ABSTRACT
A viabilidade e maturidade fetais podem ser estimadas através da avaliação dos fluídos fetais em muitas espécies, no entanto a composição bioquímica do líquido amniótico durante a gestação ainda não está bem definida para a espécie equina. O objetivo deste estudo foi estabelecer e comparar o perfil bioquímico do liquido amniótico em diferentes momentos da gestação e no momento do parto para um melhor entendimento da fisiologia da gestação de equinos. Foram avaliados valores encontrados para pH, osmolaridade, glicose, uréia, creatinina, gamma-GT, sódio, potássio, cloretos e proteína total no liquido amniótico colhido de 122 éguas comparando-se os resultados encontrados entre as colheitas em terço inicial (TI), médio (TM) e final (TF) da gestação e no momento do parto (MP). [...] Valores para gamma GT diferiram apenas entre os grupos TF e MP e mais estudos devem ser conduzidos sobre sua função no liquido amniótico das espécies domésticas. Os valores de sódio e cloretos não diferiram significativamente entre os grupos estudados e as concentrações de potássio diferiram apenas entre os grupos TF e MP refletindo a manutenção do equilíbrio eletrolítico do líquido amniótico equino durante a gestação. As concentrações de proteínas totais variaram de maneira heterogênea entre os grupos, porém todos estes demonstraram baixas concentrações. Concluímos que a composição bioquímica do liquido amniótico equino varia de acordo com o desenvolvimento fetal e pode ser utilizada como mensuração da viabilidade e maturidade do feto no futuro, no entanto devido ao pequeno número de estudos conduzidos e diferenças encontradas em seus resultados, outros estudos devem ser realizados para a melhor definição do perfil bioquímico do líquido amniótico equino durante as fases gestacionais e no momento do parto.
The viability and fetal maturity can be estimated by biochemical evaluation of the fetal fluids of several species; however the biochemical composition of amniotic fluid during pregnancy is not fully defined for equine. The aim of this study was to establish and compare the biochemical profile of amniotic fluid in different moments of pregnancy and at delivery, in order to better explain the peculiarities of the physiology of pregnancy in mares. The values founded for pH, osmolarity, glucose, urea, creatinine, gamma-GT, Sodium, potassium, chloride and total protein were evaluated in amniotic fluid collected from 122 mares comparing the results between the initial-third (IT), mid-third (MT) and latter-third (FT) of gestation and at delivery (D). [...] Concentrations of urea tended to be statistically different in at least one of the groups. A significant increase in creatinine concentrations was observed during the initial-third, medium-third and the final-third of pregnancy and the value found at delivery remained equal to final-third. Values for Gamma GT differed only between FT and D groups and more studies should be conducted about its role in the amniotic fluid of domestic species. For the sodium and chloride ions, they were not significantly different between the studied stages, and the potassium ion was significantly different only between FT and D reflecting the maintenance of electrolyte balance of the amniotic fluid during equine pregnancy. Total protein concentrations were different between groups, but all the groups showed low concentrations. We conclude that the values of the parameters studied varied according with the fetal development and can be used for the evaluation of fetal viability and maturity in the future, but the scarce number of studies in this area and the difference between the results found in literature demonstrate the need of more works to establish the biochemical profile of equine amniotic fluid during pregnancy and at delivery.
Subject(s)
Animals , Female , Horses/physiology , Gestational Age , Pregnancy/physiology , Amniotic Fluid/chemistry , Parturition/metabolism , Fetal Organ Maturity , Fetal ViabilityABSTRACT
Objetivou-se avaliar o perfil metabólico energético, proteico e enzimático de vacas mestiças leiteiras com baixo escore de condição corporal (ECC) no periparto. Foram colhidas amostras sanguíneas uma semana antes do parto, no dia do parto, e aos sete, 14, 21, 28 e 43 dias pós-parto (DPP) de 36 animais, com média de ECC de 2,6±0,5, com eutocia e pós-parto fisiológico e sem tratamentos nesta fase. Analisaram-se as concentrações séricas de proteínas totais, albumina e globulinas para o perfil protéico; AST, ALT, GGT e fosfatase alcalina para o perfil enzimático; ácidos graxos não-esterificados (NEFA), β-hidroxibutirato (BHBA), triglicerídeos, colesterol e lipoproteínas (VLDL, HDL e LDL) para o perfil energético. As vacas apresentaram no pré-parto hipoproteinemia, hipoalbuminemia, hipocolesterolemia e aumento das enzimas GGT e AST. No dia do parto houve lipólise e hipoglobulinemia. Concluiu-se que vacas mestiças leiteiras com baixo ECC apresentam balanço energético negativo, hipoproteinemia com hipoalbuminemia e lesão hepática no periparto, com restabelecimento aos 30 DPP, mas não recuperam sua condição corporal até o final do puerpério.
The aim of this study was to evaluate the metabolic profile of protein, energy and enzyme in crossbred dairy cows with low body condition score (BCS) in the peripartum period. Blood samples were collected from 36 animals with 2.6±0.5 BCS, eutocia, physiological postpartum and without any treatment, on following days: one week before calving, calving and 7, 14, 21, 28 and 43 days in milk (DIM). It was evaluated serum total protein, albumin and globulins for protein profile; AST, ALT, GGT and alkaline phosphatase for mineral profile; nonesterified fatty acids (NEFA), β-hydroxybutyrate (BHBA), triglycerides, cholesterol and lipoproteins (VLDL, HDL and LDL) for energy profile. Crossbred dairy cows had hypoproteinemia, hypoalbuminemia, hypocholesterolemia and increased that both enzymes AST and GGT at the precalving. There were lipolysis and hypoglobulinemia at parturition. It was concluded that crossbred dairy cows with low BCS have negative energy balance, hypoproteinemia with hypoalbuminemia and hepatic injury in the peripartum. This condition is restored at 30 DIM, but there is no recovery of the body condition by the end of puerperium.
Subject(s)
Animals , Female , Cattle , Cattle/metabolism , Body Constitution/physiology , Metabolism/physiology , Energy Metabolism/physiology , Postpartum Period/physiology , Postpartum Period/metabolism , Parturition/physiology , Parturition/metabolismABSTRACT
Seventy-seven ewes were randomly divided into groups according to parturition season and suckling mode [Rainy season: continuous (n=14) and controlled (n=13); Dry season: continuous (n=25) and controlled (n=25)]. The controlled suckling mode, in both seasons, resulted in a decrease in variables, intervals between parturition and first estrus (reduction of 27.11 and 11.46 days for rainy and dry season, respectively; P<0.05) and between parturition and estrus of conception (reduction of 12.81 and 13.58 days, for rainy and dry season, respectively; P<0.05). As to the lambs, the weight gain was higher in animals subjected to controlled suckling in relation to continuous, especially when lambing occurred in the rainy season (17.83±0.56 vs. 13.95±0.52kg for Lambs' weight at 90 days old, respectively; P<0.05). Therefore, it was concluded that controlled suckling management is better indicated for the Amazonian region, since it allows the ewes to have a shorter puerperium period and the lambs exhibit higher weight gain.
Foram utilizadas 77 ovelhas, divididas aleatoriamente em grupos de acordo com o período de parição e o manejo de amamentação [chuvoso: contínua (n=14) e controlada (n=13); seco: contínua (n=25) e controlada (n=13)]. O sistema de amamentação controlado, em ambos os períodos, resultou em decréscimo para as variáveis intervalos entre parto e primeiro estro (redução de 27,11 e 11,46 dias para os períodos chuvoso e seco, respectivamente; P<0,05) e entre parto e estro da concepção (redução de 12,81 e 13,58 dia para os períodos chuvoso e seco, respectivamente; P<0,05). Quanto ao desempenho ponderal dos cordeiros, o ganho de peso foi maior para os animais submetidos ao regime de amamentação controlada em relação à contínua, especialmente quando os nascimentos ocorreram no período chuvoso (17,83±0,56 vs. 13,95±0,52kg para o peso dos cordeiros aos 90 dias de idade, respectivamente; P<0,05). Contudo, o manejo de amamentação controlada é indicado para a região amazônica, por permitir menor tempo de puerpério das ovelhas e maior ganho de peso dos cordeiros.
Subject(s)
Animals , Breast Feeding , Climate , Weight Gain/physiology , Parturition/metabolism , Sheep/classificationABSTRACT
Avaliaram-se os efeitos do escore da condição corporal ao parto sobre a produção e composição do leite, a curva de lactação e o padrão de mobilização de reservas corporais em vacas da raça Holandesa. Foram utilizadas 51 vacas, sendo 13 primíparas e 38 multíparas, distribuídas em delineamento inteiramente ao acaso, segundo a ordem de partos - primíparas e multíparas - e a classe de escore da condição corporal ao parto (ECCP) - classe 1 ECCP igual ou superior a 3,25, e classe 2 ECCP igual ou inferior a 3,0. Para avaliar o padrão de mobilização de reservas corporais, foram formados grupos de vacas em função do ECCP e do nível de produção de leite. Nas primíparas, não foram observados efeitos da ECCP sobre a produção e a composição do leite e sobre a curva da lactação, exceto para porcentagem de gordura. Nas multíparas, as vacas da classe 1 produziram mais leite e mais componentes do leite, e a curva da lactação mostrou pico de produção mais alto. As vacas de maior ECCP e maior produção de leite apresentaram padrão de mobilização de reservas corporais mais acentuado no início da lactação e maior peso corporal no pré-parto e ao parto. O peso corporal e a mudança de peso corporal ao parto e no início da lactação não foram influenciados pelo escore de condição corporal ao parto e pela produção de leite.
Subject(s)
Animals , Female , Cattle , Food Composition , Food Production , Lactation/metabolism , Milk , Parturition/metabolism , Weight GainABSTRACT
Foi realizado um experimento para avaliar o desempenho de porcas e suas leitegadas alimentadas com dietas que continham saponinas. Trinta porcas geneticamente homogêneas foram distribuídas em dois tratamentos, dieta testemunha e dieta testemunha com adição de 160ppm de fontes de saponinas. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, tendo como fator de bloqueamento a ordem de parto. Nas porcas, foram avaliados: o consumo de ração, características das fezes (cor e textura) e escore corporal. Nos leitões, foram avaliados: número de nascidos vivos, nascidos mortos, mumificados; pesos ao nascer e ao desmame e mortalidade na lactação. Não foram encontradas diferenças na cor das fezes das fêmeas. Na textura, as fezes das fêmeas que receberam a dieta com a adição de saponinas foram cerca de 11 por cento mais duras (P<0,05). Na última semana de lactação, as fêmeas alimentadas com a adição de saponinas apresentaram um escore corporal 12 por cento superior (P<0,05) às fêmeas controle. Não foram encontradas diferenças (P>0,05) nos leitões em relação as variáveis nascidos vivos, nascidos mortos e mumificados. Os leitões das fêmeas que receberam dietas contendo saponinas foram mais pesados (P<0,05) ao nascer (1,2 x 1,4kg) e ao desmame (5,5x 5,9kg). Porcas alimentadas nos últimos 10 dias de gestação e na lactação com dietas contendo 160ppm de saponinas têm melhor escore corporal no final da lactação e suas leitegadas são mais pesadas ao nascer e ao desmame.
Subject(s)
Animal Nutritional Physiological Phenomena , Lactation , Plant Extracts , Parturition/metabolism , Saponins , Swine/growth & development , Swine/metabolism , QuillajaABSTRACT
Avaliaram-se os efeitos da época de parto e idade da matriz ao parto (IMP) sobre o tamanho da leitegada (TL), da época de parto, idade da matriz ao parto e tamanho da leitegada sobre o peso médio ao nascer (PMN), e da época de parto, idade da matriz ao parto, número de nascidos vivos (NV) e percentual de machos na leitegada (PERCM) sobre o peso aos 21 dias de idade (PM21) de leitões Large White. Utilizaram-se dados de 3259 leitões nascidos no período de junho/85 a junho/96. A avaliação foi feita por meio de regressão múltipla. Para TL apenas o efeito de IMP determinou modificações significativas sobre o número de leitões nascidos. TL médio foi 9,73 mais ou menos 2,78, observando-se maiores leitegadas em fêmeas de 2,84 a 3,83 anos. PMN e PM21 foram 1,35kg mais ou menos 0,18 e 5,06kg mais ou menos 1,00, respectivamente. Para PMN foram significativos os efeitos de IMP e TL, com redução do peso em 20g para cada leitão adicional. Para PM21 apenas o número de NV apresentou efeito significativo.