RESUMEN
Identifica a prevalência da anemia e alguns de seus potenciais determinantes em 754 crianças de áreas urbanas de sete municípios na regiäo do semi-árido baiano. Hemoglobina foi determinada em 745 crianças de um a 72 meses de idade. Para o grupo etário de seis a 72 meses um valor de hemoglobulina <11,0 g/dl identifica a anemia segundo recomendaçäo da OMS enquanto o valor <9,5 g/dl classifica a anemia na categoria de grave. Estes mesmos pontos de corte foram adotados para os menores de seis meses, os quais säo aceitos pela hematologia clínica. Detectou-se um valor médio de 12,1 g/dl para a hemoglobina, distribuída diferentemente entre as idades (p=0,001), assim como prevalências de 22,2 por cento para a anemia e de 5,8 por cento para as formas graves. A prevalência da anemia variou significativamente com a idade (p=0,001), sendo mais elevada em crianças de 12 a 23 meses de idade (50,0 por cento), seguida pelos menores de 12 meses de vida (29,9 por cento). A análise para a associaçäo da anemia segundo a escolaridade materna (controlada pela idade da criança) e renda familiar per capita näo mostrou significância estatística.
Asunto(s)
Humanos , Anemia/epidemiología , Nutrición del Niño , Preescolar , Prevalencia , Protección a la InfanciaRESUMEN
Foram estudados 754 pré-escolares de áreas urbanas de sete municípios do semi-árido do Estado Bahia, Brasil, com o objetivo de determinar a prevalência da hipovitaminose A e sua associaçäo com a idade, sexo, renda em salário-mínimo, escolaridade materna e adequaçäo dietética em vitamina A. Na amostra estudada näo se registrou nenhum caso de sinais e/ou sintomas de xeroftalmia durante o exame clínico-oftalmológico. Em 563 crianças, foi possível a coleta de sangue para determinaçäo de retinol sérico; encontrou-se um valor médio de 20,3µg/dl (DP=10,8µg/dl) e uma prevalência de 15,3 por cento de níveis deficientes (abaixo de 10,0µg/dl). Em todos os sete municípios estudados a prevalência de retinol sérico deficiente foi superior a 5,0 por cento que é nível crítico proposto pela OMS para considerar a hipovitaminose A como problema de saúde pública. A distribuiçäo de retinol sérico encontrada näo teve relaçäo com o sexo das crianças, mas com a idade, diminuindo a prevalência de níveis deficientes e baixos na medida em que a idade aumenta. Näo se encontrou associaçäo familiar per capita ou escolaridade materna e a prevalência de níveis de retinol deficiente. Os resultados de consumo alimentar provenientes do inquérito recordatório de 24h mostraram que apenas 8//das crianças consumiram quantidades adequadas de retinol ou de seus precursores; 66 por cento ingeriam abaixo da metade e quase 35 por cento delas näo chegaram a ingerir nem um quarto da quantidade recomendada para sua faixa etária. A carência de vitamina A deve ser considerada como problema de saúde pública severo, tanto pela alta prevalência de níveis deficientes de retinol em todos os municípios como também pela dimensäo da inadequaçäo dietética