RESUMEN
Os autores descrevem um caso clínico diagnosticado como endocardite marântica, ocorrida em um jovem, militar, portador de carcinomatose peritoneal (adenocarcinoma mucinoso). Na discussao do caso, é feita breve revisao histórica da doença, discutida sua etiologia, patogenia, sinais e sintomas mais comuns, e a conduta terapêutica, concluindo-se que se deve pensar na ocorrência de endocardite marântica em pacientes portadores de neoplasias e com manifestaçoes clínicas sugestivas de processo embólico.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Adulto , Adenocarcinoma Mucinoso/patología , Ascitis/diagnóstico , Endocarditis/diagnóstico , Neoplasias del Colon/patología , Adenocarcinoma Mucinoso/tratamiento farmacológicoRESUMEN
A doença arterial coronária (DAC) evolui em espectro amplo e muito variável em seus aspectos de localizaçäo e gravidade das lesöes ateromatosas. As manifestaçöes clínicas abrangem diversas formas, desde situaçöes pouco expressivas, até sintomas bem definidos clínica e eletrocardiograficamente. O presente caso revela o contraste entre doença coronária grave e pobreza de sintomas específicos. O paciente em questäo se sentia bem, praticava inclusive exercícios normalmente e referia apenas palpitaçöes ocasionais. O ECG de repouso era praticamente normal, notando-se apenas onda T mais-menos na derivaçäo V4. O teste ergométrico foi muito bem tolerado, porém, mostrou sinais de isquemia em elevada carga de trabalho. Näo houve arritmias nem referiu dor precordial, o que denotava riqueza de sua circulaçäo colateral. Apesar de sabermos que a maioria dos episódios isquêmicos säo assintomáticos, o presente exemplo, lesäo grave coronáriana e paciente oligossintomático, podem coexistir na vigência de circulaçäo colateral adeuada