RESUMEN
Até a Conferência da ONU no Rio de Janeiro em 1992, era grande a desconfiança dos movimentos sociais tradicionais com relação ao discurso ambiental. A partir de 2001, essa distância começou a se reduzir, coincidindo com a criação da Rede Brasileira de Justiça Ambiental. O presente artigo descreve os passos da constituição dessa Rede, procurando caracterizar o processo de reapropriação local da experiência internacional dos movimentos por justiça ambiental, discutindo como se procurou superar a dissociação corrente entre as questões ambientais e as questões sociais, ao mesmo tempo que se expandiu o sentido da noção de "justiça ambiental" originalmente concebido por movimentos sociais nos Estados Unidos.
A strong distance was maintained by traditional social movements that, despite the intense circulation of ideas through the whole Rio 1992 UNCED process, lacked confidence towards environmental discourse. In 2001 this distance began to be reduced, after the creation of the Brazilian Network of Environmental Justice. The present text describes the steps towards this Network creation, as well as the observed specific process of local re-appropriation of international experience, mainly that of the US environmental justice movement. It is discussed here how this process was characterized by an effort of reframing both the environmental-justice dissociation felt currently in the Brazilian experience and the American environmental justice concept, as it was originally built on the US black movement experience.
Asunto(s)
Ambiente , Salud Ambiental , Conservación de los Recursos Naturales , Participación SocialRESUMEN
Como pensar e construir, no presente, um futuro desejável, democrático e justo para as cidades. Quais os diagnósticos que hoje sustentam as políticas capazes de enfrentar os desafios de cidades crescentemente atravessadas pelas contradições da globalização. Entre a economia de recursos em matéria e energia, fortalecimento das identidades culturais, a redução das desigualdades sociais e da segregação espacial urbana, qual o espectro das práticas sociais e políticas em disputa pela capacidade de prefigurar um futuro legítimo para as cidades? Eis as questões centrais aqui tratadas, em parte como resultado das discussões sobre Sustentabilidade e Cidade desenvolvidas no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da UFRJ, em ligação com a linha de pesquisa Estado, Trabalho, Território e Natureza - ETTERN.
Asunto(s)
Planificación de Ciudades , Política Ambiental , Desarrollo Sostenible , Remodelación Urbana , Ciudades , Equidad , Política Pública , Justicia Social , Urbanización/tendenciasRESUMEN
Reune um conjunto de estudos de especialistas que se debruçam sobre os desafios apresentados à nossa civilizaçäo pela dinâmica e complexidade do crescimento e expansäo do fenômeno urbano/metropolitano. O gigantismo das grandes aglomeraçöes urbanas, a complexidade da teia de relaçöes mútiplas, contraditórias e centrífugas e as tensöes sociais e políticas geradas têm-se constituído no cerne da problemática a ser enfrentada pelas administraçöes municipais e pelo governo federal. O esgotamento do modelo convencional de administraçäo urbana e o caos resultante da inépcia dos políticos e administradores tradicionais, coloca na pauta a elaboraçäo de novos projetos para as cidades, basedos em participaçäo democrática e transparência dos atos da administraçäo municipal. assim, essa habilitar-se-á para o exercício de governança e de cooperaçäo como marcas da sustentabilidade e contribuirá para a construçäo de um novo paradigma de planejamento urbano e de uma cultura político-administrativa
Asunto(s)
Planificación de Ciudades , Política Ambiental , Desarrollo Sostenible , Remodelación Urbana , Ciudades , Equidad , Política Pública , Justicia Social , Urbanización/tendenciasRESUMEN
Agravamento da desorganizaçäo socioambiental da Amazônia brasileira. Reconstituiçäo do processo de relocaçäo compulsória de populaçöes por ocasiäo do enchimento do reservatório da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. Planejamento autoritário aplicado aos empreendimentos hidrelétricos responsável pela desqualificaçäo política e descaracterizaçäo cultural das populaçöes atingidas. "Choques mercantis" regulados por desinformaçäo e incerteza.