RESUMEN
RACIONAL: A peritonite bacteriana espontânea é uma complicação grave nos pacientes cirróticos com ascite, sendo as alterações das características microbiológicas relatadas nos últimos anos de impacto na escolha do tratamento antibiótico. OBJETIVO: Avaliar as mudanças na epidemiologia e na resistência antibiótica de bactérias causadoras de peritonite bacteriana espontânea em um período de 7 anos. MÉTODOS: Foram avaliados retrospectivamente todos os casos de pacientes cirróticos com peritonite bacteriana espontânea cuja cultura do líquido de ascite foi positiva, sendo estudados dois períodos: 1997-1998 e 2002-2003. Foram verificados os microorganismos mais freqüentes e a sensibilidade in vitro aos antibióticos. RESULTADOS: No primeiro período (1997-1998) houve 33 casos, sendo 3 (9 por cento) com infecção polimicrobiana. As bactérias mais freqüentes foram: E. coli em 13 (36,11 por cento), estafilococos coagulase-negativos em 6 (16,66 por cento), K. pneumoniae em 5 (13,88 por cento), S. aureus em 4 (11,11 por cento) e S. faecalis em 3 (8,33 por cento). Em 2002-2003, houve 43 casos, sendo 2 (5 por cento) com infecção polimicrobiana. As bactérias mais freqüentes foram: estafilococos coagulase-negativos em 16 (35,55 por cento) S. aureus em 8 (17,77 por cento), E. coli em 7 (15,55 por cento) e K. pneumoniae em 3 (6,66 por cento). Nenhum paciente realizava profilaxia para peritonite bacteriana espontânea. A prevalência de S. aureus meticilino-resistentes aumentou, no decorrer desse período, de 25 por cento para 75 por cento, tendo a resistência desse patógeno às quinolonas e a sulfametoxazol-trimetoprim evoluído de 25 por cento para 50 por cento; somente a vancomicina demonstrou atividade absoluta no decorrer do referido período. Da mesma forma, a prevalência de E. coli resistente às cefalosporinas de terceira geração e às quinolonas aumentou de 0 por cento para 16 por cento. CONCLUSÃO: Houve modificação da população bacteriana causadora de peritonite...
BACKGROUND: Spontaneous bacterial peritonitis is a serious complication in cirrhotic patients, and the changes in the microbiological characteristics reported in the last years are impacting the choice of antibiotic used in the treatment. AIM: To evaluate the change in the epidemiology and antibiotic resistance of the bacteria causing spontaneous bacterial peritonitis in a 7 years period. METHODS: All the cases of cirrhotic patients with spontaneous bacterial peritonitis with positive cultural examination were retrospectively studied. Two periods were evaluated: 1997-1998 and 2002-2003. The most frequent infecting organisms and the sensitivity in vitro to antibiotics were registered. RESULTS: In the first period (1997-1998) there were 33 cases, 3 (9 percent) with polymicrobial infection. The most common were: E.coli in 13 (36,11 percent), Staphylococcus coagulase-negative in 6 (16,66 percent), K. pneumoniae in 5 (13,88 percent), S. aureus in 4 (11,11 percent) and S. faecalis in 3 (8,33 percent). In 2003-2004, there were 43 cases, 2 (5 percent) with polymicrobial infection. The most frequent were: Staphylococus coagulase-negative in 16 (35,55 percent), S. aureus in 8 (17,77 percent), E. coli in 7 (15,55 percent) and K. pneumoniae in 3 (6,66 percent). No one was using antibiotic prophilaxys. The prevalence of S. aureus methicillin-resitant to quinolone and trimethoprim-sulfamethoxazole changed from 25 percent to 50 percent, and vancomicin was the only one with absolute activity during all the period. In the same way, the prevalence of E. coli resistant to third generation cephalosporin and to quinolone changed from 0 percent to 16 percent. CONCLUSION: There was a modification of the bacterial population causing spontaneous bacterial peritonitis, with high frequency of gram-positive organisms, as well as an increase in the resistance to the traditionally recommended antibiotics. This study suggests a probable imminent inclusion of a drug...
Asunto(s)
Humanos , Antibacterianos/uso terapéutico , Infecciones Bacterianas/microbiología , Farmacorresistencia Bacteriana , Cirrosis Hepática/microbiología , Peritonitis/microbiología , Infecciones Bacterianas/tratamiento farmacológico , Cirrosis Hepática/tratamiento farmacológico , Peritonitis/tratamiento farmacológico , Estudios RetrospectivosRESUMEN
O interferon (IFN), utilizado no tratamento da hepatite C crônica, produz vários efeitos adversos, dentre os quais a indução e/ ou agravamento de sarcoidose - doença multissistêmica, de etiologia desconhecida e patogênese supostamente relacionada à liberaçãp de mediadores inflamatórios. Relata-se o caso de paciente feminina, 44 anos, portadora de hepatite C crônica , genótipo 1, que fez uso de interferon peguilado (Peg-IFN) e ribavirina. A partir do quinto mês de tratamento, apresentou dispnéia progressiva, emagrecimento e sudorese noturna. Ao exame físico, observava-se lesão papular eritematosa em joelho direito. Tomografia de tórax evidenciou importante infiltrado intersticial em vidro fosco em metades superiores dos campos pulmonares, com presença de micronódulos pulmonares e pleurais, espessamento pleural, dilatação brônquica difusa e adenomegalias mediastinais. A biópsia pulmonar apresentou granulomas confluentes, sem necrose com fibrose circunjacente em parênquima pulmonar periférico, sugestiva de sarcoidose, à semelhança do encontrado na biópsia de pele. Conclusão: Apesar de ter sido relatado em poucos casos na literatura, a sarcoidose deve ser lembrada em casos de terapia antiviral com IFN ou Peg-INF, quando ocorrerem manifestações pulmonares e adenopatias
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Adulto , Hepatitis C Crónica/terapia , Interferones , Sarcoidosis , Biopsia , Pulmón/fisiopatología , Ribavirina , Tórax , TomografíaRESUMEN
Os autores têm como objetivo fazer uma revisão dos aspectos atuais na seleção de pacientes, indicações e contra-indicações do transplante hepático