RESUMEN
OBJETIVO: Avaliar o efeito da isquemia induzida sobre os parâmetros do sinal eletromiográfico e a força do grupo muscular extensor do punho (GMEP) em mulheres saudáveis. MÉTODOS: Participaram 13 voluntárias, destras, sedentárias, com idade de 23,38±2,32 anos e índice de massa corporal (IMC) de 20,68±1,87kg/m². Para determinar a força do GMEP, foram realizadas 3 contrações isométricas voluntárias máximas (CIVM), utilizando-se uma célula de carga por 15 segundos, com intervalos de 2 minutos entre cada contração, sendo todo procedimento repetido por 3 dias não consecutivos. A isquemia foi realizada por 5 minutos, utilizando um esfigmomanômetro posicionado no braço dominante e inflado até a ausência do fluxo sanguíneo, confirmada pelo ultrassom Doppler. Para coleta do sinal eletromiográfico do GMEP, utilizou-se o equipamento EMG1000 (Lynx®) com eletrodo de superfície diferencial (Lynx®). Foram coletadas 3 CIVM por 15 segundos, com intervalo de 30 segundos entre elas, nas situações de pré-isquemia; isquemia; pós-isquemia imediata (pós-1) e pós-isquemia tardia (pós-2 - após 10 minutos do início da isquemia). Para análise dos parâmetros do sinal eletromiográfico, root mean square (RMS), e frequência mediana do espectro de potência do sinal foi utilizado o software MATLAB 6.5.1. Para análise estatística, foram utilizados os testes de Friedman e ANOVA two-way. RESULTADOS: A isquemia promoveu redução significativa (p<0,05) da força do GMEP. Entretanto, não provocou alterações significativas nos parâmetros eletromiográficos RMS (p=0,05) e frequência mediana do espectro de potência do sinal (p=0,09). CONCLUSÃO: A isquemia induzida promoveu fadiga do GMEP quando relacionada à produção da força muscular. Porém, não provocou fadiga eletromiográfica do grupo muscular avaliado.
OBJECTIVE: To analyze the effect of induced ischemia on the parameters of electromyographic signals and the strength of the wrist extensor muscle group (WEMG) in healthy women. METHODS: Thirteen right-handed sedentary subjects aged 23.38±2.32 years old, with body mass index (BMI) of 20.68±1.87kg/m², took part. To determine WEMG strength, three maximal voluntary isometric contractions (MVIC) were performed using a load cell for 15 seconds, with 2 minutes intervals between contractions. The entire procedure was repeated on three nonconsecutive days. Ischemia was induced for 5 minutes using a sphygmomanometer placed on the dominant arm and inflated until blood flow was absent, as confirmed by Doppler ultrasound. The EMG1000 module (Lynx®) was used with differential surface electrodes (Lynx®) to record the electromyographic signal of the WEMG. Three MVIC were recorded for 15 seconds, with 30 seconds intervals between them, under the following conditions: pre-ischemia, ischemia, immediate post-ischemia (post-1) and later post-ischemia (post-2: 10 minutes after the onset of ischemia). The MATLAB 6.5.1 software was used to analyze the parameters for the electromyographic signal, the root mean square (RMS) and the median frequency of the signal power spectrum. For statistical analysis, two-way ANOVA and the Friedman test were used. RESULTS: Ischemia caused a significant reduction (p<0.05) in WEMG strength. However, there were no significant changes in the RMS electromyographic parameters (p=0.05) or the median frequency of the signal power spectrum (p=0.09). CONCLUSION: Induced ischemia caused WEMG fatigue in relation to muscle strength production. However, it did not cause electromyographic fatigue in the evaluated muscle group.