RESUMEN
Abstract Introduction The need for surgery can be a decisive factor for long-term smoking cessation. On the other hand, situations that precipitate stress could precipitate smoking relapse. The authors decided to study the impact of a surgery on the patient's effort to cease smoking for, at least, 24 h before hospital admission and possible relapse on the last 24 h before hospital admission for ex-smokers. Methods Smoker, ex-smokers and non-smokers adults, either from pre-anesthetic clinic or recently hospital admitted for scheduled elective surgeries that were, at most, 6 h inside the hospital buildings were included in the study. The patients answered a questionnaire at the ward or at the entrance of the operating room (Admitted group) or at the beginning of the first pre-anesthetic consultation (Clinic group) and performed CO measurements. Results 241 patients were included, being 52 ex-smokers and 109 never smokers and 80 non-smokers. Smokers had higher levels of expired carbon monoxide than non-smokers and ex-smokers (9.97 ± 6.50 vs. 2.26 ± 1.65 vs. 2.98 ± 2.69; p = 0.02). Among the smokers, the Clinic group had CO levels not statistically different of those on the Admitted group (10.93 ± 7.5 vs. 8.65 ± 4.56; p = 0.21). The ex-smokers presented with no significant differences for the carbon monoxide levels between the Clinic and Admitted groups (2.9 ± 2.3 vs. 2.82 ± 2.15; p = 0.45). Conclusion A medical condition, such as a surgery, without proper assistance is unlikely to be enough for a patient to stop smoking for, at least, 24 h prior to admission. The proximity of a surgery was not associated with smoking relapse 24 h before the procedure.
Resumo Introdução A necessidade de cirurgia pode ser um fator decisivo para a cessação do tabagismo em longo prazo. Por outro lado, situações que precipitam o estresse podem precipitar a recaída do tabagismo. Decidimos avaliar o impacto de uma cirurgia no esforço do paciente para deixar de fumar durante pelo menos 24 horas antes da internação hospitalar e a possível recaída nas últimas 24 horas anteriores à internação em ex-fumantes. Métodos Fumantes, ex-fumantes e não fumantes adultos, quer de clínica pré-anestésica ou recentemente internados para cirurgias eletivas programadas que ficariam, no máximo, seis horas dentro das unidades hospitalares, foram incluídos no estudo. Os pacientes responderam um questionário na enfermaria ou na entrada da sala de operação (Grupo Internação) ou no início da primeira consulta pré-anestesia (Grupo Clínico) e fizeram mensurações dos níveis de CO. Resultados No total, 241 pacientes foram incluídos: 52 ex-fumantes, 109 que nunca fumaram e 80 não fumantes. Os fumantes apresentaram níveis mais elevados de monóxido de carbono expirado que os não fumantes e ex-fumantes (9,97 ± 6,50 vs. 2,26 ± 1,65 vs. 2,98 ± 2,69;p = 0,02). Entre os fumantes, o Grupo Clínico apresentou níveis de CO não estatisticamente diferentes daqueles do Grupo Internação (10,93 ± 7,5 vs. 8,65 ± 4,56; p = 0,21). Os ex-fumantes não apresentaram diferenças significativas entre os grupos Clínico e Internação para os níveis de monóxido de carbono (2,9 ± 2,3 vs. 2,82 ± 2,15; p = 0,45). Conclusão É improvável que uma condição médica, como uma cirurgia, sem assistência adequada seja suficiente para que um paciente pare de fumar, pelo menos, 24 horas antes da internação. A proximidade de uma cirurgia não foi associada à recaída do tabagismo nas 24 horas anteriores ao procedimento.
Asunto(s)
Humanos , Monóxido de Carbono , Fumar , Procedimientos Quirúrgicos Electivos , Interpretación Estadística de Datos , Cese del Hábito de FumarRESUMEN
CONTEXT AND OBJECTIVE: C-reactive protein (CRP) is commonly used as a marker for inflammatory states and for early identification of infection. This study aimed to investigate CRP as a marker for infection in patients with postoperative septic shock. DESIGN AND SETTING: Prospective, single-center study, developed in a surgical intensive care unit at Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. METHODS: This study evaluated 54 patients in the postoperative period, of whom 29 had septic shock (SS group) and 25 had systemic inflammatory response syndrome (SIRS group). All of the patients were monitored over a seven-day period using the Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) score and daily CRP and lactate measurements. RESULTS: The daily CRP measurements did not differ between the groups. There was no correlation between CRP and lactate levels and the SOFA score in the groups. We observed that the plasma CRP concentrations were high in almost all of the patients. The patients presented an inflammatory state postoperatively in response to surgical aggression. This could explain the elevated CRP measurements, regardless of whether the patient was infected or not. CONCLUSIONS: This study did not show any correlation between CRP and infection among patients with SIRS and septic shock during the early postoperative period.
CONTEXTO E OBJETIVO: A proteína C reativa (PCR) é muito usada como marcador de estados inflamatórios e na identificação precoce de infecção. Este estudo teve como proposta investigar a PCR como marcadora de infecção em pacientes em choque séptico no período pós-operatório. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo prospectivo, monocêntrico, desenvolvido numa unidade de terapia intensiva pós-operatória do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. MÉTODOS: Foram avaliados 54 pacientes no pós-operatório, sendo 29 deles com choque séptico (grupo SS) e 25 com síndrome da resposta inflamatória sistêmica (grupo SI). Todos os pacientes foram acompanhados durante sete dias pelo escore SOFA (Sequential Organ Failure Assessment) e com dosagens diárias de PCR e lactato. RESULTADOS: As dosagens de PCR não diferiram entre os grupos. Não foi observada correlação entre dosagem de PCR e lactato ou escore SOFA nos grupos estudados. Observamos que as concentrações plasmáticas de PCR estavam elevadas em quase todos os pacientes avaliados. Os pacientes no pós-operatório apresentam estado inflamatório em resposta à agressão cirúrgica, sendo este fato capaz de explicar as dosagens de PCR elevadas, independentemente de o paciente estar ou não infectado. CONCLUSÕES: Este estudo não evidenciou correlação entre PCR e infecção nos pacientes com síndrome da resposta inflamatória sistêmica e choque séptico no período pós-operatório precoce.
Asunto(s)
Femenino , Humanos , Masculino , Persona de Mediana Edad , Proteína C-Reactiva/análisis , Complicaciones Posoperatorias/diagnóstico , Choque Séptico/diagnóstico , Síndrome de Respuesta Inflamatoria Sistémica/diagnóstico , Análisis de Varianza , Biomarcadores/sangre , Cuidados Críticos , Ácido Láctico/sangre , Insuficiencia Multiorgánica/sangre , Complicaciones Posoperatorias/sangre , Complicaciones Posoperatorias/etiología , Estudios Prospectivos , Choque Séptico/sangre , Infección de la Herida Quirúrgica/complicaciones , Síndrome de Respuesta Inflamatoria Sistémica/sangreRESUMEN
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Náuseas e vômitos pós-operatórios (NVPO) constituem complicação freqüente e potencialmente grave que aumenta o tempo de recuperação pós-anestésica (RPA) e implica insatisfação dos pacientes. Avaliação do risco para NVPO e instituição de profilaxia visando ao bem-estar dos pacientes e à redução de custos têm sido freqüentes em publicações médicas. Este estudo observacional avaliou a incidência, fatores de risco e adequação e efetividade da profilaxia para NVPO na RPA de um hospital-escola terciário. MÉTODO: As informações obtidas a partir de prontuários e questionários aplicados aos pacientes incluíram idade, fatores preditivos maiores para NVPO (sexo feminino, história prévia, não-tabagismo, uso pós-operatório de opióides), profilaxia administrada, ocorrência de NVPO, tipo de cirurgia e anestesia, utilização de óxido nitroso, estado clínico e tempo de permanência na RPA. RESULTADOS: Observou-se incidência de 18,5 por cento de náuseas e 8,5 por cento de vômitos no pós-operatório imediato. Observou-se, ainda, correlação entre fatores maiores de risco e ocorrência de NVPO. Não se observou correlação entre tais fatores e a utilização de medicação antiemética profilática, bem como entre sua utilização e a ocorrência de NVPO. Contudo, observou-se tendência à administração de medicação profilática em pacientes jovens do sexo feminino. CONCLUSÕES: A preocupação dos anestesiologistas da instituição com NVPO ficou estabelecida. Contudo, a ausência de correlação entre risco e profilaxia sugere realização empírica e pouco efetiva. Fatores não-avaliados são sugeridos pela ausência de correlação entre NVPO e o uso de antieméticos. Orientação dos anestesiologistas quanto a condutas profiláticas mais eficientes pode aprimorar os cuidados à população atendida.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Postoperative nausea and vomiting (PONV) is frequent and potentially a severe complication that increases the length of anesthetic recovery and causes patient dissatisfaction. The evaluation of the risk of PONV and institution of prophylactic measures aiming the well-being of patients and cost reduction are frequent in the medical literature. This observational study evaluated the incidence, risk factors, and adjustment and effectivity of the prophylaxis of PONV in the recovery room of a tertiary teaching school. METHODS: Information obtained from patients' records and questionnaires answered by patients included age, major predictive factors for PONV (female gender, history, absence of smoking, and postoperative use of opioids), prophylactic drugs administered, development of PONV, type of surgery and anesthesia, use of nitrous oxide, clinical status, and length of stay in the recovery room. RESULTS: An incidence of 18.5 percent of nausea and 8.5 percent of vomiting in the immediate postoperative period was observed. A correlation between major risk factors and the development of PONV was also observed. A correlation between those factors and prophylactic anti-emetic drugs, as well as between their use and the development of PONV, was not observed. However, a tendency to administer prophylactic medication to young female patients was observed. CONCLUSIONS: The concerns of the anesthesiologists of the institution with PONV were evident. However, the absence of correlation between risk and prophylaxis suggests an empirical and ineffective procedure. Factors that were not evaluated were suggested by the absence between PONV and the use of anti-emetic drugs. The orientation for anesthesiologists regarding more effective prophylactic measures can improve care of the population assisted.
JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Náuseas y vómitos postoperatorios (NVPO) constituyen una complicación frecuente y potencialmente grave que aumenta el tiempo de recuperación postanestésica (RPA) e implica en una insatisfacción de los pacientes. Evaluación del riesgo para NVPO e institución de profilaxis para alcanzar el bienestar de los pacientes, y la reducción de los costes has sido frecuentes en publicaciones médicas. Este estudio de observación evaluó la incidencia, los factores de riesgo y la adecuación y efectividad de la profilaxis para NVPO en la RPA de un hospital-escuela terciario. MÉTODO: Las informaciones obtenidas a partir de historias clínicas y cuestionarios aplicados a los pacientes incluyeron la edad, factores predictibles mayores para NVPO (sexo femenino, historial previo, no tabaquismo, uso postoperatorio de opioides), profilaxis administrada, incidencia de NVPO, tipo de cirugía y anestesia, utilización de óxido nitroso, estado clínico y tiempo de permanencia en la RPA. RESULTADOS: Se observó incidencia de un 18,5 por ciento de náuseas y un 8,5 por ciento de vómitos en el postoperatorio inmediato. También se observó una correlación entre los factores mayores de riesgo e incidencia de NVPO. No se observó correlación entre tales factores y la utilización de medicación antiemética profiláctica, como tampoco en su utilización y en la incidencia de NVPO. Sin embargo, se observó una tendencia a la administración de medicación profiláctica en pacientes jóvenes del sexo femenino. CONCLUSIONES: La preocupación de los anestesiólogos de la institución con NVPO quedó establecida. Pero la falta de una correlación entre el riesgo y la profilaxis sugiere la realización empírica y poco efectiva. Factores no evaluados se sugieren por la falta de correlación entre NVPO y el uso de antieméticos. Orientación de los anestesiólogos en cuanto a las conductas profilácticas más eficientes puede perfeccionar los con la población atendida.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Periodo de Recuperación de la Anestesia , Antieméticos/uso terapéutico , /epidemiología , /prevención & control , Cuidados Posoperatorios , Factores de RiesgoRESUMEN
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) é comum em pacientes em estado crítico no pós-operatório. O objetivo deste estudo foi investigar a correlação entre dosagem de lactato, disfunção de múltiplos órgãos e mortalidade em pacientes com diagnóstico de SRIS. MÉTODO: Estudo prospectivo que avaliou 24 pacientes com diagnóstico de SRIS (Colégio Americano de Cirurgiões Torácicos/Sociedade Americana de Medicina Intensiva) no pós-operatório em UTI cirúrgica. O lactato foi dosado nas primeiras 24 horas após o diagnóstico de SRIS e diariamente durante 7 dias. Os pacientes foram divididos em dois grupos: Grupo LE (lactato > 2 mmol.L-1) e Grupo LN (lactato < 2 mmol.L-1). A falência de múltiplos órgãos foi avaliada pelo escore SOFA (Sequential Organ Failure Assessment) diariamente por sete dias. Após o seguimento por sete dias, os pacientes foram acompanhados até sua alta hospitalar ou óbito em 28 dias. RESULTADOS: Treze pacientes foram incluídos no Grupo LE após o diagnóstico de SRIS e 11 pacientes no Grupo LN. O risco relativo (RR) de óbito em sete dias para o Grupo LE foi 4,23 (IC 95 por cento 2,25-7,95) vezes maior que o Grupo LN, no primeiro dia do estudo. O RR de óbito em 28 dias foi 1,7 vezes maior para o Grupo LE (IC 95 por cento 0,84-3,46). Os grupos foram similares com relação ao SOFA durante o estudo. CONCLUSÕES: Os pacientes com lactato elevado nas primeiras 24 horas após o diagnóstico de SRIS não apresentaram mais disfunção orgânica do que os pacientes com lactato normal, porém tiveram risco aumentado de óbito em sete dias.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: The systemic inflammatory response syndrome (SIRS) is common in the postoperative period of critically ill patients. The objective of this study was to investigate the correlation between lactate level, multiple organ dysfunction, and mortality in patients with SIRS. METHODS: This prospective study evaluated 24 patients with a postoperative diagnosis of SIRS (American College of Chest Physicians/Society of Critical Care Medicine) in the surgical ICU. Lactate levels were determined in the first 24 hours after the diagnosis of SIRS and daily, for 7 days. Patients were divided in 2 groups: LE Group (lactate > 2 mmol.L-1) and LN Group (lactate < 2 mmol.L-1). Multiple organ failure was evaluated by the SOFA (Sequential Organ Failure Assessment) score daily, for 7 days. After the 7-day follow-up period patients were followed for up to 28 days, until discharge from the hospital or death. RESULTS: Thirteen patients were included in the LE Group after the diagnosis of SIRS and 11 patients in the LN Group. The relative risk (RR) of death in 7 days for the LE Group was 4.23 (CI 95 percent 2.25-7.95) times greater than in the LN Group in the first day of the study. The RR of death in 28 days was 1.7 times greater for the LE Group (CI 95 percent 0.84-3.46). The SOFA score was similar in both groups. CONCLUSIONS: Patients with elevated lactate in the first 24 hours after the diagnosis of SIRS did not have more organic dysfunction than patients with normal lactate levels, but they had an increased risk of death in 7 days.
JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: El síndrome de la respuesta inflamatoria sistémica (SRIS) es común en pacientes en estado crítico en el postoperatorio. El objetivo de este estudio fue investigar la correlación entre dosificación de lactato, disfunción de múltiplos órganos y mortalidad en pacientes con diagnóstico de SRIS. MÉTODO: Estudio prospectivo que evaluó 24 pacientes con diagnóstico de SRIS (Colegio Americano de Cirujanos Torácicos/Sociedad Americana de Medicina Intensiva) en el postoperatorio en UTI quirúrgica. El lactato fue dosificado en las primeras 24 horas después del diagnóstico de SIRS y diariamente durante 7 días. Los pacientes fueron divididos en 2 grupos: Grupo LE (lactato > 2 mmol.L-1) y Grupo LN (lactato < 2 mmol.L-1). La falencia de múltiples órganos se evaluó por la puntuación SOFA (Sequential Organ Failure Assessment) diariamente por 7 días. Después del seguimiento por 7 días, los pacientes fueron acompañados hasta su alta u óbito en 28 días. RESULTADOS: Trece pacientes fueron incluidos en el Grupo LE después del diagnóstico de SRIS y 11 pacientes en el Grupo LN. El riesgo relativo (RR) de óbito en 7 días para el Grupo LE fue 4.23 (IC 95 por ciento 2.25-7.95) veces mayor que el Grupo LN, el primero día del estudio. El RR de óbito en 28 días fue 1.7 veces mayor para el Grupo LE (IC 95 por ciento 0.84-3.46). Los grupos fueron similares con relación al SOFA durante el estudio. CONCLUSIONES: Los pacientes con lactato elevado en las primeras 24 horas después del diagnóstico de SRIS no presentaron más disfunción orgánica que los pacientes con lactato normal, pero tuvieron riesgo aumentado de óbito en 7 días.
Asunto(s)
Humanos , Ácido Láctico/análisis , Ácido Láctico/metabolismo , Inflamación , Mortalidad , Insuficiencia Multiorgánica , Pronóstico , Síndrome de Respuesta Inflamatoria SistémicaRESUMEN
CONTEXT AND OBJECTIVE: Sepsis and septic shock are very common conditions among critically ill patients that lead to multiple organ dysfunction syndrome (MODS) and death. Our purpose was to investigate the efficacy of early administration of dexamethasone for patients with septic shock, with the aim of halting the progression towards MODS and death. DESIGN AND SETTING: Prospective, randomized, double-blind, single-center study, developed in a surgical intensive care unit at Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. METHODS: The study involved 29 patients with septic shock. All eligible patients were prospectively randomized to receive either a dose of 0.2 mg/kg of dexamethasone (group D) or placebo (group P), given three times at intervals of 36 hours. The patients were monitored over a seven-day period by means of the sequential organ failure assessment score. RESULTS: Patients treated with dexamethasone did not require vasopressor therapy for as much time over the seven-day period as did the placebo group (p = 0.043). Seven-day mortality was 67 percent in group P (10 out of 15) and 21 percent in group D (3 out of 14) (relative risk = 0.31, 95 percent confidence interval 0.11 to 0.88). Dexamethasone enhanced the effects of vasopressor drugs. CONCLUSIONS: Early treatment with dexamethasone reduced the seven-day mortality among septic shock patients and showed a trend towards reduction of 28-day mortality.
CONTEXTO E OBJETIVO: Sepse e choque séptico são doenças muito comuns em pacientes gravemente enfermos, evoluindo muitas vezes com síndrome de disfunção de múltiplos órgãos (SDMO) e morte. A proposta do trabalho foi investigar a eficácia da administração precoce de dexametasona a estes pacientes, tentando evitar a progressão do choque séptico para SDMO e morte. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo prospectivo, aleatório, duplamente encoberto, monocêntrico, realizado na Unidade de Terapia Intensiva pós-operatória do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. MÉTODOS: Foram estudados 29 pacientes com choque séptico. Os participantes foram aleatoriamente divididos em dois grupos que receberam 0,2 mg/kg de dexametasona (grupo D) ou placebo (grupo P), repetidas a cada 36 horas. Os pacientes foram acompanhados durante sete dias de internação na Unidade de Terapia Intensiva através do escore SOFA (Sequential Organ Failure Assessment). RESULTADOS: Os pacientes que receberam dexametasona necessitaram de menos tempo de tratamento com vasopressores durante o período de sete dias (p = 0,043). A mortalidade em sete dias no grupo P foi de 67 por cento (10 em 15) e no grupo D foi de 21 por cento (3 em 14) (risco relativo = 0.31, intervalo de confiança 95 por cento 0.11-0.88). CONCLUSÃO: O tratamento precoce com dexametasona dos pacientes com choque séptico reduziu a mortalidade em sete dias de acompanhamento e mostrou tendência de redução da mortalidade em 28 dias.
Asunto(s)
Adulto , Anciano , Anciano de 80 o más Años , Femenino , Humanos , Masculino , Persona de Mediana Edad , Antiinflamatorios/administración & dosificación , Dexametasona/administración & dosificación , Choque Séptico/tratamiento farmacológico , Vasoconstrictores/administración & dosificación , Brasil/epidemiología , Esquema de Medicación , Quimioterapia Combinada , Métodos Epidemiológicos , Placebos , Choque Séptico/mortalidad , Factores de TiempoRESUMEN
CONTEXT AND OBJECTIVE: Thoracic epidural anesthesia (TEA) following thoracic surgery presents known analgesic and respiratory benefits. However, intraoperative thoracic sympathetic block may trigger airway hyperreactivity. This study weighed up these beneficial and undesirable effects on intraoperative respiratory mechanics. DESIGN AND SETTING: Randomized, double-blind clinical study at a tertiary public hospital. METHODS: Nineteen patients scheduled for partial lung resection were distributed using a random number table into groups receiving active TEA (15 ml 0.5 percent bupivacaine, n = 9) or placebo (15 ml 0.9 percent saline, n = 10) solutions that also contained 1:200,000 epinephrine and 2 mg morphine. Under general anesthesia, flows and airway and esophageal pressures were recorded. Pressure-volume curves, lower inflection points (LIP), resistance and compliance at 10 ml/kg tidal volume were established for respiratory system, chest wall and lungs. StudentÆs t test was performed, including confidence intervals (CI). RESULTS: Bupivacaine rose 5 ± 1 dermatomes upwards and 6 ± 1 downwards. LIP was higher in the bupivacaine group (6.2 ± 2.3 versus 3.6 ± 0.6 cmH2O, p = 0.016, CI = -3.4 to -1.8). Respiratory system and lung compliance were higher in the placebo group (respectively 73.3 ± 10.6 versus 51.9 ± 15.5, p = 0.003, CI = 19.1 to 23.7; 127.2 ± 31.7 versus 70.2 ± 23.1 ml/cmH2O, p < 0.001, CI = 61 to 53). Resistance and chest wall compliance showed no difference. CONCLUSION: TEA decreased respiratory system compliance by reducing its lung component. Resistance was unaffected. Under TEA, positive end-expiratory pressure and recruitment maneuvers are advisable.
CONTEXTO E OBJETIVO: Os benefícios pós-operatórios da anestesia peridural torácica (APT) na analgesia e respiração após toracotomias são conhecidos. Contudo, bloqueio simpático torácico pode desencadear hiperreatividade das vias aéreas. Este estudo pesou tais efeitos benéficos e indesejáveis na mecânica respiratória intra-operatória. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo clínico, randomizado, duplo-cego realizado em hospital público terciário. MÉTODOS: Uma tabela de números aleatórios dividiu 19 pacientes submetidos a ressecção pulmonar parcial entre duas soluções administradas na APT: ativa (15 ml 0,5 por cento bupivacaína, n = 9) ou placebo (15 ml 0,9 por cento NaCl, n = 10). Ambas continham epinefrina 1:200,000 e morfina 2 mg. Sob anestesia geral, pressões esofágicas e de vias aéreas foram registradas. Curvas de pressão versus volume, pontos de inflexão inferior (PII), resistências e complacências sob volume corrente de 10 ml.kg-1 foram aferidos para sistema respiratório, parede torácica e pulmões. O teste t de Student foi realizado (p < 0,005), incluindo intervalos de confiança (IC). RESULTADOS: A dispersão cefálica e caudal da bupivacaína foi, respectivamente, de 5 ± 1 e de 6 ± 1 dermátomos. A curva PII foi maior no Grupo Bupivacaína (6,2 ± 2,3 versus 3,6 ± 0,6 cm H2O, p = 0,016, IC = -3,4 a -1,8). Complacências do sistema respiratório e pulmões foram maiores no Grupo Placebo (respectivamente 73.3 ± 10.6 versus 51.9 ± 15.5, p = 0,003, IC = 19,1 a 23,7, e 127,2 ± 31,7 versus 70,2 ± 23,1 ml.cm H2O-1, p < 0,001, IC = 61 a 53). Resistências e complacências da parede torácica não mostraram diferenças. CONCLUSÃO: APT diminui a complacência do sistema respiratório por reduzir seu componente pulmonar. Resistências não são afetadas. Sob APT, pressão positiva expiratória final e manobras de recrutamento são recomendáveis.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Adulto , Persona de Mediana Edad , Bloqueo Nervioso Autónomo/efectos adversos , Bupivacaína/efectos adversos , Rendimiento Pulmonar/fisiología , Mecánica Respiratoria/fisiología , Presión del Aire , Resistencia de las Vías Respiratorias/efectos de los fármacos , Resistencia de las Vías Respiratorias/fisiología , Anestesia Epidural , Bupivacaína/administración & dosificación , Método Doble Ciego , Esófago/efectos de los fármacos , Esófago/fisiología , Volumen Espiratorio Forzado , Rendimiento Pulmonar/efectos de los fármacos , Pulmón/efectos de los fármacos , Pulmón/fisiología , Pulmón/cirugía , Monitoreo Intraoperatorio , Respiración con Presión Positiva , Mecánica Respiratoria/efectos de los fármacos , Volumen de Ventilación Pulmonar/efectos de los fármacos , Volumen de Ventilación Pulmonar/fisiologíaRESUMEN
CONTEXTO E OBJETIVO: A síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) acomete muitos pacientes internados em unidades de terapia intensiva. A evolução destes pacientes com SRIS para sepse, choque séptico e síndrome da disfunção de múltiplos órgãos (SDMO) pode conduzi-los rapidamente para o óbito. A proposta do trabalho é avaliar a eficácia da dexametasona em dose única como tratamento da SRIS. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo prospectivo, aleatório, duplamente encoberto, realizado na Unidade de Terapia Intensiva pós-operatória (Unidade de Apoio Cirúrgico) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. MÉTODOS: Foram estudados 29 pacientes com diagnóstico de SRIS. Os participantes foram aleatoriamente divididos em dois grupos que receberam dexametasona (0,2 mg/kg em dose única) ou placebo após o diagnóstico de SRIS. Os pacientes foram acompanhados durante sete dias de internação na UTI através do escore SOFA (Sequential Organ Failure Assessment).RESULTADOS: Os pacientes que receberam dexametasona apresentaram melhora do sistema respiratório no primeiro dia, com aumento da relação PaO2/FiO2 (p < 0,05). Entre os pacientes que faziam uso de vasopressores, os que receberam dexametasona tiveram diminuição da necessidade destas medicações nos primeiros dois dias após a dose de dexametasona (p < 0,05).
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Adolescente , Adulto , Persona de Mediana Edad , Antiinflamatorios/administración & dosificación , Dexametasona/administración & dosificación , Síndrome de Respuesta Inflamatoria Sistémica/tratamiento farmacológico , Vasoconstrictores/administración & dosificación , Método Doble Ciego , Unidades de Cuidados Intensivos , Insuficiencia Multiorgánica , Estudios Prospectivos , Resultado del TratamientoRESUMEN
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Em decorrência da grande evolução da monitorização e do arsenal terapêutico disponível nos últimos anos, houve uma redução na incidência de eventos adversos durante procedimentos anestésicos. Porém, continua importante o treinamento dos médicos residentes para este tipo de ocorrência. O objetivo deste estudo foi avaliar o desempenho prático do residente de Anestesiologia em eventos adversos durante uma anestesia simulada. MÉTODO: Foram avaliados 17 médicos em especialização do primeiro e segundo anos de Anestesiologia (ME1 e ME2) e 5 instrutores do Centro de Ensino e Treinamento (CET) do HCFMUSP (Título Superior em Anestesiologia - TSA). Foi utilizado o simulador computadorizado Anesthesia Simulator Consultant (ASC) versão 2.0 - 1995/Anesoft para realização das simulações dos eventos. Os incidentes críticos escolhidos foram fibrilação ventricular (FV) e choque anafilático. Após a realização da simulação, foram impressos os resultados de cada participante e avaliadas e pontuadas as condutas adotadas para resolver os incidentes críticos pré-determinados. Os participantes avaliaram o simulador através do preenchimento de um questionário. RESULTADOS: Não houve diferença estatística entre as médias obtidas pelos grupos, porém notou-se uma tendência de melhor desempenho dos grupos TSA e ME2 na simulação de FV. Com relação ao choque anafilático, houve uma tendência de melhor desempenho do grupo TSA. CONCLUSÕES: O treinamento para diagnóstico e condutas em eventos adversos deve ser foco de atenção durante o treinamento de médicos residentes e na atualização de anestesiologistas. O uso do simulador pode ser uma das formas de realizar o treinamento nestas situações.
Asunto(s)
Humanos , Anestesia/efectos adversos , Anestesiología/educación , Competencia Clínica , Evaluación Educacional , Internado y Residencia , Simulación de Paciente , Encuestas y Cuestionarios , Estudios RetrospectivosRESUMEN
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Apesar das diversas propostas ventilatórias para anestesia em pacientes obesos mórbidos, um consenso não foi estabelecido. Este estudo avaliou o ajuste ventilatório nestes pacientes durante anestesia baseado na oximetria e capnografia. MÉTODO: O consentimento prévio foi obtido da Comissão de Ética e dos pacientes. Excluíram-se tabagistas e portadores de doença cardíaca ou pulmonar. Foram estudados 11 pacientes com índice de massa corpórea (IMC) de 59,2 ± 8,3 submetidos à gastroplastia sob anestesia geral (Grupo O). Oito não-obesos (IMC 20,2 ± 3,9) submetidos à gastrectomia formaram o grupo controle (NO). Ajustou-se a ventilação visando dióxido de carbono expiratório final (P ET CO2) menor que 40 mmHg e saturação periférica de oxigênio (SpO2) maior que 95 por cento. Não se utilizou PEEP. Através de monitor respiratório CO2SMO Plus, mediu-se espaços mortos fisiológico, alveolar e de vias aéreas (VD phy, VD alv e VD aw) e o volume corrente alveolar (VT alv). Amostras de sangue arterial e venoso central permitiram calcular PaO2/FIO2 e VD phy/VT. Os dados foram comparados e analisados por ANOVA (p < 0,05). RESULTADOS: Volumes corrente foram de 4,2 ± 0,4 ml.kg-1 no Grupo O e 7,9 ± 2,3 ml.kg-1 no Grupo NO para o peso medido, e de 11,5 ± 1,8 no Grupo O e 6,6 ± 1,1 ml.kg-1 no Grupo NO para o peso ideal. A PaO2 mostrou-se menor e o VT alveolar mostrou-se maior nos obesos (p < 0,008 e 0,0001, respectivamente). Não foi encontrada diferença em PaCO2, VD phy, VD alv ou VD aw. CONCLUSÕES: A SpO2 e a P ET CO2 parecem garantir ventilação adequada, a qual pode ser obtida em pacientes com obesidade mórbida com volumes corrente ajustados ao peso ideal.
Asunto(s)
Humanos , Obesidad Mórbida/cirugía , Respiración Artificial/métodosRESUMEN
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A despeito dos benefícios do uso de hipnossedativos em Unidades de Terapia Intensiva pós-operatórias, não existe consenso sobre regime de uso ou quantificação da sedação. Este estudo avaliou o uso de sedativos e seus efeitos sobre o tempo de permanência na unidade pós-operatória do Hospital das Clínicas de São Paulo. MÉTODO: Oitenta e três pacientes que receberam sedação contínua foram estudados quanto aos agentes utilizados e respectivas doses, bem como os seguintes tempos: admissão-início da sedação (T INI), sedação (T SED), término da sedação-extubação (T EXT) e extubação-alta (T ALT). Avaliaram-se ainda a classificação da ASA e o nível da sedação pela escala de Ramsay. Os dados foram submetidos à ANOVA. RESULTADOS: Apenas os pacientes que receberam fentanil foram avaliados (n = 80). Destes, 34 receberam outro sedativo. T INI foi de 123,4 ± 369, T SED de 852,5 ± 1242,3, T EXT de 241,1 ± 156,6 e T ALT de 1433 ± 1734,4 minutos. Não houve diferença quanto à dose de sedativos segundo classificação da ASA (p = 0,11). Contudo, T ALT foi maior nos pacientes mais graves (p < 0,001). Pressão diastólica e Ramsay elevaram-se durante o decorrer da sedação (p < 0,001 e 0,028, respectivamente). CONCLUSÕES: O fentanil, complementado ou não por outros agentes, mostrou-se adequado quanto à qualidade da sedação e estabilidade hemodinâmica em terapia intensiva pós-operatória.
Asunto(s)
Masculino , Femenino , Humanos , Analgésicos Opioides/administración & dosificación , Sedación Consciente , Cuidados Críticos , Fentanilo/administración & dosificación , Hipnóticos y Sedantes/farmacología , Cuidados Posoperatorios , Hemodinámica , Estudios RetrospectivosRESUMEN
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O comprimento da porção da cânula de intubação traqueal após o balonete de segurança pode ser reduzido, provavelmente sem influência deletéria na resistência ao fluxo de gases. O objetivo deste estudo foi determinar os efeitos dessa redução sob diferentes regimes de fluxo inspiratório. MÉTODO: Foram realizadas medidas de resistência fluxo de gases em cânulas com diâmetros internos de 7; 7,5; 8; 8,5; 9 e 9,5 mm. As medidas foram realizadas em cânulas com o comprimento padrão e com comprimento diminuído na altura do balonete de segurança. Os fluxos foram situados a 0,07 litros por segundo (L.s-1), 0,1; 0,2; 0,33; 0,5 e 1 L.s-1. RESULTADOS: As resistências obtidas são progressivamente menores para maiores diâmetros internos, mas maiores para um mesmo diâmetro submetido a fluxo mais intenso, em cânulas com comprimentos padrão ou reduzidos. As cânulas com comprimentos reduzidos têm menor ou igual resistência ao fluxo testado em cânula com igual diâmetro interno. CONCLUSÕES: As resistências se mostraram menores ou comparáveis nas cânulas de intubação traqueal com comprimento reduzido em relação ao tamanho padrão.
Asunto(s)
Resistencia de las Vías Respiratorias , Diseño de Equipo , Intubación Intratraqueal/instrumentaciónRESUMEN
CONTEXTO: A recuperação após anestesia depende de monitorização padronizada e de avaliações individuais. OBJETIVO: Investigar a influência do posicionamento do paciente sobre o tempo de recuperação pós-anestesia geral e regional. TIPO DE ESTUDO: Retrospectivo. LOCAL: Unidade de Recuperação Pós-Anestésica, Hospital das Clínicas de São Paulo. MÉTODOS: Pacientes receberam cuidados de enfermagem sob supervisão de anestesiologista na Unidade de Recuperação Pós-Anestésica quando em posição supina ou com tronco e pernas elevadas em 30 graus a cada 30 minutos. O início da contagem de tempo foi na admissão à unidade e a última medida foi tomada quando paciente recebeu nota 10 na escala de Aldrete-Kroulik. O período de tempo até receber alta foi registrado. RESULTADOS: 442 pacientes recuperaram-se após anestesia geral (n = 274) ou regional (n = 168), posicionados em supino ou com tronco e pernas elevadas. A mediana para resultados não-paramétricos não mostrou diferença no tempo de permanência quando em supino (75 min, n = 229) ou com tronco e pernas elevados (70 min, n = 213, p = 0,729). Pacientes recuperaram mais rapidamente de anestesia regional quando com tronco e pernas elevadas (70 min) do que em supino (84.5 min) embora sem significância estatística (p = 0,097). Não houve diferença na recuperação da anestesia geral em qualquer posição investigada (70 min, p = 0,493). DISCUSSAO: A elevação das pernas em posição supina pode aumentar o retorno venoso pois a anestesia do neuro-eixo bloqueia o sistema simpático e essa manobra mostrou-se capaz de promover melhor débito cardíaco durante hipovolemia. Os achados deste estudo não comprovam esta hipótese. No entanto, algumas limitações deste estudo se aplicam, como uma coleta retrospectiva, impedindo aleatorização dos grupos de recuperação, bem como a ausência de registro do tempo de exposição aos anestésicos. CONCLUSÕES: Não houve diferença para o tempo de recuperação pós anestesia considerando o posicionamento do paciente.
Asunto(s)
Humanos , Periodo de Recuperación de la Anestesia , Tiempo de Internación , Postura/fisiología , Distribución por Edad , Índice de Masa Corporal , Estudios Retrospectivos , Estadísticas no Paramétricas , Posición Supina/fisiologíaRESUMEN
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A ansiedade e a dor podem causar maior desconforto e risco aumentado de complicações no pós-operatório de pacientes cirúrgicos, prolongando inclusive seu tempo de internação. O objetivo deste estudo foi revisar os conceitos de sedação e analgesia em terapia intensiva, atualizando os conhecimentos e permitindo a revisão das informações disponíveis na literatura, assim como os consensos já publicados. CONTEUDO: Apresentamos separadamente a sedação e analgesia, revisando cada grupo de fármacos disponível na prática clínica, suas características principais bem como seus efeitos colaterais mais importantes. Acrescentamos alguns protocolos utilizados em nossa UTI para analgesia e sedação, assim como as conclusões do último consenso do Colégio Americano de Medicina Intensiva e da Sociedade Americana de Terapia Intensiva. CONCLUSÕES: Apesar do grande arsenal terapêutico disponível na prática clínica, nota-se um grande desconhecimento das principais características dos fármacos utilizados para sedação e analgesia em terapia intensiva. Os consensos realizados tentam difundir as qualidades e efeitos colaterais dos fármacos mais utilizados, normatizando seu uso, tornando a analgesia e sedação realizadas nas UTI, procedimentos que beneficiem e recuperem mais rapidamente os pacientes.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Pain and anxiety may cause major discomfort, increase the risk for postoperative complications in surgical patients and may even prolong their hospital stay. This study aimed at reviewing concepts of sedation and analgesia in intensive care, updating knowledge and reviewing information available in the literature as well as already published consensus. CONTENTS: Sedation and analgesia are presented in separate, reviewing each group of available drugs, their major characteristics and side-effects. We have included some protocols used in our ICU for analgesia and sedation as well as the conclusions of the latest consensus of the American College of Critical Care Medicine and the Society of Critical Care Medicine. CONCLUSIONS: In spite of the therapeutic armamentarium available, there is a lack of understanding about major characteristics of drugs used for sedation and analgesia in Intensive Care. Developed consensus try to explain qualities and side-effects of most popular drugs, normalizing their use for ICU analgesia and sedation to benefit and faster recover patients.
JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La ansiedad y el dolor pueden causar grande falta de comodidad y riesgo aumentado de complicaciones en el pos-operatorio de pacientes quirúrgicos, prolongando también su tiempo de internación. El objetivo de este estudio fue revisar los conceptos de sedación y analgesia en terapia intensiva, actualizando los conocimientos y permitiendo la revisión de las informaciones disponibles en la literatura, como también los consensos ya publicados. CONTENIDO: Presentamos separadamente la sedación y analgesia, revisando cada grupo de fármacos disponibles en la práctica clínica, sus características principales bien como sus efectos colaterales más importantes. Adicionamos algunos protocolos utilizados en nuestra UTI para analgesia y sedación, como también las Conclusiones del último consenso del Colegio Americano de Medicina Intensiva y de la Sociedad Americana de Terapia Intensiva. CONCLUSIONES: A pesar del grande arsenal terapéutico disponible en la práctica clínica, se nota un gran desconocimiento de las principales características de los fármacos utilizados para sedación y analgesia en la terapia intensiva. Los consensos realizados intentan difundir las calidades y efectos colaterales de los fármacos más utilizados, normalizando su uso, haciendo con que la analgesia y sedación realizadas en las UTI, sean procedimientos que beneficien y recuperen más rápidamente los pacientes.
Asunto(s)
Analgesia , Protocolos Clínicos , Sedación Consciente , Sedación Profunda , Unidades de Cuidados IntensivosRESUMEN
Justificativa e objetivos - As cânulas de dupla luz podem impor resistências distintas ao fluxo. Esta disparidade pode acarretar ventilação pulmonar não homogênea. O objetivo deste trabalho é comparar o padrã resistivo da cânula de intubação de dupla luz 37 FR com o das cânulas convencionais, utilizadas em nosso meio, quando submetidas a fluxos diferentes. Método - Foram utilizadas cânulas de intubação orotraqueal com diâmetros internos de 7, 7,5, 8 e 8,5 mm e de dupla luz 37 FR. Os fluxos foram gerados e mantidos por aparelho de anestesia. A pressão resistiva gerada nas cânulas foi aferida por um pneumotacógrafo de orifício variável e convertida para sistema digital. As resistências foram obtidas dividindoðse as pressões medidas pelos fluxos empregados. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e comparados pelo teste de Tukey. Resultados - Foram registradas cinco medidas obtidas aleatoriamente. Todas as cânulas estavam abertas para o meio-ambiente. Resistências estão em cmH2O.Lðû.sðû. A cânula 37 FR dupla luz mostrou padrão resistivo semelhante ao da cânula com diâmetro interno de 7,5 mm. A oclusão dos ramos da sonda 37 FR eleva significativamente a resistência ao fluxo. Os fluxos de 0,1 a 0,2 L.sðû resultaram em pressões resistivas semelhantes para uma mesma sonda de intubação, exceto para cânula 7 mm ou para a 37 FR com oclusão (p < 0,001). Conclusões - Os padrões resistivos da cânula 37 FR e 7,5 mm mostraram-se bastante próximos. A oclusão de algum ramo da sonda de dupla luz eleva significativamente a resistência, mas de modo indistinto entre ambos ramos para fluxos abaixo de 0,5 L.sðû. Os resultados do presente estudo sugerem a redução de fluxos inspiratórios como parâmetro para diminuir a resistência do sistema de ventilação, quando um dos lumens de um tubo de luz for obstruído