Bacterial contamination in milk kitchens in pediatric hospitals in Salvador, Brazil

Milk may represent an important source of infectious agents to hospitalized pediatric patients. To describe the bacterial microflora isolated from the hands, stools, pharynx of all workers at milk kitchens in pediatric hospitals in the city of Salvador, Brazil, as well as in the formulas prepared by them, we carried out this cross-sectional study with all 91 workers from the 20 milk kitchens of all the public and private hospitals in Salvador, Brazil. Hand and pharynx swabs and stool samples were collected from all workers, as well as samples of the milk and formulas delivered by the kitchens. All samples were cultured for the detection of pathogenic and non-pathogenic bacteria. Pathogenic bacteria were isolated from 20 (22.0 percent) and 8 (8.8 percent) cultures of the hands and pharynx of the workers, respectively. No pathogenic bacteria were isolated from stool samples. Pathogenic bacteria were isolated from 17 (18.7 percent) milk samples. The prevalence of pathogenic bacteria in hand swabs was significantly higher in workers from public (37.8 percent) than from private (6.5 percent) hospitals (prevalence ratio [PR]=5.8; p<0.01). Pathogenic bacteria were isolated from two (4.4 percent) workers from public hospitals and six (13.0 percent) workers from private hospitals (PR=0.38; p=0.27). Pathogenic bacteria were isolated from 11 (24.4 percent) milk samples from public hospitals and 6 (13.0 percent) from private hospitals (PR=1.9; p=0.16). A high prevalence of contamination was found, mainly on the hands of workers on units for manipulation of milk. Preventive efforts should be intensified and focus primarily on effective hand washing and continuous work supervision.

Perspectiva materna acerca da assistência oferecida aos filhos hospitalizados em dois hospitais de Salvador, Bahia / Perspective materna concerning the assistance offered to the children hospitalized in two hospitals of Salvador, Bahia

O estado emocional da criança e a expectativa dos pais devem ser compreendidos por toda a equipe de saúde. Além do mais, importa considerar as necessidades específicas de treinamento para essa equipe. Com o objetivo de avaliar a percepção materna acerca da assistência oferecida aos filhos hospitalizados, identificar aspectos humanos valorizados pela família e avaliar o conhecimento das mães sobre as doenças das crianças, realizou-se um estudo qualitativo exploratório, com dados quantitativos. Foram aplicados questionários às mães de crianças hospitalizadas há, no mínimo, 48 horas, em um hospital público (A) e um hospital particular (B) de Salvador, Bahia. Das cinqüenta mães (25 por hospital) questionadas, 72 por cento (B) e 52 por cento (A) concordaram que nada faltou no internamento; 66 por cento (33) valorizam o tratamento atencioso e carinhoso dos médicos; 36 por cento (13) destacaram a competência técnica e a linguagem na explicação da doença para o entendimento adequado da família; 44 por cento (B) e 18 por cento (A) (p< 0,001) afirmaram que receberam explicação clara sobre a doença e, ao se associar esse dado com o grau de instrução, observou-se uma Razão de Prevalência (RP) bruta de 2,13 (1,37; 3,32) e uma RP ajustada por hospital entre 1,19 e 1,98. Nos dois hospitais, os aspectos humanos foram enfatizados e uma significativa parcela das mães está satisfeita. Ressalta-se que as mães do hospital particular, talvez por melhor nível educacional, compreenderam a doença de seus filhos com mais detalhes. Dados adicionais são necessários para se avaliarem as características sociodemográficas das mães, na relação com os pediatras e os outros componentes da equipe de saúde.