RESUMEN
O surgimento da fisioterapia funcional nos últimos anos tem levado os fisioterapêutas brasileiros a questionar o seu papel em procedimentos utilizados no pré e no pós-operatório de cirurgias plásticas estéticas tais como a de lipoaspiração. Observa-se, na prática clínica, que muitos pacientes submetidos a lipoaspiração não são encaminhados para a realização de tratamentos pós-operatórios (PO)com fisioterapeutas, ou o são em fases tardias, o que pode levar a resultados poucos satisfatórios. Este estudo teve por objetivo acompanhar o percurso de encaminhamento médico ao fisioterapeuta para tratamento de suporte de pacientes pós-lipoaspirados. Foi realizado um estudo observacional exploratório descritivo, com 33 cirurgiões plásticos (CP) da região do ABC paulista. O instrumento utilizado foi o Formulário Investigativo das Perspectivas Atuais do Encaminhamento a Tratamentos Pós-operatórios de Lipoaspiração, que contém variáveis que investigam os aspectos deste tipo de encaminhamento. Verificou-se que 84,8 por cento dos CP encaminham os pacientes submetidos a lipoaspiração a tratamentos PO, com a Drenagem Linfática Manual (DLM) apresentando 92,8 por cento de indicação. Observou-se também que não há uniformidade na utilização de critérios para realizar o encaminhamento, o que denota ausência de um consenso sobre este aspecto. Concluiu-se que na maioria dos CP valoriza os tratamentos no PO de lipoaspiração, em especial a DLM, mas estes tratamentos não são feitos prevalentemente por fisioterapeutas.