RESUMEN
A lobomicose é micose cutâneo-subcutânea causada pela Lacazia Loboi, fungo não cultivável invitro e de terapêutica insatisfatória, que merece observações clínicas e histopatológicas. O objetivo era correlacionar aspectos clínicos e histopatológicos em 40 casos de lobomicose. Lesões de 40 acreanos com lobomicose foram fotografadas e estudadas histologicamente. Clinicamente, a maioridos pacientes (34/40) apresentava lesões monomórficas queloidiformes, predominantemente nos pavilhões auriculares (18/40). Pontilhados enegrecidos das lesões correlacionavam-se à eliminação transepidérmicas de fungos. Nervos eram íntegros no interior dos granulomas dérmicos. Classificaram-se células histiocitárias de cinco tipos: a. histiócitos isolados contendo fungos; b. histiócitos agrupados em sincício; c. células gigante de corpo estranho; d. células gigantes de langerhans; e. células epitelióides rendilhadas. No interior das células gigantes de corpo estranho e nas formações sinciais, os fungos eram numerosos; ao contrário, nas células gigantes de Langerhans e nas células epitelióides rendilhadas, eram escassos. Conclusões, na lobomicose o fungo multiplica-se muito lentamente, paralelo a deficiência imunológica do hospedeiro humano, traduzida por grandes acúmulhos de fungos, imaturidade das células gigantes, pequeno número de linfócitos, raros granulomas tuberculóides típicos e ineficiência na eliminação fos fungos mortos