ABSTRACT

A periodontite é caracterizada pela inflamação nos tecidos periodontais e consequente perda das estruturas de suporte do dente: osso alveolar, cemento e ligamento periodontal, podendo levar à perda de dentes. A homeostase do tecido ósseo é gerida fundamentalmente pela regulação da via de sinalização composta pelo Receptor Ativador do fator Nuclear B (RANK), seu ativador RANK Ligante (RANKL), e o falso ligante de RANKL Osteoprotegerina (OPG). O processo inflamatório destrutivo e com gatilho incerto da doença periodontal aumenta a expressão de RANKL, levando a desregulação no turnover ósseo, desbalanceado para reabsorção maior que a formação do osso alveolar. Visando reduzir danos ou promover resolução da inflamação, terapias de modulação da resposta imune do hospedeiro surgem como alternativa para manuseio da periodontite para além da abordagem sobre microrganismos uma vez que indivíduos respondem de maneiras diferetenes ao tratamento e possuem diferentes padrões de perda óssea. Anticorpos anti-RANKL demonstraram serem capazes de diminuir a reabsorção óssea em processos inflamatórios e já foram apontados com potencial terapêutico sobre a patologias que levam a reabsorção óssea, bem como a periodontite. Com o propósito de verificar o potencial de modulação da perda óssea alveolar por anticorpo anti-RANKL sobre a doença periodontal induzida em animais, este estudo foi conduzido seguindo as normas PRISMA e da Cochrane Lybrary. Estudos pré-clínicos em modelo animal de periodontite experimental foram considerados elegíveis. A busca eletrônica incluiu as bases de dados MEDLINE, EMBASE e LILACS e Web of Science para artigos publicados até agosto de 2022. O Risco de Viés foi analisado através da ferramenta Systematic Review Center for Laboratory Animal Experimentations. Foram incluídos 5 de 326 estudos encontrados nas bases de dados. Anticorpos anti-RANKL de diferentes origens foram ministrados em diferentes modelo de periodontite experimental induzida. Os estudos selecionados apresentaram importantes características a serem observadas na condução de estudos em animais. Essa revisão sistemática concluiu que a modulação da interação entre RANK e RANKL mediada por anticorpo anti-RANKL apresenta um potencial terapêutico adjunto ao manuseio da doença periodontal desde que considerado o momento de uso dessa abordagem. Além disso, mais estudos de farmacodinâmica e farmacocinética são necessários para aplicações sobre a periodontite.

ABSTRACT

Objective: This study aims to analyze the survival time of molar tooth according to furcation involvement (FI) classification among periodontally treated patients under a supportive periodontal care program. Materials and Methods: A retrospective study was con-ducted among 77 periodontitis patients with 240 molars who had undergone periodontal therapy that were followed up with supportive periodontal therapy (SPT) for at least five years. Periodontitis patients' data were retrieved from the periodontic clinical record. The clinical parameters of all involved molars and treatment modality were recorded at baseline and SPT. Results: A total of 69 (28.8%) molars were extracted during active periodontal therapy, while 17 (7.1%) were lost during SPT. The 5-year survival rate of molars was 83.5% (95% confidence interval [CI], 76.9-88.4) for FI=0 (n=141), 81.0% (95% CI, 56.9-92.4) for FI=I (n=18), 50.0% (95% CI, 33.8-64.2) for FI=II (n=21), and 25.0% (95% CI, 6.9-48.8) for FI=III (n=4). Additionally, the 10-year survival rate for molars with FI = III was 12.5% (95% CI, 1.0-39.2), which was lower than that of molars with FI = 0 (77.1%; 95% CI, 69.7-83.0). Conclusions: The presence of a high degree of FI classifica-tion, especially Class III, is associated with a lower survival rate of molars among periodontally treated patients. Retention of molars is possible on a long-term basis through a maintenance program of periodontal therapy.

Objetivo: Este estudio tiene como objetivo analizar el tiempo de supervivencia de los molares según la clasificación de implicación de la furcación (IF) entre pacientes tratados periodontalmente bajo un programa de cuidado periodontal de apoyo. Materiales y Métodos: Se realizó un estudio retrospectivo entre 77 pacientes con periodontitis con 240 molares que habían sido sometidos a terapia periodontal y fueron seguidos con terapia periodontal de soporte (TPS) durante al menos cinco años. Los datos de los pacientes con periodontitis se recuperaron de la Historia Clínica de Periodoncia. Los parámetros clínicos de todos los molares involucrados y la modalidad de tratamiento se registraron al inicio y en el TPS. Resultado: Se extrajeron un total de 69 (28,8%) molares durante la terapia periodontal activa, mientras que 17 (7,1%) se perdieron durante la TPS. La tasa de supervivencia de los molares a 5 años fue del 83,5% (intervalo de confianza [IC] del 95%, 76,9-88,4) para FI=0 (n=141), del 81,0% (IC del 95%, 56,9-92,4) para FI=I ( n=18), 50,0% (IC 95%, 33,8-64,2) para FI=II (n=21) y 25,0% (IC 95%, 6,9-48,8) para FI=III (n=4). Además, la tasa de supervivencia a 10 años para los molares con FI = III fue del 12,5 % (IC del 95 %, 1,0-39,2), que fue inferior a la de los molares con FI = 0 (77,1 %; IC del 95 %, 69,7-83,0). Conclusión: La presencia de un alto grado de clasificación FI, especialmente Clase III, se asocia con una menor tasa de supervivencia de los molares entre los pacientes tratados periodontalmente. La retención de los molares es posible a largo plazo mediante un programa de mantenimiento de terapia periodontal.

ABSTRACT

O objetivo do presente estudo foi revisar a literatura para buscar evidências na associação entre a doença de Alzheimer e a Periodontite. A metodologia usada resultou numa busca às bases de dados PubMed/MEDLINE, Cochrane Library e Web of Science, através dos artigos publicados entre o período de maio de 2000 a maio de 2022. A doença de Alzheimer (DA) é classificada como uma condição neurodegenerativa, um grupo heterogêneo de doenças caracterizadas pela perda lenta e progressiva de uma ou mais funções do sistema nervoso. A doença periodontal (DP) é uma doença infecciosa e inflamatória que causa principalmente destruição óssea alveolar e perda dentária e estima-se que entre 20 e 50% da população geral possa sofrer de DP, dos quais 15-20% apresentam formas graves. A inflamação desempenha um papel crítico no aparecimento e progressão de ambas as doenças. A conclusão desta revisão é que a literatura estudada mostra que os patógenos periodontais e as citocinas pró-inflamatórias contribuíram para a progressão do processo neurodegenerativo da doença de Alzheimer. Porém, são necessários mais estudos clínicos controlados randomizados para a confirmação da relação causal desta associação.

The aim of this study was to review the literature to look for evidence in the association between Alzheimer's disease and Periodontitis. The methodology used resulted in a search of the PubMed/MEDLINE, Cochrane Library and Web of Science databases, through the articles published between May 2000 and May 2022. Alzheimer's disease (AD) is classified as a neurodegenerative condition, a heterogeneous group of diseases characterized by the slow and progressive loss of one or more functions of the nervous system. Periodontal disease (PD) is an infectious and inflammatory disease that mainly causes alveolar bone destruction and tooth loss and it is estimated that between 20 and 50% of the general population may suffer from PD, of which 15-20% present severe forms. Inflammation plays a critical role in the onset and progression of both diseases. The conclusion of this review is that the literature studied shows that periodontal pathogens and pro-inflammatory cytokines contributed to the progression of the neurodegenerative process of Alzheimer's disease. However, more randomized controlled clinical trials are needed to confirm the causal relationship of this association.

ABSTRACT

Periodontal disease is a highly prevalent chronic inflammatory disease that affects the tissues that support the teeth, while leukemia is a type of malignous cancer that affects the production of blood cells. Recent studies suggest that immune response and microbial disbiosis related to periodontal disease may be associated with an increased risk of developing leukemia and may affect its prognosis, as well as leukemia type and treatment may also have effects on the periodontium, demanding a interdiscipinary approach of these patients. The aim of this study was to conduct a literature review to assess the association between periodontal disease and leukemia in adult patients. An electronic database serch using the descriptors was performed. Clinical studies with periodontal examination in adult individuals with leukemia were selected. After literature search, 9 studies were reviewed. Gingival bleeding and periodontal pockets were frequent findings. Periodontitis prevalence varied among studies, ranging from 29% to 82,4% in patients diagnosed with leukemia. The relationship between periodontal disease and leukemia is complex and multifaceted and there are few studies available in adults, with heterogeneous exam protocols. Still, the high prevalence of gingivitis and periodontitis found in the studies suggest that periodontal diagnosis and treatment could be a helpful tool to prevent further complications in leukemia treatment.

A doença periodontal é uma doença inflamatória crônica altamente prevalente e que afeta os tecidos que sustentam os dentes, enquanto a leucemia é um tipo de câncer maligno que afeta a produção de células sanguíneas. Estudos recentes sugerem que a resposta imune e a disbiose microbiana relacionada a doença periodontal podem estar associadas a um risco aumentado de desenvolver leucemia e pode afetar o prognóstico da doença, assim como o tipo de leucemia e o tratamento também podem ter efeitos no periodonto, exigindo uma abordagem interdisciplinar desses pacientes. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão de literatura para avaliar a associação entre doença periodontal e leucemia em pacientes adultos. Foi realizada uma busca eletrônica em bancos de dados utilizando os descritores. Foram selecionados estudos clínicos com exame periodontal em indivíduos adultos com leucemia. Após busca na literatura, 9 estudos foram revisados. Sangramento gengival e bolsas periodontais foram achados frequentes. A prevalência da periodontite variou entre os estudos, sendo de 29% a 82,4% em pacientes diagnosticados com leucemia. A relação entre doença periodontal e leucemia é complexa e multifacetada e existem poucos estudos disponíveis em adultos, com protocolos de exames heterogêneos. Ainda assim, a alta prevalência de gengivite e periodontite encontrada nos estudos sugere que o diagnóstico e o tratamento periodontal podem ser uma ferramenta útil para prevenir maiores complicações no tratamento da leucemia.

ABSTRACT

Introducción: Las enfermedades periodontales tienen efectos locales y sistémicos sobre algunas enfermedades sistémicas. Propósito: Identificar cambios después de una jornada informativa preventiva sobre la relación de las EP y las enfermedades sistémicas en un ambiente universitario de carreras del área de la salud. Materiales y métodos: Estudio transversal no analítico cuyo objeto de estudio fue el cambio de la información obtenida por los participantes de una jornada de educación en salud en una muestra no aleatoria de 264 individuos de facultades de salud diferentes a odontología quienes recibieron encuestas "antes y después". Las variables de los cambios en los conocimientos se evaluaron mediante una escala Likert. Resultados: Antes de la estrategia, el 51,6% consideraban poco importante o que podría ser importante la salud oral como estilo de vida saludable vs un 99.2% al final. El 67.8 % de los sujetos, consideraban que la enfermedad periodontal no compartía factores de riesgo con condiciones sistémicas vs un 92.9%. Se incrementó de un 67.75% a 93.2% el reconocimiento del control del riesgo periodontal como estrategia para incidir en las enfermedades sistémicas. Conclusión: Una estrategia educativa sensibilizar positivamente sobre la importancia de la prevención de las enfermedades periodontales y las condiciones sistémicas.

Introduction: Periodontal diseases have local and systemic effects on some systemic diseases. Purpose: Identify changes after a preventive information session on the relationship between PD and systemic diseases in health faculties. Materials and methods: Non-analytical cross-sectional study whose object was the change in the information obtained by the participants of a health education session in a non-random sample of 264 individuals from health faculties other than dentistry who received "before and after" surveys. The variables were evaluated using a Likert scale. Results: Before the strategy, 51.6% considered oral health to be important for a healthy lifestyle vs. 99.2% at the end of the session. 67.8% of the subjects considered that periodontal disease shared risk factors with systemic conditions before the session vs. 92.9% after it. The recognition of periodontal risk control as a strategy to influence systemic diseases increased from 67.75% to 93.2%. Conclusion: An educational strategy raises a positive awareness of the importance of preventing periodontal diseases and systemic conditions.

ABSTRACT

A periodontite é uma doença inflamatória crônica multifactorial caracterizada pela destruição progressiva do aparelho de suporte periodontal. Atualmente, as técnicas convencionais para regeneração desses tecidos periodontais perdidos tiveram sucesso limitado. A tecnologia de membranas de células usando células-tronco mesenquimais apareceu como uma estratégia promissora na medicina regenerativa periodontal. Embora estudos recentes tenham mostrado o papel das membranas de células-tronco mesenquimais (MSCSs) no aumento dos tecidos de suporte dentário e ósseo, não há uma revisão sistemática focada especificamente na avaliação da regeneração periodontal em modelos animais ortotópicos. Esta revisão tem como objetivo avaliar o potencial das MSCSs na regeneração periodontal em comparação ao controle, em modelos animais experimentais. Estudos pré-clínicos em defeitos periodontais de modelos animais foram considerados elegíveis. A busca eletrônica incluiu as bases de dados MEDLINE, Web of Science, EMBASE e LILACS. Além disso, uma busca manual avaliou as revistas científicas na área de periodontia/regeneração. A revisão sistemática foi conduzida de acordo com as diretrizes de Preferred Reporting Item for Systematic Reviews and Meta-Analyses statement guidelines. A ferramenta do Centro de Revisão Sistemática para Experimentação com Animais de Laboratório (SYRCLE) foi usada para avaliar o risco de viés. Dos 3989 estudos obtidos a partir da busca no banco de dados eletrônicos foram incluídos 17 artigos. Foram empregados MSCSs autólogos, alógenos e xenógenos para melhorar a regeneração periodontal. Estes incluíram MSCSs do folículo dentário (DF), MSCSs do ligamento periodontal (PDL), MSCSs da polpa dentária (DP), MSCSs da medula óssea (BM), MSCSs periosteais alveolares (AP) e MSCSs gengivais (G). Em relação ao protocolo de indução de células, a maioria dos estudos utilizou ácido ascórbico (52,94%), outros utilizaram placas de cultura com polímero termo responsivo (47,06%). Os efeitos adversos, em relação à utilização das MSCSs no sítio doador, não foram identificados na maioria dos estudos, mesmo com o uso adjunto de scaffolds, membranas ou ambos. Meta-análise não foi considerada devido a heterogeneidades metodológicas. PDL-MSCSs demonstrou ser superior para aumento da regeneração periodontal em comparação ao controle, mas em um microambiente inflamatório induzido, DF-MSCSs foram melhores. Os DF-MSCSs parecem estar relacionados à espessura do cemento e dimensão periodontal. Além disso, DP-MSCSs e BM-MSCSs mostraram resultados melhores em comparação com o controle. Em contraste, AP-MSCSs não foram associados a melhorias na regeneração periodontal. A avaliação do risco de viés com a ferramenta da SYRCLE revelou que 44,12% dos estudos apresentavam baixo risco de viés, 55,29% foram incertos e 0,59%, alto risco. A presente revisão sistemática mostrou que as MSCSs podem aumentar a regeneração periodontal em modelos animais de defeito periodontal, fornecendo uma estratégia promissora para aumentar a regeneração periodontal.

ABSTRACT

The reduction of nitrate to nitrite by the oral microbiota has been proposed to be important for oral health and results in nitric oxide formation that can improve cardiometabolic conditions. Studies of bacterial composition in subgingival plaque suggest that nitrate-reducing bacteria are associated with periodontal health, but the impact of periodontitis on nitrate-reducing capacity (NRC) and, therefore, nitric oxide availability has not been evaluated. The current study aimed to evaluate how periodontitis affects the NRC of the oral microbiota. First, 16S rRNA sequencing data from five different countries were analyzed, revealing that nitrate-reducing bacteria were significantly lower in subgingival plaque of periodontitis patients compared with healthy individuals (P < 0.05 in all five datasets with n = 20-82 samples per dataset). Secondly, subgingival plaque, saliva, and plasma samples were obtained from 42 periodontitis patients before and after periodontal treatment. The oral NRC was determined in vitro by incubating saliva with 8 mmol/L nitrate (a concentration found in saliva after nitrate-rich vegetable intake) and compared with the NRC of 15 healthy individuals. Salivary NRC was found to be diminished in periodontal patients before treatment (P < 0.05) but recovered to healthy levels 90 days post-treatment. Additionally, the subgingival levels of nitrate-reducing bacteria increased after treatment and correlated negatively with periodontitis-associated bacteria (P < 0.01). No significant effect of periodontal treatment on the baseline saliva and plasma nitrate and nitrite levels was found, indicating that differences in the NRC may only be revealed after nitrate intake. Our results suggest that an impaired NRC in periodontitis could limit dietary nitrate-derived nitric oxide levels, and the effect on systemic health should be explored in future studies.

ABSTRACT

A periodontite tem sido reconhecida como um estímulo inflamatório sistêmico crônico com potencial risco para o desenvolvimento ou agravamento de várias condições de saúde sistêmica, incluindo doenças da próstata. Assim, este estudo apresenta duas propostas de investigação distintas com objetivos específicos: 1) um estudo caso-controle para avaliar a associação entre periodontite e câncer de próstata (CAP); 2) uma revisão sistemática e meta análise para avaliar a associação entre periodontite e os níveis de PSA (Antígeno Prostático Específico) O estudo caso-controle incluiu 372 indivíduos, sendo 152 homens com CAP (idade 63.028.67 anos) e 220 controles (idade 62.718.79 anos), selecionados no Ambulatório de Urologia do Hospital Luxemburgo, Belo Horizonte ­ Minas Gerais. Os participantes foram submetidos a exame periodontal completo e a condição periodontal classificada de acordo com os critérios da Academia Americana de Periodontia e da Federação Européia de Periodontologia de 2018. O estadiamento do CAP foi realizado de acordo com os escores do sistema de Gleason. A associação entre CAP e variáveis de interesse foi avaliada por regressão logística multivariada. Os casos apresentaram maior ocorrência (p=0,019) e gravidade (p=0,005) de periodontite. A ocorrência de CAP foi associada a escolaridade <9 anos (OR ajustado=1,95), ao consumo de álcool (OR ajustado=3,46), ao tabagismo (OR ajustado=2,53) e a periodontite (OR ajustado=1,76). Em relação à gravidade do CAP, os escores de Gleason 1-2 foram associados à periodontite (OR ajustado=1,90), mas os escores de Gleason 3-5 não. Além disso, foi observado no grupo caso um aumento dos níveis de PSA com o aumento da gravidade da periodontite (estágios). A revisão sistemática se baseou nas diretrizes do PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses) e teve a seguinte pergunta PECO: homens com periodontite apresentam níveis aumentados de PSA no sangue? Foi realizada uma busca nas bases de dados PubMed, Embase, Scielo, Web of Sciences, Cochrane Library e literatura cinzenta até janeiro/2024. Foram incluídos 6 estudos, sendo 4 estudos observacionais e 2 ensaios clínicos. A qualidade metodológica foi avaliada usando as ferramentas Joana Briggs e ROBINS-I e o nível de evidência usando o sistema GRADE. Os estudos observacionais apontaram níveis de APE significativamente mais baixos em indivíduos sem periodontite (p=0,04). Os ensaios clínicos não randomizados não verificaram mudança nos níveis de PSA após o tratamento periodontal não-cirúrgico (p=0,13). Na metanálise, indivíduos com PSA>4,0 ng/ml apresentaram periodontite mais grave (OR=1,19 IC95% 0,68­2,09; I2=0%), entretanto não significativo. Houve correlação positiva entre PSA e nível de inserção clínica (r=0,55 IC95% 0,41­0,66; I2=0,0%). Não houve diferença nos níveis de PSA antes e após o tratamento periodontal (diferença média -0,18 IC95% -0,94­0,57; I2=0%). No geral, concluiu-se que a periodontite foi associada à ocorrência de câncer de próstata e não houve evidências de uma associação direta entre níveis de PSA e periodontite, apesar de observações sugerirem possível relação entre a gravidade da periodontite, parâmetros clínicos periodontais e PSA.

Periodontitis has been recognized as a chronic systemic inflammatory stimulus with potential risk for the development or worsening of several systemic health conditions, including prostate diseases. Thus, this study presents two specific research proposals with specific objectives: 1) a case-control study to evaluate the association between periodontitis and prostate cancer (PCA); 2) a systematic review and meta-analysis to evaluate the association between periodontitis and PSA (prostate-specific antigen) levels. The case-control study included 372 individuals, being 152 men with CAP (age 63.02 ± 8.67 years) and 220 controls (age 62.71 ± 8.79 years), selected at the Urology Outpatient Clinic of Hospital Luxemburgo, Belo Horizonte ­ Minas Gerais. Participants underwent a complete periodontal examination and periodontal status was classified according to the 2018 American Academy of Periodontology and European Federation of Periodontology criteria. CAP staging was performed according to Gleason system scores. The association between CAP and variables of interest was assessed by multivariate logistic regression. Cases had a higher occurrence (p=0.019) and severity (p=0.005) of periodontitis. The occurrence of CAP was associated with educational level <9 years (adjusted OR=1.95), alcohol consumption (adjusted OR=3.46), smoking (adjusted OR=2.53), and periodontitis (adjusted OR=1.76). Regarding CAP severity, Gleason scores 1­2 were associated with periodontitis (adjusted OR=1.90), but Gleason scores 3­5 were not. Furthermore, an increase in PSA levels was observed in the case group with increasing severity of periodontitis (stages). The systematic review was based on the PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses) guidelines and had the following PECO question: Do men with periodontitis have increased blood levels of PSA? A search was carried out in the PubMed, Embase, Scielo, Web of Sciences, Cochrane Library databases and gray literature until January/2024. Six studies were included, being 4 observational studies and 2 clinical trials. The methodological quality was assessed using the Joana Briggs and ROBINS-I tools and the level of evidence using the GRADE system. Observational studies showed significantly lower PSA levels in individuals without periodontitis (p=0.04). Non-randomized clinical trials did not find changes in PSA levels after non surgical periodontal treatment (p=0.13). In the meta-analysis, individuals with PSA>4.0 ng/ml had more severe periodontitis (OR=1.19 95%CI 0.68­2.09; I2=0%), although not significant. There was a positive correlation between PSA and clinical attachment level (r=0.55 95%CI 0.41­0.66; I2=0.0%). There was no difference in PSA levels before and after periodontal treatment (mean difference -0.18 95%CI -0.94­0.57; I2=0%). Overall, it was concluded that periodontitis was associated with the occurrence of prostate cancer and there was no evidence of a direct association between PSA levels and periodontitis, although observations suggest a possible relationship between the severity of periodontitis, clinical periodontal parameters and PSA.

ABSTRACT

Evidências crescentes sugerem uma associação entre psoríase (PSO), artrite psoriásica (APs) e periodontite (PE), como sugerido para outras doenças sistêmicas. Foram realizados dois estudos: (I) caso-controle para avaliar os impactos bucais (OHRQOL) nas atividades diárias em indivíduos com doença psoriásica em relação não psoriásicos e (II) avaliar os níveis de Porphyromonas gingivalis, Treponema denticola, Tanerella forsythia, Aggregatibacter actinomycetemcomitans e quantificar os biomarcadores salivares RANKL, OPG, survivina e IL-17 em indivíduos com PSO e APs, comparados a não psoriásicos com e sem PE. O estudo I: incluiu 296 indivíduos (PSO n= 210, APS n= 86) como casos e 359 sem doença psoriásica (controle). Foram realizados exames periodontais completos, coleta de variáveis de interesse e aplicados a versão brasileira do instrumento Oral Impacts on Daily Performance (OIDP).A prevalência de PE foi maior em APs (57,0%; OR=2,67,95%IC:1,65-4,32; p<0,001) que em PSO (34,3%; OR=1,05;0,73-1,51; p <0,001) comparado aos controles (33.1%). Ambos APs e PSO exibiram mais sítios e dentes com profundidade de sondagem (PS) de 4-6mm que controles (p<0,001). Analisando OHRQoL, APs e PSO possuem maiores escores de OIDP que controles (p<0,001), indicando pior qualidade de vida autorelatada. Na influência de variáveis de interesse na qualidade de vida (QV), foram significativos PE, psoríase + PE e uso de álcool/ansiolíticos (p<0,05). Observou-se influência de parâmetros periodontais na QV para presença de PE; PS > 6mm; nível clínico de inserção >6mm; > índice de placa , >% sítios e dentes com sangramento à sondagem (p=0<0,05). Este estudo demonstrou os impactos negativos da PE na OHRQOL dos indivíduos analisados, sendo que indivíduos com PSO e principalmente APs e PE apresentaram de forma significativa piores indicadores de OHRQOL. O estudo II: com base no estudo I, 192 indivíduos não-fumantes e não-diabéticos foram selecionados aleatoriamente, pareados por gênero e alocados em 6 grupos (controle, PSO e APs, com e sem PE; n=32 por grupo). Os resultados revelaram maiores contagens de P. gingivalis, T. forsythia e T. denticola nos grupos com PE em comparação sem PE (p<0,05). Maiores contagens destes periodontopatógenos foram observadas no grupo APs com PE seguidos de PSO com PE quando comparados aos controles. Adicionalmente, houve diferenças intergrupos significativas nos níveis de RANKL (p=0,039), IL-17 e survinina (p<0,001) (APs>PSO>Controles). Em indivíduos com APs e PE os níveis de OPG, IL-17 e survinina foram significantemente maiores do que em APs sem PE. Correlações positivas entre RANK-L, IL-17 e survinina e negativas para OPG, foram observadas em relação a todos parâmetros clínicos periodontais analisados (p<0,001). Concluiu-se que indivíduos com doença psoriásica e PE apresentaram significativamente piores condições microbiológicas e maiores níveis dos biomarcadores estudados, sendo estes resultados ainda mais expressivos em indivíduos com APs e PE.

Increasing evidence suggests an association among psoriasis (PSO), psoriatic arthritis (PsA), and periodontitis (PE), as suggested for other systemic diseases. Two studies were carried out: (I) case-control to evaluate the oral impacts (OHRQOL) on daily activities in individuals with psoriatic disease compared to non-psoriatic patients and (II) evaluate the levels of Porphyromonas gingivalis, Treponema denticola, Tanerella forsythia, Aggregatibacter actinomycetemcomitans and quantify the salivary biomarkers RANKL, OPG, survivin and IL-17 in individuals with PSO and PsA, compared to non-psoriatic individuals with and without PE. Study I: included 296 individuals (PSO n= 210, PsA n= 86) as cases and 359 without psoriatic disease (control). Complete periodontal examinations were performed, variables of interest were collected and the Brazilian version of the Oral Impacts on Daily Performance (OIDP) instrument was applied. The prevalence of PE was higher in PsA (57.0%; OR=2.67.95%CI :1.65-4.32; p<0.001) than in PSO (34.3%; OR=1.05;0.73-1.51; p<0.001) compared to controls (33.1%). Both PsA and PSO exhibited more sites and teeth with probing depth (PD) of 4-6mm than controls (p<0.001). Analyzing OHRQoL, PsA and PSO had higher OIDP scores than controls (p<0.001), indicating worse self reported quality of life. In the influence of variables of interest on quality of life (QoL), PE, psoriasis+PE and alcohol/anxiolytics intake were significant (p<0.05). The influence of periodontal parameters on QoL was observed for the presence of PE; PD > 6mm; clinical attachment level >6mm; > plaque index, >% sites and teeth with bleeding on probing (p=0<0.05). This study demonstrated the negative impacts of PE on the OHRQOL of the individuals analyzed, with individuals with PSO and especially PsA and PE presenting significantly worse OHRQOL indicators. Study II: based on study I, 192 non-smoking and non-diabetic individuals were randomly selected, matched by gender and allocated into 6 groups (control, PSO and PsA, with and without PE; n=32 per group). The results revealed higher counts of P. gingivalis, T. forsythia and T. denticola in the groups with PE compared to without PE (p<0.05). Higher counts of these periodontopathogens were observed in the PsA with PE group followed by PSO with PE when compared to controls. Additionally, there were significant intergroup differences in the levels of RANKL (p=0.039), IL-17 and survinin (p<0.001) (PsA>PSO>Controls). In individuals with PsA and PE, the levels of OPG, IL 17 and survinin were significantly higher than in PsA without PE. Positive correlations between RANK-L, IL-17 and survinin and negative correlations for OPG were observed in relation to all periodontal clinical parameters analyzed (p<0.001). It was concluded that individuals with psoriatic disease and PE had significantly worse microbiological conditions and higher levels of the studied biomarkers, with these results being even more significant in individuals with PsA and PE.

ABSTRACT

Muchas investigaciones se han ocupado de evaluar la vinculación entre las afecciones bucales y otras funciones o afecciones del organismo. Algunos de esos estudios han sentado precedentes acerca de la influencia mutua que puede existir entre la fun-cionalidad de las glándulas salivales y la enfermedad periodontal, y cómo la presencia de una condición puede modificar la evolución o inducir la aparición de la otra. El objetivo del presente trabajo es hacer una revisión bibliográfica de las publicaciones cientí-ficas que evalúan los efectos de inducción recíproca que existe entre la enfermedad periodontal y la hi-posalivación. Trabajos de nuestro grupo y de otros autores demuestran que la hiposalivación reduce la capacidad del organismo para defenderse contra las bacterias patógenas, mantener un ambiente sa-ludable y facilitar la cicatrización en la cavidad bu-cal, promoviendo los procesos de inflamación y daño tisular gingivoperiodontal. A su vez, varios estudios reportan que la enfermedad periodontal induce cam-bios en las glándulas salivales y altera el volumen de secreción salival. Por su parte, el sistema endo-cannabinoide (SEC) muestra estar involucrado tanto en el proceso de secreción salival como en la infla-mación y la reabsorción ósea presentes en la enfer-medad periodontal, en tanto que la activación de los mecanismos del SEC emerge como una de las vías a través de las cuales se desarrollaría el fenómeno de inducción recíproca (AU)

Many investigations have focused on evaluating the link between oral conditions and other functions or conditions of the body. Some of these studies have set precedents about the mutual influence that may exist between the functionality of the salivary glands and periodontal disease, and how the presence of one condition can modify the evolution or induce the appearance of the other. The objective of this work is to carry out a bibliographic review of scientific publications that evaluate the reciprocal induction effects that exist between periodontal disease and hyposalivation. Studies by our group and other authors show that hyposalivation reduces the capacity of the organism to defend itself against pathogenic bacteria, maintain a healthy environment and facilitate healing in the oral cavity, promoting inflammation and gingivoperiodontal tissue damage. In turn, several studies report that periodontal disease induces changes in the salivary glands and alters the volume of salivary secretion. In turn, the endocannabinoid system (ECS) is shown to be involved in the salivary secretion process as well as in the inflammation and bone resorption present in periodontal disease, while the activation of ECS mechanisms emerges as one of the pathways through which the reciprocal induction phenomenon would develop (AU)

ABSTRACT

ABSTRACT Objective: To assess the orientation of dental practitioners in understanding the probable relationship between COVID-19 and periodontal infection and the measures they took toward periodontal health during the pandemic. Material and Methods: A cross-sectional questionnaire-based survey was conducted, including registered dentists in Moradabad. The questionnaire provided was a self-administered, closed-ended questionnaire with 26 questions, shared via an online survey link utilizing Google Forms. The data collected was tabulated and statistically evaluated. Results: The participants implemented many preventive measures in their daily lives against COVID-19, such as hand washing, frequent hand sanitization, face shields, mouth masks, social distancing not, being in overcrowded places, using HEPA filters and different combinations of protective measures against COVID-19. 82.23% of participants learned from the official websites of organizations like the Ministries of Health, WHO, and professional organizations about COVID-19. Conclusion: Most participants endorsed oral hygiene measures and the use of mouthwashes by their patients, yet a significant number of dental surgeons needed to be made aware of a probable correlation between COVID-19 infection and chronic periodontitis.

ABSTRACT

Objective: The prevalence of periodontal disease is increasing in most countries including developing and developed countries. It affects 20-50-% of the global population. Patients with type 2 Diabetes Mellitus (DM) with severe periodontal disease had a 3.2 times higher risk of death than individuals without periodontitis. Periodontitis contributes to small-scale systemic inflammation. The objective of this study was to determine the severity of periodontitis using IL-10 (Interleukin-10) level in type 2 diabetes mellitus. Materials and Methods: This study was cross-sectional. All methods were performed following the guidelines and regulations of the Ethics Committee, Faculty of Dental Medicine, Universitas Airlangga. The samples were 90 subjects. The instruments used were questionnaires, periodontal status measurements based on Community Periodontal Index (CPI), and random blood glucose measurements. Data on the IL-10 level was obtained using Gingival Crevicular Fluid (GCF). Results: There was a significant difference in lifestyle in each group. The highest IL-10 level was found in the periodontitis group, followed by the periodontitis with the type 2 DM group. Conclusion: The level of IL-10 can be used to determine periodontitis severity in type 2 DM. Most respondents with the highest level of IL-10 were found in periodontitis followed by periodontitis with type 2 DM group. High levels of IL-10 will decrease the synthesis of Tumor Necrosis Factor Alpha (TNF-α), Interleukin-1 (IL-1), Interleukin-6 (IL-6), activation of macrophages, and Polymorphonuclear neutrophil (PMN) (AU)

Objetivo: A prevalência da doença periodontal tem aumentado na maioria dos países, incluindo países em desenvolvimento e desenvolvidos, Afetando 20-50% da população global. Pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 (DM) com doença periodontal grave apresentaram risco 3,2 vezes maior de morte do que indivíduos sem periodontite. O objetivo deste estudo foi determinar a gravidade da periodontite utilizando o nível de IL-10 (Interleucina-10) no diabetes mellitus tipo 2. Materiais e Métodos: Este estudo transversalfoi realizadoseguindo as orientações e regulamentos do Comitê de Ética da Faculdade de Medicina Dentária da Universitas Airlangga. Noventa participantes,responderam um questionário e foram examinados , para o estado periodontal, baseadas no Índice Periodontal Comunitário (IPC) e medidas aleatórias de glicemia. Os dados do nível de IL-10 foram obtidos utilizando Fluido Crevicular Gengival (GCF). Resultados: Houve uma diferença significativa no estilo de vida em cada grupo. O nível mais alto de IL-10 foi encontrado no grupo com periodontite, seguido pela periodontite com o grupo DM tipo 2. Conclusão: O nível de IL-10 pode ser utilizado para determinar a gravidade da periodontite no DM tipo 2. A maioria dos participantes com maior nível de IL-10 estava no grupo periodontite seguida de periodontite com DM tipo 2. Altos níveis de IL-10 diminuiem a síntese do Fator de Necrose Tumoral Alfa (TNF-α), Interleucina-1 (IL-1), Interleucina-6 (IL-6), ativação de macrófagos e neutrófilos polimorfonucleares (PMN) (AU)

ABSTRACT

Objective: To compare the effects of vaping and cigarette smoking and indicate their impact on periodontal health. Material and Methods: A total of 90 subjects divided into three groups. Group I: 30 Traditional cigarettes smoker who have smoked up to 10 cigarettes, Group II: 30 electronic cigarettes subjects who have been using vape at least one year and never smoke, and Group III: 30 subjects who have no smoking history. Using a mirror and a periodontal probe, periodontal parameters (plaque index, gingival index, probing depth and clinical attachment loss) were used to evaluate periodontal health. Results: The findings showed that the periodontal parameters had a highly significant differences at P ≤ 0.01 between traditional and electronic smoking groups. While clinical attachment loss demonstrated non-significant difference P ≥ 0.05 in comparison between electronic cigarettes and the group who never smoke. Conclusion: The results of this study suggested that traditional cigarettes and electronic cigarettes both had unfavorable impact on periodontal health status, never the less quit smoking showed positive impacts on periodontal parameters (AU)

Objetivo: O objetivo foi comparar os efeitos do uso do cigarro eletrônico e do cigarro convencional, indicando seus impactos na saúde bucal. Material e Método: 90 indivíduos foram divididos igualmente em três grupos: Grupo I, usuários de cigarro convencional que fumaram até 10 cigarros por dia; Grupo II: usuários de cigarro eletrônico que utilizam este por pelo menos há 1 ano e não fumavam antes disso; Grupo III: usuários sem qualquer história de hábitos tabagistas. Utilizando um espelho bucal e uma sonda periodontal, parâmetros periodontais (índice de placa, índice gengival, profundidade de sondagem e perda de inserção clínica) foram coletados para avaliar a saúde periodontal. Resultados: As evidências mostraram que os parâmetros periodontais apresentaram diferença significativa (P ≤ 0.01) entre os grupos I e II. Conclusão: Os resultados deste estudo sugerem que tanto o uso de cigarro convencional como o de cigarro eletrônico possuem impactos desfavoráveis na saúde periodontal, e que a cessação do uso destes mostraram impactos positivos nos parâmetros periodontais(AU)

ABSTRACT

Objetivo: identificar e descrever o perfil das publicações sobre os biomarcadores do estresse oxidativo em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 e periodontite. Fontes dos dados: foram realizadas pesquisas bibliográficas sem restrições de idioma ou data de publicação nas seguintes bases de dados: PubMed, Scopus, Web of Science, Biblioteca Cochrane, Embase e LILACS/BBO. Dados sobre os títulos, anos de publicação, palavras- chave, países de origem, autores e suas colaborações, tipos de estudo, periódicos das publicações, tipos de biomarcadores e associação entre as variáveis foram extraídos e analisados usando o software VantagePoint™. Síntese dos dados: um total de 38 trabalhos se adequaram aos critérios de elegibilidade (estudos em humanos que avaliaram os marcadores do estresse oxidativo em pacientes com DM2 e periodontite, com exclusão de protocolos iniciais de ensaios clínicos, estudos pré-clínicos, estudos ex-vivo, relato de caso e cartas ao editor), sendo 68,42% observacionais e 31,58% de intervenção. A Índia teve a maior parte dos trabalhos publicados sobre o tema (50%) e o "Journal of Periodontology" foi o periódico que concentrou a maioria das publicações (18,42%). As publicações iniciaram em 2005, tendo um aumento na quantidade de publicações nas décadas seguintes. Nos estudos os biomarcadores mais pesquisados foram capacidade antioxidante total (26,31%), seguido por superóxido dismutase-1 (23,68%) e catalase (21,05%). Uma associação positiva entre os biomarcadores do estresse oxidativo e a periodontite foi encontrada em 37 artigos (97,36%). Conclusão: estudos sobre estresse oxidativo em pacientes com diabetes tipo 2 e periodontite apresentaram um aumento do número de publicações nos últimos anos, sendo a Índia a grande protagonista das publicações e os resultados obtidos ferramentas promissoras para avaliar a relação dessas doenças.

Objective: identify and describe the profile of publications on oxidative stress biomarkers in individuals with type 2 diabetes mellitus and periodontitis. Sources of Data: bibliographic searches were carried out on the following databases: PubMed, Scopus, Web of Science, Cochrane library, Embase and LILACS/BBO, without restrictions on language or publication date. Data on titles, years of publication, keywords, countries of origin, authors and their collaborations, types of study, periodicals of publications, types of biomarkers and association between variables were extracted and analyzed using VantagePoint™ software. Synthesis of Data: A total of 38 studies met the eligibility criteria (human studies that evaluated oxidative stress markers in patients with DM2 and periodontitis, excluding initial clinical trial protocols, preclinical studies, ex-vivo studies, case reports and letters to the editor), being 68.42% observational studies and 31.58% interventional studies. India had most of the works published on the topic (50%) and Journal of Periodontology was the periodical that concentrated the majority of publications (18.42%). The publications began in 2005, with an increase in the number of publications in the following decades. In studies, the most researched biomarkers were total antioxidant capacity (26.31%), followed by superoxide dismutase-1 (23.68%) and catalase (21.05%). A positive association between oxidative stress biomarkers and periodontal disease was found in 37 articles (97.36%). Conclusion: studies on oxidative stress have shown an increase in the number of publications from year to year, being India the main protagonist of publications and the results obtained promising tools to evaluate the relationship between these diseases.

ABSTRACT

Objective: This study aimed to evaluate whether low skeletal bone density conditions, such as osteoporosis (OPR), osteopenia (OPN) and low bone mineral density (low BMD) are associated with periodontitis. Material and Methods: Embase, Lilacs, PubMed, Scopus, Web of Science, Livivo and Google Scholar were searched up to July 2023. Observational studies comparing different BMD levels, showing clinical data of periodontitis and with adjusted analysis for confounding factors were included. Reviewers independently conducted study selection, data extraction, methodological quality and certainty of evidence assessments. Results: 32 studies were included, 20 eligible for the metanalysis. Subjects with OPR/OPN/lowBMD show significantly more odds of having periodontitis (OR=1.40, 95%CI=1.26-1.53, I2=82.9%). Association between skeletal bone density and periodontitis showed dose-response gradient, with higher effect size in osteoporotic when compared to the osteopenic subjects. Statistical association with low heterogeneity was observed in female (OR=1.42, 95%CI=1.13-1.71, I2=20.4%), in post-menopausal women (OR=1.47, 95%CI=1.15-1.78, I2=18.7%) and periodontitis case-definition based in clinical attachment level/alveolar bone loss (OR=1.39, 95%CI 1.16-1.62, I2=26.5%). Conclusion: Routine periodontal supportive care and screening for skeletal bone diseases risk groups, may be an important tool to fully assess and care for patients with osteoporosis and osteopenia (AU)

Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar se condições de baixa densidade óssea esquelética, como osteoporose (OPR), osteopenia (OPN) e baixa densidade mineral óssea (low BMD) estão associadas à periodontite. Material e métodos: Foram pesquisados Embase, Lilacs, PubMed, Scopus, Web of Science, Livivo e Google Scholar até julho de 2023. Estudos observacionais que comparavam diferentes níveis de BMD, apresentavam dados clínicos de periodontite e análises ajustadas para fatores de confusão foram incluídos. Revisores conduziram de forma independente a seleção de estudos, extração de dados, avaliação da qualidade metodológica e da certeza das evidências. Resultados: Foram incluídos 32 estudos, sendo 20 elegíveis para metanálise. Indivíduos com OPR/OPN/low BMD apresentaram significativamente mais chances de ter periodontite (OR=1.40, IC95%=1.26-1.53, I2=82.9%). A associação entre densidade óssea esquelética e periodontite mostrou um gradiente de resposta à dose, com maior tamanho de efeito em indivíduos osteoporóticos em comparação com os osteopênicos. Foi observada associação estatística com baixa heterogeneidade em mulheres (OR=1.42, IC95%=1.13-1,71, I2=20.4%), em mulheres pós-menopáusicas (OR=1.47, IC95%=1.15-1.78, I2=18.7%) e na definição de casos de periodontite com base no nível clínico de inserção (OR=1.39, IC95%=1.16-1.62, I2=26.5%). Conclusão:O cuidado periodontal de rotina e a triagem para grupos de risco de doenças ósseas esqueléticas podem ser ferramentas importantes para avaliar e cuidar de pacientes com osteoporose e osteopenia.(AU)

ABSTRACT

Objective: The authors' aim in this systematic review was to verify the scientific evidence for difference of oxidative stress biomarkers in individuals with type 2 diabetes mellitus with and without periodontitis. Material and Methods: Observational studies, baseline data of prospective and interventional studies were searched on the following databases: Virtual Health Library, Web of Science, PubMed, Embase, Scopus, Cochrane Library, Opengrey and Google Scholar. The electronic search was performed in June 01, 2020 until May 17, 2024 with alerts until June 01, 2024. The quality assessment and the certainty of the evidence of the included studies were evaluated through Fowkes and Fulton's checklist and GRADEpro Guideline Development Tool. Results: Of 988 relevant articles, the authors included 9 studies for the final analysis. Among those studies, 4 cross-sectional, 3 case-control, and 2 interventional studies were included. The analysis of non-randomized clinical trials properly reported most of the criteria analyzed in Summary questions (Bias, Confounding and Chance) as present in 3 studies. In six studies confounding factors were no detected. Due to the variation in the study results and clinical/methodological heterogeneity, a meta-analysis was not appropriate. The studies reported high concentrations of oxidizing agents and low antioxidants levels in individuals with type 2 diabetes mellitus and periodontitis when compared to with no periodontitis. Conclusion: Considering the few studies found, the methodological flaws, few markers studied and absence homogeneity in the evaluation of redox balance markers, as well as, the very low certainty of the evidence among included studies, it was not possible to determine whether there are or not differences in the oxidative stress levels in individuals with type 2 diabetes with and without periodontitis, and therefore, further prospective observational and interventional studies are recommended. (AU)

Objetivo: O objetivo dos autores nesta revisão sistemática foi verificar a evidência científica para a diferença de biomarcadores de estresse oxidativo em indivíduos com diabetes mellitus tipo 2 com e sem periodontite. Material e Métodos: estudos observacionais, dados de base de estudos prospectivos e intervencionistas foram pesquisados nas seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde, Web of Science, PubMed, Embase, Scopus, Cochrane Library, Opengrey e Google Scholar. A busca eletrônica foi realizada no período de 01 de junho de 2020 até 17 de maio de 2024, com alertas até 01 de junho de 2024. A avaliação da qualidade e a certeza da evidência dos estudos incluídos foi realizada através da lista de checagem Fowkes and Fulton's e da Ferramenta de desenvolvimento de diretrizes GRADEpro. Resultados: Dos 988 artigos relevantes, os autores incluíram 9 estudos para a análise final. Entre esses estudos, foram incluídos 4 estudos transversais, 3 de caso-controle e 2 de intervenção. A análise dos ensaios clínicos não randomizados relatou adequadamente a maioria dos critérios analisados nas questões resumo (Viés, Confundimento e Resultados ao caso) presentes em 3 estudos. Fatores de confusão não foram detectados em seis estudos. Devido à variação nos resultados do estudo e à heterogeneidade clínica/metodológica, não foi possível realizar uma meta-análise. Os estudos relataram altas concentrações de agentes oxidantes e baixos níveis de antioxidantes em indivíduos com diabetes mellitus tipo 2 e periodontite quando comparados a indivíduos sem periodontite. Conclusão: Considerando os poucos estudos encontrados, as falhas metodológicas, poucos marcadores estudados e ausência de homogeneidade na avaliação dos marcadores do balanço redox, bem como a baixíssima certeza da evidência entre os estudos incluídos, não foi possível determinar se há diferenças nos níveis de estresse oxidativo em indivíduos com diabetes tipo 2 associado e não à periodontite e, portanto, outras observações prospectivas e estudos de intervenção são recomendados (AU)

ABSTRACT

Aim: Cyclooxygenase enzymes (COX) catalyze the conversion of arachidonic acid to prostaglandins and thromboxanes during pain and inflammation conditions. These enzymes have also been linked to several other conditions and diseases, and hence, in dentistry, it is crucial to identify the processes that increase the levels of these mediators. This paper aims to describe the significance of COX in dental practice through a narrative review. Methods: Articles relating to COX upregulation published in English and Spanish over the last 51 years in databases such as EBSCO, Google Scholar, Science Direct, PubMed, and Web of Science; were analyzed. Results: A total of 115 articles demonstrating the relationship between COX upregulation and multiple conditions and diseases of importance in prosthodontics, periodontics, oral pathology, orthodontics, and endodontics were included. Conclusions: COX upregulation is related to inflammatory and malignant diseases in oral tissues, such as periodontitis, pulpitis, and oral cancer, nevertheless, its expression is advantageous in other fields of study such as orthodontics. Additionally, is well documented that dental materials provoke an undesired increase in COX expression, which could be a significant factor that directly affects pulpal health

ABSTRACT

Antecedentes. Las enfermedades periodontales pueden iniciarse o exacerbarse durante la gestación, pudiendo la periodontitis ser un factor de riesgo para parto pretérmino y nacimientos de niños con bajo peso. Objetivo. Determinar la prevalencia de enfermedades periodontales y factores asociados en mujeres embarazadas que acudieron para control prenatal a un Centro de Salud en la ciudad de Cuenca, Ecuador. Método. Se realizó un estudio observacional, analítico, transversal. Un total de 120 embarazadas fueron analizadas con relación a sus características demográficas, clínico-ginecológicas y odontológicas, incluyendo el estado periodontal. La asociación entre el estado periodontal y las variables clínico-demográficas fue evaluada mediante la prueba de chi cuadrado, calculándose también, los ORs, siendo que, aquellos de variables que presentaron asociación, fueron analizados por el estadístico de Cochran y Mantel-Haenszel para determinar su independencia. Valores de p≤ 0,05 fueron considerados significativos. Resultados. 91,7% de las embarazadas presentaron enfermedades periodontales, con una prevalencia de 65 % de gingivitis y 26,7% de periodontitis. Hubo asociación estadísticamente significativa entre la presencia de enfermedades periodontales y el porcentaje de placa bacteriana (p= 0,020) (OR: 15,146; IC: 1,851 ­ 123,918).; así como, entre periodontitis y obesidad (p= 0,043) (OR: 2,622; IC: 1,013 - 6,791), periodontitis y trimestre de embarazo (p= 0,011) (OR: 3,261; IC: 1,278 - 8,320). Conclusión: Existe alta prevalencia de enfermedades periodontales en la muestra analizada. Estas enfermedades están asociadas a altos niveles de biopelícula dental y, particularmente la periodontitis se asocia con obesidad y segundo/tercer trimestre de embarazo (AU)

Background. Periodontal diseases can begin or exacerbate during pregnancy, and periodontitis can be a risk factor for preterm delivery and births of low-weight children. Objective. To determine the prevalence of periodontal diseases and associated factors in pregnant women who attended prenatal care at a Healthcare Centre in the city of Cuenca, Ecuador. Method. An observational, analytical, cross-sectional study was carried out. A total of 120 pregnant women were analyzed in relation to their demographic, clinical-gynecological and dental characteristics, including periodontal status. The association between the periodontal status and the clinical-demographic variables was evaluated using the chi-square test, also calculating the ORs. Variables that presented an association were analyzed using the Cochran and Mantel-Haenszel test to determine their independence. Values of p≤ 0.05 were considered significant. Results. 91.7% of pregnant women presented with periodontal diseases, with a prevalence of 65% of gingivitis and 26.7% of periodontitis. There was a statistically significant association between the presence of periodontal diseases and the percentage of bacterial plaque (p= 0.020) (OR: 15.146; CI: 1.851 ­ 123.918); as well as, between periodontitis and obesity (p= 0.043) (OR: 2.622; CI: 1.013 - 6.791), and periodontitis and trimester of pregnancy (p= 0.011) (OR: 3.261; CI: 1.278 - 8.320). Conclusion. There is a high prevalence of periodontal diseases in the sample analyzed. These diseases are associated with high levels of dental biofilm and, particularly, periodontitis is associated with obesity and the second/third trimester of pregnancy (AU)

ABSTRACT

Luego de una exhaustiva búsqueda bibliográfica centramos esta revisión en los 4 metaanálisis publicados hasta el momento (1, 2). Los urologistas, periodoncistas como epidemiólogos tienen gran interés en esta temática tan importante (1). La relación entre disfunción eréctil (DE) y periodontitis (P) es hasta el momento conflictiva pero la evidencia sostiene que existe una relación entre ambas entidades. Un metaanálisis analizó 5 estudios de casos y control reuniendo 213,076 participantes concluyendo que pacientes con P tienen un Odds Radio de 2,85 de padecer DE (3). Otro metaanálisis con 213.006 pacientes de 4 estudios de casos y controles y 1 estudio transversal reportó que la P se asoció con un mayor riesgo de disfunción eréctil (OR = 2,28, IC del 95 %: 1,50­3,48) (1). Los hombres asiáticos con P reportaron 3,07 veces más probabilidad de tener DE. Estudios bien diseñados de alta calidad mostraron 2 veces más riesgo de DE en pacientes con P. La heterogeneidad de los estudios no permite obtener una evidencia robusta con respecto a esta relación tan importante. Los pacientes con P podrían tener incrementado su riesgo de padecer DE sugiriendo que la higiene bucal debe ser una prioridad para los clínicos en el manejo de la DE. Por lo cual en el manejo integral del paciente con DE debe estar presente la evaluación y posible tratamiento de la P. Hay factores de confusión en la relación de P-DE como son la edad de los pacientes y tipo de DE que fallan en ser ajustados y generan sesgos que afectan la evaluación de la correlación entre estas dos entidades