RESUMEN
Objetivou-se, com este estudo, verificar a relação entre a forma das superfícies vestibulares dos incisivos inferiores e o apinhamento na região anterior inferior. Foram selecionados aleatoriamente 90 pares de modelos de gesso das arcadas dentárias de 90 pacientes, previamente ao tratamento ortodôntico, no Curso de Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial da UFF, todos portadores de maloclusão de Classe I de Angle, dentição permanente, com presença ou não de apinhamento na região anterior inferior. Para a avaliação das formas das faces vestibulares, foi definido o Índice da Face Vestibular (IFV), obtido pela divisão da maior largura mesiodistal na borda incisal, disposta verticalmente desde a borda incisal. De acordo com o IFV foram definidos três grupos de 30 modelos inferiores cada, a saber: Grupo I, com formas mais retangulares; Grupo II, com formas intermediárias e Grupo III, com formas mais triangulares. Para a avaliação do apinhamento anterior inferior nos três grupos, foram utilizados o Índice de Irregularidade de Little e a Discrepância Anterior de Perímetro do Arco, de canino a canino inferior. Foi obtido o Índice de Peck e Peck nos três grupos, para verificar a relação entre este índice e o IFV. Para verificar diferenças estatisticamente significativas entre os três grupos, foi utilizado o Teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. Foi verificada diferença estatisticamente significativa entre os Grupos I e Grupo III, para o Índice de Peck e Peck. Conclui-se, com base nesta amostra, que as formas mais triangulares predispuseram a um maior apinhamento quando comparadas com as formas mais retangulares das faces vestibulares dos incisivos.