RESUMEN
Quinze pacientes com epilepsia do lobo temporal foram investigados com eletrodos de forame oval(EFO). A indicaçäo da implantaçäo desses eletrodos foi por incapacidade de registros de superfície/esfenoidais de permitir lateralizaçäo do início das crises ou por incongruência entre início ictal e achados de neuroimagem. Dos quinze pacientes, quatro apresentavam ressecçäo temporal prévia, um apresentava uma lesäo e os dez restantes tiveram os registros de superfície e com EFO comparados neste estudo. Nesses dez pacientes foi possível lateralizar o início de 82 (por cento) das crises com os EFO, em contraste com um índice de 33 (por cento) com eletrodos de superfície e esfenoidais (p<0,001). O lado envolvido no início das crises correlacionou com maior atrofia das estruturas mesiais, conforme a análise qualitativa do exame de ressonância magnética. Como complicaçäo grave houve um caso de meningite séptica. Dois pacientes tiveram parestesia facial transitória e um apresentou também paresia reversível do VI nervo craniano. O uso dos EFO para registro de crises em pacientes selecionados permite lateralizaçäo confiável do início das crises, com qualidade superior ao registro com eletrodos de superfície e esfenoidais e custo e complexidade inferiores à investigaçäo com eletrodos de profundidade e placas subdurais crônicas
Asunto(s)
Electrodos , Epilepsia del Lóbulo Temporal , Cuidados PreoperatoriosRESUMEN
Relatamos o caso de menina (10 anos) que apresentava síndrome psicorgânica subaguda associada a cefaléia, sem sinais patentes de hipertensäo intracraniana. O diagnóstico de neurocisticerose foi firmado com base no exame do LCR. Foi tratada com praziquantel (50 mg/kg/dia por 21 dias) e apresentou PLEDs sobre o hemisfério esquerdo no dia seguinte ao término do tratamento. Posteriormente, passou a apresentar sinais de disfunçäo cportico-subcortical desse mesmo lado, nos EEG subseqüentes. A TC inicialmente normal confirmou, com evoluçäo, maior comprometimento do hemisfério esquerdo, embora houvesse disseminaçäo parenquimatosa bilateral de cisticercos. Respondeu bem ao tratamento e evoluiu com recuperaçäo total dos sintomas. Discutimos, também, aspectos neurofisiológicos dessa anormalidade eletrencefalográfica