RESUMEN
Objetivo: Avaliar os traumatismos maxilofaciais em crianças e adolescentes no município de Campina Grande, Paraíba, Brasil. Método: Estudo transversal com dados secundários, sendo a amostra composta por 941 prontuários de pacientes com idades entre 1 a 18 anos portadores de trauma facial atendidos no período de junho de 2007 a junho de 2009 em dois centros de trauma do município. As variáveis estudadas compreenderam: sexo, idade, etiologia, existência de fratura facial, osso acometido e trauma dentário. A análise estatística foi utilizou os testes do Qui-quadrado e Exato de Fisher com nível de significância de 5% (p menor que 0,05). O odds ratio (OR) com intervalo de confiança de 95% foi calculado (IC 95%). Todas as análises foram feitas com o software Epi Info 3.5. Resultados: A razão entre os sexos masculino e feminino foi de 2:1 e a faixa etária de maior acometimento foi a de 1 a 4 anos (28,5%). As quedas (40,6%) e os acidentes de transporte terrestre (20,1%) foram os agentes etiológicos mais prevalentes. Observou-se associação entre o sexo e a ocorrência de acidente de transporte (p=0,001; OR=1,85 [1,28-2,69]. Fraturas faciais foram verificadas em 15,8% das vítimas, existindo associação entre o sexo e a ocorrência de fratura facial (P=0,047; OR=1,5 [1,02-2,25]), predominando os ossos nasais (31,5%) e o zigomático (22,8%). Traumatismo dentário foi identificado em 10,2% das vítimas, não existindo diferença estatística entre o sexo e a presença de trauma dentário (P=0,356). Conclusão: Crianças de baixa idade são as vítimas mais comuns de traumatismos maxilofaciais, com a maioria dos casos ocorrendo nos finais de semana e as quedas e os acidentes de transporte terrestre constituindo-se nos principais agentes etiológicos.
Objective: To evaluate the maxillofacial traumatisms in children and adolescents in the city of Campina Grande, PB, Brazil. Method: This investigation was a cross-sectional study with secondary data and sample composed of 941 charts of 1-18-year-old patients with facial trauma treated between June 2007 and June 2009 at two trauma centers. The studied variables were: sex, age, etiology, existence de facial fracture, affected bone and dental trauma. Comparisons of data were evaluated statistically using the Chi-square and Fisher's Exact tests at a significance level of 5% (p less than 0.05). Odds ratio (OR) with confidence intervals to 95% were calculated (CI 95%). They were calculated using the Epi Info Software. Results: The male-to-female ratio was 2:1 and the 1-4-year-old age group was the most affected (28.5%). Falls (40.6%) and road transport accidents (20.1%) were the most prevalent etiologic agents. There was association between sex and occurrence of transport accident (p=0.001; OR=1.85 [1.28-2.69]). Facial fractures were verified in 15.8% of the victims, existing an association between sex and occurrence of facial fracture (p=0.047; OR=1.5 [1.02-2.25]), with predominance of nasal bones (31.5%) and zygomatic bone (22.8%). Dental trauma was identified in 10.2% of the victims, with no statistically significant difference between sex and the presence of dental trauma (p=0.356). Conclusion: Children at early age are the most frequent victims of maxillofacial traumatisms, with most cases occurring during weekends, and falls and road transport accidents being the main etiological agents.