Amigdalite crônica: estudo imunohistoquímico e histológico / Cronic tonsilitis: inmunohistochemical and histologic study

Um estudo histológico e imunohistoquímico, foi realizado em 35 amígadas, provenientes de cirurgias em crianças de ambos os sexos com idade de 2 a 12 anos. Em todos os 35 pacientes havia indicaçäo histológico deu-se importância a presença de folículos linfóides, centros germinativos, presença ou näo de fibrose, necrose e presença ou näo de neutrófilos nas criptas. Segundo estes padröes e de acordo com a classificaçäo proposta por Lopes e Mimica em 1982, foram encontradas 22 classificáveis no grupo I e 13 no tipo II. Do ponto de vista imunológico, fez-se a análise imunohistoquímica do tecido amigdaliano, obedecendo-se a uma avaliaçäo quantitativa em campos histológicos e quantificadas as imunoglobulinas segundo a sua positividade em 100 células por campo, de uma cruz (+) a quatro cruzes. Em todas amígdalas estudadas houve um predomínio no encontro de IgG sobre a IgA, confirmando achados anteriores de Fioretti (1974). Nossos achados sugerem a existência de um quadro histológico e imunohistoquímico característico, na amigdalite crônica infantil

Níveis sericos e tissulares (amigdalianos) de lincomicina em seguida a administraçäo de dose única de 1.2g IM/24h

Foram estudados, dois grupos de pacientes adultos que receberam doses únicas (1.2g) de Licomicina. Um grupo de 7 pacientes foi amigdalectomizado, de 10 a 12 horas após a aplicaçäo e outro grupo de 13 pacientes, após 22 a 24 horas. Em ambos grupos os níveis tissulares da droga foram dosados. Os níveis séricos foram medidos em ambos os grupos, com: 0, 2, 3, 8, 12 e 24 horas. Os resultados säo apresentados. Embora no grupo de 12 horas os níveis tissulares amigdalianos tenham sido maiores, os níveis obtidos no grupo de 24 horas revelaram-se eficientes do ponto de vista terapêutico para Streptococcus (pyogenes e pneumoniae)

Otite externa maligna / Malignant otitis externa

Os autores fazem uma revisäo a respeito da otite externa maligna, discutindo suas possíveis etiologias e métodos de diagnóstico, seu diagnóstico diferencial e terapêutica. Chamam a atençäo aos exames indispensáveis para um correto diagnóstico e prognóstico, insistindo na biópsia da lesäo e cultura para o encontro do Pseudomona aeruginosa, agente etiológico. Os exames radiológicos com Technetium e Gallium säo salientados na sua importância com relaçäo ao diagnóstico da lesäo, o seu prognóstico, assim como a duraçäo do tratamento. Apresentam 7 casos, todos em pessoas idosas e diabéticas (apenas um paciente tinha idade inferior a 70 anos e todos tinham mais de 60 anos). Sugerem o tratamento com a associaçäo de carbenicilina e um antibiótico aminoglicosídeo, por período de tempo que varia entre 4 e 6 semanas nas formas mais graves. Em nenhum dos casos apresentados a cirurgia se configurou como um procedimento indispensável, mas apenas auxiliar no tratamento clínico. Ressaltam na evoluçäo dos pacientes a importância do controle radiológico com o Gallium, a necessidade da internaçäo nos casos mais graves e o diagnóstico e tratamento precoces, assim como o controle do diabetes para se conseguir um resultado favorável. O controle clínico do paciente e em especial de sua funçäo renal deve correr paralelamente ao controle do diabetes. Dos 7 pacientes tratados (apenas um näo teve seguimento completo), 6 tiveram ótima evoluçäo com o tratamento preconizado

A eletrococleografia e o teste do glicerol no diagnóstico da hidropisia endolinfática / Electrocochleography and glycerol test in the diagnosis of endolymphatic hydrops

Resolveram-se estudar a eficácia dos testes do glicerol e a eletrococleografia, para o diagnóstico clínico da hidropisia endolinfática e ou doença de Ménière. Foram estudados 51 pacientes que haviam recentemente sido submetidos a um daqueles exames ou aos dois. Dos 51 pacientes, 45 tinham feito o teste do glicerol e 25 a eletrococleografia. Deste grupo de 51 pacientes, 19 haviam sido submetidos aos dois testes, permitindo assim uma comparaçäo de seus resultados. Dos 45 que fizeram o teste do glicerol, apenas 54% apresentaram resultados compatíveis com a hidropisia. Entre os que fizeram a eletrococleografia (25), 84% tiveram resultados sugestivos de hidropisia. Pelos resultados pode-se concluir de que a eletrococleografia é mais fiel que o teste do glicerol para o diagnóstico clínico da hidropisia endolinfática