RESUMEN
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O volume anestésico mínimo (VAM) de um anestésico local é o volume efetivo para anestesia regional em 50 por cento dos pacientes. O objetivo deste estudo foi calcular os volumes anestésicos mínimos das soluções a 0,5 por cento de bupivacaína racêmica, de levobupivacaína e da mistura enantiomérica S75/R25 de bupivacaína para anestesia retrobulbar extraconal. MÉTODO: Foram estudadas duas séries de pacientes submetidos à extração de catarata. Na série 1, os pacientes receberam bupivacaína a 0,5 por cento (n = 9) ou levobupivacaína a 0,5 por cento (n = 11). Na série 2, os pacientes receberam bupivacaína racêmica a 0,5 por cento (n = 11) ou a mistura enantiomérica S75/R25 de bupivacaína a 0,5 por cento (n = 10). Os bloqueios foram realizados por injeção única ínfero-lateral. A mobilidade de cada músculo reto foi avaliada após 10 minutos como: 0 (ausente), 1 (diminuída) ou 2 (normal). A soma dos escores constituiu o escore total de mobilidade (ETM) do globo ocular. O volume inicial foi de 7,4 mL. Os volumes utilizados em pacientes subseqüentes corresponderam 0,1 unidade logarítmica maior (ETM > 2) ou menor (ETM < 2) que o logaritmo natural do volume precedente. Foram utilizadas as fórmulas de Massey e Dixon para cálculos dos VAM. RESULTADOS: Os volumes anestésicos mínimos da bupivacaína racêmica foram 6 mL e 6,2 mL, o da levobupivacaína foi 5,7 mL e o da mistura enantiomérica de bupivacaína S75/R25 foi 5,8 mL. Não houve diferença entre os grupos quanto aos volumes anestésicos efetivos. CONCLUSÕES: Volumes semelhantes de soluções a 0,5 por cento de bupivacaína racêmica, levobupivacaína ou da mistura enantiomérica S75/R25 de bupivacaína são necessários para anestesia retrobulbar extraconal.
Asunto(s)
Masculino , Femenino , Adulto , Persona de Mediana Edad , Humanos , Anestesia Local/métodos , Anestésicos Locales/administración & dosificación , Bloqueo Nervioso/métodos , Bupivacaína/administración & dosificación , Bupivacaína/análogos & derivados , Extracción de Catarata , Músculos OculomotoresRESUMEN
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O Xeroderma Pigmentoso é uma doença autossômica recessiva rara, caracterizada pelo desenvolvimento prematuro de neoplasias devido à extrema sensibilidade à radiaçäo ultravioleta. Estas manifestações ocorrem por falha no mecanismo de excisäo e reparo do DNA. Se comparados a indivíduos normais, estes pacientes apresentam risco 1000 vezes maior de desenvolver neoplasias em áreas expostas ao sol. O objetivo deste relato é apresentar a conduta anestésica em uma paciente portadora de Xeroderma Pigmentoso submetida à cirurgia oftalmológica. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 7 anos, portadora de Xeroderma Pigmentoso com comprometimento facial extenso, admitida para exérese de lesäo papilar no olho direito. Foi prescrito midazolam (10 mg) por via oral, como medicaçäo pré-anestésica. A monitorizaçäo inicial consistiu de cardioscópio, oxímetro de pulso, estetoscópio precordial e pressäo arterial näo invasiva. Foi realizada pré-oxigenaçäo com oxigênio a 100 por cento por 3 minutos e induçäo inalatória sob máscara com oxigênio a 100 por cento e sevoflurano em concentrações crescentes até 7 por cento. Após acesso venoso periférico com cateter 22G, foram injetados propofol (50 mg) e succinilcolina (20 mg) e realizada intubaçäo traqueal com tubo 5,5 mm sem balonete. Um guia de metal foi utilizado para facilitar a introduçäo do tubo traqueal. A manutençäo da anestesia foi feita com sevoflurano a 3,5 por cento e oxigênio a 100 por cento, com sistema de Bain. A criança foi extubada na sala cirúrgica e encaminhada à sala de recuperaçäo pós-anestésica em boas condições. CONCLUSÕES: As alterações faciais e orofaríngeas decorrentes desta doença determinaram dificuldades na adaptaçäo da máscara facial e intubaçäo traqueal. A educaçäo constante do paciente e de seus familiares constitui o objetivo mais importante no manuseio desta doença