RESUMEN
Nos últimos vinte anos, houve um maior reconhecimento de que a gravidez em algumas mulheres pode ser complicada por problemas emocionais, particularmente depressão, causando um impacto significativo sobre a mãe e a criança. Com a identificação de fatores de risco para a depressão pós-parto e um aumento do conhecimento sobre a vulnerabilidade biológica para os transtornos de humor no período puerperal, um número crescente de estudos tem explorado meios de prevenir a depressão pós-parto, utilizando estratégias psicossociais, psicofarmacológicas e hormonais. A maior parte das intervenções psicossociais e hormonais tem mostrado pouco efeito para a prevenção da depressão pós-parto. Apesar disso, resultados de estudos preliminares sobre a terapia interpessoal, terapia cognitivo-comportamental e sobre o uso de antidepressivos indicam que estas intervenções podem resultar em algum benefício. Dados sobre o uso de suplementos dietéticos são limitados e com resultados pouco conclusivos. A excessiva quantidade de resultados negativos na literatura atual demonstra que a depressão pós-parto ainda não pode ser facilmente prevenida.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Recién Nacido , Depresión Posparto/prevención & control , Antidepresivos/uso terapéutico , Depresión Posparto/psicología , Depresión Posparto/terapia , Factores de Riesgo , Psicoterapia/métodosRESUMEN
Mulheres estão sujeitas a um maior risco para o desenvolvimento de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) do que os homens, o que acarreta prejuízos e custos significativos do ponto de vista psicossocial e de saúde pública. Estudos recentes mostram interações complexas entre o impacto de experiências traumáticas e o ciclo reprodutivo feminino. Por exemplo, mulheres com transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM), que também relatam histórico de trauma ou abuso físico, estão mais sujeitas a apresentar uma resposta neuroendócrina diferenciada após exposição a um fator ou evento estressante, quando comparadas a mulheres com TDPM e sem história de abuso ou mulheres sem TDPM. Além disso, mulheres com histórico de trauma ou abuso podem apresentar recidiva de sintomas durante a gravidez. Por fim, aquelas que sofrem abortamento estão mais sujeitas ao desenvolvimento de sintomas do transtorno de estresse pós-traumático. Neste artigo, examinamos os dados existentes sobre diferenças de gênero e transtorno de estresse pós-traumático, com enfoque especial nos fatores psicológicos e fisiológicos mais relevantes para o surgimento de sintomas após exposição a eventos traumáticos relacionados ao ciclo reprodutivo feminino. Opções terapêuticas existentes são criticamente revistas, incluído terapias de aconselhamento e a técnica de debriefing psicológico.