Fatores de risco para o câncer de mama / Factors associated with increased risk of breast cancer

Pelo aumento da incidência do câncer de mama, a doença se constitui em um grande fardo para mulheres em todo mundo. Em países industrializados, o câncer de mama é a segunda causa de morte entre as mulheres. A etiologia do câncer de mama não é bem entendida, com fatores de riscos conhecidos explicando apenas pequena parte dos casos. Evidências indicam que exposição a fatores genéticos, ambientais e estilo de vida pode desempenhar importante papel na etiologia dessa doença. O objetivo deste estudo é revisar alguns fatores etiológicos e os mecanismos envolvidos no risco do câncer de mama. Baseado na literatura, há indícios que alguns fatores estão associados ao risco: idade, menarca precoce, menopausa tardia, história familiar, radiação ionizante, contraceptivos orais, terapia hormonal, mutação genética e condições clínicas tais como doença benigna da mama, idade precode da primeira gestação, paridade, amamentação e ingesta aumentada de álcool. Os fatores de risco que modulam o desenvolvimento do câncer de mama são discutidos nesta revisão. Todos esses fatores contribuem para o melhor entendimento do risco de câncer de mama e sugerem que se trata de doença multifatorial.

Achados histeroscópicos em mulheres na pós-menopausa com diagnóstico de espessamento endometrial por ultra-sonografia transvaginal / Hysteroscopic findings in postmenopausal women with endometrial thickening diagnosed by transvaginal ultrasound

OBJETIVO: correlacionar espessamento endometrial diagnosticado por ultra-sonografia com os achados histeroscópicos, em mulheres na pós-menopausa. MÉTODOS: foi realizado estudo transversal com avaliação histeroscópica em 121 mulheres na pós-menopausa, com diagnóstico de espessamento do endométrio por ultra-sonografia transvaginal. Das pacientes incluídas, 23 (19 por cento) recebiam diferentes esquemas de hormonioterapia e 98 não referiam uso de reposição hormnonal.; 55 pacientes queixavam-se de sangramento por via vaginal e as restantes apresentavam-se sem esta condição. Os exames endoscópicos foram realizados ambulatorialmente, utilizando-se histeroscópio rígido de 4 mm. Para a distensão da cavidade uterina empregou-se gás carbônico (CO2). Biópsia foi praticada em todas as pacientes, com auxílio de cureta tipo Novak, de 3 mm, e o material obtido submetido a estudo histopatológico. RESULTADOS: a espessura do endométrio variou entre 6 e 38 mm, com média de 10,7 ± 5,3 mm. Os achados histeroscópicos foram: lesão polipóide, em 51 pacientes (42,1 por cento); endométrio atrófico, em 15 (12,4 por cento); sinéquia senil, em 15 (12,4 por cento); espessamento focal, em 13 (10,7 por cento); lesão cerebróide, em 6 (5,0 por cento); endométrio proliferativo, em 5 (4,1 por cento); muco, em 5 (4,1 por cento); mioma, em 4 (3,3 por cento); endométrio secretor, em 3 (2,5 por cento); hiperplasia endometrial, em 3 (2,5 por cento) e atrofia cística, em 1 (0,8 por cento). Observou-se correlação entre os achados histeroscópicos e os resultados da histopatologia em 30 dos 51 casos de pólipo, em 12 dos 15 de endométrio atrófico e na totalidade dos casos sugestivos de hiperplasia endometrial e de adenocarcinoma. CONCLUSAO: na maioria das pacientes, o exame histeroscópico revelou que não se tratava de real espessamento endometrial, mas sim de outras variedades de lesão da cavidade uterina.

O valor do teste de hiposmolaridade na avaliaçäo da fertilidade do espermatozóide / The value of hyposmolarity test in evaluation of spermatozoa fertility

Estudamos 31 pacientes masculinos com história de infertilidade conjugal. Realizamos espermograma, teste de hiposmolaridade (H.O.S.) e recuperaçäo espermática através da técnica de "swim-up". Naqueles pacientes com H.O.S. > 60% os valores de concentraçäo espermática/ml, motilidade total e progressiva tanto no sêmen fresco como no "swim-up: foram superiores e estatisticamente diferentes quando comparados com aqueles de H.O.S. < 60%. Quando comparamos os parâmetros do espermograma, analisados indívidualmente, e o H.O.S., näo obtivemos correlaçäo significativa para nenhum dos dois grupos estudados (H.O.S. > e < 60%). Estes resultados demonstram que o H.O.S. é um bom método de acompanhamento e de avaliaçäo da fertilidade do espermatozóide, e que realizado conjuntamente com o espermograma consegue separar com precisäo sêmen de melhor ou pior qualidade, mesmo após o seu beneficiamento ("swim-up") processo utilizado nos programas de fertilizaçäo assistida, onde a avaliaçäo do potencial de fertilidade do espermatozóide é extremamente importante