RESUMEN
Os pacientes com insuficiência cardíaca (IC) apresentam, frequentemente, sintomas limitantes, como dispneia e fadiga, que comprometem substancialmente a capacidade funcional e a qualidade de vida. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar o efeito de um programa de exercício físico não supervisionado na qualidade de vida (QV) e na capacidade funcional (CF) de pacientes portadores de IC. Através de um ensaio clínico controlado, foram randomizados, em dois grupos, 22 pacientes com IC atendidos no ambulatório de IC de um hospital de referência do Estado de Goiás, com idade entre 18 e 85 anos, de ambos os sexos, pertencentes à classe funcional II ou III. O grupo treinamento(GT) (n=13) realizou caminhadas de forma não supervisionada por 10 semanas e recebeu oficina educacional. O grupo controle(GC) (n=9) recebeu somente oficina educacional. Ambos os grupos foram submetidos à avaliação da CF através do teste de caminhada de seis minutos (TC6) e à avaliação da QV pelo SF-36, pré e pós-intervenção. O GT (idade 62,1 ± 11,7 anos) apresentou melhora em seis domínios do SF-36: capacidade funcional (p=0,003), aspecto físico (p=0,01), dor (p=0,03), aspecto social (p=0,02), aspecto emocional (p=0,02) e saúde mental (p=0,003). Já o GC (idade 65,9 ±11,5 anos) apresentou melhora somente no domínio saúde mental (p=0,03). No TC6 ambos aumentaram a distância percorrida. O GT aumentou 64,1 m (p=0,004) e o GC aumentou 29,1m (p=0.03). Conclui-se que o exercício físico não supervisionado foi efetivo para a melhora da qualidade de vida e da capacidade funcional de portadores de IC crônica.
Patients with chronic heart failure (HF) often have limiting symptoms such as breathlessness and fatigue that impair substantially the functional capacity and quality of life. Thus, the present study aimed to evaluate the impact of a program of unsupervised exercise on the quality of life and functional capacity of patients with chronic heart failure. Using a controlled clinical trial randomized into two groups, 22 patients with heart failure, who attended the outpatient HF a reference hospital in the state of Goiás, aged between 18 and 85 years, both sexes, class II or III. The GT training group (n=13) have walked unsupervised for 10 weeks but attended educational workshop. The CG control group (n=9) received only educational workshop. Both groups underwent assessment of functional test through the six-minute walk (6MWT) and quality of life using the SF-36, pre and post intervention. Regarding quality of life, the TG (aged 62.1 ± 11.7 years) showed improvement in six areas of the SF-36: functional capacity (p=0.003), physical appearance (p=0.01), pain (p=0.03), social (p=0.02) and emotional role (p=0.02) and mental health (p=0.003). The GC (aged 65.9 ± 11.5 years) showed improvement only in the mental health domain (p=0.03). Both groups have increased the distance during the 6MWT, the GT increased 64.1 m (p=0.004) and GC 29.1 m (p=0.03). It was possible to conclude that unsupervised exercise was effective in improving functional capacity and quality of life in heart failure patients.