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1.
Rio de Janeiro; s.n; 19 fev. 2002. 176 p. ilus, tab.
Tesis en Portugués | LILACS | ID: lil-319446

RESUMEN

Estuda os efeitos da modernização portuária sobre as condições de trabalho e de saúde dos trabalhadores portuários avulsos no Porto do Rio de Janeiro, tomando como referenciais teóricos uma linha de pesquisa de base sócio-técnica. A reestruturação produtiva dos portos tem promovido mudanças no processo e na organização do trabalho, afetando as condições de trabalho daqueles que vivem do porto. No Brasil o trabalho portuário teve suas origens no trabalho escravo e na passagem do Século XX passou a ser um trabalho livre controlado e organizado em sindicatos. Remontam desta época os principais sindicatos que ainda hoje estão em atividade. O modo de trabalhar no porto possui características típicas das antigas corporações de ofício. Com a modernização ao Porto do Rio, impulsionada pela Lei de Modernização dos Portos (Lei 8630/93), se impôs um novo modelo na organização do trabalho, que veio acompanhado por um extenso processo de privatizações e de investimentos privados em novas tecnologias portuárias. O impacto sobre a organização do trabalho e o processo de trabalho, se por um lado atuou no sentido de diminuir riscos e cargas de trabalho, por outro lado ao introduzir novas condições de riscos e cargas de trabalho, vem afetando os trabalhadores de forma diferenciada. A modernização portuária tem significado para os trabalhadores avulsos um processo contínuo que leva a redução dos postos de trabalho, a perda da autonomia ditada pelo saber-fazer, o aumento dos controles administrativos, o aumento da jornada e do ritmo de trabalho, a exigência de especialização para quem tem baixo nível de escolaridade, o aumento na gravidade dos acidentes, o desconhecimento dos riscos, a restrição ao acesso para o trabalho nos terminais. O grande impacto da modernização foi sobre a oferta de trabalho, representando, de certa forma, o aniquilamento do trabalho avulso e de algumas categorias inteiras, como o caso dos arrumadores e consertadores. O estudo revelou ser a falta de trabalho a principal fonte de sofrimento no porto, afetando a saúde mental com inevitáveis conseqüências sobre a saúde física do trabalhador e a produção dos acidentes de trabalho. Um intenso processo de exclusão do trabalho está em curso entre os trabalhadores avulsos e significa a colocação de um grande contingente de trabalhadores numa nebulosa zona de vulnerabilidades, o primeiro passo em direção a um triste processo de exclusão social.


Asunto(s)
Modernización Organizativa , Condiciones de Trabajo , Salud Laboral
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