive amount of red meat (OR=0.86, 95%CI: 0.85-0.87). Conclusions: The number of female self-reported cancer was more than that in males, and the number of self-reported cancer in the eastern region was higher than that in the central and western regions. Living in eastern region, with family history of malignancy, having low annual household income, smoking, drinking, insufficient vegetable intake, insufficient fruit intake and low frequency of high-intensity exercise and low frequency of moderate intensity exercise were the main risk factors for cancer, while living in central region, living in urban area and low red meat intake were protective factors.
Subject(s)
Adult , Humans , Middle Aged , China/epidemiology , Neoplasms/epidemiology , Risk Factors , Self Report , VegetablesABSTRACT
This study aims to analyze inequalities in the incidence, mortality, and survival of the main types of cancer in women according to the Social Vulnerability Index (SVI). The study was conducted in Campinas, São Paulo State, Brazil, from 2010 to 2014, and used data from the Population-based Cancer Registry and the Mortality Information System. Incidence and mortality rates standardized by age and 5-year survival estimates were calculated according to the social vulnerability strata (SVS), based on the São Paulo Social Vulnerability Index. Three SVS were delimited, with SVS1 being the lowest level of vulnerability and SVS3 being the highest. Rate ratios and the concentration index were calculated. The significance level was 5%. Women in SVS1 had a higher risk of breast cancer (0.46; 95%CI: 0.41; 0.51), colorectal cancer (0.56; 95%CI: 0.47; 0.68), and thyroid cancer (0.32; 95%CI: 0.26; 0.40), whereas women from SVS3 had a higher risk of cervical cancer (2.32; 95%CI: 1.63; 3.29). Women from SVS1 had higher mortality rates for breast (0.69; 95%CI: 0.53; 0.88) and colorectal cancer (0.69; 95%CI: 0.59; 0.80) and women from SVS3 had higher rates for cervical (2.35; 95%CI: 1.57; 3.52) and stomach cancer (1.43; 95%CI: 1.06; 1.91). Women of highest social vulnerability had lower survival rates for all types of cancer. The observed inequalities differed according to the location of the cancer and the analyzed indicator. Inequalities between incidence, mortality, and survival tend to revert and the latter is always unfavorable to the segment of highest vulnerability, indicating the existence of inequality in access to early diagnosis and timely treatment.
O estudo teve como objetivo analisar desigualdades na incidência, mortalidade e sobrevida de câncer em mulheres de acordo com o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS). O estudo foi realizado em Campinas, Estado de São Paulo, Brasil, no período de 2010 a 2014 e usou dados do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) e do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). Foram calculadas as taxas de incidência e mortalidade padronizadas por idade e estimativas de sobrevida em cinco anos de acordo com estratos de vulnerabilidade social. Foram demarcados três estratos com base no IVS de São Paulo, onde o estrato 1 representava o nível de menor vulnerabilidade e o estrato 3 o de maior vulnerabilidade. Foram calculadas razões de taxas e índice de concentração, com nível de significância de 5%. Foram encontrados riscos mais elevados de câncer de mama (0,46; IC95%: 0,41; 0,51), colorretal (0,56; IC95%: 0,47; 0,68) e tireoide (0,32; IC95%: 0,26; 0,40) em mulheres do estrato 1 e de colo uterino em mulheres do estrato 3 (2,32; IC95%: 1,63; 3,29). Mulheres do estrato 1 tiveram taxas mais elevadas de câncer de mama (0,69; IC95%: 0,53; 0,88) e colorretal (0,69; IC95%: 0,59; 0,80), e mulheres do estrato 3 tiveram taxas mais elevadas de câncer do colo uterino (2,35; IC95%: 1,57; 3,52) e estômago (1,43; IC95%: 1,06; 1,91). Para todos os tipos de câncer, a sobrevida era mais baixa em mulheres do estrato de maior vulnerabilidade social. As desigualdades observadas mostraram diferenças de acordo com a localização do tumor e o indicador utilizado. Além disso, há uma tendência de inverter as desigualdades entre incidência, mortalidade e sobrevida, onde a sobrevida sempre é desfavorável para o estrato de maior vulnerabilidade, indicando a existência de desigualdades em acesso ao diagnóstico precoce e tratamento precoce.
El objetivo fue analizar las inequidades en la incidencia, mortalidad y supervivencia de los principales tipos de cáncer en mujeres, según el Índice de Vulnerabilidad Social (IVS). El estudio se llevó a cabo en Campinas, estado de São Paulo, Brasil, durante el período 2010-2014, y se usaron datos del Registro de Cáncer de Base Poblacional (RCBP) y el Sistema de Información de Mortalidad (SIM). Las tasas de incidencia y mortalidad estandarizadas por edad, así como las estimaciones de supervivencia durante cinco años, se calcularon según los estratos de vulnerabilidad social (SVS). Se delimitaron tres SVS, basados en el IVS de São Paulo, con SVS1 siendo el nivel más bajo de vulnerabilidad y SVS3 siendo el nivel más alto de vulnerabilidad. Se calcularon los cocientes de tasas y el índice de concentración. El nivel de significancia fue 5%. Se encontró un riesgo más alto de cáncer de la mama (0,46; IC95%: 0,41; 0,51), colorrectal (0,56; IC95%: 0,47; 0,68), y tiroides (0,32; IC95%: 0,26; 0,40) en mujeres de SVS1, y cáncer cervical en mujeres de SVS3 (2,32; IC95%: 1,63; 3,29). Respecto a la mortalidad, las mujeres de SVS1 tuvieron tasas más altas en cáncer de la mama (0,69; IC95%: 0,53; 0,88) y colorrectal (0,69; IC95%: 0,59; 0,80) y las mujeres de SVS3 tuvieron tasas más altas en cáncer cervical (2,35; IC95%: 1,57; 3,52) y estómago (1,43; IC95%: 1,06; 1,91). Para todos los tipos de cáncer, las tasas de supervivencia fueron más bajas en mujeres del estrato social con más alta vulnerabilidad social. Las inequidades sociales observadas difirieron según la localización del cáncer y el indicador analizado, y no hubo una tendencia para revertir las inequidades entre incidencia, mortalidad y supervivencia, las últimas siempre fueron desfavorables para el segmento de más alta vulnerabilidad, indicando la existencia de desigualdad en el acceso a un diagnóstico temprano y un tratamiento oportuno.
Subject(s)
Humans , Female , Breast Neoplasms/epidemiology , Uterine Cervical Neoplasms , Neoplasms/epidemiology , Socioeconomic Factors , Brazil/epidemiology , Incidence , CitiesABSTRACT
Objetivo: Analisar efeitos de curto prazo da pandemia de COVID-19 no rastreamento, investigação diagnóstica e tratamento de câncer no Brasil. Métodos: Estudo descritivo, utilizando-se dados do Sistema de Informações Ambulatoriais e do Sistema de Informações Hospitalares, e Sistema de Informação do Câncer. Calculou-se a variação percentual mensal de procedimentos de rastreamento, diagnóstico e tratamento de câncer, em 2019 e 2020, além do tempo esperado para realização dos exames relacionados aos cânceres do colo do útero e de mama. Resultados: Em 2020, houve redução de 3.767.686 (-44,6%) exames citopatológicos, 1.624.056 (-42,6%) mamografias, 257.697 (-35,3%) biópsias, 25.172 cirurgias oncológicas (-15,7%) e 552 (-0,7%) procedimentos de radioterapia, comparando-se a 2019. Os intervalos de tempo para realização de exames de rastreamento de câncer do colo uterino e mama foram pouco afetados. Conclusão: Ações de controle do câncer foram afetadas pela pandemia, sendo necessárias estratégias para mitigar efeitos dos atrasos no diagnóstico e tratamento.
Objetivo: Analizar los efectos a corto plazo de la pandemia por COVID-19 en rastreo, diagnóstico y tratamiento de cáncer en Brasil. Métodos: Estudio descriptivo utilizando datos del Sistemas de Información Ambulatoria y Hospitalaria del SUS y Sistema de Información del Cáncer. Se calculó la variación porcentual mensual en procedimientos de rastreo, diagnóstico y tratamiento de cáncer para 2019 y 2020, y el tiempo para realizar exámenes de cánceres de cérvix y mama. Resultados: En 2020 hubo reducción de 3.767.686 (-44,6%) en exámenes citopatológicos, 1.624.056 (-42,6%) en mamografías, 257.697 (-35,3%) en biopsias, 25.172 (-15,7%) en cirugías oncológicas y 552 (-0,7%) en radioterapia en comparación con 2019. Tiempos de los exámenes de rastreo para los cánceres de cérvix y de mama se vieron poco afectados. Conclusión: Acciones de control del cáncer se vieron impactadas por la pandemia, por lo que fue necesario diseñar estrategias para mitigar los efectos de posibles retrasos en diagnóstico y tratamiento.
Objective: To analyze the short-term effects of the COVID-19 pandemic on cancer screening, diagnosis and treatment in Brazil. Methods: This was a descriptive study using data from the Outpatient and Hospital Information Systems, and the Cancer Information System. Monthly percentage variation of cancer screening, diagnosis and treatment procedures in 2019 and 2020 was calculated, as well as waiting time for cervical and breast cancer tests. Results: In 2020 cytopathology tests fell by 3,767,686 (-44.6%), screening mammograms fell by 1,624,056 (-42.6%), biopsies fell by 257,697 (-35.3%), cancer surgery fell by 25,172 (-15.7%), and radiotherapy procedures fell by 552 (-0.7%), compared to 2019. Time intervals for performing cervical and breast cancer screening exams were little affected. Conclusion: Cancer control actions were impacted by the pandemic, making it necessary to devise strategies to mitigate the effects of possible delays in diagnosis and treatment.
Subject(s)
Humans , Early Detection of Cancer/methods , COVID-19/prevention & control , Neoplasms/diagnosis , Neoplasms/epidemiology , Brazil/epidemiology , SARS-CoV-2 , Neoplasms/therapyABSTRACT
Introdução: O câncer na infância e adolescência é um grave problema de saúde pública. A incidência da doença nesse grupo etário é responsável por 2 a 3% de todos os cânceres no Brasil. É uma doença menos frequente em crianças que em adultos, porém, de grande impacto social. Objetivos: Avaliar magnitude, tendência e padrões espaciais da mortalidade por câncer na infância e adolescência, entre 1996 e 2017, nas 133 regiões intermediárias brasileiras, utilizando indicadores socioeconômicos e de serviços de saúde. Métodos: É um estudo ecológico que analisa a tendência da mortalidade por câncer na infância e adolescência por meio de séries temporais. Os dados sobre óbitos foram extraídos do Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM. Os dados referentes à população foram extraídos dos censos demográficos de 1991, 2000 e 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, com interpolação para os anos intercensitários. Foram delineadas séries temporais da mortalidade por câncer (e tipos específicos) em cada estado brasileiro. O cálculo e interpretação das tendências de mortalidade utilizaram o procedimento de autorregressão de Prais-Winsten. Resultados: As taxas de mortalidade para todas as neoplasias foram maiores na Região Norte (7,79 óbitos por 100.000 habitantes), enquanto para as leucemias foram maiores na Região Sul (1,61 óbitos por 100.000 habitantes). Em ambas a mortalidade foi maior no sexo masculino e na faixa etária de 0 a 4 anos. A tendência se mostrou decrescente (APC -2,11 [IC 95%: -3,14;-1,30]) para todas as neoplasias nas regiões brasileiras e estacionária (APC -0.43 [IC 95%: -1.61;2.12]) para as leucemias, no período analisado. Conclusão: A taxa de mortalidade, para todas as neoplasias, apresentou valores mais elevados nas regiões que dispõem de menores números de leito de UTI do SUS. Nas leucemias, o IDH- M, as despesas de saúde do governo com paciente ambulatorial, o número de leitos, o número de leitos de UTI e o número de leitos de UTI do SUS apresentou associação com a mortalidade.
Introduction: Cancer in childhood and adolescence is a serious public health problem. The incidence of the disease in this age group accounts for 2 to 3% of all cancers in Brazil. It is a disease that is less frequent in children than adults but has a great social impact. Objectives: To assess the magnitude, trend, and spatial patterns of childhood and adolescent cancer mortality between 1996 and 2017 in 133 Brazilian intermediate regions using socioeconomic and health services indicators. Methods: This ecological study analyzes the trend of mortality from cancer in childhood and adolescence through time series. Data on deaths were extracted from the Mortality Information System - SIM. Data on population were extracted from the 1991, 2000, and 2010 demographic censuses of the Brazilian Institute of Geography and Statistics - IBGE, with interpolation for intercensal years. The time series of cancer mortality (and specific types) in each Brazilian state was plotted. The calculation and interpretation of mortality trends use the Prais-Winsten autoregression procedure. Results: Mortality rates for all neoplasms were highest in the Northern Region (7.79 deaths per 100,000 population), while for leukemias, they were highest in the Southern Region (1.61 deaths per 100,000 population). In both regions, mortality was higher in males and the 0-4 age group. The trend was decreasing (PCA -2.11 [95% CI: -3.14; - 1.30]) for all neoplasms in the Brazilian regions and was stationary (PCA -0.43 [95% CI: -1.61; 2.12]) for leukemias in the analyzed period. Conclusion: The mortality rate for all neoplasms, showed higher values in regions with smaller numbers of ICU beds in the public healthcare system. For leukemias, the HDI-M, the government health expenses with outpatients, the number of beds, the number of ICU beds, and the number of SUS ICU beds showed an association with mortality.
Subject(s)
Humans , Infant, Newborn , Infant , Child, Preschool , Child , Adolescent , Time Factors , Neoplasms/mortality , Neoplasms/epidemiologyABSTRACT
RESUMO Objetivo: Determinar a incidência cumulativa de falência aguda de órgão e internamento em unidade de terapia intensiva em pacientes oncológicos. Métodos: Estudo de coorte prospectivo de pacientes oncológicos adultos em tratamento sistêmico antineoplásico, internados de forma não programada. Resultados: Entre agosto de 2018 e fevereiro de 2019, 10.392 pacientes foram submetidos a tratamento sistêmico antineoplásico, sendo que 358 necessitaram de internamento hospitalar não programado e foram elegíveis para inclusão; por fim, 258 desses pacientes foram incluídos. A média de idade foi de 60,9 anos, e 50,9% eram do sexo masculino; 17,9% dos pacientes tinham câncer hematológico. O risco acumulado de falência de órgãos foi de 39,6% (IC95% 35 - 44) e o risco de internamento na unidade de terapia intensiva em pacientes com falência aguda de órgão foi de 15,0% (IC95% 12 - 18). À admissão em internamento, 62,1% dos pacientes foram considerados não elegíveis para terapia de substituição artificial de órgãos. O tempo mediano de seguimento foi de 9,5 meses. A mortalidade hospitalar foi de 17,5%, na unidade de terapia intensiva de 58,8%. A mediana de sobrevivência da coorte foi de 134 dias (IC95% 106 - 162). Na análise multivariada, a falência aguda de órgão se associou com a mortalidade aos 6 meses após a alta (hazard ratio: 1,6; IC95% 1,2 - 2,2). Conclusão: O risco de falência aguda de órgão em pacientes oncológicos admitidos para tratamento hospitalar não programado durante o tratamento sistémico foi de 39,6% e o risco de internamento em unidade de terapia intensiva foi de 15,0%. A falência aguda de órgão em pacientes oncológicos foi um fator de prognóstico independente para maior mortalidade intra-hospitalar e menor sobrevivência aos 6 meses após a alta.
ABSTRACT Objective: To ascertain the cumulative incidence of acute organ failure and intensive care unit admission in cancer patients. Methods: This was a single-center prospective cohort study of adult cancer patients admitted for unscheduled inpatient care while on systemic cancer treatment. Results: Between August 2018 and February 2019, 10,392 patients were on systemic treatment, 358 had unscheduled inpatient care and were eligible for inclusion, and 285 were included. The mean age was 60.9 years, 50.9% were male, and 17.9% of patients had hematologic cancers. The cumulative risk of acute organ failure was 39.6% (95%CI: 35 - 44), and that of intensive care unit admission among patients with acute organ failure was 15.0% (95%CI: 12 - 18). On admission, 62.1% of patients were considered not eligible for artificial organ replacement therapy. The median follow-up time was 9.5 months. Inpatient mortality was 17.5%, with an intensive care unit mortality rate of 58.8% and a median cohort survival of 134 days (95%CI: 106 - 162). In multivariate analysis, acute organ failure was associated with 6-month postdischarge mortality (HR 1.6; 95%CI: 1.2 - 2.2). Conclusion: The risk of acute organ failure in cancer patients admitted for unscheduled inpatient care while on systemic treatment was 39.6%, and the risk of intensive care unit admission was 15.0%. Acute organ failure in cancer patients was an independent poor prognostic factor for inpatient hospital mortality and 6-month survival.