RESUMEN
Foram analisadas as evoluçöes de 106 transplantes com doador mäe e 47 casos com doador pai, realizados na Unidade de Transplante Renal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Säo Paulo, com período mínimo de seguimento de 1 ano. A sobrevida atuarial dos enxertos foi significativamente melhor nos receptores de rim de pai. Os resultados, respectivamente em receptores de rim de pai e mäe, foram os seguintes: em 6 meses, 81% e 83%; em 12 meses, 81% e 73%; em 24 meses, 79% e 63%; em 36 meses, 77% e 62%; em 48 meses, 73% e 60%; em 60 meses, 60% e 49%; em 72 meses, 53% e 43%; em 84 meses, 52% e 42%. A rejeiçäo humoral foi mais freqüente como causa de perda de enxerto nos receptores de rim de mäe. As perdas de enxerto por rejeiçäo ocorreram em 50% dos receptores de rim de mäe nos primeiros 6 meses e somente em 20% nos casos de doador pai, nesse mesmo período. Embora a perda de enxerto fosse mais freqüente no grupo de doadores mäes quando comparado com o grupo de doadores pais, näo houve diferença na sobrevida dos pacientes dos 2 grupos. O óbito por uremia, entretanto, foi mais freqüente nos receptores de mäe. Conclui-se que o pai funciona como doador melhor que a mäe, apesar de geneticamente equivalentes; assim, outros fatores devem interferir na resposta imunológica