RESUMEN
Trata-se de uma pesquisa quantitativa descritiva transversal para caracterizar os problemas materno-infantis identificados pelos enfermeiros na consulta de puericultura. A população de estudo foi composta por crianças que nasceram de janeiro a dezembro de 2006, na área de abrangência de uma Unidade Saúde da Família, Londrina-PR. Para a coleta de dados utilizou-se um instrumento a fim de levantar informações dos prontuários das crianças cadastradas pelas equipes Saúde da Família. Os dados foram tabulados no programa computacional Excel e analisados em freqüência e porcentagem. Receberam atendimento 164 crianças cadastradas. Dessas, 63,4% realizaram a primeira puericultura com as enfermeiras. Iniciaram a puericultura no período neonatal 51,0% das crianças, 10,6% eram baixo peso ao nascer e 2,0% tiveram Apgar <7 no quinto minuto. Os problemas de maior proporção identificados pelas enfermeiras (26,3%) eram do sistema tegumentar, seguidos dos problemas nutricionais/ gastrintestinais (20,9%) e respiratórios (14,3%). Desses, 17,6% associados a dermatites de fraldas, 8,8% cólica do lactente e 12,1% ao resfriado comum, respectivamente. Estavam em aleitamento materno exclusivo 66,3% dos neonatos, com 92,3% das mães em aleitamento sem riscos para desmame. Pôde-se observar que a execução do programa de puericultura pelo enfermeiro é sistemática, mas ainda não atende às diretrizes preconizadas pelo Ministério da Saúde quanto ao atendimento a todos os recém-nascidos na primeira semana de vida. Mas a consulta possibilita, além da detecção de doenças prevalentes e passíveis de prevenção na infância, também, a identificação dos problemas maternos, como a amamentação, que está relacionada diretamente com o desenvolvimento e crescimento saudável da criança.
The present descriptive research with quantitative approach aims to characterize the epidemiologic profile of children who attended first child care visits carried out by nurses. The target population consisted of children born between January and December 2006 who lived in an area covered by a specific Family Care Health Center in Londrina-PR. Data was collected from medical records of children filed in the Center's database. The following variables were analyzed: child's age at child care; birth anthropometric measurements; problems detected at child care and mother-infant factors that may have influence over child's growth and development. Data was collected in Excel software and assessed by frequency and percentage. 164 children attended the first child care visit, 63.4% of those were carried out by nurses. 51.0% of children started child care at neonatal period, 10.6% were low birth weight infants and 2.0% had 5-minute Apgar score <7. Among the major problems identified by nurses, 26.3% affected the tegumentary system followed by 20.9% of nutritional/gastrointestinal problems and 14.3% that accounted for respiratory problems. 17.6% of problems were associated to diaper dermatitis, 8.8% to infant colic and 12.1% to common cold, respectively. 66.3% of infants were being exclusively breastfed and 92.3% of lactating mothers presented a risk of early weaning. It could be observed that the execution of a child care program is systematic to the nurses, but it still does not follow those directions praised by the Health Department regarding attendance to all newborns during their first week of life. Nevertheless, child care makes detection of prevalent illnesses possible, as well as their prevention during infancy and the identification of maternal problems, such as breast-feeding, directly related to healthful development and growth of the child.
Se trata de una investigación cuantitava descriptiva transversal para caracterizar los problemas materno-infantiles detectados por enfermeras de la puericultura. La población estudiada estaba compuesta por niños nacidos entre enero y diciembre de 2006 dentro del área de alcance de una unidad de salud de la familia de Londrina, Estado de Paraná, Brasil. Los datos fueron obtenidos a través de la recopilación de los prontuarios de los niños inscritos por los equipos de Salud de la Familia. Los datos fueron tabulados en el programa computacional Excel y analizados en frecuencia y porcentaje. Recibieron atención 164 niños de los cuales 63,4% realizaron la primera consulta de puericultura con los enfermeros. Iniciaron las consultas de puericultura en el período neonatal 51,0% de los niños, 10,6% eran de bajo peso al nacer y 20% tuvieron Apgar <7 en el quinto minuto. Los problemas de mayor proporción identificados por las enfermeras fueron un 26,3% del sistema tegumentario, seguidos por problemas nutricionales/gastrointestinales 20,9% y respiratorios 14,3%. De esos el 17,6% asociado a dermatitis de pañales, 8,8% cólica de lactante y 12,1% al resfrío común, respectivamente. Estaban en lactancia materna 66,3% de los neonatos, con 92% de las madres en amamantamiento sin riesgo de desmame. Se pudo observar que los enfermeros cumplían sistemáticamente con el programa de puericultura pero que aún no se atendía a las orientaciones del Ministerio de Salud en cuanto a la asistencia a todos los recién nacidos en la primera semana de vida. La consulta, sin embargo, permite identificar, aparte de las enfermedades prevalentes y factibles de prevenir en la infancia, problemas maternos, como el amamantamiento, que tienen que ver con el desarrollo y crecimiento saludables del niño.