RESUMEN
A disseminação oculta de células tumorais é uma das maiores causas de recaída após o tratamento local, e a detecção de células epiteliais(micrometástases) na medula óssea de pacientes com câncer de mama pode ter implicações no prognóstico. O objetivo deste trabalho foi detectar micrometástases na medula óssea utilizando técnica de biologia molecular, a imunocitoquímica(ICC), e correlacioná-la com as características clínicas e patológicas apresentadas pelas pacientes selecionadas. O aspirado de medula óssea foi obtido de 37 pacientes portadoras de câncer de mama nos estádios clínicos I, II e IIIA, com indicação de tratamento cirúrgico. A punção da medula óssea foi realizada na crista ilíaca ântero-superior, imediatamente antes do procedimento cirúrgico, e estocada em tubos tratados com heparina. Para análise da imunocitoquímica, utilizamos anticorpo monoclonal pancitoqueratina. Nossos resultados mostraram especificidade e sensibilidade para a técnica de ICC. Os casos positivos para micrometástases incluem 26,3 por cento dos pacientes sem e 72,2 por cento dos pacientes com linfonodos positivos. Concluímos que a presença de micrometástases na medula óssea foi estatisticamente significativa quanto ao grau histológico do tumor e quanto ao número de linfonodos axilares comprometidos. Nas pacientes com axilas livres, consideradas de baixo risco, a presença de micrometástases na medula óssea permite identificar um subgrupo de pacientes de risco