RESUMEN
O cálculo vesical pode ser encontrado tanto em crianças como em adultos. Cálculos vesicais, devido a corpo estranho, têm sido descritos por alguns autores, mas esta condição é pouco frequente. Relata-se o caso de um paciente que apresentava infecções do trato urinário de repetição, devido a corpo estranho em loja prostática, vários anos após ter sido submetido à cirurgia de exérese de adenoma prostático.
RESUMEN
Não existe consenso na literatura a respeito da etiologia da incontinência urinaria pós prostatectomia, observada com a realização do estudo urodinâmico. Procurou-se verificar os resultados do estudo urodinâmico após 3 tipos de cirurgia: resseção transuretral (RTU), prostatectomia aberta (PA) e prostatectomia radical retro púbica (PR) e comparar os achados com as características dos pacientes. Foram estudados de maneira retrospectiva, 146 pacientes com diagnóstico de incontinência urinaria pós prostatectomia, encaminhados para a realização do estudo urodinâmico. Foram separados em 3 grupos, de acordo com a cirurgia realizada: 81 após RTU, 44 após PA e 21 após PR. A incontinência urinaria foi classificada, com base na sintomatologia apresentada, em 3 tipos: incontinência total, de esforço e de urgência. Para testar a homogeneidade entre os grupos, comparou-se a idade e o intervalo de tempo entre a realização da cirurgia e do estudo urodinâmico. , Utilizaram-se testes não paramétricos para as análises estatísticas, exceto para a comparação das idades. Procurou-se correlacionar a classificação clínica da incontinência com sua etiologia no estudo urodinâmico. A idade dos pacientes variou de 45 a 88 anos (média 69 anos), e o intervalo entre a cirurgia variou de 2 a 168 meses (mediana 12 meses), não havendo diferença significante entre os grupos. A incontinência de esforço foi mais freqüente no grupo PA , em relação ao grupo RTU (p=0,O1). A incontinência total foi mais freqüente no grupo RTU que no grupo PA (p=O,OO2). As causas da incontinência, observadas no estudo urodinâmico, não variaram de forma significante, com o tipo de cirurgia realizada (p>O,O5). Fluxo máximo, capacidade cistométrica máxima, volume residual e pressão máxima de fechamento uretral, não mostraram diferença significante entre os grupos. O comprimento funcional da uretra foi o único parâmetro urodinâmico analisado, que mostrou diferença entre os grupos, sendo menor no grupo PR (p=O,OO5). A disfunção vesical foi mais freqüente nos pacientes com mais de 70 anos (p=O,OOl) e sua presença teve relação com o aumento da idade (p=O,OO3). A incontinência de esforço e a incontinência total guardaram boa relação com o achado urodinâmico de insuficiência esfincteriana (VPP= 83 por cento, VPN= 92 por cento). A incontinência de urgência apresentou, em relação ao achado de disfunção vesical, um VPP satisfatório (VPP= 92 por cento), porém o VPN mostrou fraca relação (VPN=42 por cento)..(au)
Asunto(s)
Prostatectomía , Incontinencia Urinaria , UrodinámicaRESUMEN
Os autores descrevem em ambos os sexos, os mecanismos fisiopatológicos da incontinência urinária, bem como os meios propedêuticos existentes que permitem diagnosticar os diversos tipos de incontinência. Discutem, ainda, as diversas técnicas cirúrgicas mais utilizadas, que permitem ao médico tratar dessa patologia. Inúmeras intervenções cirúrgicas foram propostas para o tratamento da incontinência urinária e os seus resultados são bastante satisfatórios. Entretanto, a existência de numerosos procedimentos é sugestiva de que cada um deles não permite uma solução ideal para cada tipo de incontinência. O melhor conhecimento dos mecanismos que produzem a incontinência urinária, por meio da investigação urodinâmica e estudos neurofisioilógicos, bem como da ação de drogas farmacológicas, tem permitido o desenvolvimento de tratamentos adequados para as disfunções vesicoesfincterianas. A incontinência urinária não é somente um sério problema para o paciente, pois envolve a comunidade como um todo.
In this article an attempt will be made to describe the pathophysiology of incontinence ocurring both in female and male patients, diagnostic manoeuvres available to distinguish the nature of the incontinence an, finally, surgical techniques available to the physicians to treat these conditions. Innumerable operations have been used in treating urinary incontinence and all are credited a high success rate. However, the large number of procedures reflects the inadequacy of any one to deal satisfactorily with all cases. A better understanding of the mechanism of urinary incontinence by means of urodinamic and neurophysiological studies, as well as active pharmaceutics drugs, have allowed the development of treatments for vesico-sphincteric disturbances. Urinary incontinence is not only a severe problems for the patient but for the community as well.