RESUMEN
Os autores estudaram retrospectivamente 89 pacientes submetidos a meniscectomia lateral parcial artroscópica, entre 1984 e 1993, selecionados segundo critérios de ausência de lesao ligamentar associada, ausência de sinais de degeneraçao articular confirmados quando realizada artroscopia, sem queixas anteriores relacionadas com a patologia meniscal lateral. Dos pacientes, 37 (41,57 por cento) foram avaliados segundo questionário e os 52 (58,43 por cento) restantes, analisados também clínica e radiograficamente. Foi realizada associaçao entre o tipo de lesao e evoluçao clínica. Encontraram pior evoluçao desde o início para volta às atividades pregressas nos casos em que a meniscectomia era mais abrangente, princippalmente da regiao do tendao poplíteo até o corno posterior, nas lesoes longitudinais com ressecçao de mais de 1/3 do menisco. Observaram clara piora de evoluçao clínica com o tempo de seguimento. O estudo radiográfico mostrou sinais incipientes de artrose lateral principalmente nos pacientes com maior seguimento e maior atividade física. O outro achado relacionado com pior evoluçao foi o aparecimento de amolecimento ou fissura cartilagínea no compartimento lateral, no momento da meniscectomia parcial artroscópica. Os autores concluíram que a meniscectomia lateral parcial pode apresentar evoluçao precocemente sintomática, principalmente nas lesoes longitudinais posteriores e extensas, em atletas de grande atividade, podendo piorar ao longo do tempo.