RESUMEN
Introdução: Os surfactantes à base de ácidos graxos do coco (SAGC), são progressivamente mais utilizados pela indústria pessoal e limpeza. Pouco se conhece no entanto, sobre o seu potencial irritativo e/ou alergênico para a pele humana. Objetivo: Avaliar em artigos especializados, as diferentes substâncias derivadas do coco e utilizados como surfactantes pela indústria, bem como avaliar o potencial alergênico e/ou irritativo para a pele humana dessas substâncias. Material e métodos: Foram avaliados estudos que versavam sobre surfactantes derivados de extratos da planta do coco Cocos nucifera L. (Palmae), nas seguintes fontes: Literatura Internacional da Biblioteca Americana de Medicina (NCBI/Medline) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Resultados: O levantamento avaliou 38 documentos e demonstrou que os produtos descritos são pouco irritativos para a pele, sendo considerados seguros para o uso humano, no entanto, relatos de sensibilidade tardia não são raros e têm aumentado em número. A possibilidade de sensibilização deve ser levada em consideração sobretudo em profissionais que utilizam os produtos como cabeleireiros e profissionais da saúde. Os produtos que mais demonstraram potencial sensibilizante foram a cocobetaína, a cocoamidopropil betaína e a dietanolamida cocamida. Conclusões: SAGC podem causar dermatite de contato, geralmente quando presentes em xampus. Aconselhamos acrescentar a cocobetaína, a cocoamidopropil betaína e a dietanolamida cocamida na bateria padrão de testes epicutâneos (patch test) para cosméticos.
Asunto(s)
Humanos , Alérgenos , Técnicas In Vitro , Aceite de Palma , Pruebas Cutáneas , Tensoactivos , Métodos , Sensibilidad y EspecificidadRESUMEN
Introdução: No Brasil, crianças e adolescentes frequentemente utilizam latas em aerossol de neve e serpentinas durante as festividades do carnaval. Material e Métodos: Foi realizada uma avaliação detalhada da composição química descrita no rótulo de oito latas em aerossol de neve artificial e duas latas em aerossol de serpentinas, encontradas no comércio da cidade de Campinas - SP - Brasil. Resultados: Os rótulos dos produtos demonstraram diversas substâncias químicas que podem potencilamente irritar ou causar sensibilização à pele ou mucosas, particularmente o surfactante anfotérico derivado do coco - cocobetaína, resinas acrílicas e propelentes de hidrocarbonetos. Conclusão: Recomendamos que esses produtos, quando aplicados sobre a pele, sejam lavados assim que possível para que se evite possível sensibilização.